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terça-feira, 29 de junho de 2021

“Nenhum daqueles que sabe perseverar irá para o inferno” (por - Um Minuto com Maria))

 


Um dia, São Domingos estava a pregar em Carcassonne (no Sul da França), quando lhe trouxeram um herege que, por ter condenado a devoção ao Rosário, estava possuído pelos demônios.

São Domingos, tendo ordenado aos demônios que dissessem se tudo o que ele pregava sobre o Rosário era verdadeiro, eles responderam, berrando, uivando, aos gritos: “Ouçam, cristãos, tudo o que este homem, nosso inimigo, diz sobre Maria e sobre o Rosário é perfeitamente certo”, e acrescentaram: “Maria, a Mãe de Deus é nossa maior inimiga; Ela derruba e destrói todos os nossos projetos: sem Ela, nós teríamos arruinado toda a Igreja, mil vezes”.

Em seguida, confessaram que eles não tinham nenhum poder sobre os servos de Maria e que havia muitos deles que, apesar de suas faltas, na hora da morte se salvaram, invocando o santo nome de Maria. E concluíram dizendo: “Nós somos forçados a declarar que nenhum daqueles que perseveram na devoção a Maria e ao santo Rosário, irá para o inferno, pois a Virgem santíssima obtém dos pecadores, antes de sua morte, um verdadeiro arrependimento”.

Segundo Le chapelet des enfants (O terço das crianças), 5, rue de l’Université - 75007 Paris.

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amén.


domingo, 27 de junho de 2021

“Com a condição que as pessoas rezem com fervor” !!!

 


No dia 27 de junho de 1877, Justyna Szafryńska, então com 13 anos, voltava da Igreja da aldeia de Gietrzwałd (norte da Polônia atual). O Ângelus soou. Ela começou a rezar a oração do Ângelus quando, de repente, diante dela, surgiu uma grande luz e uma silhueta vestida de branco sobre uma acerácea, bem próxima. As aparições iriam terminar no dia 16 de setembro daquele ano.

Desde o início, a menininha contou o que havia visto ao padre, que lhe impôs que retornasse ao mesmo local no dia seguinte. E, novamente, na hora do Ângelus, a acerácea foi envolta por uma luz irradiante. Naquela vez, a Virgem surgiu rodeada de anjos. O Menino Jesus estava sobre o seu joelho esquerdo, trazendo um globo terrestre na mão esquerda.

No dia 30 de junho, Nossa Senhora apareceu, porém, sozinha. Ela se fez ver, igualmente por Barbara Samulowska, a menina de 12 anos que acompanhava Justyna. Bárbara perguntou: “O que é que a senhora deseja, Virgem Santíssima?” ─ E recebeu a seguinte resposta de Maria: “Eu desejo que rezeis o terço todos os dias”. No dia primeiro de julho, Justyna perguntou: “Quem sois vós?” E a Virgem respondeu: “Eu sou a Imaculada Santíssima Virgem Maria.”

A partir do mês de julho, a Virgem passou a aparecer, todas as noites para as duas jovenzinhas, quando estas recitavam o Rosário. “A Igreja do reino da Polônia será liberta?” ─ perguntaram as meninas. “Sim, se as pessoas rezarem com fervor” ─ respondeu a Virgem. Naquela época, a Polônia estava dividida entre a Prússia, a Áustria e a Rússia e, de fato, as aparições contribuíram para o renascimento do sentimento nacional polonês. Mas, além disso, as aparições possuem um alcance universal. Seus frutos foram um autêntico renascimento da vida religiosa, no país.

No dia 8 de setembro de 1877, a Virgem Maria abençoou uma fonte, onde os peregrinos passaram a vir, para buscar água, o que acarreta grande número de curas milagrosas.

No dia 1º de setembro de 1977, o centenário das aparições foi celebrado pelo Arcebispo de Cracóvia, o Cardeal Karol Wojtyła (futuro Papa João Paulo II). Naquele dia, o Bispo da diocese reconheceu, solenemente, a veneração da Virgem Maria em Gietrzwałd, e publicou um decreto validando a credibilidade das aparições. Neste ano vamos celebrar o seu 140º aniversário.

Fonte: Aleteia e Hozana

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 

Façamos conhecer e amar Maria !!!


Em Aveyron-Fr, encontra-se um fragmento do Santo Véu da SS. Virgem Maria !!

 


A cidade de Coupiac (comuna de l’Aveyron, França) possui, já há algum tempo, não inferior a cinco séculos, pelo menos, um considerável fragmento de um véu, que a tradição sempre considerou como tendo pertencido à Virgem Santíssima. A festa oficial de Nossa Senhora do Santo Véu acontece, sempre, no segundo domingo após a Páscoa.

A capela Nossa Senhora de Massiliergues se encontra a 800 metros, ao norte de Coupiac,: nela encontrava-se escondido o Santo Véu, que fora enterrado na areia, durante as Guerras de Religião, no século XVI. Pessoas piedosas conseguiram recuperar a santa relíquia das mãos dos protestantes que haviam devastado a região. As pessoas que a salvaram, esconderam-na no terreno ao lado do cemitério da paróquia. Elas pretendiam resgatá-la após a guerra, mas a morte as impediu. O lugar permaneceu secreto e a relíquia foi esquecida.

A tradição conta que um touro da aldeia vizinha, raspava, continuamente, a terra em volta do cemitério, proferindo gemidos extraordinários. Este touro não se alimentava; entretanto, era muito gordo. Intrigados, os habitantes cavaram aquele lugar. Apesar da umidade e da permanência bem prolongada sob a terra, a relíquia estava em perfeito estado de conservação.

Em 1968, um oratório, destinado a receber o relicário de cobre dourado contendo o Santo Véu, foi acomodado numa dependência do presbitério. A relíquia teria a particularidade de curar os olhos de pessoas com problemas oftalmológicos.

Fonte: Coupiac

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 

Façamos conhecer e amar Maria !!!


sexta-feira, 25 de junho de 2021

Ao redor de Maria, nenhum inimigo persiste..... (fonte: Um Minuto com Maria)

 


Enquanto Filipe Augusto, Rei da França, e o Rei da Inglaterra estão em contenda, disputando a posse do ducado da Aquitânia (sudoeste da França), no dia 24 de junho de 1187, Nossa Senhora dos Milagres, de Déols (vale do Loire), interveio. O Rei da França tendo desejado, ardentemente, a paz, em vão, decide travar batalha para terminar, enfim, a tão longa guerra, por meio de uma ação decisiva.

Os habitantes de Déols, assustados, se prostraram, então, diante da imagem de Maria e, em súplicas, lhe imploraram que impedisse o derramamento de sangue. Enquanto oravam, os dois exércitos estavam frente a frente, em aguçada ordem de batalha; o sinal da luta estava para soar, quando, de repente, o rei da Inglaterra deu passos à frente, com seu filho, e pediu para falar com Filipe Augusto. Este se apresentou e o rei declarou aceitar as condições propostas nas negociações precedentes e a paz foi assinada.

A surpresa, a comoção foi geral; reis e senhores, pessoas e soldados, todos reconheceram um milagre nesta súbita mudança de disposição, no exato momento em que a luta estava iminente. O mesmo sentimento de admiração os uniu em torno da imagem de Maria para abençoá-la. Não havia mais inimigos: franceses e ingleses, todos se tornaram uma só família, tornaram-se irmãos, diante da Mãe de todos, que os protegeu e os salvou da morte.

De: Crônicas de Déols e Biblioteca Nova.


segunda-feira, 21 de junho de 2021

Os dois maiores servos de Maria .......

 


Numa noite do século XIII, São Domingos velava e rezava na basílica de São Pedro, em Roma, e eis que o Senhor Jesus apareceu, no céu, tendo na mão três lanças, disposto a atirá-las contra o mundo. A bem-aventurada Virgem Maria, sua Mãe, prostrando-se de joelhos aos seus pés, suplicava-lhe que perdoasse aqueles que Ele havia resgatado, e que aplacasse e temperasse a sua justiça pela sua misericórdia.

Seu Filho lhe dizia: “Não vede as injúrias que eles me fizeram? Minha justiça não poderia deixar tantos crimes impunes”. E Maria, sua mãe, respondeu: “Como sabeis, vós que tudo sabeis, existe uma forma de levá-los a vós. Ei-la: Eu tenho um servo fiel, enviai-o ao mundo. Ele irá anunciar a vossa Palavra aos homens e eles converter-se-ão e vos irão buscar; tenho outro servo, que lhe darei como ajuda, e ele irá trabalhar na mesma tarefa”. O Filho de Deus disse à sua Mãe: “Vossa visão me desarmou; mas, peço-vos que me mostre aqueles que destinais a uma tão grande missão. (...)

Então, a Mãe de Deus apresentou ao Senhor o bem-aventurado Domingos. “Eu o aceito ─ disse o Filho de Deus ─, ele fará muito bem e com muito zelo tudo o que dissestes”. Maria apresentou-lhe, em seguida, o bem-aventurado Francisco, e o Salvador o aprovou, igualmente.

Ora, o bem-aventurado Domingos, considerando, atentamente, naquela visão, o companheiro que ele ainda não conhecia, encontrou-o no dia seguinte, numa igreja e o reconheceu, segundo o que havia visto durante a noite. Imediatamente, jogou-se em seus braços, e abraçando-o fortemente, junto ao coração, com santa efusão, disse: “Tu és meu irmão de armas: caminharás comigo com os mesmos passos, e nenhum inimigo prevalecerá contra nós”.

Em seguida, contou-lhe a sua visão e, a partir de então, eles passaram a ser um só coração e uma só alma em Deus; e recomendaram a seus filhos que o mesmo deveria ser feito entre eles, sempre, com todo o amor e reverência, e aquele gesto tão simples deixou, sobre o oceano dos séculos, um indestrutível rasto e as duas milícias mendicantes encontraram naquela união, o símbolo de sua eterna aliança. Este é o motivo pelo qual o Patriarca dos Pregadores tem, em nós, franciscanos, seu lugar e a ele nós oferecemos, igualmente, o título de Pai.

Em Les Fleurs Franciscaines (As Flores Franciscanas), 2ª série, página 187


segunda-feira, 14 de junho de 2021

O ESCAPULÁRIO COMO PROTEÇÃO !!!

 


Antes de entrar para o convento, uma jovem foi ao encontro do Cura d´Ars (França), para fazer uma confissão geral. Durante a confissão, o santo sacerdote disse-lhe:

- Você deve se lembrar de um certo baile, do qual você participou há pouco tempo. Neste baile, você conheceu um jovem charmoso, de maneiras distintas, desconhecido por todos os presentes e que estava sendo disputado por todas as moças.

- Sim, eu me lembro disso!

- E você queria que ele a tivesse convidado para dançar, mas ele nunca a convidou, preferindo as outras mocinhas, o que a deixou com ciúmes.

- É verdade, Padre...

- E você, provavelmente, se lembra de que, quando ele foi embora, você viu sob seus pés duas chamas azuis, que você achou que aquilo era apenas ilusão...

- Isso mesmo, Padre.

- Bem, minha filha, aquele jovem era um demônio. E você sabe por que ele não a convidou para dançar? Por causa do escapulário que você tinha sobre o peito e que, por devoção a Maria, você o mantinha como proteção.


segunda-feira, 7 de junho de 2021

Eles se ofereciam como penhor para a liberdade dos prisioneiros!

 


No dia 23 de março de 2018, o coronel Arnaud Beltrame, tendo dado a sua vida para libertar um refém de um islamita, restabeleceu, com o seu gesto, as duas ordens de religiosos “Redentoristas” fundadas no início do século XIII por dois franceses, para libertar os cativos dos Bárbaros: são elas, a ordem da Santíssima Trindade para a Redenção dos Cativos e a ordem da Bem-aventurada Virgem Maria da Mercê, também conhecidas como a ordem dos Mercedários e a ordem dos Trinitários. Duas congregações que existem até hoje.

Em 1194, o provençal Jean de Mata, que nasceu em Barcelonnette (Alpes Franceses), teve uma visão, em que apareciam dois escravos acorrentados; um cristão e um muçulmano. Ele obteve do Papa Inocente III, a autorização para fundar uma comunidade voltada a libertá-los. Entre o início do século XIII e o término do século XVIII, a ordem trinitária conseguiu resgatar 40.000 prisioneiros! Quanto aos mercedários, eles acabam de comemorar seu 800º aniversário e receberam uma mensagem do Papa por esta celebração. O Papa convidou os religiosos a seguirem o exemplo de Maria, criando um elo entre “a humildade e a simplicidade de uma vida reclusa, completamente dedicada a Deus” e “o sacrifício dos antigos padres redentores, que se ofereciam como reféns em troca da liberdade dos prisioneiros”.

Os membros dos Mercedários somavam, aos três votos habituais da ordem, o de pobreza, de castidade e de obediência, um quarto voto. Eles formularam um voto de se entregar, como último recurso, a si mesmos, para libertar prisioneiros que não teriam ninguém que pagasse o seu resgate. Grandes personalidades honraram este compromisso: São Serapião da Argélia ─ arrancaram-lhe as vísceras, partiram seus membros e o estrangularam ─, em 1240; São Pedro Armengol, pendurado na forca, em 1266, e São Raimundo Nonato, martirizado, igualmente, em 1240.

Fonte: La Vie (A Vida)


O rei Luis XIV consagra a França a São José

 


Nós conhecemos o Voto de Luís XIII (Rei da França), consagrando seu país, à Santíssima Virgem, em 1638. Porém, muitos não conhecem a consagração da França a São José, esposo de Maria, no dia 19 de março de 1661, consignação efetuada pelo rei da França, Luís XIV.

No dia 12 de março, daquele ano, três dias após ter assumido o poder, Luis XIV decidiu, sem demora, solenizar o culto a São José, tornando-o feriado nacional em todo o reino. Os poucos bispos que puderam ser contatados a tempo, formalizaram o seu acordo. No dia seguinte, 13 de março, durante a reunião do Conselho d´En Haut (do Alto), o Rei proibiu que se trabalhasse no dia 19 de março, a partir de 1661. Este fato é conhecido e divulgado por todos os historiadores do Grande Século, que não se surpreenderam nem um pouco, pela rapidez da decisão do Rei.

E, na manhã do sábado, 19 de março de 1661, na capela do Louvre, o Rei Luís XIV, consagrou a França a São José.

Até a Revolução Francesa, a consagração nacional da França a São José, era celebrada em todo o reino. Após a revolução, ela jamais foi efetuada nem renovada.

Por Chrétiens magazine. E também em: Consécration, puissance, douceur, responsabilité (Consagração, poder, ternura, responsabilidade)


domingo, 6 de junho de 2021

« A Virgem Santíssima vem me buscar »

 


Na década de 1950, um casal muito cristão, um dos principais editores parisienses, permaneceu 17 anos sem ter filhos. Por meio de orações, tendo obtido a graça de Deus, o casal conseguiu ter uma filhinha. Seu nome era Marta.

Esta criança, que os esposos amavam, apaixonadamente, era para eles a própria e completa alegria. Primorosa pela graça, ternura, religiosidade, a menininha se distinguia, sobretudo, pela ardente devoção à Santíssima Virgem Maria. Ela era um lírio lindo demais para a terra... Deus decidiu levá-la para o Paraíso.

Ela tinha quinze anos, então. Seus pais, em copiosas lágrimas, choravam ao lado da cama da jovem que estava morrendo. Marta mantinha-se, como sempre, delicada, gentil, paciente e sorridente. De repente, seu rosto se iluminou com uma alegria celestial: “Não chorem" ─ disse ela aos pais ─ “Eu estou vendo a Santíssima Virgem que está vindo me buscar, com os anjos”. Em seguida, a criança expirou.

Segundo Le chapelet des enfants (O terço das crianças)


sábado, 5 de junho de 2021

“É a Virgem Maria mesmo!”

 


São Filipe Néri (1515-1595, italiano) era, frequentemente, consultado pelos bispos, para que reconhecesse a autenticidade dos místicos.

Um dia, um de seus penitentes lhe confiou que a Virgem Santíssima vinha visitá-lo, em seu quarto, à noite, o que o enchia de alegria e de luz!... Então Filipe lhe disse: Ouça, a próxima vez que ela vier, cuspa no rosto dela...

Na noite seguinte, a aparição lhe falou sobre Deus... Porém, lembrando-se da promessa feita a seu diretor espiritual, ele começou a cuspir-lhe no rosto... A visão desapareceu imediatamente, numa nuvem de enxofre... (era o demônio).

Na mesma noite, ele tornou a acordar e o quarto estava cheio de luz, com uma nova aparição a lhe sorrir... Desta vez, ela não estava sentada sobre o leito do rapaz, mas, num ângulo do quarto e, como ele queria cuspir nela, novamente, ouviu a voz que lhe dizia: Cuspa se quiser. Ele não pôde fazê-lo, porque a aparição estava muito afastada dele... Mas, ela o felicitou pela obediência ao seu diretor espiritual...

Esta é, verdadeiramente, a Virgem Maria, declarou o Padre Néri.

Em l’Etoile Notre Dame (A Estrela Nossa Senhora), n° 148, de outubro de 2006


sexta-feira, 4 de junho de 2021

“Ele rezava à Nossa Senhora com gratidão”

 


Na sexta-feira, 23 de março de 2018, o Tenente-coronel da gendarmaria, Arnaud Beltrame, de 44 anos, para salvar uma jovem refém de um islamita, deu a sua vida, em troca, fato ocorrido num supermercado da cidade de Trèbes, em Aude (França). O assaltante o degolou. O padre que o havia acompanhado durante a sua recente preparação para o casamento católico, que se daria em junho, dá o seu testemunho:

“Caro Monsenhor, caros irmãos e irmãs, vós todos estais a par da alegria que senti, por ter estado no hospital, junto ao Coronel Arnaud Beltrame e sua noiva, Marielle, então, já casados no civil. Estávamos reunidos, os três, como se já tivesse chegado o momento do casamento, que eu deveria abençoar muito em breve. No entanto, em vez disso, o que celebramos, foi a unção dos enfermos no local.

Louvemos ao Senhor pela força que Ele concedeu a este homem e oficial, lembrando o “gesto generoso e heroico” do tenente-coronel Arnaud Beltrame. (...) Vós conheceis a sua bela carreira militar. Porém, o mais importante, é que ele não escondia a alegria que Deus lhe concedera, quando descobriu a fé católica. Beltrame ─ conta o sacerdote, na página Famille Chretienne ─, “viveu uma autêntica conversão, em 2008, aos 33 anos de idade. Recebeu a Primeira Comunhão e a Crisma depois de dois anos de catecumenato, em 2010”. Nós falávamos muito sobre o casamento, a evangelização, sobre o demônio e outros assuntos.

Intelectualmente brilhante, ele seguiu uma preparação para o casamento, exigente, com tanta seriedade, que força a minha admiração. Arnaud era inteligente, esportista, conversador e carismático, e gostava muito de falar sobre a sua conversão ─ acrescenta. Ele nos marcou pela sua vivacidade e sua contagiante alegria. Loquaz, era quase tagarela. Às vezes, eu tinha que interrompê-lo para que Marielle pudesse se exprimir. E ele o fazia, olhando-a sorridente e carinhosamente, pois este soldado de elite se derretia diante daquela que amava.

Sua declaração sobre a intenção de se casar na igreja, casamento que eu deveria celebrar no dia 9 de junho próximo, perto de Vannes, é admirável. O texto que escreveu, apenas 4 dias antes de sua morte heroica, prova a sua adesão incondicional e fervorosa à fé católica. E ele reza, de forma particular, a Nossa Senhora, com gratidão, pede o auxílio a São Miguel e toma São José como modelo. (...)

Arnaud sabia do risco louco que corria, entregando-se como refém ao terrorista. Mas o fez, para salvar uma vida, muitas, talvez, pois este era o seu engajamento de oficial de gendarmaria e de cristão. A crença do jihadista lhe ordenava matar. A fé cristã de Arnaud o convidava a salvar, oferecendo a própria vida caso fosse preciso. (...) Então, com Arnaud, e como ele, estejamos prontos ao sacrifício de nossas vidas por amor a nossos irmãos! Aonde existe ódio, vamos colocar o amor. Onde houver dúvida, coloquemos a fé. Onde houver desespero, coloquemos a esperança. Assim seja!” 

Padre Jean-Baptiste, cônego regular na Abadia Saint-Marie de Lagrasse (Aude, França),

Trechos de seu testemunho, na Igreja Saint-Sulpice, em Paris, na missa do coronel Beltrame, no dia, 28 de março de 2018.


quarta-feira, 2 de junho de 2021

Corpus Christi, a festa da grandeza e da pequenez!!!

 


A solenidade de Corpus Christi é celebrada na Quinta Feira após o Domingo da Santíssima Trindade. Foi a Bem-aventurada Juliana de Mont Cornelon, perto de Liège, na Bélgica que teve a inspiração de pedir a instituição desta festa.

Na vida da Bam-aventurada conta-se que aos 16 anos teve pela primeira vez uma visão que se repetiu diversas vezes enquanto estava em suas adorações eucarísticas.

Ela via lua no seu pleno esplendor, mas com uma faixa escura que a atravessava. Nosso Senhora então explicou que a lua simbolizava a vida da Igreja sobre a terra, a faixa escura representava a ausência de uma festa litúrgica que honrasse de modo particular a Eucaristia.

Nosso Senhor então pediu que a religiosa trabalhasse para instituir uma festa na qual os fiéis pudessem adorar a Eucaristia para aumentar a fé, crescer na prática das virtudes e reparar os pecados cometidos contra o Santíssimo Sacramento.

Bem-aventurada Juliana foi incompreendida e até perseguida pelo clero. Faleceu em 1258, na capela onde estava exposto o Santíssimo Sacramento. Morreu antes de ver a Festa do Corpo de Cristo estendida por toda a Igreja.

Uma amiga e confidente da religiosa, Eva, continuou a obra e obteve do Bispo de Liège que falasse com o Papa Urbano IV. Este então mandou compor o Ofício do Santíssimo Sacramento. Coube a São Tomás de Aquino esta obra, que perdura até os dias de hoje.

Urano IV falece em 1264 e a festa de Corpus Christi atrasou quase quarenta anos.

Foi só em 1311 que o papa Clemente V, durante o Concílio de Viena, estendeu a festa para toda a Igreja, e ele mesmo presidiu nesta cidade a primeira procissão do Santíssimo Sacramento!

Festa da grandeza

A grandeza da Eucaristia é expressa nesta solenidade.

– É a Carne e o Sangue do Salvador;

– O Sacramento de união com Deus;

 – É a participação da vida divina;

 – O pão da vida descido do céu;

 – É o maná da imortalidade.

Ora, tudo que vive precisa de alimento. Nossa alma tem uma vida espiritual da qual só Deus pode ser o alimento; eis porque Ele se proclama “o Pão descido do céu.”

O maná dos hebreus era um alimento milagroso, que tomava o gosto preferido de quem o comesse. Era preciso diariamente renovar as provisões, pois, ao nascer do sol, o maná caído do céu, dissolvia-se num instante.

Pois bem, o maná do católico é a Eucaristia, que dá a cada um a força e a graça de que precisa. Para este é luz, para aquele outro é consolação, e para muitos é generosidade. E deveria ser recebido diariamente, o quanto possível, antes que o vento das tentações se levante.

É uma grandeza escondida que deve ser realçada, exaltada e manifestada a todo católico. Por isso temos Corpus Chirsti.

Pequenez

Notem bem que a Eucaristia é divinamente grande em seus efeitos, mas humanamente pequena em suas aparências.

Uma migalha de pão, um pouco de vinho, um sacerdote que diz umas palavras, e, embora vejamos pão e vinho, já se mudaram na substância em Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo.

Neste pequeno espaço da Hóstia, está reunido o céu inteiro! É dai, deste silêncio, que raios de luz iluminam todas as criaturas.

Uma pequena Hóstia está ali sobre o altar. Os olhos humanos veem apenas o pão mas os Anjos do céu contemplam a divindade, em todo o seu esplendor, numa visão face a face, tão deslumbrante, que olhos humanos são incapazes de suportar.

Enquanto nós enxergamos apenas uma Hóstia branca, a realidade é a glória, a majestade e o poder do trono do Altíssimo. Que contraste entre a realidade e as aparências! É preciso manifestar esta pequenez! É preciso tirar do esconderijo este “Deus escondido” e mostra-lo ao mundo.

Conclusão

É por isso que na solenidade de Corpus Christi, seja numa pequena vila, seja numa grande metrópole, o Santíssimo Sacramento é levado em procissão, em triunfo, aclamado como Rei e conquistador. É o triunfo da Eucaristia, ou melhor, o triunfo da humildade. Este é o desejo do Senhor.

Por que tanta pompa a Jesus, se ele foi sempre pobre nesta vida? Ora, porque este foi seu desejo expresso na própria bíblia. Ele, sempre tão pobre e tão humilde, durante a sua vida mortal, exigiu para a instituição da divina Eucaristia, na última ceia, uma sala ricamente ornada (Lc 22 12) .

Para morar se contentava com uma humilde casa mas, para a sua Eucaristia, quer um edifício, que se impõe pela grandeza. Por que esta exigência? Para ensinar por todos os séculos, as honras devidas à Eucaristia. E assim os homens, vendo o pão, possam rezar: “Verdadeiramente tu es Deus Escondido” (cf Is 45,15)


terça-feira, 1 de junho de 2021

Rodolfo, conde da Alsácia........

 


Tendo deixado o mundo, tornando-se religioso franciscano, Rodolfo, conde da Alsácia (França, século XIII), era muito devoto da Mãe de Deus. No momento em que estava para morrer, veio-lhe à lembrança a vida que levara no mundo e o pensamento do julgamento, chegando-lhe ao espírito, fez com que ele duvidasse da Salvação de sua alma. E o temor o perseguia.

Então, Maria, que não se esquece de seus servos, em suas angústias, se apresentou ao moribundo, rodeada por um cortejo de santos, dirigindo-lhe as seguintes palavras: Meu querido, vós vos consagrastes a Mim, por que, então, temer a morte?

Ao ouvir estas palavras, o servo de Maria, aliviado de um grande peso, expulsou os seus terrores e morreu contente, em grande paz. Estejamos, nós, igualmente, em absoluta paz, confiantes de que, na hora da nossa morte, Maria virá nos assistir.

D’après le chapelet des enfants (Segundo o Terço das crianças)