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sábado, 27 de julho de 2013

UM PÁROCO FRANCÊS MULTIPLICA o NÚMERO de FIÉIS !!!!


FONTE: Defensores da Sagrada Cruz de Cristo JESUS

"Levar a Deus todas as almas que seja possível". O padre Michel Marie Zanotti Sorkine tomou esta frase a sério, e é o seu principal objetivo como sacerdote.
  
É o que está a fazer depois de ter transformado uma igreja a ponto de fechar e de ser demolida na paróquia com mais vida de Marselha. O mérito é ainda maior dado que o templo está no bairro com uma enorme presença de muçulmanos numa cidade em que menos de 1% da população é católica praticante.

Foi um músico de sucesso
A chave para este sacerdote que antes foi músico de êxito em cabarés de Paris e Montecarlo é a "presença", tornar Deus presente no mundo de hoje. As portas da sua igreja estão abertas de par em par o dia inteiro e veste batina porque "todos, cristãos ou não, têm direito a ver um sacerdote fora da igreja e o reconhece-lo".

Na Missa: de 50 a 700 assistentes
O balanço é impressionante. Quando em 2004 chegou à paróquia de S. Vicente de Paulo no centro de Marselha a igreja estava fechada durante a semana e a única missa dominical era celebrada na cripta para apenas 50 pessoas. Segundo o que conta, a primeira coisa que fez foi abrir a igreja todos os dias e celebrar no altar-mor. Agora a igreja fica aberta quase todo o dia e é preciso ir buscar cadeiras para receber todos os fiéis. Mais de 700 todos os domingos, e mais ainda nas grandes festas. Converteu-se num fenômeno de massas não só em Marselha mas em toda a França, com reportagens nos meios de comunicação de todo o país, atraídos pela quantidade de conversões.

Um novo "Cura de Ars" numa Marselha agnóstica
Uma das iniciativas principais do padre Zanotti Sorkine para revitalizar a fé da paróquia e conseguir a afluência de pessoas de todas as idades e condições sociais é a confissão. Antes da abertura da Igreja às 8h00 da manhã já há gente à espera à porta para poder receber este sacramento ou para pedir conselho a este sacerdote francês.

Os paroquianos contam que o padre Michel Marie está boa parte do dia no confessionário, muitas vezes até depois das onze da noite. E se não está lá, anda pelos corredores ou na sacristia consciente da necessidade de que os padres estejam sempre visíveis e próximos, para ir em ajuda de todo aquele que precisa.

A igreja sempre aberta
Outra das suas originalidades mais características é a ter a igreja permanentemente aberta. Isto gerou críticas de outros padres da diocese mas ele assegura que a missão da paróquia é "permitir e facilitar o encontro do homem com Deus" e o padre não pode ser um obstáculo para que isso aconteça.

O templo deve favorecer a relação com Deus
Numa entrevista a uma televisão disse estar convencido de que "se hoje em dia a igreja não está aberta é porque de certa maneira não temos nada a propor, que tudo o que oferecemos já acabou. No nosso caso em que a igreja está aberta todo o dia, há gente que vem, praticamente nunca tivemos roubos, há gente que reza e garanto que a igreja se transforma em instrumento extraordinário que favorece o encontro entre a alma e Deus".

Foi a última oportunidade para salvar a paróquia
O bispo mandou-o para esta paróquia como último recurso para a salvar, e fê-lo de modo literal quando lhe disse que abrisse as portas. "Há cinco portas sempre abertas e todo o mundo pode ver a beleza da casa de Deus". 90.000 carros e milhares de transeuntes passam e veem a igreja aberta e com os padres à vista. Este é o seu método: a presença de Deus e da sua gente no mundo secularizado.

A importância da liturgia e da limpeza
E aqui está outro ponto chave para este sacerdote. Assim que tomou posse, com a ajuda de um grupo de leigos renovou a paróquia, limpou-a e deixou-a resplandecente. Para ele este é outro motivo que levou as pessoas a voltarem à igreja: "Como é podemos querer que as pessoas acreditem que Cristo vive num lugar se esse lugar não estiver impecável? É impossível."

Por isso, as toalhas do altar e do sacrário têm um branco imaculado. "É o pormenor que faz a diferença. Com o trabalho bem feito damos conta do amor que manifestamos às pessoas e às coisas". De maneira taxativa assegura: "Estou convicto que quando se entra numa igreja onde não está tudo impecável, é impossível acreditar na presença gloriosa de Jesus".

A liturgia torna-se o ponto central do seu ministério e muitas pessoas sentiram-se atraídas a esta igreja pela riqueza da Eucaristia. "Esta é a beleza que conduz a Deus", afirma.

As missas estão sempre cheias e incluem procissões solenes, incenso, cânticos bem cantados... Tudo ao detalhe. "Tenho um cuidado especial com a celebração da Missa para mostrar o significado do sacrifício eucarístico e a realidade da sua Presença". "A vida espiritual não é concebível sem a adoração do Santíssimo Sacramento e sem um ardente amor a Maria", por isso introduziu a adoração e o terço diário, rezado por estudantes e jovens.

Os sermões são também muito aguardados e, inclusive, os paroquianos põem-nos online. Há sempre uma referência à conversão, para a salvação do homem. Na sua opinião, a falta desta mensagem na Igreja de hoje "é talvez uma das principais causas de indiferença religiosa que vivemos no mundo contemporâneo". Acima de tudo clareza na mensagem evangélica. Por isso previne quanto à frase tão gasta de que "vamos todos para o céu". Para ele esta é uma "música que nos pode enganar", pois é preciso lutar, a começar pelo padre, para chegar até ao Paraíso.

O padre da batina
Se alguma coisa distingue este sacerdote alto num bairro de maioria muçulmana é a batina, que veste sempre, e o terço nas mãos. Para ele é primordial que o padre ser descoberto pelas pessoas. "Todos os homens, a começar por aquela pessoa que entra numa igreja, tem direito de se encontrar com um sacerdote. O serviço que oferecemos é tão essencial para a salvação que o ver-nos deve ser tangível e eficaz para permitir esse encontro".

Deste modo, para o padre Michel o sacerdote é sacerdote 24 horas por dia. "O serviço deve ser permanente. Que pensaríamos de um marido que a caminho do escritório de manhã tirasse a aliança?".

Neste aspecto é muito insistente: "Quanto àqueles que dizem que o traje cria uma distância, é porque não conhecem o coração dos pobres para quem o que se vê diz mais do que o que se diz".

Por último, lembra um pormenor relevante. Os regimes comunistas a primeira coisa que faziam era eliminar o traje eclesiástico sabendo a importância que tem para a comunicação da fé. "Isto deve fazer pensar a Igreja de França", acrescenta.

No entanto, a sua missão não se realiza apenas no interior do templo. É uma personalidade conhecida em todo o bairro, também pelos muçulmanos. Toma o café da manhã nos cafés do bairro, aí conversa e com os fiéis e com pessoas que não praticam. Ele chama a isso a sua pequena capela. Assim conseguiu já que muitos vizinhos sejam agora assíduos da paróquia, e tenham convertido esta igreja de São Vicente de Paula numa paróquia totalmente ressuscitada.

Uma vida peculiar: cantor em cabarés
A vida do padre Michel Marie foi agitada. Nasceu em 1959 e tem origem russa, italiana e da Córsega. Aos 13 anos perdeu a mãe, o que lhe causou uma "fatura devastadora" que o levou a unir-se ainda mais a Nossa Senhora.

Com um grande talento musical, apagou a perda da mãe com a música. Em 1977 depois de ter sido convidado a tocar no café Paris, de Montecarlo, mudou-se para a capital onde começou a sua carreira de compositor e cantor em cabarés. No entanto, o apelo de Deus foi mais forte e em 1988 entrou na ordem dominicana por devoção a S. Domingos. Esteve com eles quatro anos, e perante o fascínio por S. Maximiliano Kolbe passou pela ordem franciscana, onde permaneceu quatro anos.

Foi em 1999 quando foi ordenado sacerdote para a diocese de Marselha com quase quarenta anos. Além da música, que agora dedica a Deus, também é escritor de êxito, tendo publicado já seis livros, e ainda poeta.


Fonte: http://bibliotecadomosteiro.com.br/category/destaques/

sexta-feira, 26 de julho de 2013

RAÍZES DO CANTO GREGORIANO


Conheça a história desse canto sagrado, desde sua formação até seu auge e decadência, e algumas de suas principais características.

Texto Original de Fabiana Oliveira: Raizes do Canto-gregoriano.html

O canto gregoriano é a forma mais antiga de música que sobrevive no Ocidente. Também conhecidas como cantochão, são as músicas dos serviços litúrgicos na Igreja Católica Romana. São canções vocais, compostas a partir dos textos bíblicos. Por isso, foram chamados com frequência de “uma Bíblia cantada”. Ligado intimamente à liturgia, o objetivo das melodias do canto gregoriano é favorecer o crescimento espiritual em todos. Para os que os cantam é, sobretudo, um momento de oração. O canto gregoriano surgiu com os primeiros cristãos que, sofrendo inúmeras perseguições, eram obrigados a realizar seus ritos em catacumbas. Ali, sua sensibilidade e espiritualidade se transformavam em música. Em 313, quando o Imperador Constantino concedeu liberdade religiosa aos cristãos, todas as formas de culto mudaram. E em 391, quando a Igreja Cristã foi declarada Igreja do Estado do Império Romano, os cantores profissionais asseguraram que as melodias religiosas se disseminassem através de toda a nova Igreja. O nome canto gregoriano surgiu como uma homenagem ao papa Gregório Magno (590-604), que fez uma coletânea de peças, publicando-as em três livros: Graduale(cantos solos e corais para todas as festas católicas); Kyriale (cantos para as partes fixas das missas); e Antiphonale (cantos, hinos e orações dos monges). Além disso, Gregório também iniciou a Schola Cantorum, um grupo de ministros que se dedicavam exclusivamente às basílicas romanas e que contribuiu enormemente para o desenvolvimento do canto gregoriano. 

O AugeDurante o século 8, o coração político da Europa Ocidental se moveu para o reino dos francos, o que teve repercussões também sobre a música da Igreja. Em 754, Pepino, o Breve, enviou o monge beneditino Chrodegang, bispo de Metz, a Roma. Chrodegang ficou muito impressionado pela liturgia nas missas papais, que estavam no seu cume artístico por aqueles dias. O bispo, sem dúvida, lembrava-se das tradições piedosas em Metz e persuadiu o Papa Estêvão II a acompanhá-lo à França para colocar as coisas em ordem. Cantores romanos (entre eles, o famoso Simeon) seguiram o papa para o Norte, onde introduziram seu repertório. Os cantores francos imitaram seus colegas com grande criatividade: tomaram a estrutura melódica básica (Cantilena Romana) e acrescentaram algumas fórmulas tipicamente gaulesas. Esse processo resultou num incrível enriquecimento musical. Na segunda metade do século 8, a aproximação política entre o reino francês e o papado possibilitou um maior conhecimento da liturgia romana. A coroa francesa decretou, então, sua adoção em todo o reino. Nota-se nesse tempo que os primeiros registros escritos começaram a aparecer primeiramente na França, depois partiu para muito além de suas fronteiras. Apesar das diferenças gráficas, a uniformidade do conteúdo mostra uma leitura única de uma tradição inteira. Os textos (palavras e algumas notações musicais) escritos nos livros transformaram-se em um texto oficial de referência. O fascínio geral do canto romano com sua arquitetura modal passou a atrair os músicos gauleses que, então, utilizaram-no de uma maneira completamente diferente. Inicialmente, os registros serviram como uma espécie de memória para garantir a performance e a interpretação adequada. Os tons musicais ainda eram ensinados “de ouvido”. Com o aumento gradual de indicações nos manuscritos, porém, houve uma diminuição no papel da memória oral. Em conseqüência, o canto gregoriano entrou em total decadência no final da Idade Média: os manuscritos oferecem pouco mais do que “uma sucessão pesada e maçante de notas quadradas”.

O ResgateNo Renascimento, o canto gregoriano foi redescoberto. As melodias foram “corrigidas” pelos estudiosos de música da Igreja, assim como as composições literárias, que são o texto oficial da liturgia romana. A forma que persistiu por 200 anos é conhecido como o “canto simples”. A Abadia Beneditina de Solesmes, na França, entre Les Mans e Angers, foi pioneira na revitalização do canto gregoriano a partir de 1833.  O enorme trabalho empreendido pelos monges resultou em publicações mais tarde declaradas livros oficiais da Igreja Católica Romana.

Canto de louvorO canto gregoriano é geralmente utilizado a serviço das práticas litúrgicas: dos ofícios e da missa. Os ofícios consistem, basicamente, na entoação dos salmos cantados – desde a Idade Média – pelos monges nas chamadas horas canônicas, denominadas: matinas, laudas, primas, terças, sextas, nonas, vésperas e completas. A missa, o ato mais importante da Igreja Católica, organiza-se em torno da Eucaristia. Depois de sucessivas adições e alterações, ela chegou a uma forma em voga até hoje. Assim, apresenta uma parte fixa, “o ordinário”, e outra parte, suprimível, ou executada de acordo com a época do ano litúrgico: “o próprio”. Kyrie, Glória, Credo, Sanctus, Agnus Dei e Ite missa est ou Benedicamus Domino compõem o ordinário. Intróito, Gradual, Aleluia ou Tracto (este cantado durante a Quaresma), Ofertório e Comunhão compõem o próprio. O fato de a missa variar muito, conforme a época litúrgica, explica o grande número de peças que compõem a coleção de cantos.

Tempos contemporâneosEm 1994, houve uma “redescoberta” do canto gregoriano quando foi lançado pela EMI Records, em CD, um disco gravado há mais de 20 anos pelos monges do Mosteiro de Santo Domingo de Silos, norte da Espanha. O disco alcançou o primeiro lugar em vendas em vários países, atingindo a marca de cinco milhões de cópias vendidas. Depois desse sucesso foram lançados vários CDs por monges ou corais leigos de várias partes do mundo. Apesar de o objetivo e características técnicas, por exemplo, permanecerem intactos, é importante dizer que as influências modernas, em dada medida, também atingiram essa música sacra. Admite-se, por exemplo, o acompanhamento de instrumentos musicais, como o órgão, e os cantores não têm de necessariamente ter uma ligação tão estreita com a Igreja. 

A importância do textoO canto gregoriano se baseia antes de tudo sobre o texto. Suas raízes estão nos textos litúrgicos lidos em voz alta. A principal prioridade de qualquer cantor ou coro deve ser sempre a clareza e a inteligibilidade. As palavras, as sentenças e os constituintes são parte de um todo  tem de ser cantadas daquele modo. Para garantir a pronúncia adequada, o canto gregoriano está ligado indissoluvelmente ao latim.

Características Técnicas:

• É o canto oficial da Igreja Católica.
• O texto é em latim.
• A importância é dada ao texto e não à música (o objetivo é propagar a fé e não fazer um recital).
• É prosódico (um tipo de canto falado).
• Não há predominância de vozes, ou seja, é homofônico.
• As melodias são simples com pouca mudança de notas e uma tessitura menor que uma oitava.
• É monofônico (uma única linha melódica).
• É diatônico (escalas sem alteração cromática ou microtonal).
• É modal (escalas de sete sons, ligeiramente diferentes das nossas escalas).
• O ritmo depende das palavras, portanto é livre de fórmulas de compasso.
• É cantado “à capela”, isto é, sem o acompanhamento de instrumentos.
• Não há preocupação com a dinâmica.
• O andamento, geralmente, é lento.
• Os compositores são anônimos.


domingo, 14 de julho de 2013

UM CONFESSIONÁRIO DA ESCOLA ANTIGA REAVIVA A EXPRESSÃO “PERDÃO”



Por Ann Marie Somma da Religion News News


DERBY, Conn. (RNS) O Reverendo Janusz Kukulka não pode dizer ao certo que seus paroquianos estão pecando mais, mas certamente eles estão fazendo fila diante do novo confessionário para lhe contar seus pecados. Durante anos, Kukulka, contentava-se em absolver pecados em uma sala privada assinalada com uma placa de saída à direita do altar de Santa Maria da Igreja Católica da Imaculada Conceição.

Mas algo aconteceu durante a Quaresma deste ano. Pela a primeira vez, Kukulka percebeu realmente que faltavam dois confessionários na parte de trás de sua igreja. Eles haviam desaparecido por quatro décadas, banidos durante os anos 70 para dar lugar a unidades de ar condicionado durante uma renovação inspirada no Concílio Vaticano Segundo. Eles devem ter sido belos, pensou Kukulka. E imaginou as suas portas de painéis de carvalho escuro e formas arqueadas para combinar com a arquitetura gótica da igreja projetada pelo ilustre arquiteto do século IXX, Patrick Keely.

A ausência deles era marcante, especialmente, quando a Arquidiocese de Hartford havia pedido às paróquias para estender os horários de confissão durante a Quaresma, parte de uma campanha de relações públicas para fazer com que os católicos retornassem ao sacramento da reconciliação. Assim, em um domingo Kukulka anunciou o seu desejo à congregação. “Disse-lhes que queria um confessionário visível”, ele contou. Ele recebeu um dentro de uma semana. Os paroquianos Timothy Conlon e Patrick Knott se mexeram rápido para atender o desejo de seu padre. Eles pensaram em construir um confessionário, mas o custo era proibitivo para a paróquia sem grana. Assim, eles recorreram à Internet, onde Conlon encontrou um confessionário antigo à venda em Iowa pelo eBay.

Conlon voou para Iowa e voltou para Derby trazendo o confessionário de carro. A esposa de Knott, Elisa, doou o custo $1.100,00 do confessionário em honra de seus pais, que eram paroquianos devotos da igreja. Uma placa acima do confessionário ostenta seu nome. “É um sucesso!”, disse Conlon. Patrick Knott, que nunca havia se confessado em uma sala privada, disse que uma longa fila se formou em fevereiro, quando Kukulka atendeu a primeira confissão no confessionário. Ele foi o primeiro a experimentá-lo. Recebi o status de celebridade, ele contou. “Não foi nada mal”. Kukulka disse que desde então as confissões estão em alta na igreja.