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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

SACERDOTES E RELIGIOSOS MEMBROS DA MAÇONARIA, CRUCIFICAM A CRISTO JESUS (Carta-denúncia de São Pe Pio de Pietrelcina)


O Padre Pio fez denúncia sobre prelados e os religiosos que fazem parte da seita da “Maçonaria”, a carta que ele escreveu ao seu diretor espiritual dispensa maiores comentários:

Meu caríssimo Padre,

Na sexta-feira pela manhã, eu ainda estava na cama quando Jesus me apareceu. Estava todo maltratado e desfigurado. Ele me mostrou uma grande multidão de sacerdotes regulares e seculares, entre os quais vários dignitários eclesiásticos; destes, uns estavam celebrando, outros falando, e outros se despindo das vestes sagradas.

Como a visita de Jesus angustiado causava-me muita dor, eu quis Lhe perguntar por que Ele sofria tanto. Não obtive resposta. Contudo, seu olhar recaiu sobre aqueles sacerdotes; mas, pouco depois, quase como se estivesse horrorizado e cansado de ver, Ele retirou o olhar e, quando o pousou sobre mim, com grande horror observei duas lágrimas que Lhe sulcavam o rosto. Ele se afastou daquela multidão de sacerdotes com uma grande expressão de desgosto em seu rosto, gritando: "Açougueiros!".

E voltando-se para mim, disse: “Meu filho, não creia que minha agonia durou apenas três horas, não; Eu estarei, por causa das almas mais beneficiadas por Mim, em agonia até o fim do mundo. Durante o tempo de minha agonia, meu filho, não se deve dormir. Minha alma vai à procura de qualquer gota de piedade humana, mas ai daqueles que me deixam sozinho sob o peso da indiferença. A ingratidão e o sono dos meus ministros tornam mais aguda a minha agonia.

Ai daqueles que correspondem mal ao Meu amor! E o que mais Me aflige e custa, é que à indiferença eles somam o desprezo, a incredulidade. Quantas vezes estive para fulminá-los, se não fosse impedido pelos anjos e pelas almas que Me veneram. Escreva ao seu diretor espiritual e narra-lhes tudo o que viu e ouviu de Mim esta manhã. Diga a ele que mostre sua carta ao Padre provincial...”

Jesus ainda continuou, mas o que me disse jamais poderei revelar a nenhuma criatura deste mundo. Esta aparição causou-me tanta dor no corpo, e mais ainda na alma, que durante todo o dia fiquei prostrado e achei que ia morrer, se o dulcíssimo Jesus já não me tivesse revelado.

Jesus tem infelizmente razão de lamentar de nossa ingratidão! Quantos de nossos irmãos desgraçados não correspondem ao amor de Jesus lançando-se de braços abertos na infame seita da Maçonaria! Oremos para que o Senhor ilumine suas almas e toque seus corações.”

Fonte: Lettera di Padre Pio al Suo Padre spirituale P. Agostino, in "Padre Pio da Pietralcina-Epistolario I”, Lettera N°123, Pietrelcina 7 aprile 1913, pp.350-352, ed "Padre Pio da Pietrelcina", 2002. (http://www.gris-imola.it/esoterismo/PadrePiomassoneria.php)

Fonte: http://www.catolicostradicionais.com.br

A SEITA HERÉTICA COLIRIDIANA (sec. IV): Que os Protestantes se baseiam pra negar amor à S Virgem e Mãe de Deus


Pouco se sabe sobre a origem do coliridianismo, mas Santo Epifânio assegura que foi nas regiões da Trácia e da Cítia. Era um grupo pertencente a seita herética gnóstica, não cristão, formados por movimento de mulheres árabes-sauditas que se estabeleceram no oriente (em grande parte pagãs) e sincretizaram crenças indígena com a devoção à SS. Virgem Maria, realizavam culto pagão à SS. Virgem Mãe de Deus, como à uma deusa, onde ofereciam bolos e pastéis à uma imagem de Nossa Senhora, mesclando-a com a de deuses pagãos para confundir os verdadeiros cristãos.
Quando Santo Epifânio, bispo de Salamina, soube desta heresia, não tardou em denunciá-la e condená-la em nome de toda a Igreja Católica. Tal condenação pode ler-se, em sua célebre “Paranión”, em que também denuncia outras heresias da época. Também, Santo Epifânio esclareceu a diferença entre o verdadeiro culto a Deus e a verdadeira devoção à Virgem Maria: “Seja Maria honrada. Sejam Pai, Filho e Espírito Santo adorados, mas ninguém adore à Maria”.
Este mesmo ensinamento é o que atualmente vemos no Catecismo da Igreja Católica:
“Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc, 48): “A piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseco ao culto cristão” (MC 56) A Santíssima Virgem “é honrada com razão pela Igreja com um culto especial. E, em afeto, desde os tempos mais antigos, se venera a Virgem Maria com o título de Mãe de Deus”, sob cuja proteção, se achegam os fiéis suplicantes em todos os seus pedidos e necessidades… Este culto (…) também é todo singular, é essencialmente diferente do culto de adoração a Deus, ao Verbo Encarnado, ao Pai e ao Espírito santo, mas o favorece poderosamente”. (LG); encontra sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus (cf. SC 103) e na oração mariana, como o Santo Rosário, “síntese de todo evangelho” (Catecismo da Igreja Católica 971).
Coliridianismo era um movimento cristão obscuro, considerado herético pela Igreja Católica, seus adeptos aparentemente adoraram a virgem Maria, mãe de Jesus, como uma deusa. A principal fonte de informações sobre esta seita vem de Epifânio de Salamina, que escreveu sobre eles em seu trabalho intitulado Panarion, cerca de 375 AD. De acordo com Epifânio,[1] algumas mulheres sauditas (em grande parte pagãs) sincretizaram crenças indígenas com o culto de Maria, oferecendo a ela bolos e pães. Pouco se sabe sobre a origem do coliridianismo, mas Epifânio assegura que foi em Trácia e Cítia.

Em seu livro The Virgin, no entanto, Geoffrey Ashe coloca a hipótese de que o coliridianismo foi uma religião paralela ao cristianismo, fundada pela primeira geração de seguidores da Virgem Maria, cujas doutrinas foram mais tarde incluídas pela Igreja Católica no Concílio de Éfeso em 432. Averil Cameron foi mais cético sobre, dizendo que o culto nem sequer existia, se baseando no fato de que Epifânio é a única fonte e os autores posteriores simplesmente remetem o seu texto

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO FAZ PESSOALMENTE a CERIMÔNIA de DEDICAÇÃO da ABADIA de EINSIEDELN em EBERHAAD (Sec X, Ano 958 - ALEMANHÃ)

 
Em setembro de 948, o abade de Einsiedeln, Eberhaad, pediu a São Conrado, Bispo de Constância, que se dignasse fazer a consagração da igreja de sua Abadia. O Prelado atendendo a solicitação, dirigiu-se ao Convento, acompanhado do Santo Bispo de Augsbourg, Ulric, e de uma comissão de cavalheiros da sociedade. No dia fixado para a cerimônia, São Conrado e alguns religiosos se dirigiram a igreja, alta noite, e se puseram em oração. De repente, viram que a igreja se iluminara de uma luz celeste e que o próprio Jesus Cristo, acolitado pelos quatro evangelistas, celebrava no altar o oficio da Dedicação. Anjos espargiam perfumes à direita e à esquerda do Divino Pontífice; o apóstolo São Pedro e o Papa São Gregório seguravam as insígnias do pontificado; e diante do altar se achava a Santa Mãe de Deus, circundada de uma auréola de glória. Um coro de anjos, regido por São Miguel, fazia vibrar as abóbadas do templo com seus cantos celestiais. Santo Estêvão e São Lourenço, os mais ilustres mártires diáconos, desempenharam as suas funções. São Conrado refere em uma de suas obras as diversas exclamações dos anjos no canto do Sanctus, do Agnus Dei e do Dominus vobiscum final.

Ao Sanctus, entre outras, diziam eles: “Tende piedade de nós, ó Deus, cuja santidade refulge no santuário da Virgem gloriosa. Bendito seja o Filho de Maria, que vem a esse lugar para reinar eternamente!”

São Conrado, bispo de Constanza, tinha clara noção da imensa gravidade e seriedade de cada Missa. Maravilhado com semelhante aparição, o Bispo continuou a rezar até onze horas do dia. E o povo esperava com ansiedade o início da cerimônia, sem que, no entanto, alguém ousasse indagar a causa dessa demora. Afinal, alguns religiosos se acercam do Prelado e lhe pedem que comece a solenidade. Mas São Conrado, sem deixar o lugar onde rezava, conta com simplicidade tudo o que presenciara e ouvira. Sua narração fez supor que ele estivesse sob a ilusão de um sonho. Finalmente, o santo Bispo, cedendo às instâncias de todos, dispôs-se a proceder a consagração da igreja.

Foi então que aos ouvidos dos fiéis escutaram estas palavras, pronunciadas por uma voz angélica, que repercutiu em toda a assembleia, dizendo mais de uma vez, na linguagem da Igreja: “Cessa, cessa, frater! Capella divinitas consecrata est: detende-vos, detende-vos, meu irmão, a capela já foi divinamente consagrada.”

Pela Missa bem rezada, São Conrado liberou inúmeras almas do Purgatório. Dezessete anos mais tarde, São Conrado, Santo Ulrico e outras testemunhas oculares do acontecimento, encontrando-se reunidos em Roma, prestaram acerca dele um solene testemunho. E depois de todas as necessárias informações jurídicas, Leão VIII deu publicidade ao fato por meio de uma bula especial, que foi confirmada pelos papas Inocêncio IV, Martinho V, Nicolau IV, Eugênio VI, Nicolau V, Pio II, Júlio II, Leão X, Pio IV, Gregório XIII, Clemente VII e Urbano VIII. E, a 15 de maio de 1793, Pio VI ratificou os atos de seus predecessores, a despeito dos céticos, sempre prontos a duvidar do que lhes não convém, e cheios de credulidade absurda para com o que os lisonjeia.                                                                                                                                                                                                                                                     -x-x-x-x-x-x-x-x-                                                                                                                                                                                                          O territorial Einsiedeln Abbey (em alemão , Kloster Einsiedeln, em Latina , Abbatia territorialis Sanctissima Maria Virgine Einsiedlensis) é um mosteiro beneditino medieval de Suíça erguido na cidade de Einsiedeln no cantão de Schwyz . A abadia é dedicado a Nossa Senhora dos Eremitas , título deriva das circunstâncias de sua fundação, como o primeiro habitante da região era de St. Meinrad (c. 797-861), um eremita (a palavra alemã Einsiedler significa "ermida '). É uma abadia territorial e, portanto, não faz parte de qualquer diocese - Diocese imediatamente sujeitos à Santa Sé - nem é isso sujeita a um bispo, com o estatuto de dioecesis nullius e faz parte da Congregação Beneditina da Suíça .

O mosteiro é uma etapa importante da peregrinação a Santiago de Compostela e destino de muitos peregrinos. A " Madona Negra " de Einsiedeln no Gnadenkapelle é um ponto de atração para cerca de um milhão de peregrinos e turistas todos os anos. O mosteiro é de 1130 uma abadia dupla , ou seja, que se reúne sob a autoridade do mesmo abade duas comunidades que vivem em dois locais distintos: os homens em Einsiedeln e mulheres em Fahr Atualmente Einsiedeln tem 60 monges e Fahr com 25 freiras.

O complexo do mosteiro, a biblioteca da coleção abadia, arquivos e música listada no inventário suíça de propriedade cultural de importância nacional e regional como Classe A, objetos de importância nacional.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O FELIZ TRÂNSITO AOS CÉUS PELA SS. VIRGEM MARIA, MÃE DE DEUS, NOSSA SENHORA (segundo o Livro - A Cidade Mística de Deus)


MARIA DESPEDE-SE DOS APÓSTOLOS E DISCÍPULOS

737. Mestra de humildade e de obediência até a morte, respondeu que obedeceria, pedindo a todos a bênção, e que não lhe recusassem este consolo.
Consentindo-o São Pedro, saiu da tarima e pondo-se de joelhos ante o mesmo apóstolo, disse-lhe: A vós, Senhor, como pastor universal e cabeça da santa Igreja, suplico que em vosso nome, e no dela, me deis vossa santa bênção e perdoeis a esta vossa serva o pouco que vos servi nesta vida, para dela partir à eterna. Se for de vossa vontade, dai licença a João para dispor de minhas vestes, duas túnicas, dando-as a umas donzelas pobres a cuja caridade devo obrigação.
Prostrou-se e beijou os pés de São Pedro, com abundantes lágrimas e não menor admiração e pranto do mesmo apóstolo e de todos os circunstantes. De São Pedro passou a São João e ajoelhada também a seus pés, disse: Perdoai, meu filho e senhor, de nào haver cumprido convosco o ofício de Mae, como ordenou o Senhor quando, na cruz, vos designou por meu filho, e a Mim por Mãe vossa (Jo 19, 27). Dou-vos humildes e reconhecidas graças pela piedade filial com que me assististes. Dai-me vossa bênção para subir à eterna companhia e visão daquele que me criou.

ÚLTIMAS RECOMENDAÇÕES DE MARIA SANTÍSSIMA

738. A amorosa Mãe continuou esta despedida, falando a cada um dos apóstolos, com alguns discípulos e depois a todos os circunstantes reunidos, que eram muitos. Terminado, levantou-se e disse a todos os presentes: Meus caríssimos filhos e senhores, sempre vos tive em minha alma e gravados em meu coração, amando-vos ternamente com a caridade e amor que meu Filho santíssimo me comunicou, e a quem sempre vi em vós, como seus escolhidos e amigos.
Por sua vontade santa e eterna, vou para a morada celestial, de onde vos prometo, como Mãe, vos ter presente na claríssima luz da Divindade, cuja visão minha alma deseja e, com certeza, espera receber. Encomendo-vos a Igreja, minha mãe, com a exaltação do santo nome do Altíssimo, a propagação de sua lei evangélica, a estima e apreço das palavras de meu Filho santíssimo, a memória de sua vida e morte, a prática de toda sua doutrina.
Amai, filhos meus, a santa igreja, e uns aos outros de todo coração, com aquele vínculo de caridade e paz que vosso Mestre sempre vos ensinou (Jo 13, 34). E a vós, Pedro, santo pontífice, encomendo João, meu filho, e a todos os mais.

CRISTO OFERECE À SUA MÃE ISENTÁ-LA DA MORTE

739. Maria santíssima terminou. Suas palavras, quais flechas de fogo divino, penetraram e derreteram o coração dos ouvintes que desataram a chorar, prostrados em terra e enternecendo-a com suas lágrimas e gemidos. A tema Mãe também chorou, não querendo resistir a tão amargo e justo pranto de seus filhos. Depois de algum tempo, Ela pediu que, com Ela e por Ela, todos rezassem em silêncio. Nesta serena quietude, desceu do céu o Verbo humanado em trono de inefável glória, acompanhado por todos os santos da natureza humana e de inumeráveis coros de anjos, enchendo a casa do Cenáculo de glória.
Maria santíssima adorou o Senhor, beijou-lhe os pés, e prostrada ante eles fez o último e profundíssimo ato de reconhecimento e humildade na vida mortal. Mais do que todos os homens que, depois de suas culpas se humilharam ou se humilharão, esta puríssima criatura e Rainha das alturas, aniquilou-se e se apegou ao pó.
Seu Filho santíssimo deu lhe bênção, e na presença da comitiva celeste disse-lhe estas palavras: Minha Mãe caríssima, a quem escolhi para minha habitação chegou a hora em que passareis da vida mortal, e do mundo, à glória de meu Pai e minha, onde vos está preparado à minha direita o lugar que gozareis por toda a eternidade.
Como vos fiz entrar no mundo, livre e isenta da culpa, também ao sair dele, a morte não tem licença nem direito de vos atingir. Se não quiserdes passar por ela, vinde comigo, e recebereis a glória que tendes merecido.

MARIA DESEJOU PASSAR PELA MORTE

740. Prostrou-se a prudentíssima Mãe ante seu Filho, e com alegre semblante respondeu: Meu Filho e Senhor, suplico-vos que vossa Mãe e serva entre na vida pela porta comum da morte natural como os demais filhos de Adão. Vós, meu verdadeiro Deus, a padecestes sem obrigação de morrer; justo é que, tendo procurado vos seguir no viver, eu vos acompanhe também no morrer.
Aprovou Cristo, nosso Salvador o sacrifício e vontade de sua Mãe santíssima, e disse que se cumprisse o que Ela desejava. Os anjos começaram a cantar, com celestial harmonia, alguns versos dos cânticos de Salomão e outros novos.
Da presença de Cristo, nosso Salvador, só alguns apóstolos como São João tiveram especial ilustração. Os demais sentiram em seu íntimo divinos efeitos. A música dos anjos, porém, foi sensivelmente ouvida, tanto pelos apóstolos e discípulos, como por outros muitos fiéis que ali se encontravam. Desprendeu-se também uma fragrância divina que, com a música, era percebida até na rua. A casa do Cenáculo encheu-se de admirável resplendor visto por todos, dispondo o Senhor que, para testemunhas desta nova maravilha, concorresse muita gente que andava pelas ruas de Jerusalém.

TRÂNSITO DA MÃE DE DEUS

741. Quando os anjos principiaram a música, Maria santíssima reclinou-se no leito, a túnica ficou-lhe como que unida ao corpo, as mãos juntas, o olhar fixo em seu Filho santíssimo e toda abrasada na chama de seu divino amor.
Quando os anjos chegaram àqueles versos do capítulo II dos Cânticos (v. 10): Levanta-te, apressa-te, minha amiga, pomba minha, formosa minha e vem, que o inverno já passou, etc. A estas palavras, Ela pronunciou aquelas de seu Filho na cruz: Em tuas mãos, Senhor, encomendo meu espírito (Lc 23, 46). Cerrou os virginais olhos e expirou.
A enfermidade que lhe tirou a vida foi o amor, sem qualquer outro ataque ou acidente. O poder divino suspendeu a ação miraculosa com que lhe conservava as forças naturais, para não se consumirem no ardor sensível que lhe causava o fogo do amor divino. Cessando este milagre, o amor produziu seu efeito, consumiu a umidade radical do coração e assim lhe faltou a vida.

IDADE DA MÃE DE DEUS

742. Aquela alma puríssima passou de seu virginal corpo à destra e trono de seu Filho santíssimo onde, num instante, foi colocada com imensa glória. Começou-se a ouvir que a música dos anjos ia se afastando na região do ar, porque a procissão dos anjos e santos, acompanhando seu Rei e Rainha, encaminhou-se para o céu empíreo.
O sagrado corpo de Maria santíssima que fora templo e sacrário de Deus vivo, ficou cheio de luz e resplendor, desprendendo tão admirável fragrância, que encheu a todos os circunstantes de suavidade interior e exterior. Os mil anjos custódios de Maria santíssima ficaram guardando o precioso tesouro de seu virginal corpo. Os apóstolos e discípulos, entre lágrimas de dor e alegria, pelas maravilhas que presenciaram, permaneceram absortos por algum tempo e, em seguida, cantaram muitos hinos e salmos em honra da falecida Senhora.
O glorioso trânsito da grande Rainha do mundo verificou-se a treze de agosto, sexta-feira as três horas da tarde, como o de seu Filho santíssimo. Contava setenta anos de idade, menos os vinte e seis dias que vão de treze de agosto em que morreu, até oito de Setembro em que nasceu, e no qual completaria os setenta anos.
Depois da morte de Cristo nosso Salvador, a divina Mãe viveu no mundo vinte e um anos, quatro meses e dezenove dias, sendo o ano cinqüenta e cinco de seu virginal parto.
É fácil fazer o calculo: Quando Cristo nosso Salvador nasceu, a Virgem Mãe tinha quinze anos, três meses e dezessete dias. O Senhor viveu trinta e três anos e três meses. Ao tempo de sua sagrada Paixão estava Maria santíssima com quarenta e oito anos, seis meses e dezessete dias. Acrescentando a estes os outros vinte e um anos, quatro meses e dezenove dias, fazem os setenta anos menos vinte e cinco ou seis dias.

PRODÍGIOS SUCEDIDOS NA MORTE DA VIRGEM

743. Grandes maravilhas e prodígios sucederam na preciosa morte da Rainha. O sol eclipsou-se, como disse acima, e em sinal de luto escondeu sua luz por algumas horas. À casa do Cenáculo acorreram muitas aves de diversa espécies e, com tristes gorjeios, estiveram algum tempo se lamentando e provocando o pranto de quem as ouvia.
Toda Jerusalém se comoveu e, admirados, vinham muitos confessando em alta voz o poder de Deus e a grandeza de suas obras. Outros ficavam atônitos e fora de si. Os apóstolos e discípulos, com outros fiéis, se desfaziam em lágrimas. Acorreram muitos enfermos e todos foram curados. Saíram do purgatório as almas que lá estavam.
O maior prodígio foi o seguinte: na mesma hora de Maria santíssima, expiraram três pessoas; um homem em Jerusalém e duas mulheres vizinhas do Cenáculo. Morreram em pecado, sem penitência e iam ser condenadas. A dulcíssima Mãe, porém, pediu misericórdia para eles no tribunal de Cristo. Alcançou que fossem restituídos à vida que então modificaram, de modo a viver na graça e se salvar. Este privilégio não se estendeu a outros que naquele dia morreram no mundo, mas só àqueles três que se verificaram à mesma hora em Jerusalém.
O que sucedeu no céu e quão festivo foi este dia na Jerusalém triunfante descreverei noutro capítulo, para não o mesclar com o luto dos mortais.