Em
Fevereiro de 1840, mais ou menos ao meio-dia, aconteceu um fato fantástico no
confessionário do Padre Vianney. Uma mulher vinda de uma cidade próxima,
Puy-en-Velay, ajoelhou-se para confessar, e a principio, as pessoas que
aguardavam a sua vez, nada observou de anormal.
Como a
mulher permanecesse calada, o Santo lhe pediu que ela se acusasse de suas
faltas. Com uma voz estranha, ela disse: “Só cometi um pecado, e faço
participante dele, todos que quiserem. Vamos, levanta a mão e me absolve. Tu a
levantas para qualquer um, pois frequentemente estava junto de ti no confessionário
e vi. Vamos”.
O Padre
perguntou: “Quem é você”? Respondeu o demônio: “Magister Caput” (Mestre Cabeça,
quer dizer, um chefe). E continuou dizendo: “Ah! Sapo negro (a cor da batina do
Padre), quanto me fazes sofrer. Sempre dizes que vai embora para outro lugar,
por que não vai de uma vez? Há outros sapos negros que me fazem sofrer menos do
que tu. Vou escrever ao Monsenhor para que te faça sair”.
Disse o
Padre: “Sim, mas eu farei que fique tremula a tua mão para que não possa
escrever”... Replicou o demônio: “Eu te possuirei. Tenho ganhado a outros mais
fortes do que tu. Ainda não está morto. Se não fosse esta... (Com uma palavra
repugnante e grosseira se referiu a VIRGEM MARIA) que está aqui em cima, já te
possuiria. Mas Ela te protege com este “grande dragão” (São Miguel Arcanjo) que
está à porta da Igreja. Dize-me por que te levantas tão cedo? Desobedeces ao “veste
roxa” (ao Bispo Diocesano).
Por que
pregas com tanta simplicidade? Por isso é considerado um ignorante. Por que não
pregas pomposamente, como se faz nas cidades”? Padre Vianney interrompeu aquele
absurdo falatório impróprio, invocando a presença de JESUS, que fez o demônio
desaparecer, deixando a mulher meio desfalecida, logo amparada pelos presentes.
Umas dez
pessoas que aguardavam a vez de se confessarem, entre elas Maria Boyat e
Genoveva Filliat, presenciaram e ouviram este impressionante acontecimento.
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