Minha lista de blogs

sábado, 27 de abril de 2013

A MISSA SACRÍLEGA



I - Filho, em volta dos altares treme e choram os meus anjos, vendo tantas Missas atropeladas e sacrílegas; treme também tu e chora com eles.
Olha como Me tratam! Aqueles Sacerdotes que deviam ser os vigários dos Apóstolos e filhos de São Pedro, tornaram-se representantes de Judas e precursores do Anticristo; de modo que ainda hoje posso com razão dizer: Eis que a mão do traidor está comigo à Minha mesa. (1)
Quando beijam o Meu altar, de novo lhes posso repetir: Judas, tens coração de vender-Me e entregar-Me com um ósculo?!
Não por trinta dinheiros, mas por um vil afeto, por uma pressa indigna, por um respeito humano, por um interesse de poucos reis, é hoje vendido e entregado o dom inestimável, o inefável preço da redenção do mundo, que é infinitamente superior a toda a estima! Oh ingratidão! Oh traição! Oh horrenda perfídia!
II - Em vez de dobrarem o joelho, para Me adorarem com respeito e amor, dobram-no para Me escarnecer, como os Judeus, que, ajoelhando-se, Me esbofeteavam; e, como eles, Me cospem tantas vezes no rosto, quantas são as sacrossantas palavras que indignamente proferem.
Ninguém ousaria tocar os vasos sagrados, e muito menos o divino Sacramento com mãos sujas de lodo; e hei de ver o Meu corpo e sangue tão indignamente tratado por mãos as mais imundas e hediondas, e até lançado debaixo dos pés, e calcado como se fora vilíssimo lodo e pó da terra? (2)
Ah! temerários Sacerdotes! sois piores que os que Me crucificaram, porque eles o fizeram uma só vez, e não Me conheciam; vós porém, conhecendo-Me de sobejo, o fazeis repetidas vezes; sois ainda piores que os demônios, que crêem e tremem de Mim, e vós ou não credes, ou certamente Me não temeis!
III- Ó Meu amor traído! deverão ser matéria para ofender-Me não só os Meus dons, mas até Eu mesmo, pelas injúrias feitas em Minha pessoa?! Deverei ver a redenção convertida em perdição, o sacrifício, o mais augusto mistério no mais horrendo parricídio, o antídoto trocado em veneno, a vida em morte; e quererão beber no cálice da mais tremenda ira?!
Ao menos tu, amado filho, suspende Meus castigos por meio de Missas celebradas com o maior fervor e devoção; e, enquanto aqueles infelizes tragam sua própria condenação, e não tremem e chamar sobre si todas as maldições do céu (3), antes cada vez mais obstinados se endurecem na maldade, tu compensa, quanto puderes, tão horrendo atentado com viva fé, com respeitoso temor, com amargosíssimo pranto, e com o mais ardente amor. Mas, se tu, tu mesmo fores réu de semelhantes crimes...?!
Fruto - Examina a tua consciência e vê se celebraste alguma vez, estando em ocasião próxima de pecado, ou em graves reincidências contra a temperança, contra a castidade, contra a devida edificação, ou mostrando graves inimizades e litígios caprichosos; se não procurastes satisfazer, achando-te agravado com dívidas, restituições, esmolas de Missas, contra os decretos da Sagrada Congregação e contra a bula de Bento XIV (4); se subiste ao altar ligado com censuras eclesiásticas ou irregularidades.
Examina, infeliz! de que te serviu em tais casos a absolvição sacramental; se ao menos procurastes obtê-la, mas de que confessores; se lhes manifestaste o estado da tua consciência com sinceridade; se te levaram a tais excessos ou a nimia facilidade em absolver do teu confessor, ou o cumprimento de obrigações do teu ministério, ou os proventos do seu exercício; se até te lisonjeaste de não ser compreendido nestes ou em semelhantes casos, ou de ter merecido a absolvição, ou de ter uma consciência a teu modo; se te tornaste réu da Missa a que chamam à caçadora; pois que celebra Missa em um quarto de hora não deixa ser comummente pecado mortal.
Se te achares compreendido nestes funestíssimos casos, abstém-se absolutamente de celebrar, até que tenhas remediado tão graves males, que são curáveis se tiveres uma vontade eficaz.
Agora, prostrado aos pés de Jesus, pensa seriamente se, com o que tens feito até agora, e com o que tencionas fazer daqui por diante, especialmente a respeito da celebração da Missa, das tuas confissões e da escolha do teu confessor, estarias tranquilo e satisfeito na hora da tua morte; e sirva-te este pensamento de luz e conselho para praticares o bem, e praticá-lo enquanto é tempo, antes de noite da eternidade!

O Juízo Final de um Sacerdote



          I.—Filho, se em Meu tribunal hei de pedir rigorosas contas aos seculares, quanto mais rigorosas hei de pedi-las a ti, que contraíste mais graves deveres? Vem cá, dir-te-ei, vem e, não só como homem e como cristão, mas também como Sacerdote, dá-me contas da Minha lei, da tua dignidade, do exercício do teu ministério, dos dons que recebeste, das tuas culpas e até das dos outros.
            Dá-Me conta de todo o mal que tens feito; veja-se à luz do dia a gravidade de todos os teus pecados, cometidos em qualquer tempo ou lugar, com todas as suas circunstâncias e número; vejam-se até as coisas mais ocultas, um volver de olhos, uma palavra, um pensamento.
            Dá-Me conta, não só das tuas culpas, mas até das que ocasionaste nos outros, com teus maus exemplos, ditérios ou conselhos; das que, como devias, não impediste por negligência ou por humanos respeitos, tanto em público como em particular[1].
             Dá-Me conta de todo o bem que devias fazer e não fizeste, ou o fizeste mal: manifeste-se a intenção e os meios, com que entraste no estado eclesiástico, no benefício; o modo como cumpriste os testamentos, os legados pios, e distribuíste os bens eclesiásticos; como viveste na qualidade de Sacerdote.
            Dá-Me conta da celebração e aplicação do Sacrifício da Missa, da reza do Ofício divino, dos estudos, da catequese, da prédica, do exemplo, dos conselhos, das correções, etc.
            Se és Confessor, dá-Me conta de como despediste os penitentes; se com pressa, por interesse ou respeitos humanos; de como interrogaste, admoestaste, curaste e absolveste os ignorantes, os consuetudinários, os ocasionários, os indispostos.
            Se fores Pároco ou Superior, de quem depende todo o bem e todo o mal dos súditos, dá-me conta de como vigiaste, guardaste e apascentaste as almas que te entreguei[2].
            Prostrado a Meus pés, filho, examina, um por um, atentamente estes artigos: só um deles pode ser bastante para te condenar. Prepara-te, enquanto é tempo, o qual desaparece a cada momento. Se neste dia, nesta noite, ou nesta hora te colhesse a morte, e eu te chamasse a contas, que seria de ti?
            II. — Quantos Sacerdotes se condenaram, somente por terem sido inúteis! Quantos outros Me dirão: Grande Deus, porventura não pregamos o Vosso nome, não profetizamos, não expulsamos demônios? Não fizemos em Vosso nome muitos e estupendos milagres? Mas verás como Eu os repelirei da Minha presença, protestando que nunca os conheci por Meus!
            Não, filho, naquele dia nada valerá a palha inútil, nem a bela folhagem da aparência, que o mundo aplaude; só quem tiver edificado sobre Mim, com ouro maciço de acrisolada virtude, será premiado.
          Se quem viveu ocioso, quem trabalhou sem reta intenção, se até os mesmos justos apenas se salvarão; que será de ti, se vives como pecador escandaloso e ímpio?
            Quem recebeu mais que os outros, também dará mais rigorosas contas. Ora tu, que foste cumulado de especialíssimos benefícios; tu, que tens tido tanto tempo, tantas luzes, tantas graças, tantos talentos, tantas comodidades, tantos estímulos, tão sublime poder, feito quase um outro Eu, quererás que os Meus dons se te convertam em argumento da mais severa condenação?[3]
            Quem é mais que os outros, será mais rigorosamente julgado. O Meu juízo será duríssimo com os que governam. Com os fracos, com os pobrezinhos uso de misericórdia; mas os poderosos hão de ser julgados com todo o rigor, e hão de experimentar todo o peso do Meu braço onipotente[4].
            Que será pois de ti, filho, cuja dignidade excede a todas as dignidades, e cujo poder é superior ao dos mais poderosos do mundo?
            III. — Que desculpa alegará naquele dia? A ignorância? Mas, se recebeste tantas luzes, se tinhas rigorosa obrigação de te aproveitar delas, se de mais a mais te lisonjeiras de saber tudo; as escolas, os livros, os púlpitos, etc., te arguirão da tua ignorância crassa, ou da tua mais que horrenda malícia.
            Alegarás a fragilidade? Mas, vendo que tantos Sacerdotes, tantos leigos, tantos mais fracos que tu, com menos comodidades e mais tentados fizeram tanto bem para si e para o próximo, como alegarás a falta de forças e de talentos?
            Dirás que outros Sacerdotes viviam assim, e que, se vivesses d’outra sorte, te escarneciam? Mas salvar-te-ão os conselhos e motejos dos mundanos naquele dia, quando vires, em turba, os conselheiros e escarnecedores perdidos?
            Eu mesmo, filho, te adverti que os desprezasses, que te fizesses violência, que não seguisses o costume dos mundanos, mas sim as Minhas máximas e os Meus exemplos; e te prometi que seria a tua vida; e tu, encostando-te a vãos pretextos e mentidas desculpas, quererás, a despeito do Meu amor, afrontar uma condenação, tanto mais terrível, quanto mais graves são os teus deveres, as graças e dignidade que recebeste?
            Fruto. — Despreza os juízos do mundo; o teu Juiz é Deus. Julga-te a ti mesmo, antes que venha aquele Deus, que há de julgar a mesma justiça, e as mais santas obras, não segundo os juízos do mundo, mas segundo as balanças do santuário[5]. S. Jerônimo, depois duma vida tão austera e tão santa, empregada toda em serviço da Igreja, temia continuamente o Juízo, parecendo-lhe a cada momento ouvir o som da trombeta, que o citava para o grande tribunal.
            Santo Agostinho, pensando que havia de dar conta de si e dos outros, se considerava como debaixo dos pés de todos, e se recomendava a suas orações, temendo e tremendo de sofrer mais terrível condenação, por serem mais graves os seus deveres.
            VI. — Infeliz de ti, filho, se não procuras viver como Sacerdote! O dia do Juízo será para ti dia de horror, dia de angústia e de trevas.
            Para tomar vingança de tens crimes armarei contra ti o Céu, a terra, os elementos, os Anjos, os demônios, todas as criaturas. Todos os Santos, que agora podiam ser teus protetores, empunharão comigo a espada vingadora. Minha Mãe, Maria Santíssima, agora Mãe de misericórdia, te aparecerá então terrivelmente irada.
            Ver-Me-ás, com todo o fulgor da Minha majestade onipotente, arrojar sobre ti a Minha ira, qual aguda lança, para te conculcar com todo o Meu furor. Com que ânimo comparecerás em Minha presença, sabendo que mereces toda a Minha indignação?
            V. — Tudo quanto procuraste ocultar ao Confessor, ao Superior, ao mundo, a ti mesmo, será então publicado.
            Que imensa perturbação sentirás, vendo-te acusado por tua própria consciência, confundido por tantos Sacerdotes, por tantos correligiosos, por teus mesmos fundadores, cujas virtudes não imitaste, por tantos leigos que no século se santificaram, pelos mesmos infiéis, menos culpados que tu?
            Surgirão contra ti os pobres que não socorreste, por saciar tuas paixões e sustentar animais de regalo; clamarão vingança os ignorantes que não instruíste, os pecadores que não converteste, os cúmplices pervertidos, todas as almas por tua culpa condenados:[1] as mesmas pedras do altar, a madeira dos púlpitos, as tábuas do confessionário bradarão contra tuas omissões e teus sacrilégios!
            Até agora tenho-Me calado; mas então levantarei a Minha voz! E que responderás, filho, às amargas repreensões por tantos crimes públicos, pelo abuso de tantas graças, pela omissão e traição de tantos deveres?
           VI. — Agora tens mil modos de iludir a ação da justiça do mundo; mas naquele dia nem pretextos, nem subornos, nem protetores, nem teu mesmo caráter te poderão subtrair ao rigor da minha justiça.
            Ser-te-ão arrancadas dos ombros as vestes sacerdotais, e ver-te-ás ignominiosamente degradado à face de todo o mundo[2].
            Oh! Quão desesperada será a tua consternação ao ver-te fulminado, pela mais terrível sentença, a tormentos os mais cruciantes, irrevogáveis, eternos; sem piedade, sem apelação, sem escapatória! Com que raiva verás subirem ao Céu, entre os santos eleitos do Senhor, aqueles rústicos e plebeus, aquelas mulherzinhas devotas, por ti escarnecidas e desprezadas; até os mesmos publicanos e meretrizes convertidas e penitentes; e tu, porção escolhida, ires habitar com os hipócritas e infiéis![3]
            Quererás pois tu, Sacerdote, que Eu, morto por ti nesta cruz, seja a tua ruína e ruína tanto maior para ti, com relação aos leigos, quanto teus pecados foram mais graves que os deles? Quererás que o Meu mesmo corpo e o Meu sangue, que tantas vezes tens recebido, seja tua maior pena e a maior causa da tua condenação?
            Eia, filho, não sejas assim: não Me obrigues, com tua resistência, a condenar-te. Repara bem que hoje quero ser para ti atentíssimo Pai, e então hei de ser severíssimo Juiz.
            Fruto. — No dia do Juízo não te servirão de escusa a ignorância nem a fragilidade, nem o exemplo dos Sacerdotes relaxados.
            Acusa-te agora de todas as tuas faltas, especialmente das de omissão. Faze sincera penitência do passado; e para o futuro empenha-te em conformar todas as tuas ações com teu elevado ministério.
       Traze sempre na memória que és sacerdote: pensa a miúdo em tuas grandes obrigações, e no grave peso que sobre ti tomaste com o sacerdócio. Faze contigo mesmo, todos os dias, te diz S. Gregório, aquelas contas que, um dia, hás de fazer com o supremo Juiz.


sábado, 20 de abril de 2013

PROPÓSITOS COMO SACERDOTE ESCRITO POR DOM BOSCO ANTES DE SUA ORDENAÇÃO.




"O padre não vai jamais sozinho para o Céu ou para o Inferno. Se for fiel a sua vocação vai para o Céu com as almas que com seu bom exemplo tiver salvado; se proceder mal e escandalizar os irmãos, irá para o Inferno juntamente com as almas condenadas por causa de seus maus exemplos. Este pensamento me vai ajudar a manter com todo o esforço os seguintes propósitos:

1 - Jamais darei um passeio sem necessidade.

2 - Ocuparei escrupulosamente o tempo.

3 - Sempre que se tratar da salvação das almas, encontrar-me-ão pronto a sofrer, a agir, a humilhar-me.

4 - A caridade e a doçura de São Francisco de Sales iluminem todas as minhas ações.

5 - Mostrar-me-ei sempre contente com o alimento que me derem, a não ser que seja realmente prejudicial à saúde.

6- Tomarei vinho sempre "batizado" e só como remédio, isto é, nos dias e na medidae que minha saúde exigir.

7 - Como o trabalho é uma arma poderosa contra os inimigos de minha salvação, darei ao sono apenas cinco horas por noite. Durante o dia, e especialmente depois da refeição não repousarei nunca a não ser em caso de doença.

8 -  Consagrarei todos os dias alguns momentos à meditação e à leitura espiritual. Durante o dia farei uma breve visita ou pelo menos uma oração ao Santíssimo Sacramento. Minha preparação para a Missa durará um quarto de hora. O mesmo se diga da ação de graças.

9 - Fora do Tribunal da Penitência e salvo rarissímas exceções necessárias, nunca me deterei a conversar com mulheres." Retirado do livro Dom Bosco de A. Auffray SDB

Comentário do Blog: Já ouvi de vários padres, ao perguntar sobre algum livro dos santos, que muito do que está dito ali é coisa para mentalidade daquele tempo, que já não faz mais sentido, mas ao ler estes propósitos de Dom Bosco só nos resta uma certeza, é que a santidade está a favor da "mentalidade" da época de Dom Bosco, com a Igreja do "latim" e do padre "de costas", ao passo que a nossa "modernidade" é na verdade um conjunto de raciocínios doentes  e depravados que mais arrastam pra o inferno do que pra uma nova "primavera" na Igreja.

Que a Virgem Santíssima, Auxiliadora dos Cristãos, nos ajude a ficarmos unidos a Dom Bosco em sua mentalidade, que não é nada mais que a mentalidade de todos os santos e santas da Santa Igreja Católica!

Viva Cristo Rei! Viva o Imaculado Coração da Virgem Santíssima!

A PRIMEIRA IMAGEM VENERADA DE CRISTO JESUS:

A relíquia da Santa Face no santuário de Manoppello


Santa Verônica protagonista do primeiro ÍCONE ou IMAGEM que foi venerada (lembrança ou saudade, relíquia) durante a crucificação crucificação e morte de Nosso Senhor.

Verônica não é um nome judaico, mas grego (Berenice, que significa “portadora da vitória”) ou romano (derivado ou de Berenice)

Ou da expressão “Vera ícone”, verdadeira imagem.