O início do aldeamento em Barueri
remonta ao ano de 1560, quando, em 18 de agosto, a Fazenda Baruery foi doada
por Jerônimo Leitão. Acusado por proteger índios, o fazendeiro doou as terras
aos jesuítas, entre eles José de Anchieta que, de posse de uma carta de
sesmaria, fundou, em 11 de novembro de 1560, o Aldeamento de Baruery, com
índios Guaianazes (do litoral de São Vicente) e Guaicurús (do Planalto de
Piratininga).
Uma capela foi erguida onde
existe o bairro da Aldeia de Barueri, e a primeira missa realizada por Anchieta
data de 21 de novembro de 1560. Foi quando o jesuíta considerou Nossa Senhora
da Escada como padroeira do aldeamento. A imagem da santa, esculpida em
cerâmica, foi trazida de Portugal. Com a fundação do vilarejo de Sant´Ánna de
Parnayba, em1580, a harmonia entre índios e jesuítas ficou ameaçada pelas
constantes investidas dos bandeirantes, que capturavam índios para utilizar
como mão-de-obra escrava. Para reconstituir a população que estava sendo
dizimada, o padre Affonso Gago, no início do século XVII, começou a fazer
expedições pelo sul do país, trazendo para Baruery, índios Carijós. Baruery era
a mais importante aldeia jesuística do Brasil.
Em 1632, com a saída de João de
Almeida (que comandou o aldeamento por 22 anos) os vereadores da Vila São Paulo
passaram a encontrar irregularidades no aldeamento, então sob a administração
de João de Ocampo y Medina, recém chegado do Paraguai. Havia uma lei de 1611,
dizendo que qualquer padre só poderia administrar o aldeamento após três anos
residindo no Brasil. Isto tornava a administração de Ocampo y Medina irregular.
Liderados pelo vereador Antonio Raposo Tavares, um grupo de ouvidores esteve em
Baruery, e constatou que o administrador era ilegal. Corria o ano de 1633. Cabe
lembrar que a Câmara era constituida, na época, por ex-bandeirantes, com
histórico de muitas investidas contra missões jesuísticas.
A capela foi fechada e, de posse
de uma lista com 64 assinaturas de moradores da região, interviram no
aldeamento, expulsando os jesuítas. Data desta época um relatório de Ocampo,
afirmando que a capela foi reaberta, provocando violenta represália por parte
do grupamento de oficiais, liderados pro Antonio Raposo Tavares. A capela foi
depredada, seus móveis e utensílio foram atirados ao rio e os índios feito
escravos. A contradição do relatório está no fato de que, na semana seguinte, a
capela foi reaberta e foram realizadas missas no local.
Diz a lenda que, neste ataque,
alguns índios conseguiram fugir. Na correria, acabaram encurralados em um barranco,
onde a morte era certa. Quando tudo estava perdido, os índios viram Nossa
Senhora da Escada, indicando-lhes um caminho feito por uma escada de embira,
por onde escaparam. Ainda neste ataque, em julho de 1633, sabe-se que os
bandeirantes atiraram as imagens da igreja no rio Tietê. O rio corre de leste
para oeste, passando por Baruery, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus.
Noventa e dois anos após este assalto, em 6 de agosto de 1725, José de Almeida
Naves, que tinha um sítio em Pirapora do Bom Jesus, achou uma imagem,
supostamente, uma das atiradas pelos bandeirantes durante o assalto à capela de
Nossa Senhora da Escada. da Aldeia à Pirapora existe a distância de 30
quilômetros.O início do aldeamento em Barueri remonta ao ano de 1560, quando,
em 18 de agosto, a Fazenda Baruery foi doada por Jerônimo Leitão. Acusado por
proteger índios, o fazendeiro doou as terras aos jesuítas, entre eles José de
Anchieta que, de posse de uma carta de sesmaria, fundou, em 11 de novembro de
1560, o Aldeamento de Baruery, com índios Guaianazes (do litoral de São
Vicente) e Guaicurús (do Planalto de Piratininga.
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