Há certos homens, ao longo da História, cuja
grandeza ultrapassa qualquer lenda. Homens que parecem ser objeto de uma
especial predileção de um Deus comprazido em adornar suas almas com o brilho
das virtudes e de raríssimos dons.
Desde toda a eternidade, quando a Encarnação do
Verbo foi determinada pela Santíssima Trindade, Deus Pai quis que a chegada de
seu Filho ao mundo fosse revestida com a suprema pulcritude que convém a um
Deus. Apesar dos aspectos de pobreza e humildade com os quais haveria de se
mostrar, Ele deveria nascer de uma Virgem concebida sem pecado original,
reunindo em si as alegrias da maternidade e a flor da virgindade. Mas era
indispensável a presença de alguém capaz de assumir a figura de pai perante o
Verbo de Deus feito homem. Para isso, bem podemos aplicar as palavras ditas
pelaSAO JOSE..jpgEscritura sobre o Rei Davi: "O senhor procurou um homem
segundo seu coração". Este homem foi São José.
Para formarmos uma ideia de quem foi São José,
precisamos considerar que ele foi esposo de Nossa Senhora e pai adotivo do
menino Jesus. O esposo deve ser proporcionado à esposa. Ora, quem é Nossa
Senhora? Ela é, de longe, a mais perfeita de todas as criaturas, a obra-prima
do Altíssimo. Se somarmos as virtudes de todos os anjos, de todos os santos e
todos os homens até o fim do mundo, não teremos sequer uma pálida ideia da
sublime perfeição da Mãe de Deus. O homem escolhido para ser o esposo dessa
excelsa criatura devia possuir uma virtude maior que a dos antigos patriarcas.
Eis a grandeza de alma que devia ter o Esposo da Mãe de Deus!
Sua missão, como pai do Menino Jesus, consistiu
em ser a imagem de Deus Pai aos olhos do próprio Filho de Deus! Na simplicidade
da vida cotidiana, São José exercia como chefe da Sagrada Família, uma
verdadeira autoridade sobre o Filho de Deus.
Quem iria responder às perguntas de Deus? Esta
graça só foi concedida a São José, varão humilde e puro. Imaginemos o Menino
Jesus parado diante dele e indagando como fazer tal coisa. E São José, mera
criatura, ciente de que é Deus quem pergunta, dá o conselho!
Consideremos São José como modelo de castidade
e de força; um varão de santidade inimaginável, no qual Deus reuniu, como num
sol, tudo quanto os demais santos juntos têm de luz e esplendor.
Todas as glórias se acumularam neste varão
incomparável.
Houve, também, no Antigo Testamento um
personagem chamado José, filho do Patriarca Jacó que chegou a ser vice-rei do
Egito. Em tempo de fome, o Faraó mandava os egípcios se dirigirem ao sábio José
para que ele distribuísse os alimentos, dizendo-lhes: "Ide a José"!
Da mesma maneira, podemos ouvir a voz de Deus que nos diz durante nossas
dificuldades: "Ide a José"! Assim como José foi vice-rei do Egito e o
mais importante do reino depois do Faraó, Deus constituiu São José, vice-rei da
Igreja, quer dizer, senhor e cabeça de sua casa, custódio e administrador de
todos os seus bens.
Quem poderá calcular o poder de intercessão de
São José junto à Maria Santíssima e a seu Divino Filho? Seu patrocínio e poder
de intercessão são superiores aos de todos os demais santos, sem dúvida alguma.
São José tudo pode diante do Divino Redentor.
Certamente, Jesus, que lhe foi submisso durante
sua vida terrena, seguirá sendo-lhe obediente por toda a eternidade...
Imploremos, sempre, sua poderosa intercessão!
Por Ir. Cintia Louback, EP - (Do Instituto Filosófico-Teológico Santa Escolástica)
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