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sábado, 16 de agosto de 2014

A ASSUNÇÃO GLORIOSA DE NOSSA SENHORA AOS CÉUS


Em Maria Santíssima está a plenitude das graças e perfeições possíveis numa só criatura. Segundo Santo Antonino, "Deus reuniu todas as águas e chamou-as mar, reuniu todas as suas graças e chamou-as Maria". Desde a eternidade, o decreto divino estabelecia o privilégio de ser da Virgem Santíssima concebida só em graças, com o privilégio de que geraria em seu seio o próprio Deus. Ela, que havia dado à luz, alimentado e protegido o Menino-Deus, e recebido em seus braços virginais o Corpo dilacerado de seu Filho e Redentor, estava prestes a exalar o último suspiro. Como poderia passar pelo transe da morte aquela Virgem Imaculada, nunca tocada pela mais leve sombra de qualquer falta? Perfeitíssima era a natureza da Virgem Maria, "se Deus empregou tanto cuidado ao formar o corpo de Adão, quanto maior cuidado não terá tido ao formar o corpo de Maria, do qual devia nascer o Verbo Encarnado?". Se a alma da Virgem foi a mais nobre, depois da do Redentor, é lógico concluir-se que também seu corpo foi o mais nobre, depois do de seu Filho. À alma santíssima de Maria, concebida sem pecado original e cheia de graça, desde o primeiro instante de sua existência, correspondia, portanto, um organismo humano perfeitíssimo, sem o menor desequilíbrio. Em conseqüência de sua virginal natureza, Nossa Senhora foi imune a qualquer doença, e jamais esteve sujeita à degenerescência do corpo causada pela idade. Portanto, de que morreu, pois, a Mãe de Deus? A Santíssima Virgem morreu de amor!, segundo São Francisco de Sales. Pois, levando sempre em seu coração as chagas do Filho, padecia-as sem consumir-se, mas finalmente morreu pelo ímpeto da dor. Sofria sem morrer, porém, por fim, morreu sem sofrer. Oh, paixão de amor! Oh, amor de paixão! Se seu Filho estava no Céu, seu coração já não estava n'Ela. Seu coração, sua alma, sua vida, tudo estava no Céu: por que haviam de ficar aqui na terra? Finalmente, após tantos arrebatamentos e êxtases, aquele castelo santo de pureza e humildade rendeu-se ao último assalto do amor, depois de haver resistido a tantos. O amor A venceu, e consigo levou sua benditíssima alma. Essa morte de Maria, suave e bendita como um lindo entardecer, a Igreja designa pelo sugestivo nome de "DORMIÇÃO", para significar que seu corpo não sofreu a corrupção. E Maria - que quer dizer "Senhora de Luz" - elevou-se em corpo e alma ao Céu, enquanto as incontáveis legiões das milícias angélicas exclamavam maravilhadas ao contemplar sua Soberana cruzando os umbrais eternos: “Quem é esta que surge triunfante como a aurora esplendorosa, bela como a lua, refulgente e invencível como o sol, que sobe no firmamento e terrível como um exército em ordem de batalha?” E ouviu-se uma grande voz do céu que dizia: "Eis aqui o tabernáculo de Deus" (Ap 21, 3). A Filha bem-amada do Pai, a Mãe virginal do Verbo, a Esposa puríssima do Espírito Santo foi coroada, então, pelas Três Divinas Pessoas para reinar no universo, pelos séculos dos séculos, "à direita do Rei" (Sl 44, 10). A verdade desta glorificação única e completa da Santíssima Virgem foi definida solenemente como Dogma de Fé pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950.

(NOTA: A Assunção de Nossa Senhora foi transmitida pela tradição escrita e oral da Igreja, através dos primeiros cristãos pelos séculos de forma inconteste. Na ocasião de Pentecostes, a idade de Maria Santíssima era +ou- 47 anos. Permaneceu ainda 25 anos na terra para educar e formar a Igreja nascente. Terminou sua “carreira mortal” +ou- na idade de 72 anos. E Quis Nosso Senhor dar suprema consolação aos apóstolos e discípulos, fazendo-os assistir a "DORMIÇÃO, de Nossa Senhora, entre os quais S. Dionísio Aeropagita, discípulo de S. Paulo e primeiro Bispo de Paris, narra o seguinte: “Diversos Santos Padres da Igreja contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera tal desenlace. S. João Damasceno narra que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens e que logo se multiplicaram os milagres em redor da relíquia sagrada de seu corpo.Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que a Providência divina parecia ter afastado, para melhor manifestar a glória de Nossa Senhora, como dele já se servira para manifestar o fato da ressurreição de Nosso Senhor.S. Tomé pediu para ver o corpo de Nossa Senhora, quando retiraram a pedra o corpo já não mais se encontrava. O túmulo exalava um perfume de suavidade celestial!!! Como o seu Filho e pela virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os anjos retiraram o seu corpo imaculado e o transportaram ao céu, onde ele goza de uma glória inefável.

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