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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Como Nossa Senhora a SS. Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, salvou a Igreja no Egito (Sec. X)

 


Naquela época, no Egito, o governador Al-Mu'iz Li-Din Illah (932-975) tinha grande interesse pelas controvérsias religiosas. Ele reunia frequentemente os chefes religiosos das comunidades muçulmanas, cristãs e judaicas para que debatessem suas ideias e crenças diante dele.

Um membro próximo a Al-Mu'iz provocou uma controvérsia entre os representantes das comunidades cristãs e judaicas. Nesta ocasião, sugeriram ao califa que colocasse os cristãos à prova, referindo-se a um versículo do Evangelho de São Mateus (17, 20): “Em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível”.

O califa Al-Mu'iz chamou Amba Abram o Sírio e pediu-lhe que provasse que as palavras do Cristo eram verdadeiras e que a religião do Cristo era correta, movendo a colina de Mokattam para o leste, o que permitiria a extensão da nova cidade do Cairo.

Caso ele recusasse a realização do suposto prodígio ou expusesse a incapacidade de realizá-lo, a comunidade cristã teria que escolher entre uma das alternativas seguintes: converter-se ao islamismo ou deixar o Egito. O patriarca, apavorado, pediu e obteve, do califa, um prazo de três dias, antes de lhe responder. Pediu, então, a Deus que o inspirasse e conclamou o povo copta e toda a Igreja do Egito a jejuar com ele, naqueles três dias, e a rezar com fervor, para afastar tal adversidade. Na madrugada do terceiro dia, a Virgem Maria apareceu, em sonho, a Amba Abram, dizendo-lhe: “Não tenha medo, fiel pastor, (...) as lágrimas que você derramou nesta igreja, os jejuns e as orações não foram em vão. Purifique-se e vai até a porta de ferro que dá acesso ao mercado. Lá, você encontrará um homem zarolho (cego de um olho) (São Simão, o curtidor, o sapateiro, muito conhecido dos Coptas do seu tempo), carregando uma jarra de água. Será por meio dele que o milagre acontecerá”.

O patriarca Amba Abram o Sírio encontrou o homem que a Virgem Maria lhe havia indicado. Explicando-lhe que a Virgem o encarregara de ir ao seu encontro, insistiu: Esta é uma ordem da Mãe da Luz! São Simão respondeu com toda humildade: Se a Mãe da Luz decidiu me encarregar desta missão, eu me coloco inteiramente às suas ordens. Em seguida, Amba Abram explicou de que forma o milagre poderia ocorrer:

“Você, seus bispos, sacerdotes e diáconos subirão até o alto da colina, levando as bíblias com as mãos para o alto, crucifixos, archotes e incensórios. Peça, também, ao califa para subir com vocês até o alto da colina, em procissão, e de se colocar diante de vocês, quando chegarem ao topo. Eu estarei entre o povo, atrás de vocês, e ninguém me reconhecerá. Celebrem a santa missa e após a comunhão eucarística repitam com todo o povo, em espírito de humildade e com um coração partido, cem vezes voltado para o leste, cem vezes, para o oeste, cem vezes para o norte e cem vezes para o sul: Kyrie Eleison (Senhor, tende piedade de nós). Em seguida, em silêncio, adorem a Deus, de joelhos e com as mãos erguidas para o Altíssimo. Aí, então, façam o sinal da cruz sobre a colina, três vezes seguidas, e vocês verão a glória de Deus.”

Tudo se passou como Simão havia pedido e, assim que o primeiro sinal da cruz foi efetuado pelo Patriarca, sobre a colina, ocorreu um grande tremor de terra e a colina se ergueu, logo, logo, tornando a cair. Isto se deu a cada sinal da cruz.

O califa e seus próximos foram tomados pelo medo e o califa gritou: Deus é grande; que Seu nome seja abençoado. Suplicou a Amba Abram que aplanasse a colina, com medo que esta esmagasse a cidade e, quando tudo voltou ao normal, deu a Abram o direito de ficar no Egito e a autorização para reconstruir inúmeras igrejas, das quais a de São Markorios Abu Sifein, do Velho Cairo.

FONTES:

Segundo a Biografia de São Simão, o curtidor, o sapateiro, publicada pela Igreja São Simão, Mokattam, Cairo.

Trecho de um artigo de Mohamed Salmawy publicado no AL-AHRAM Hebdomadário, Semana de 8 a 14 de março de 2000

domingo, 7 de novembro de 2021

Se vocês soubessem rezar a Ave Maria … !!!

 


Jesus diz : “Bem-aventurados os lábios e as regiões que rezam a Ave Maria.

Ave: eu te saúdo. Desde o menor ao maior, do filho ao pai, do inferior ao superior, todos são obrigados, pela lei da cortesia humana, a pronunciar com frequência esta saudação respeitosa, cheia de considerações, ou amorosa, de acordo com as circunstâncias. Meus irmãos e irmãs, vós não podeis recusar este ato de amor reverente à mãe perfeita que temos no céu.

Ave Maria. Eu te saúdo, Maria. É uma saudação que purifica os lábios e o coração, porque não podemos dizer estas palavras, de maneira pensativa e sincera, sem nos sentirmos e nos tornarmos melhores! É como se nos aproximássemos de uma fonte de luz angelical e de um oásis de lírios em flor. Eu te saúdo, Ave, ─ a palavra do anjo que deveis dizer para saudar Aquela que é saudada com amor pelas Três Pessoas, a Santíssima Trindade ─, a invocação que salva, guardai-a, sempre, em vossos lábios. Porém, não como um movimento mecânico que exclui a alma, mas como um movimento do espírito que se inclina diante da realeza de Maria e se eleva ao seu coração materno.

Se pudésseis dizer estas palavras com um espírito verdadeiro, mesmo apenas essas pequenas palavras, seríeis melhores, mais puros, mais caridosos. Porque os olhos do vosso espírito estariam, então, fixados em Maria, e a sua santidade entraria em vossos corações, através desta contemplação. Se soubésseis pronunciar essas palavras, jamais estaríeis angustiados. Pois ela é a fonte das graças e da misericórdia. As portas da misericórdia divina se abrem, não apenas sob o impulso da mão de minha Mãe, mas, apenas, sob o seu simples olhar."

(Palavras de Jesus em Les cahiers de Maria Valtorta (Os cadernos de Maria Valtorta), 1943, 3-7 de, setembro e 8 de novembro).

Texto dos 20 mistérios do Rosário nos escritos de Maria Valtorta ─ Centro Editoriale Valtortiano, p. 17.

sábado, 6 de novembro de 2021

“Eu me consagrei a ela como sua escrava para sempre”!!!

 


Margarida Maria Alacoque (1647-1690), nasceu em Verosvres, em Charolais (Bourgogne, França) e foi Monja Visitandina em Paray-le-Monial (1672). Mística, Santa Católica, famosa vidente do Sagrado Coração de Jesus. No dia 27 de dezembro de 1673, festa de São João Evangelista, Irmã Margarida Maria rezava, diante do santo Sacramento quando ouviu as palavras de Jesus:

“Meu divino Coração é tão apaixonado de amor pelos homens e por você, em particular, que não podendo mais conter em si mesmo, as chamas de sua ardente caridade, deve espalhá-las de todas as formas e que ele se manifeste a todos, para enriquecê-los com os seus preciosos tesouros que estou a lhe revelar e que contêm as graças santificantes e salutares necessárias para abolir o abismo da perdição; e eu a escolhi como um abismo de indignidade e de ignorância para o cumprimento deste grande desígnio, para que tudo seja feito por mim.”

Quando criança, Margarida fora curada de grave enfermidade, pela intercessão de Maria. Para agradecer a cura, no dia de sua confirmação, Margarida acrescentou o nome de “Maria” a “Margarida”:

“Eu ia até a Virgem Santíssima com tanta confiança, que sentia não ter nada a temer, sob a sua proteção materna. Eu me consagrei a ela como sua escrava para sempre, suplicando-lhe que não me recusasse esta qualidade. (...) Se passei a fazer parte da Visitação, foi porque me senti atraída pelo amabilíssimo nome de Maria. Eu tinha a certeza de que lá estava aquilo que eu buscava.”

A religiosa, atingida por grave enfermidade, foi curada pela Virgem Maria que lhe disse: “Tenha coragem, minha filha, estou lhe curando porque você ainda tem um longo e penoso caminho a seguir (...), mas não tema nada, eu lhe prometo a minha proteção”.

FONTE: L’équipe de Marie de Nazareth.

Uma oitava espada traspassa o coração de Maria…!!!

 


No início do ano 1830, no subúrbio de Turim, norte da Itália, havia um jovem que visitava, regularmente, a igreja das proximidades, onde estava a imagem da Virgem santíssima, mãe das Dores, trespassada por sete espadas.

Certa noite, ele teve a infelicidade de cometer um pecado mortal. No dia seguinte, pela manhã, ao visitar a Virgem Mãe das Dores, no altar de sempre, teve a surpresa de perceber oito espadas, em vez das sete que trespassavam o Coração da Virgem Maria...

Enquanto observava o prodígio, ouviu uma voz a lhe dizer: “Foi o seu pecado que acrescentou a oitava espada no coração de Maria”. Transtornado e arrependido, o rapaz foi se confessar e recuperou a paz do coração, cheio de reconhecimento para com a Virgem Santíssima, devido à sua intercessão que o devolvia à vida divina.

FONTE: Trecho de Glórias de Maria, de santo Afonso de Ligório.

A Virgem santíssima compartilha as dores do seu povo

 


 Em 1696, na aldeia de Pocs (hoje chamada Máriapócs, Hungria), Ladislas Csigri, um menino de oito anos, filho de camponeses, foi levado pelos turcos. Ele foi libertado e seus pais, como agradecimento, mandaram pintar uma imagem da Virgem Maria na igreja da aldeia.

No dia 4 de novembro do mesmo ano, a Virgem, representada naquela imagem, chorou lágrimas de sangue, manifestando sua solicitude para com o país, então sob o domínio turco. O prodígio aconteceu durante 18 dias; desde o final de novembro até o início de dezembro de 1696, diante dos fieis da localidade, e de outras pessoas que chegavam dos arredores.

O rumor logo se difundiu, chegando até Viena, capital do Império austro-húngaro. O Imperador Leopoldo solicitou e conseguiu que o quadro milagroso fosse levado para a sua capital. A cidade imperial o recepcionou de forma triunfal, no início do ano 1697, e multidões de fieis vieram rezar, diante da imagem, que havia derramado lágrimas de sangue, como se quisessem dar testemunho de que a Virgem Santíssima compartilhava as dores e as tristezas de seu povo.

O grande capitão, príncipe Eugênio de Savoia (+1736), à época, no comando dos exércitos austríacos, também foi pedir à Virgem que socorresse o povo, contra os exércitos muçulmanos ameaçadores. Uma pesquisa eclesiástica, na qual figuram mais de cinquenta testemunhas, garante a veracidade do relato.

Como o ícone original fora deslocado para Viena, uma cópia sua foi colocada em Máriapócs, onde lágrimas foram derramadas, novamente, no ano 1715. Desde então, este centro mariano atrai multidões. Em 1991, o Papa São João Paulo II celebrou a missa em Mariapocs, na presença de 200.000 pessoas.

Fonte: Segundo Notre-Dame des Temps Nouveaux (Nossa Senhora dos Novos Tempos), 1967. E republicado no Recueil Marial (Florilégio Mariano) de Frei Albert Pfleger, no mesmo ano.

Nossa Senhora de Pancheraccia, outra «Lourdes da Córsega» !!!

 


A Córsega (França) está inteiramente voltada para a Virgem Maria e acolhe inúmeras igrejas e capelas consagradas a Nossa Senhora. Entre elas, a Igreja Nossa Senhora de Pancheraccia, situada na parte oriental da Île de Beauté (Ilha da Beleza), cujo santuário domina o mar, visível à distância.

É neste lugar remoto que, no século XVIII, a Virgem Maria apareceu a uma criança, que se encontrava perdida e com muita sede. A Madona a fez cavar a terra num determinado lugar, do qual brotou uma fonte, e disse que desejava que uma capela fosse construída naquele local. A fonte se revelou milagrosa e Nossa Senhora de Pancheraccia se tornou, aos olhos de muitos, a “Lourdes da Córsega”. Os peregrinos são cada vez mais numerosos. A principal peregrinação anual acontece no dia 8 de setembro, festa da Natividade de Maria.

História da aparição: "No decorrer do século XVIII, uma jovenzinha entre doze e catorze anos tinha ido para uma pequena floresta, perto da aldeia de Pancheraccia. Como ela estava perdida e já era hora de retornar a casa, ela começou a chorar. De repente, a Santíssima Virgem apareceu, perguntando-lhe por que chorava. A criança respondeu: Eu me perdi e estou com muita sede. A Virgem cavou um buraco no chão, fez jorrar um pouco d´água e disse: 'Beba esta água e vá dizer às pessoas desta aldeia que construam uma capela aqui'. 'Sim ─ disse a menina ─, mas as pessoas não vão acreditar em mim'. E a Santíssima Virgem lhe respondeu: 'Como prova, eis um sinal indelével de cruz em sua mão, e daqui a um ano, você não pertencerá mais a este mundo'.

O fato confirmou essa profecia. A aldeia de Pancheraccia contava apenas com duzentas almas. Mas todos puseram mãos à obra: o maqui foi desmatado, a rocha foi nivelada e a capela foi construída para a Madona de Pancheraccia. Por volta do ano 1850, a antiga estátua foi substituída por outra, em mármore branco, venerada até os dias de hoje: Ela representa a Santíssima Virgem, de pé, carregando em seu braço esquerdo o menino Jesus, que tem o mundo em suas mãos."

Fonte: Madonna de Pancheraccia et Pelerinages

Quando a ilha de Montreal tornou-se « Ville-Marie » (Cidade de Maria) !!!

 


Jérôme Le Royer, senhor da Dauversière (1597-1659), falecido em 6 de novembro, é o fundador da congregação das religiosas hospitaleiras de Saint-Joseph de La Flèche, en 1636, e um dos fundadores da Ville-Marie, que tornar-se-ia a futura Montreal (Canadá).

De família bretã, Jérôme pertenceu ao Colégio Real de la Flèche (França), mantido pelos jesuítas, em 1608. Foi neste educandário que ele descobriu a Nouvelle-France (Nova França). Em 2 de fevereiro de 1630, após a missa da Purificação ─ enquanto rezava, diante da estátua de Nossa Senhora ─, Jérôme Le Royer de la Dauversière se sentiu chamado para fundar a congregação religiosa hospitaleira, em serviço de pobres e enfermos, assim como a estabelecer um Hospital (Hôtel-Dieu) na ilha de Montreal, na Nouvelle-France.

Juntamente com o abade Jean-Jacques Olier, decidiu a criação de uma sociedade de associados, a Société Notre-Dame de Montréal (Sociedade Nossa Senhora de Montreal). Ele e seus sócios adquiriram a ilha de Montreal que, então, pertencia ao intendente do Delfinado, o francês Jean de Lauzon. Em 27 de fevereiro de 1642, em Notre-Dame de Paris, os associados resolveram dar à futura colônia da Ilha de Montreal o nome de “Ville-Marie”, em honra à Virgem Maria.

Os governo civil e militar da futura colônia foram confiados a Paul Chomeday de Maisonneuve, que nela desembarcou, no dia 17 de maio de 1642, data da fundação da Ville-Marie.

Jérôme Le Royer de La Dauversière retornou a La Flèche, onde faleceu, no dia 6 de novembro de 1659. Sua causa de beatificação foi aberta em Roma e Bento XVI o proclamou venerável.

Pela Equipe “Marie de Nazareth”.