No Antigo testamento: O Antigo
Testamento menciona o serviço de mulheres na entrada da tenda da reunião: “Ele
fez a bacia de bronze com a sua base de bronze dos espelhos são as mulheres que
serviam à entrada da Tenda do Encontro”. (Êxodo 38,8). .
No Novo Testamento: No Novo
Testamento, a descrição de Ana, a profetiza que “não se afastava do templo,
servindo [Deus] dia e noite com jejuns e orações” (Lucas 2,37).
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São Joaquim e Santa Ana
ofereceram a Deus a filhinha no templo, quando esta tinha três anos. Para estes
santos um sacrifício muito grande separar-se de sua única filhinha. Três anos é
a idade em que a criança já recompensa de algum modo os trabalhos e sacrifícios
dos pais, formulando palavras e fazendo já exercícios mentais que encantam e divertem,
dando ao mesmo tempo provas de gratidão e amor filiais. Os levou a fazer tal
sacrifício? Um voto que tinham feito. Votos desta natureza não eram raros no
Antigo testamento. As crianças eram educadas em colégio anexos ao templo, e
ajudavam nos múltiplos serviços e funções da casa de Deus. Joaquim e Ana,
quando levaram a filhinha ao templo, fizeram-no por inspiração sobrenatural,
querendo Deus que sua futura esposa e mãe recebesse uma educação e instrução
esmeradíssima. Grande era o sacrifício de Maria, a criança entre todas a mais
privilegiada, a cerimônia da apresentação significava mais que a entrada no colégio
do templo. Maria reconhecia em tudo uma solene consagração da vida a Deus, a
oferta de si mesma ao Supremo Senhor. O sacrifício que oferecia, era a oferta
das primícias, e as primícias, por mais insignificantes que sejam, são
preciosas por serem uma demonstração da generosidade do ofertante, e uma
homenagem a quem as recebe.
Maria ofereceu-se sem reserva,
para sempre, com contentamento e júbilo. O que o salmista cantou, cheio de
entusiasmo, traduziu-se na alma da bem-aventurada menina: “Quão amáveis são os
teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos
átrios do Senhor”. E entrarei junto ao altar de Deus; do Deus que alegra a
minha mocidade (Introito da Missa Tridentina). Maria, assim amparada pelos
cuidados humanos e divinos, progredisse de virtude em virtude. De Nosso Senhor
o Evangelho constata diversas vezes esta circunstância. Como Jesus, também
Maria cresceu em graça e sabedoria diante de Deus e dos homens. Este
crescimento a Igreja contempla-o em imagens grandiosas traçadas no Livro do
Eclesiástico: “Sou exaltada qual cedro no Líbano, e qual cipreste no monte Sião.
Sou exaltada qual palma em Cedes e como rosais em Jericó. Qual oliveira
especiosa nos campos e qual plátano, sou exaltada junto da água nas praças.
Assim como o cinamomo e o bálsamo que difundem cheiro, exalei fragrância; como
a mirra escolhida derramei odor de suavidade na minha habitação; como uma vide,
lancei flores| de um agradável perfume e as minhas flores são frutos de honra e
de honestidade”. Nunca houve mocidade tão santa e esplendorosa como a de Maria
Santíssima. Outra não poderia ser, devendo Maria preparar-se para a realização
do mistério dos mistérios; da Encarnação do Verbo Eterno.