“Ao entrar em casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e,
prostrando-se, o homenagearam. Em seguida, abriram seus cofres e ofereceram-lhe
presentes: ouro, incenso e mirra.” (Mt 2, 11)
Não foram as autoridades religiosas de Jerusalém que vieram prostrar-se diante dele ─ embora elas tenham sido alertadas ─, mas, os sábios do Oriente. Assim como os pastores passaram diante dos descendentes de Davi, assim os Magos passaram diante das autoridades religiosas de Jerusalém.
Para José, o justo, correto, lá não estava a manifestação da ordem da sabedoria divina? Os pobres e pequenos, os humildes passam diante daqueles que estão satisfeitos consigo mesmo; então, os pastores e os Reis Magos são exatamente, esses pobres e humildes, esses “famintos”.
Não foi o que Maria havia profetizado no seu Magnificat? “Dispersou os homens de coração orgulhoso. Depôs poderosos de seus tronos, e os humildes exaltou. Cumulou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias.” (Lc 1, 51-53)
Trechos do livro de Padre Marie-Dominique Philippe, fundador
da comunidade Saint-Jean
(São João), Le mystère de Joseph, (O mistério de José)
edições Saint-Paul, Paris, 1997.