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terça-feira, 12 de junho de 2018

Em Bahreïn, Nossa Senhora da Arábia…



Daqui a alguns dias, será inaugurada, em Bahrein (uma das monarquias petroleiras do Golfo pérsico), a construção de uma grande catedral, capaz de acolher mais de 2 mil fieis, num país que conta hoje, com aproximadamente 80.000 católicos. Segundo Monsenhor Camilo Ballin, vigário apostólico da Arábia do Norte, os trabalhos deveriam durar quatro anos. Assim, a partir do ano 2021, a catedral que será colocada sob a proteção de Nossa Senhora da Arábia, irá testemunhar a presença cristã sobre o solo muçulmano, de uma das mais poderosas monarquias petroleiras.

Se o Islã domina enormemente a paisagem política e religiosa de Bahrein ─ onde sobrepuja a religião do Estado e a Sharia (lei islâmica), fonte de todo o direito ─ existe, entretanto, um pouco mais de 8% de cristãos no Bahrein. E este número está em pleno crescimento: nos países onde existe o vicariato apostólico (Qatar, Arábia Saudita, Kuwait), as populações cristãs representam milhões, precisa Monsenhor Ballin. A grande maioria desses cristãos se oriunda da imigração, especialmente os filipinos, e muitos deles, indianos. Trazidos e somados à população, a imigração foi provocada pela forte necessidade de mão de obra no país, que construiu sua riqueza fundamentada no petróleo.

Nossa Senhora da Arábia tem, igualmente, a ambição de se tornar um polo de formação espiritual. Os padres poderão, por exemplo, acompanhar retiros ou, mesmo, ministrar cursos de catecismo. (...) Esta catedral responde, então, a uma verdadeira necessidade espiritual.

Podemos visualizar, nesta iniciativa, o sinal de abertura do Reino de Barhein ao pluralismo religioso.

Fonte: Aleteia

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