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terça-feira, 17 de abril de 2012

SANTO ANICETO, Rogai por nós !!!


Papa e Mártir
(+ 165)
NATURAL da Síria era Aniceto o sucessor de São Pio I na cadeira de S. Pedro. O governo deste Pontífice coincide com o tempo do imperador romano Antônio. Não é certo se morreu mártir pela fé; é, porém, fora de dúvida, que tanto lhe foram os sofrimentos e aflições pela causa de Cristo, que a Igreja lhe conferiu o título honroso de mártir. Além das perseguições ofi­ciais da parte do governo romano, existiam perigosas heresias, que faziam periclitar a existência da Igreja. Embora fosse ela edificada sobre rochedo, contra o qual o in­ferno em vão dirige os ataques, grande número dos fiéis abando­nou a fé, correndo atrás do fogo fatuo de seitas errôneas. Grandes foram os estragos que o herege Va­letim causou ao rebanho de Cristo.
A essa obra perniciosa associou-se uma adepta da seita imoralíssi­ma dos Carpocratitas, Marcelina, a qual levou muitas pessoas à apos­tasia. Ainda um tal Marcion, here­ge e propagandista temível, propa­lou o veneno da heresia entre os cristãos.
O Papa Aniceto envidou todos os esforços para impedir o progresso da obra de satanás e reconduzir ao seio da Igreja os pobres transvia­dos.
Deus lhe enviou um auxiliar de grande valor, na pessoa de S. Po­licarpo.
Este discípulo de S. João Evan­gelista, veio a Roma, e em demons­trações públicas, provou que a Igreja de Roma, na doutrina, era idêntica a de Jerusalém. Esta de­claração causou a conversão de muitos hereges.
Num ponto, aliás, de ordem se­cundária, houve divergência entre Policarpo e Aniceto; quanto ao tempo da celebração da Páscoa. Os cristãos do Oriente comemoravam a Páscoa com os Judeus, quando na Igreja Romana não existia este uso. Policarpo, desejoso de ver Ro­ma adotar o uso da Igreja asiática, não conseguiu esta uniformização. Aniceto opinava e com razão, que não devia abolir um costume intro­duzido e aprovado pelo príncipe dos Apóstolos. Entretanto deixou aos cristãos orientais toda a liberdade na celebração da Festa da Páscoa, como eram acostumados desde os dias de S. João Evangelista.
Santo Hegesipo era outro auxi­liar estimável, que eficazmente di­rigiu forte campanha contra as he­resias. Num livro que escreveu, sobre a tradição, provou que a dou­trina passou pura e inalterada, dos Apóstolos ao Papa Aniceto e de­monstrou que a mesma doutrina era conservada e ensinada, sem a mínima alteração.
Aniceto governou a Igreja du­rante oito anos e nove meses e mor­reu no ano de 165.
Retirado e adaptado do livro: Lehmann, Pe. João Batista , S.V.D., Na Luz Perpétua, Lar Católico, Juiz de Fora, 1956.


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