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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Ao lado de Egidia, surgiu a Madona para reconfortá-la............

 


Em Bra, cidadezinha da província de Cuneo, pertencente, desde sempre, à diocese de Turim (Itália), na noite de 29 de dezembro de 1336, uma jovem esposa, estando para dar à luz, passava ao lado de uma coluna votiva, dedicada à Virgem, na periferia da aldeia. Dois soldados, pertencentes a uma companhia de mercenários, que percorriam os campos em todos os sentidos, estavam de emboscada.

Egidia Mathis (o nome da jovem senhora), vendo-se agredida pelos dois, que tencionavam violentá-la, apesar da gravidez avançada, se agarrou, desesperada, à coluna onde estava pintada a imagem da Madonna, invocando a sua ajuda. De repente, jorrou um clarão de luz da imagem, cegando os dois soldados que, aterrorizados, fugiram precipitadamente. Em seguida, a Madonna apareceu a Egidia, reconfortando-a por alguns minutos, assegurando-lhe que o perigo havia passado.

A virgem desapareceu, mas devido ao medo e à emoção, Egidia deu à luz, lá mesmo, ao pé da coluna. Com o recém-nascido, envolvido na sua echarpe, a jovem mãe conseguiu chegar a uma casa das proximidades. A notícia do acontecimento prodigioso logo se espalhou pela aldeia: apesar da hora tardia, as pessoas foram correndo até o lugar da agressão e da aparição.

Em lá chegando, um espetáculo extraordinário surpreendeu a multidão: a coluna estava circundada por um bosque com densos arbustos de ameixeiras-bravas, que, de improviso, se cobriram de flores brancas, apesar do rigoroso inverno daquele final de dezembro. Desde então, a floração se repete, todos os anos, nos mesmos dias.

Vittorio Messori

Em Hypothèses sur Marie (Hipóteses sobre Maria)

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