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sábado, 6 de novembro de 2021

A Virgem santíssima compartilha as dores do seu povo

 


 Em 1696, na aldeia de Pocs (hoje chamada Máriapócs, Hungria), Ladislas Csigri, um menino de oito anos, filho de camponeses, foi levado pelos turcos. Ele foi libertado e seus pais, como agradecimento, mandaram pintar uma imagem da Virgem Maria na igreja da aldeia.

No dia 4 de novembro do mesmo ano, a Virgem, representada naquela imagem, chorou lágrimas de sangue, manifestando sua solicitude para com o país, então sob o domínio turco. O prodígio aconteceu durante 18 dias; desde o final de novembro até o início de dezembro de 1696, diante dos fieis da localidade, e de outras pessoas que chegavam dos arredores.

O rumor logo se difundiu, chegando até Viena, capital do Império austro-húngaro. O Imperador Leopoldo solicitou e conseguiu que o quadro milagroso fosse levado para a sua capital. A cidade imperial o recepcionou de forma triunfal, no início do ano 1697, e multidões de fieis vieram rezar, diante da imagem, que havia derramado lágrimas de sangue, como se quisessem dar testemunho de que a Virgem Santíssima compartilhava as dores e as tristezas de seu povo.

O grande capitão, príncipe Eugênio de Savoia (+1736), à época, no comando dos exércitos austríacos, também foi pedir à Virgem que socorresse o povo, contra os exércitos muçulmanos ameaçadores. Uma pesquisa eclesiástica, na qual figuram mais de cinquenta testemunhas, garante a veracidade do relato.

Como o ícone original fora deslocado para Viena, uma cópia sua foi colocada em Máriapócs, onde lágrimas foram derramadas, novamente, no ano 1715. Desde então, este centro mariano atrai multidões. Em 1991, o Papa São João Paulo II celebrou a missa em Mariapocs, na presença de 200.000 pessoas.

Fonte: Segundo Notre-Dame des Temps Nouveaux (Nossa Senhora dos Novos Tempos), 1967. E republicado no Recueil Marial (Florilégio Mariano) de Frei Albert Pfleger, no mesmo ano.

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