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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Em outubro, Moscou comemora a festa de Nossa Senhora dos Iberos…

 


Os iberos (ou ibéricos) aqui citados, não são espanhóis, mas sim, os georgianos que se instalaram no mosteiro de Iviron, no Monte Atos.

O ícone de Nossa Senhora dos Iberos que remonta, pelo menos, ao século IX, fora escondido por uma piedosa viúva da cidade de Nicéia, durante a perseguição iconoclasta ocorrida durante o reinado do imperador Teófilo (829-842). Um dos iconoclastas, tendo descoberto o ícone sagrado, perfurou-o com a sua lança. O ícone começou a sangrar. (Desde então, ele é representado com uma pequena marca preta na face da Virgem).

A viúva conseguiu convencer os soldados a não destruir a imagem sagrada, pelo menos, até o dia seguinte. Durante a noite, ela lançou o ícone ao mar e este navegou, sobre as ondas, chegando ao Monte Atos. Os monges, tendo percebido uma coluna de fogo que se elevava do mar para o céu, desceram até a praia e encontraram o ícone, de pé, erguido sobre a água. Eles o colocaram, imediatamente, na igreja, mas a imagem era encontrada todas as manhãs, na porta do mosteiro. A Mãe de Deus revelou ao irmão Ibero, que a encontrara, que ela desejava assegurar a proteção do mosteiro. Assim, a partir de então, a imagem foi colocada na entrada do mosteiro dos iberos e nomeada "Portaitissa", que significa "a porteira”, “a que se ocupa da proteção, a que deseja permanecer à entrada”.

Uma cópia do ícone foi levada para Moscou, no dia 13 de outubro de 1648. Esta cópia, milagrosa (pois, muitos milagres foram manifestados desde a sua chegada ao Mosteiro Novodevichy em Moscou), é um dos ícones mais venerados da Rússia. A festa da sua translação, na Igreja Russa, é comemorada no dia 13 de outubro. O ícone fica exposto no mosteiro, à veneração dos fiéis, durante os dias festivos.


A imagem indestrutível de N Sa nossa Mãe Maria !!!

No coração do Piemonte, Itália, a pequena cidade de Ivrea abriga a casa-mãe de uma congregação de Freiras. Nesta, se venera uma pintura da Virgem Maria, cuja história merece ser contada. A tela consiste em uma placa de forma oval, de cerca de 30 cm de comprimento, na qual está representada a Virgem Imaculada esmagando a cabeça da serpente.Em 1859, esta pintura fazia parte de um mobiliário a ser vendido, depositado em Turim, na casa de um valdense (nascido na região de Vaud, cantão da Suíça) chamado Albert Pizio. No dia 8 de dezembro, amigos vieram comprar algumas peças do mobiliário. Um deles, ao perceber o quadro religioso, zomba de Albert Pizio, que o havia preservado e, achando um machado ao alcance da mão, se apossou do mesmo, para destruir a imagem.Os dois primeiros movimentos não surtiram efeito. Então, furioso, ele desferiu um terceiro golpe, com tanta força, que o machado quebrou, mas o quadro permaneceu intacto. Vendo o fogo aceso na lareira da sala, esse alucinado lançou a tela ao fogo, e ela começou a chamuscar. Mas, pasmem, o fogo queimou, apenas, as bordas da tela, respeitando a imagem sagrada que não sofreu nenhum dano. Logo depois, a esposa de Albert Pizio, também valdense, jogou álcool no quadro, ateando-lhe fogo, com o intento de destruí-lo. O resultado foi o mesmo, e a imagem da Virgem Imaculada permaneceu intacta.Os esposos, finalmente, tocados, relataram o fato a um padre que os aconselhou a levar a pintura ao convento das Freiras da cidade. Esta pintura permaneceu lá, até 1942. Porém, durante os bombardeios que assolaram Turim, ela foi levada a Ivrea, onde continua a ser objeto de veneração de todos, naqueles arredores...J-P. Osmont dans Présence de l'Invisible (Presença do Invisível)