Pouco se sabe sobre a origem
do coliridianismo, mas Santo Epifânio assegura que foi nas regiões da Trácia e
da Cítia. Era um grupo pertencente a seita herética gnóstica, não cristão, formados
por movimento de mulheres árabes-sauditas que se estabeleceram no oriente (em
grande parte pagãs) e sincretizaram crenças indígena com a devoção à SS. Virgem
Maria, realizavam culto pagão à SS. Virgem Mãe de Deus, como à uma deusa, onde
ofereciam bolos e pastéis à uma imagem de Nossa Senhora, mesclando-a com a de
deuses pagãos para confundir os verdadeiros cristãos.
Quando Santo Epifânio, bispo
de Salamina, soube desta heresia, não tardou em denunciá-la e condená-la em
nome de toda a Igreja Católica. Tal condenação pode ler-se, em sua célebre “Paranión”,
em que também denuncia outras heresias da época. Também, Santo Epifânio
esclareceu a diferença entre o verdadeiro culto a Deus e a verdadeira devoção à
Virgem Maria: “Seja Maria honrada. Sejam Pai, Filho e Espírito Santo adorados,
mas ninguém adore à Maria”.
Este mesmo ensinamento é o que
atualmente vemos no Catecismo da Igreja Católica:
“Todas as gerações me chamarão
bem-aventurada” (Lc, 48): “A piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é
intrínseco ao culto cristão” (MC 56) A Santíssima Virgem “é honrada com razão
pela Igreja com um culto especial. E, em afeto, desde os tempos mais antigos,
se venera a Virgem Maria com o título de Mãe de Deus”, sob cuja proteção, se
achegam os fiéis suplicantes em todos os seus pedidos e necessidades… Este
culto (…) também é todo singular, é essencialmente diferente do culto de adoração
a Deus, ao Verbo Encarnado, ao Pai e ao Espírito santo, mas o favorece
poderosamente”. (LG); encontra sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à
Mãe de Deus (cf. SC 103) e na oração mariana, como o Santo Rosário, “síntese de
todo evangelho” (Catecismo da Igreja Católica 971).
Coliridianismo era um
movimento cristão obscuro, considerado herético pela Igreja Católica, seus
adeptos aparentemente adoraram a virgem Maria, mãe de Jesus, como uma deusa. A
principal fonte de informações sobre esta seita vem de Epifânio de Salamina,
que escreveu sobre eles em seu trabalho intitulado Panarion, cerca de 375 AD.
De acordo com Epifânio,[1] algumas mulheres sauditas (em grande parte pagãs)
sincretizaram crenças indígenas com o culto de Maria, oferecendo a ela bolos e
pães. Pouco se sabe sobre a origem do coliridianismo, mas Epifânio assegura que
foi em Trácia e Cítia.
Em seu livro The Virgin, no
entanto, Geoffrey Ashe coloca a hipótese de que o coliridianismo foi uma religião
paralela ao cristianismo, fundada pela primeira geração de seguidores da Virgem
Maria, cujas doutrinas foram mais tarde incluídas pela Igreja Católica no Concílio
de Éfeso em 432. Averil Cameron foi mais cético sobre, dizendo que o culto nem
sequer existia, se baseando no fato de que Epifânio é a única fonte e os
autores posteriores simplesmente remetem o seu texto
Fazendo um comparativo entre essa heresia e o antidicomaritanismo( que negava qualquer veneração à Maria ou sua virgindade perpétua, tal como os protestantes), vemos que é preciso combater tanto o ensino protestante como partes de um "catolicismo popular" que muitas vezes se assemelha, na prática, a uma espécie de coliridianismo.
ResponderExcluir