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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Eu te escolhi e quero ver-te combater, brava e heroicamente, sob a bandeira de Cristo! (I)

No ano de 1465, durante a Oitava do dia de Todos os Santos, o bem-aventurado Alain de la Roche estava deplorando a tibieza com a qual ele mesmo recitava o Terço. Alain estava numa Igreja dominicana em Paris. De repente, Nossa Senhora apareceu-lhe, acompanhada de muitas virgens: "Não foge, meu filho! - disse-lhe. - Se tens alguma dúvida, seja a meu respeito, seja em relação a essas que me acompanham, faze o sinal-da-cruz. Se por acaso somos uma visão do inferno, logo desapareceremos; se, ao contrário, somos uma visão do céu, nós permaneceremos e mais viva ainda será a intensidade do brilho que irá jorrar de cada uma de nós."

Alain fez o sinal-da-cruz. A luminosidade que emanava da aparição tornou-se mais intensa. "Ó, meu filho, não duvides mais! Eu sou a tua noiva virginal - disse-lhe Nossa Senhora -, eu te amo e sempre cuido de ti. Mas sabe que ninguém neste mundo vive sem desditas; nem eu, nem meu Filho, nem os santos vivemos na Terra sem passar por muitos sofrimentos. E tem mais: protegido pelas armas da fé e da paciência, tu deves preparar-te para provas bem mais difíceis do que essas que suportaste até agora. Pois eu não te escolhi para fazer de ti um mero soldado de parada, e sim para ver-te combater, brava e heroicamente, sob a bandeira de Jesus Cristo e sob o meu estandarte. Quanto à frieza e aridez que experimentaste nestes dias, não te atormentes; fui eu quem te fiz passar por esta provação; suporta-a como sacrifício e castigo por teus pecados passados; e assim, recebe-a de maneira a progredir na paciência. Oferece esta consternação pela salvação dos vivos e dos mortos." 

Segundo o Dicionário das Aparições do Padre René Laurentin - Edições Fayard, 2006


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