FONTE: "O DIABO, LUTERO E O PROTESTANTISMO" por Pe. Júlio Maria, S.D.N. 1. A crônica dos monges do
convento do Lutero refere que um dia, ao recitarem o ofício, ao ser lida no Evangelho
a história do surdo-mudo possesso pelo demônio, de repente o nosso herói caiu
no chão, e, em contorções horríveis, exclamou: Não sou eu! Não sou (o possesso)
(Grisar 44). 2. Fato curioso, que se poderia
qualificar como o da obsessão do apóstatas, é o pensamento de Satanás, a
persegui-lo, e a quem atribui todos os seus reveses: ele vê demônios em toda
parte: - um ruído nas galerias da igreja de Erfurt, durante o seu sermão; a
quês de umas pedras, em Gotha, durante a sua palestra; um incômodo, que o
impediu de continuar viagem, tudo isso ele considerou produzido pela ação dos
poderes infernais. 3. Dois pontos sobressaem em
Lutero, quando de sua permanência no castelo de Wartburgo: a sua idéia com
relação ao demônio e as grandes tentações de que foi acometido. Em suas cartas
a cada passo refere-se às suas relações com o diabo, enquanto ali esteve. Não
só diz ele ter ouvido ali o demônio, no tremendo barulho que o parecia
perseguir dia e noite, mas assevera tê-lo visto, sob a sensível aparência de um
cão preto, dentro do seu quarto. Deste espetáculo terrível
Lutero nos dará uma idéia, mais tarde, em suas conversas de taberna:
"Quando estava em meu Patmos”, diz ele, “tinha fechado, dentro dum
armário, um saco de nozes de avelãs. Certa noite, apenas me deitara, começou um
barulho infernal nestas novzes que, uma por uma, foram lançadas com força,
contra as vigas do forro. Senti sacudirem-me a cama, e ouvi nas escadas um
ruído, como se lançassem para baixo uma grande quantidade de vasos. Entretanto,
a escada havia sido retirada, para ninguém poder subir ao meu quarto, estando
presa à parede com uma corrente de ferro" (Wette Erl. 59 p.340), (FATO
contado pelo próprio reformador em Eisleben, em 1546). O encontro do cão preto
se deu em circunstâncias estranhas: o bicho teria procurado um lugar no leito
de Lutero, que jeitosamente o teria retirado dali, jogando-o fora, através da
janela, sem o menor ganido da parte do animal. Foi, parece, um diabinho manso e
inofensivo que se deixou lançar assim para fora. Nada mais se pôde encontrar do
cão, após a queda, nem mesmo vestígios. Lutero tinha a certeza de se tratar de
um diabo, em carne, pelo e osso (Köstlin-Karveran I. 440, 1903). 4. Referem ainda que um dia
apareceu-lhe o demônio em pessoa, talvez para parabenizá-lo pela obra encetada,
toda em benefício de satanás; nesta ocasião, tomado de horror e de medo, num
acesso de raiva, teria Lutero jogado contra o demônio um tinteiro. A tinta não
sujou a carapinha do capeta, mas foi o recipiente quebrar-se de encontro à
parede, onde ficaram os sinais distintivos do seu conteúdo – uma grande mancha
negra. 5. Seja como for, Lutero via
demônios em toda parte. No opúsculo contra o duque de Brunswick, o demônio teve
a honra de ser nomeado 146 vezes; no livro dos Concílio em 4 linhas fala Lutero
15 vezes a respeito de diabos. Os adversários da reforma têm o “coração
satanizado e super-satanizado" Noutra parte ufana-se Lutero de nunca ter
descontentado o príncipe das trevas que o acompanha sempre. Tal disposição
doentia, aumentada pelo isolamento em que vivia, como pela lembrança dos
últimos acontecimentos, da sua excomunhão pelo Papa, da condenação pelo Edito
de Worms, dos perigos que o ameaçavam, da incerteza do futuro, tudo isto devia
necessariamente aumentar a demasiada tensão dos nervos e exaltar a imaginação
ardente. Seja como for, por certo estava ele com direito a uma aparição do
espírito das trevas, a fim de parabenizá-lo pela obra diabólica de revolta que
estava efetuando no mundo, e pela perdição de milhares de almas que tal empresa
iria acarretar. Se o demônio não lhe apareceu, não é porque lhe tenha faltado
vontade para tal, mas apenas porque Deus não permitiu. 6. Ele escreve a
Melanchton:"Corporalmente estou com saúde e sou bem tratado, porém as
tentações e o pecado não me deixam em paz" (Cartas II.189). “Acredite-me,
nesta solidão aborrecedora, estou sujeito às tentações de mil demônios... É
muito mais fácil lutar contra homens que são diabos em carne, do que contra os
poderes da milícia que habita o ar” (Eph. VI. 12). Caio muitas vezes, mas a mão
do Senhor me levanta de novo! (Carta III.240. A. Gerbal). É, então, que ele
dirige a Melanchton o famoso ditado: PECA FORTITER, CREDE FORTIUS – (peca
fortemente, mas crê mais fortemente ainda). É aí, sobretudo, na ociosidade de
seu desterro, que Lutero começa a entregar-se desabridamente às paixões
vergonhosas da luxúria, como o atesta a sua correspondência íntima. Em 1522 ele
escreveu a seu amigo Spalatino a carta mais falhofeira e vergonhosa que se pode
imaginar onde se lê: "Sou um famoso namorador... Admiro-me que, escrevendo
tantas vezes sobre o matrimônio, et misceor feminis, não tenha ainda virado
mulher e tenha casado com uma delas”. “Entretanto, se queres o meu exemplo, tem
o seguinte: TIVE JÁ TRÊS ESPOSAS AO MESMO TEMPO, e as amava tão ardentemente
que perdi duas delas, que foram procurar outros maridos..”. “Quanto a ti, és um
namorador mole não tendo sequer a coragem de ser marido de uma só" (De
Wette II. 646). 7. "Quando o diabo te vexar
com pensamento", diz ele, "palestra com os amigos, bebe mais
largamente, joga, brinca ou ocupa-te em alguma coisa. De quando em quando se
deve beber com maior abundância, jogar, divertir-se, e mesmo fazer algum pecado
em ódio e acinte ao diabo, para não lhe darmos azo de pertubar-nos a
consciência com ninharias. Quando te disser o diabo: Não bebas, responde-lhe:
Por isso mesmo que me proíbes, é que hei de beber, e em nome Jesus Cristo
beberei mais copiosamente... Por que pensar que eu bebo assim com mais
largueza, cavaqueio com mais liberdade, banqueteiome com mais freqüência, senão
para vexar e ridicularizar o demônio que me quer vexar e ridicularizar?...
“TODO O DECÁLOGO SE NOS DEVE APAGAR DOS OLHOS E DA ALMA, a nós tão perseguidos
e molestados pelo diabo” (De Wette IV. 188). 8. Münzer não poupou Lutero. Eis
um simples tópico escrito contra ele, zombando de seu orgulho: “Com toda a sua
hipócrita humildade ele se apresenta como um papa, que entrega aos príncipes
conventos e igrejas. Fala da “nossa proteção”, como se fosse um príncipe. E,
seu orgulho apresenta-se, como se houvesse nascido estrela. O pretensiosíssimo
sábio e doutor, o mentiroso Lutero, caça e persegue os demais. Como cão do
inferno ou uma serpente que se arrasta por cima dos rochedos”. Em outro lugar
ele chama Lutero: “A virgem Martin”... Que virgem pura... o monge sem vergonha
partidário dos ricos e suculentos festins”. Lutero não se deixou suplantar em
insultos, pois nisto era invencível. A discussão tornou-se, sobretudo violenta
contra Zwínglio. Mandaram-se ambos, devotamente, ao diabo, cada qual com maior
vontade. (Audin: Luther II. p. 356). Em uma conferência, que tiveram em
Marburg, insultaram-se com horríveis anátemas, tratando-se de: diabo, filho de
satã, etc... E talvez os dois tivessem razão. “Zwínglio é um individuo
satanizado, insatanizado, supersatanizado”, dizia o chefe da reforma. “Lutero
está possuído do demônio, parece uma porco grunhindo, num jardim de flores”,
retorquia Zwínglio. Ao saber da morte de Zwínglio que tombara no campo de
batalha quando, à frente de suas tropas, tentava invadir a Suíça para
protestantizá-la, o chefe exclamou: “É bom que Zwínglio a Carlostadt fique
esmagados... Zwínglio morreu como um assassino, porque quis forçar os outros a
abraçarem os seus erros (Schlaginhhaufen Aufzeichnungem p. I). E, assim por
diante. Contentemos-nos com esta amostra da linguagem desabrida dos primeiros
protestantes. 9. O ICONOCLASTA CARLOSTADT: Eis
outro monstro protestante, notório discípulo do reformador, cuja doutrina
aplicou antes dele. Foi obrigado a fugir, tornando-se depois inimigo de seu
mestre, pelas divergências ideológicas. O seu verdadeiro nome era André
Bodenstein. Era um padre apóstata, Arcediago de Wittemberg e que levou, como o
seu mestre, igual vida de mancebia pública. No ano de 1521 Carlostadt, o monge
apóstata Dídimo, e mais um troço de estudantes e camponeses fanatizados,
penetraram nas igrejas, pulverizaram as imagens e estátuas, desmantelaram aos
altares, cometendo toda a sorte de roubos sacrílegos; arrasaram mais de mil
conventos; incendiaram mais de 300 igrejas e destruíram inúmeros tesouros de
manuscritos das bibliotecas. Foi a chamada guerra dos camponeses, que se
estendeu a diversas províncias da Alemanha. Neste luta fratricida morreram mais
de 50.000 homens, iludidos pelos cruéis anabatistas, que procuravam
restabelecer a república, sem poder civil e sem autoridade eclesiástica. Cada
qual devia viver sem regra, sem lei, no mais absoluto comunismo, NÃO SÓ QUANTO
AOS BENS DA FORTUNA, MAS ATÉ QUANTO ÀS MULHERES. Do alto do púlpito, Dídimo
aconselhou aos pais de família afastasse os filhos dos estudos de humanidades;
Carlostadt declarou guerra a todos os conhecimentos humanos: era a dissolução
das Universidades, que logo começaram a desmembrar-se. Melanchton, falando de
Carlostadt, diz que: ”... era um homem brutal, desprovido de talento e
conhecimentos, e que, muito longe de ter o espírito de Deus, não conhecia nem
praticava os deveres inerentes à vida civilizada. Dava provas evidentes de
impiedade, condenava todas as leis estabelecidas pelo pagõas e tomava como
regra única a lei de Moisés”. Lutero, mais expressivo ainda, ao julgar este seu
fiel discípulo: “Carlostadt”, disse ele, “se entregou ao seu modo de pensar
reprovado. Penso que o pobre do homem tem o diabo na barriga (sic). Tenha Deus
piedade de seu pecado que é de morte” (Audin: Hist. Luth. P.457). Quando
Nicolau Stock começou a seita dos anabatistas, Carlostadt abraçou-a. Os
luteranos dizem dele: “Não se pode negar que Carlostadt tenha sido estrangulado
pelo demônio”. É o bastante para se julgar o que foi o feroz herege. 10. CALVINO: O calvinista Galiffe fala
assim de seu pai e mestre: “Calvino é um homem sedento de sangue, criminalmente
famoso, sobremaneira intolerante, a cujas vistas ninguém podia ocultar-se; era
difícil a alguém livrar-se de sua inexorável vingança” (Gal. Not. Glenealog.
Ed. 1836 t. III. P. 21). Bucero, amicíssimo de Calvino, atesta que era escrito
maledicente e a figura mais triste da reforma. Suas cartas provam arrogância e
orgulho desmedidos, e quem o contradissesse era mimoseado com os epítetos de:
PORCO, NASNO, CÃO, TOURO, BÊBADO, ENDEMONIADO. A Westphale, luterano, que o
chamou declamador, ele respondeu nestes termos: “Tua escola é um fétido
chiqueiro... ouves-me, cão? Ouves-me, frenético? Ouves-me, animal?” Querendo
dar-se ares de taumaturgo, pretendeu realizar um dia publicamente um milagre,
fazendo reviver um companheiro das suas devassidões, chamado Brulé. Para isso,
este se fingira de morto, e sua mulher, cúmplice da hipocrisia, ficou chorando
perto do pretenso cadáver do marido, na ocasião em que Calvino passava por ali.
Soluçado, a mulher dirigiu-se a Calvino, comunicando-lhe a morte de seu marido.
Este consolou-a, dizendo que ia ressuscitar o defunto, para provar a sua missão
de reformador. Aproximando-se do morto simulado, ordenou, em nome de Deus, que
ele se levantasse; mas... Infelizmente, por castigo de Deus, o homem ficara
realmente morto. A mulher, exasperada, proclamou em altas vozes a sacrílega
hipocrisia. (Narrada pelo santo Cardeal Belarmino). A história do médico Servet
dá testemunho do espírito vingativo do apóstata. Servet (Miguel Vilanova) havia
escrito uma livro contra os erros de Calvino. Este jurou matá-lo. Enviou uma
carta ao cardeal Tournon, vice-rei da França, acusando Servet de heresia, o que
fez exclamar o Cardeal: “Um herege acusando outro”. Pouco depois Servet foi
preso em Viena, por ordem de Calvino, e, poucos dias após, condenado à morte, a
fogo lento, e executado com grande satisfação do herege. O seu mestre, que lhe
havia inspirado a heresia, fala dele neste termos: “Calvino é violento e
perverso, mas, tanto melhor, é este o homem de que precisamos para dar impulso
à nossa reforma”. Calvino é a mais asquerosa figura que apresentou a pretensa
reforma protestante: verdadeiro monstro de corrupção e de hipocrisia. Todos os
seus passos eram calculados, e dizia-se que os seus olhos, despedindo uma chama
impura, lançavam olhares mortais. O fim de Calvino foi a digna conclusão de uma
tal vida. Vivera na lama, morreu na podridão. Eis com que termos ela foi
descrita pelo protestante Schlussemburg: “Tal foi o golpe com que Deus feriu
Calvino, com a sua mão poderosa, que ele exalou miseravelmente sua má alma,
desesperado de sua salvação, invocando os demônios e proferindo imprecações as
mais execráveis, e blasfêmias as mais horrorosas”. “Ele morreu de febre
maligna, devorado, de modo mais ignóbil e degradante, por um formigueiro de
vermes, e consumido por abscessos ulcerosos, cujo infecto nenhum dos
assistentes podia suportar” (Th. Calvino 1594, t.2l. p. 72). Esta narração é
confirmada por um discípulo de Calvino, João Harem, testemunha ocular de sua
morte e que assim se refere: “Calvino morreu como desesperado, tendo uma dessas
mortes vergonhosas e degradantes com que Deus pune os ímpios e os reprovados,
depois de ter sido atormentado por longos e horríveis sofrimentos: eu o posso
atestar, em verdade, porque vi com meus próprios olhos seu fim funesto e
trágico”(Horenius, vida de Calvino) Diz ainda o mesmo Horenius: “Calvino,
infeliz Calvino! Só quem estiver cego deixará de ter na história as passagens
mais infamantes que pesam sobre esse homem fundador do presbiterinismo”. 11. ZWINGLIO; Insurgiu-se contra a
autoridade eclesiástica e passou a viver escandalosamente, com uma mulher
perdida de nome Ana Reinard, viúva de um magistrado, e desta mulher teve um
filho (Darras; Hist. Egr. t. 33). Acompanhado de grande número
de camponeses protestantizados, Zwinglio entrou nas igrejas e destruiu as
imagens e estátuas dos santos e os altares, revolucionando a Suiça toda. Em 11 de outubro de 1531
morreu o apóstata, ferido na batalha de Cappel, por ele provocada, para invadir
4 distritos católicos; neste combate tomou parte ativa; seu corpo foi apanhado
e carbonizado pelos vencedores. Assim terminou o escândalo do
turbulento chefe e fundador do protestantismo na Suiça. Zwinglio foi um dos que mais
atacaram as prerrogativas de Maria Santíssima, negando-lhe a possibilidade de
ser virgem. Lutero, apreciando o seu digno
êmulo e discípulo, disse: “Não posso ler os livros desse
homem. São claramente opotos à Igreja. Não somente são condenáveis, mas ainda
se tornam causa da perdição para muito infelizes”, “Zwinglio”, diz ele em outra
parte, “morreu e foi condenado”. Note-se que Zwinglio é considerado uma estrela
brilhantíssima da seita e um dos seus fundadores, isto é, um homem que dizem
ter sido mandado por Deus para extirpar os abusos da Igreja Católica e
restabelecer, em toda a sua pureza, a moral evangélica. 12. MARTINHO BUCERO era frade
dominicano; para seguir Lutero, abandonou o hábito e casou-se “A FIM DE
MORTIFICAR A CARNE” Morreu de peste. Como professor de teologia na Inglaterra,
para onde chamara Cranmer, ensinou que DEUS É O VERDADEIRO AUTOR DO PECADO e a
ele é que devem ser imputadas as faltas dos homens. CAPITÃO era cônego e até
deão do Cabido de Mogúncia, quando se declarou pela reforma. Era muito amigo de
Ecolampádio, cuja mulher desposou quando ele faleceu, sem dúvida como bom
evangélico, “UT SUSCITARET SEMEN FRATRI SUO” (para lhe dar descendentes).
AMSDORF, a quem Lutero tinha feito bispo, foi o chefe da SEITA ANTINOMIANA que
rejeitava o DECÁLOGO, por bastar a fé e que tudo justifica. Eis em que termos
os teólogos protestantes expõem o ensino antinomiano: “Ainda que sejas uma
prostituta ou um debochado, adúltero ou pecador impenitente, é bastante teres
fé, e estarás no caminho da salvação. Embora cheio de pecados até ao pescoço,
se creres, serás salvo. Manda os mandamentos ao diabo”. “Só a incredulidade
torno o homem mau, e, como só a fé justifica, ninguém peca senão pela
incredulidade” (De Antinomia p.90 e 98) Morreu, lamentando-se de que todos os
vícios e particularmente a bebedeira, a libertinagem e a usura se tivessem
assenhoreado do povo evangélico (De Antinomia p. 68 e 77). ECOLAMPÁDIO,
tornando-se apóstata, fugiu do convento, fez-se discípulo de Zwínglio e logo se
apaixonou por uma moça com que se casou sacrilegamente, o que fez Erasmo dizer:
“Parece que a reforma tem por fim tirar o hábito de alguns monges e casar
alguns padres. Esta grande tragédia termina sempre por acontecimento cômico,
pois tudo acaba no casamento, como nas comédias” (Dillinger. A Reforma t. II,
p. 113). Desde esse tempo, sua vida foi um tecido de dissimulações, morrendo
subitamente, ao lado da mulher com quem se unira. “Tal foi”, disse Lutero, “o
triste fim de ECOLAMPÁDIO, enganado pelo diabo em punição aos seus deboches”
(Bossuet Hist. Várias I. II. parágr. 26) THEODORO BEZA, “alter ego” de Calvino,
nascido em Vezelay de Borgonha, teve Wolmar por mestre, e desde muito moço
mostrou-se o libertino que viria a ser. Fugiu de Paris com madame Cláudia,
mulher de um alfaiate, e com ela se casou em Genebra, estando ainda vivo o
primeiro marido dela. Esta mulher teve de sofrer muito por causa do número não
vulgar DAS VIRTUOSAS que freqüentavam a casa de seu marido (Audin, Hist.
Lutero, t. II, p.286). Finalmente HESHUSIUS escreve a respeito de Beza o
seguinte: “Beza, por causa de seus depravados costumes, foi a desonra das
honestas disciplinas; não satisfeito de, como animal imundo, se enlodar no
lamaçal das mais vergonhosas torpezas, quis ainda contaminar com suas infâmias
os ouvidos da mocidade estudiosa” (C.Schlusselburg). “Tomás Cranmer (o braço
direito de Henrique VIII), antes de ser sacerdote, foi casado.”, diz Cobbet,
“Depois de ordenado e feito VOTO DE CELIBATO, residindo na Alemanha, e tendo-se
feito protestante, casou-se, ou, melhor, “juntouse” a uma mulher” (Filemann
Heshusius, “Da Verdadeira e Sã Confissão”). Foi nomeado bispo de Cantorbery,
iludindo a Sá Romana e declarando que a nada obrigava o seu juramento de
obediência. Foi um adulador das paixões e caprichos de Henrique VIII. Em 1535
proclamou a nulidade do casamento da Ana Bolena, como antes declarara nulo o de
Catarina de Aragão. E, 1540 anulou ainda outro casamento de Henrique com Ana de
Cleves e, em 1541, mais um do rei com Catarina Howard. 13. Lutero, diz o protestante
Plank, morreu de uma doença que provinha de não poder mais o seu corpo servir
de asilo a uma alma, desde muito dilacerada pelas paixões mais vis. (História
da origem da reforma por Dr. G. T. Palnk: ed. 1816 P. II. p. 507). Calvino,
escreve Horenius, acabando a vida no desespero, morreu de torpe e
vergonhosíssima doença. .. Isto eu posso certificar com toda a verdade, porque
vi, com meus olhos, o seu fim funesto e trágico. (João Horenius: Vida de
Calvino). Zwínglio, por testemunho de Lutero, morreu e foi condenado.
(Hospinianus: carta VI. 190). Carlostadt, dizem os luteranos, foi estrangulado
pelo demônio. Henrique VIII, conforme conta o inglês Cobbet, alguns anos antes
de morrer, vítima de sua devassidão e intemperança, ficou reduzido a uma massa
de carne putrefata... e, quando estava para morrer ninguém se atreveu a
desengana-lo. e faleceu sem que o suspeitasse (Cobbel: Op. cit. carta VI. 190).
Site dedicado à Devoção do Misericordioso Coração de Jesus, Doloroso e Imaculado Coração de Maria, Coração Virginal de São José, verdadeira Santa Igreja de Cristo e ao Motu Proprio SUMMORUM PONTIFICUM de S.S. Papa Bento XVI referente as Celebrações Liturgicas na Forma Extraordinária do Rito Romano ou Rito Dâmaso-Gregoriano, no Brasil e no mundo, promoção e divulgação do sacro Canto Gregoriano.
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terça-feira, 31 de outubro de 2017
domingo, 22 de outubro de 2017
FESTA DE CRISTO REI (omite-se o XXI Domingo depois de Pentecostes)
MISSA SOLLEMNITATIS DOMINI NOSTRI IESU CHRISTI - UNIVERSORUM REGIS (SOLENIDADE de CRISTO REI do UNIVERSO) A Solenidade de Cristo Rei do
Universo é relativamente recente. Foi o Santo Papa Pio XI, na primeira encíclica de seu
pontificado, quem a estabeleceu, em 1925. Na Quas Primas, o Santo
Padre almejava recordar o senhorio de Jesus sobre todos os reinados, governos e
instituições. Via isso como tarefa urgente, dada a crescente rejeição dos
ensinamentos da Igreja por parte dos homens e seus governantes civis, retirando Jesus Cristo e sua lei
sacrossanta tanto da vida particular quanto da vida pública. "Baldado era
esperar paz duradoura entre os povos - ditava o Papa -, enquanto os indivíduos
e as nações se recusassem a reconhecer e proclamar a Soberania de Nosso Senhor
Jesus Cristo" CONSAGRAÇÃO DO GÊNERO HUMANO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
O CORDEIRO, REI do Céu, Primeiro e Último, Alfa
e Ômega, que nos resgatou com o seu Sangue, impera do seu Trono, rodeado dos
quatro Animais simbólicos da visão de Ezequiel, no esplendor dos sete
Candelabros de ouro, diante dos Anjos das sete igrejas, no meio dos vinte e
quatro Anciãos cingidos com as suas coroas.
Indulgência plenária:
recitação pública do ato de consagração do gênero
humano Dulcíssimo
Jesus, Redentor. “Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano, lançai sobre nós,
humildemente prostrados na vossa Presença, os vossos olhares. Nós somos e
queremos ser vossos; e a fim de podermos viver mais intimamente unidos a Vós,
cada um de nós se consagra, espontaneamente, neste dia, ao vosso sacratíssimo
Coração.
Muitos há que nunca vos conheceram; muitos,
desprezando os vossos Mandamentos, vos renegaram. Benigníssimo Jesus, tende
piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso Sagrado Coração.
Senhor, sede Rei não somente dos fiéis, que
nunca de Vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos, que vos abandonaram;
fazei que estes tornem, quanto antes, à Casa paterna, para não perecerem de miséria
e de fome.
Sede Rei dos que vivem iludidos no erro ou separados
de Vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da fé, a fim
de que, em breve, haja um só rebanho e um só Pastor.
Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e
dai-lhe liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os povos;
fazei que, de um pólo a outro do mundo, ressoe uma só voz: louvado seja o Coração
divino, que nos trouxe a salvação; honra e glória a Ele, por todos os séculos.
Amém.”
sábado, 14 de outubro de 2017
CATÓLICOS NÃO ADORAM IMAGENS !!!
Observemos
o Texto de Exôdo 20, na sua íntegra (Bíblia Católica e original dos primeiros cirstãos).
"Eu
sou o Senhor teu Deus, que te tirei do Egito, da casa da servidão. NÃO TERÁS
OUTROS dEUSES diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem figura
alguma do que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem do que há
nas águas debaixo da terra. Não adorarás tais coisas, nem lhes prestarás
culto" (Ex 20,2-5).
Portanto
já fica claro que a Proibição NO CONTEXTO, para fabricação de Imagens era de
Imagem de deuses.
Qual
o objetivo deste mandamento ?
Impedir
que os judeus achassem que existem vários deuses. O Deus único, naquele tempo,
não tinha ainda corpo. Nosso Senhor ainda não Se havia encarnado no seio da
Virgem Maria.
Era,
portanto, impossível representá-lo, sob qualquer forma que fosse. Ele não tinha
forma.
Os
pagãos adoravam milhares de deuses diferentes: Estes ídolos, estes demônios,
eram por eles representados em estátuas.
Deus,
porém, não tinha um corpo que pudesse ser representado. Ele estava educando o
Povo Eleito para que eles não colocassem o culto a Deus em pé de igualdade com
cultos a ídolos.
Ele
estava mostrando que Deus é único, Criador dos Céus e da Terra, não uma
"entidade" a competir com os exus e orixás das idolatrias da época.
O
problema, portanto, não era a confecção de imagens, mas a adoração de falsos
deuses, o colocar falsos deuses como se fossem deuses de verdade.
O
próprio Senhor Deus mandou que fossem feitas várias imagens porque a imagem tem
uma função comunicativa, ou seja: é sempre usada para comunicar algo muito
importante, é uma estratégia para comunicar-se bem
Esta
estratégia é tão eficaz que foi usada pelo próprio DEUS.
Exatamente.
o próprio DEUS mandou fazer imagem.
Vamos
analisar pelo menos 4 passagens da sua Bíblia mutilada:
Vamos
abrir em Nm 21, 4-9.
DEUS
libertou o povo Hebreu do Egito através de Moisés e Araão. mandou várias pragas
contra os egípcios. De repente, no deserto, o povo começou a murmurar contra
DEUS, depois de tudo o que o Senhor fez por ele.
Conclusão:
DEUS
mandou uma praga contra os israelitas. A praga das serpentes. Muita gente do
povo começou a ser picada por serpentes e morrer. O povo, com medo,
converteu-se e foi implorar para Moisés que intercedesse por ele.
DEUS
deu uma ordem:
Nm
21, 8 : "faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o
que for mordido, olhando para ela, com fé, será salvo”
Você
não acha esquisito? uma hora Deus proíbe imagem. Outra hora, ele manda fazer
uma.
Conseguem
enxergar que Deus fez questão de se servir de uma imagem para curar seu povo?
Quando,
porém, os israelitas começaram a confundir as coisas e achar que a serpente de
bronze era um deusinho a ser adorado, o rei Ezequias mandou derrubá-la para
acabar com aquela pouca-vergonha (2 Rs 18,4).
A
2º Passagem está em Ex 25, 10-22
Observe,
que: Em Ex 20, 3-6, DEUS PROÍBE FAZER ÍDOLOS.
Já
em Ex 25, 10-22 DEUS MANDA FAZER DUAS IMAGENS DE QUERUBINS.
Não
seria esquisito um livro proibir fazer imagem e cinco capítulos depois mandar
fazer duas?
Em
Ex 25, 18 DEUS fala com Moisés :
“Farás
dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da
tampa...."
Se
vc continuar a leitura até o versículo 22, vai ver que DEUS dá as coordenadas
de como deveriam ser os querubins.
Uma
coisa importante no versículo 22:
"
Ali virei ter contigo e é de cima da tampa, do meio dos querubins que estão
sobre a arca da aliança, que te darei todas as minhas ordens para os
israelitas."
Engraçado!!!
Por
que DEUS disse que falaria com os israelitas do meio das imagens dos querubins?
Será
que Deus realmente é contra imagem?
Se
não fosse importante, será que teria mandado fazer de ouro batido?
Não
desista ainda.
Vamos
analisar. a 3º passagem da Bíblia
Você
sabe que quem construiu o TEMPLO do senhor foi Salomão, ele fez dois querubins
gigantes para o interior do Santo dos santos. Este era o local mais sagrado do
Templo.
A
passagem fala das duas imagens, que também foram revestidas de ouro, inclusive
dá até pormenores sobre elas.
Por
que será que Deus permitiu a Salomão fazer duas imagens de querubins gigantes
(10 côvados = 5 metros, mais ou menos um prédio de dois andares) e colocá-las
no lugar mais sagrado do Templo, de onde Ele próprio falava com os israelitas?
Vamos
para a 4º passagem?
Ela
está neste mesmo livro. Dê uma olhadinha em 1Rs 7, 23-26.
Salomão
pede para Hirão (um amigo que faz trabalho em bronze) construir, dentro do
templo, 12 bois. Era necessário construir um tanque para purificar as mãos e os
pés antes de entrar no lugar sagrado, senão poderia até morrer (conforme Ex 30,
17-21) Hirão construiu um, que parecia uma piscina (mar de bronze).
Em
cada lado, construiu 3 imagens de boi. São 4 lados, portanto, 12 imagens.
Entramos
então na questão:
Já
que o que a Lei dada aos judeus por Deus os proibia de fazer imagens de falsos
deuses para adoração, mas Deus não proibia - muito pelo contrário, mandou várias
vezes que fossem feitas - imagens de criaturas de Deus para melhor servi-lo.
Haveria
por acaso algum problema em fazer imagens das obras-primas de Deus, que são a
Santíssima Virgem Maria e os outros Santos?
sexta-feira, 13 de outubro de 2017
DATAS CRISTÃS X POSIÇÃO DOS PLANETAS NO UNIVERSO !!!
25 DE DEZEMBRO DO ANO ZERO (A.D.):
NASCIMENTO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
13 DE ABRIL DE 33 (A.D.):
23 DE SETEMBRO DE 2017 (A.D.):
MORTE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO NA CRUZ
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
SOLENIDADE DO DOGMA DA MATERNIDADE DA SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA (ANO 431: 11 de Outubro)
O Primeiro Concílio de Éfeso
foi realizado em 431 na Igreja de Maria em Éfeso, na Ásia Menor o primeiro dos
quatro dogmas marianos é o da Maternidade Divina da Santíssima Virgem Maria. Foi convocado pelo imperador Teodósio
II e debateu sobre os ensinamentos cristológicos e mariológicos de Nestório,
patriarca de Constantinopla. Cerca de 250 bispos nele estiveram presentes. O
concílio foi conduzido em uma atmosfera de confronto aquecido e recriminações,
e condenou o nestorianismo como heresia, assim como o arianismo e o
sabelianismo ório, patriarca de Constantinopla, defendia que Cristo não seria
uma pessoa única, mas que Nele haveria uma natureza humana e outra divina, distintas
uma da outra e, por consequência, negava o ensinamento tradicional que a Santíssima
Virgem Maria pudesse ser a "Mãe de Deus" (em grego Theotokos),
portanto ela seria somente a "Mãe de Cristo" (em grego Cristokos),
para restringir o seu papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não
da sua natureza divina. Os adversários de Nestório, liderados por São Cirilo,
Patriarca de Alexandria, consideravam isto inaceitável, pois Nestório estava
destruindo a união perfeita e inseparável da natureza divina e humana em Jesus
Cristo e acusavam Nestório de heresia, para condená-lo, São Cirilo apelou ao
Papa Celestino I, o papa concordou e concedeu à Cirilo sua autoridade para
depor Nestório e excomungá-lo. Porém, antes da intimação chegar, Nestório
convenceu o imperador Teodósio II para convocar um Concílio ecumênico, para que
os bispos defendessem os seus pontos de vista opostos. Assim que foi aberto, o
Concílio denunciou os ensinamentos Nestório como errôneos e decretou que Jesus
era uma apenas pessoa, e não duas pessoas distintas, Deus completo e homem
completo, e declarou como dogma, que a Santíssima Virgem Maria devia ser
chamada de Theotokos, porque ela concebeu e deu à luz Deus como um homem. Os
eventos do concílio criaram um cisma importante, provocando a separação da região
da Síria, formando a Igreja Assíria do Oriente.
Aos 22 de junho de 431, este
dogma foi solenemente definido pelo Concílio de Éfeso explicitamente a
Maternidade Divina de Nossa Senhora. Assim, o Concílio de Éfeso, do ano 431,
sendo Papa São Clementino I (422-432) definiu se expressou: “Que seja
excomungado quem não professar que Emanuel (Cristo)é verdadeiramente Deus e,
portanto, que a Santíssima Virgem Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, pois deu
à luz segundo a carne aquele que é o Verbo de Deus”.
São Bernardo, num de seus sermões
sobre a Anunciação, demora-se em observar Maria no exato momento de seu sim à
Maternidade Divina, um sim que mudaria os rumos da história, que recriaria o
mundo, que possibilitaria uma nova e eterna comunhão entre Deus e as criaturas.
"Ó Virgem piedosa, o pobre Adão, expulso do paraíso com sua mísera descendência,
implora a tua resposta. Implora-a Abraão, implora-a Davi; e os outros
patriarcas, teus antepassados... suplicam esta resposta. Toda a humanidade,
prostrada a teus pés, a aguarda. E não é sem razão, pois do teu consentimento
depende o alívio dos infelizes, a redenção dos cativos, a libertação dos
condenados, a salvação de todos os filhos e filhas de Adão, de toda a tua raça.
Responde depressa, ó Virgem! Pronuncia, ó Senhora, a palavra esperada pela
terra, pelos infernos e pelos céus. O próprio Rei e Senhor de todos, tanto
quanto cobiçou a tua beleza, deseja agora a tua resposta afirmativa, porque por
ela decidiu salvar o mundo. Agradaste a ele pelo silêncio, muito mais lhe
agradarás pela palavra ... Se tu lhe fizeres ouvir a tua voz, ele te fará ver a
nossa salvação".
São Boaventura (+1274):
"Os coros dos anjos, com vozes incessantes, te proclamam: santa, santa,
santa, ó Maria, Mãe de Deus, mãe e virgem ao mesmo tempo! Os céus e a terra estão
cheios da majestade vitoriosa do Fruto do teu ventre! O glorioso coro dos apóstolos
te aclama Mãe do Criador! Celebram-te todos os profetas, porque deste à luz o
próprio Deus! A imensa assembléia dos santos mártires te glorifica como Mãe do
Cristo. A multidão triunfante dos confessores prostra-se diante de ti, porque és
o Templo da Trindade!".
Leitura da Epístola dos
Eclesiástico 24, 23-31
23.Cresci como a vinha de
frutos de agradável odor, e minhas flores são frutos de glória e abundância.24.Sou
a mãe do puro amor, do temor (de Deus), da ciência e da santa esperança,25.em
mim se acha toda a graça do caminho e da verdade, em mim toda a esperança da
vida e da virtude.26.Vinde a mim todos os que me desejais com ardor, e
enchei-vos de meus frutos;27.pois meu espírito é mais doce do que o mel, e
minha posse mais suave que o favo de mel.28.A memória de meu nome durará por
toda a série dos séculos.29.Aqueles que me comem terão ainda fome, e aqueles
que me bebem terão ainda sede.30.Aquele que me ouve não será humilhado, e os
que agem por mim não pecarão.31. Aqueles que me tornam conhecida terão a vida
eterna.
Sequência do Santo Evangelho
São Lucas 2,43-51
43.Acabados os dias da festa,
quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o
percebessem.44.Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva,
andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos.45.Mas não
o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele.46.Três dias depois o
acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e
interrogando-os.47.Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de
suas respostas.48.Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe:
Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura,
cheios de aflição. 49.Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis
que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? 50.Eles, porém, não compreenderam o
que ele lhes dissera.51.Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era
submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
SÃO JERÔNIMO e o LEÃO !!!
Numa certa tarde, como faziam
todos os dias nas horas canônicas, os monges estavam reunidos ouvindo as lições
do dia durante. São Jerônimo estava entre eles e ouvia atento. De repente,
todos perceberam que um leão se aproximava. Foi uma correria geral. São Jerônimo
manteve a calma: foi o único. Ele levantou-se e foi encontrar-se com aquele
hospede não convidado... Era um animal enorme que usava somente três patas para
caminhar. A quarta pata ele a trazia levantada. Claro que o leão não poderia
falar, mas dava a impressão de querer comunicar alguma coisa e ofereceu a Jerônimo
a pata que trazia levantada. O monge a examinou e percebeu que o animal estava
gravemente ferido.
Jerônimo chamou o menos
medroso dos monges para ajudá-lo a limpar e cuidar do ferimento que estava em
carne viva, infeccionado e ainda cheio de espinhos. Jerônimo tratou do animal,
retirou-lhe os espinhos e o medicou com unguentos. O animal sarou. Os cuidados
oferecidos ao animal amansaram a "besta fera". O leão passou, então a
caminhar pacificamente pelo mosteiro. Onde estivesse São Jerônimo, junto estava
o animal que se comportava como um animal doméstico.
Jerônimo mostrou aos monges
uma primeira lição do episódio: "Pensem sobre isto e vocês poderão
encontrar lições de vida. Eu creio que não foi tanto para a cura de sua pata
que Deus o enviou até nós, pois, o leão se curaria sem a nossa ajuda. Deus nos
enviou esse leão para mostrar quanto a Providencia estava ansiosa para nos
prover do que necessitamos para nosso bem."
Os monges sugeriram então que
o leão fosse usado para acompanhar e proteger o jumento que carregava a lenha
para o mosteiro. E, por muito tempo, assim foi: o leão guardava o jumento
enquanto este trabalhava. Um dia, porém, o leão dormiu enquanto o jumento
pastava e alguns mercadores que por ali passavam roubaram o jumento. O leão
acordou e passou a procurar o jumento. Procurou todo o dia, sem encontrá-lo.
Voltou para o mosteiro e ficou diante do portão. Parecia ter consciência de sua
culpa: não tinha mais o andar imponente que parecia quando andava ao lado do
burrico.
Alguns monges concluíram que o
leão tinha comido o jumento. E se recusaram a alimentá-lo, enviando de volta
para comece o resto de sua vítima. Será que havia sido o leão que dera cabo do
jumento? Jerônimo mandou que procurassem a carcaça do jumento. Eles não
encontraram nada e não viram sinais de violência. Ao saber disso São Jerônimo
disse: " Eu fico triste com a perda do asno, mas não façam isto com o leão.
Tratem dele como antes, deem comida para ele. Ele fará o serviço do jumento:
deverá trazer em seu lombo a lenha que necessitamos." E assim aconteceu.
O leão regularmente fazia a
sua tarefa, mas continuava a procurar o seu velho companheiro. Um dia do alto
de uma colina e viu na estrada homens montados em camelos e um deles montando
um jumento. O leão foi ao encontro a eles. Aproximando-se, reconheceu o seu
amigo e começou a rugir. Os mercadores assustados correram deixando para trás o
jumento, os camelos e a carga que traziam. Como faria um cão pastor, o leão
conduziu os animais para o mosteiro. Quando os monges viram aquele desfile
inusitada correram até São Jerônimo. E foi até os portões e os abriu dizendo:
"Tirem a carga dos camelos e do jumento, lavem suas patas e deem comida
para eles. Esperemos para ver o que Deus queria mostrar a este seu servo quando
nos deu o leão".
Os monges seguiram as instruções
de Jerônimo. O leão começou a rugir de novo e a balançar sua cauda,
alegremente. Pesarosos por causa do que pensaram sobre o Leão, relembraram um
pensamento conhecido na região: "Irmão, confie na sua ovelha, mesmo que se
por um tempo ela pareça um ganancioso rufião. Deus fará um milagre para curar o
seu caráter".
Jerônimo, sabendo o que iria
acontecer disse: "Meus irmãos, preparem boa água, refrescos e frutas pois,
chegarão novos hóspedes que deverão ser bem tratados'. Tudo aconteceu como o
Santo pediu. E logo um grupo de mercadores estava diante do portão. Embora
tivessem sido bem recebidos pelos monges, correram até São Jerônimo e
prostraram-se a seus pés, pedindo perdão e agradecendo o acolhimento. Jerônimo
ainda disse aos monges: "deem os refrescos a eles e deixem partir com os
seus camelos e suas cargas". Através do Leão, Deus supre as necessidades
do mosteiro.
Os mercadores, como retribuição
e gratidão, ofereceram metade do óleo que os seus camelos carregavam para que
fosse usado nas lâmpadas do mosteiro e ainda deixaram alimentos para os monges.
Então, o chefe dos mercadores ainda disse: "Nós daremos todo óleo que vocês
precisarem durante todo ano e nossos filhos e netos serão instruídos de também
seguirem esta ordem: nada de sua propriedade será jamais tocada por qualquer de
nós ". São Jerônimo aceitou a oferta e os mercadores de sua parte
aceitaram os refrescos e partiram com a benção do Santo, voltaram alegres para
o seu povo.
São Jerônimo, tirando uma lição
de toda essa história, respondeu a pergunta que ele mesmo havia feito
anteriormente: "vejam meus irmãos o que Deus tinha em mente quando nos
mandou o seu leão"!
Esta narração foi adaptada,
para dar uma breve explicação do porque a iconografia costuma apresentar São
Jerônimo com um leão junto dele.
No livro "Vita Divi
Hieronymi" (Migne. P.L., XXII, c. 209ff.) traduzido para o Inglês por
Helen Waddell em "Beasts and Saints" (NY: Henry Holtand Co., 1934), é
onde podemos encontrar essa narração por inteiro.
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