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domingo, 3 de janeiro de 2021

Salvo porque havia cultivado grande compaixão pelas dores de Maria !!!!!

 


Em 1531, havia, em Roma, um senhor tão nobre, pelo nascimento, como vil e depravado pelos costumes. Ele fizera pacto com o demônio, a quem havia servido como escravo, durante sessenta anos seguidos, com toda sorte de desordem e de pecados gravíssimos, sem se aproximar dos sacramentos.

Estando para morrer, Jesus Cristo, para usar com ele de misericórdia, ordenou a S. Brígida, que pedisse a seu diretor espiritual que o visitasse, exortando-o a confessar-se. Porém, apenas na terceira visita do confessor, o enfermo abriu o coração, e, enternecido, começou a chorar, dizendo: “Mas, como poderei ser perdoado? Durante sessenta anos servi ao demônio, dele me fiz escravo e tenho a alma carregada de inúmeros pecados!”

“Meu filho ─ respondeu-lhe o Padre, animando-o ─, não duvides; se te arrependeres, prometo-te o perdão em nome de Deus”. Começando, então, a ter confiança, disse o infeliz ao confessor: “Meu Pai, eu me julgava condenado e desesperava da minha salvação; mas, agora, sinto uma profunda dor dos meus pecados e, visto que a esperança de ser perdoado me é permitida, eu quero me confessar!”

Com efeito, confessou-se, no mesmo dia, quatro vezes, com muita contrição. (...) Depois de sua morte, Jesus Cristo falou novamente com S. Brígida e disse-lhe que aquele pecador fora salvo, que estava no purgatório e devia a salvação à intercessão da Virgem, sua Mãe, pois apesar da vida perversa que levara, tinha conservado a devoção às suas dores, recordando-as, sempre, com compaixão...

Santo Afonso Maria de Ligório

Em Glórias de Maria

Segundo Le chapelet des enfants (O terço das crianças)


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