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domingo, 22 de março de 2020

O FELIZ TRANSITO DE SÃO JOSE ASSISTIDO POR JESUS E MARIA !!!


MISTICA CIDADE DE DEUS – TERCEIRO TOMO – 5º LIVRO - CAPÍTULO 15

Maria reza por São José

873. Já fazia oito anos que as enfermidades vinham purificando, no crisol da paciência e do amor divino, o generoso espírito do feliz São José. Agravando-se com os anos, iam diminuindo suas forças, desfalecendo o corpo e aproximando-se o inevitável termo da vida, pagamento do estipêndio da morte, dívida comum de todos os filhos de Adão (Heb 9, 27). Aumentava também o cuidado e solicitude de sua divina Esposa, nossa Rainha, na sua assistência e pontualíssimo serviço.

Conhecendo a amantíssima Senhora, com sua rara sabedoria, que estava próximo o dia de seu castíssimo Esposo deixar este pesado desterro, foi à presença de seu Filho santíssimo e lhe disse: Senhor e Deus altíssimo, Filho do Eterno Pai e Salvador do mundo, em vossa divina luz vejo que está a chegar o tempo determinado por vossa vontade etema, para a morte de vosso servo José. Suplico-vos, por vossas antigas misericórdias e infinita bondade, que o braço poderoso de vossa majestade o assista nesta hora. Que sua morte seja preciosa a vossos olhos (SI 115, 15), como foi agradável a retidão de sua vida. Parta em paz, com a certeza de receber a eterna recompensa, no dia em que vossa dignação abrir as portas do céu para todos os crentes. Lembrai-vos, meu Filho, do amor e humildade de vosso servo, de seus grandes méritos e virtudes, de sua fidelidade e solicitude por mim, e de como alimentou a vós, Senhor, e a Mim vossa serva, com o suor de seu rosto.

Resposta de Jesus

874. Respondeu-lhe nosso Salvador: Minha Mãe, vossos pedidos me são agradáveis, e em minha presença se encontram os merecimentos de José. Eu o assistirei agora, e a seu tempo, lhe darei lugar entre os príncipes de meu povo (SI 115,15). Será tão eminente que admirará aos anjos e dará motivo de louvor para eles e os homens. Com nenhuma geração farei o mesmo que para vosso Esposo.

Agradeceu a grande Senhora esta promessa a seu querido Filho. Durante nove dias antes da morte de São José, Filho e Mãe santíssimos o assistiram dia e noite sem o deixarem só. Nestes nove dias, por ordem do Senhor, os anjos vinham três vezes por dia, cantar ao feliz enfermo, louvando ao Altíssimo e celebrando as graças do próprio José. Naquela humilde, porém riquíssima casa, sentia-se suavíssima fragrância de perfumes tão agradáveis, que confortava não só o santo homem, como a muitos que o sentiam de fora, até onde se difundia.

São José, precursor de Cristo no Limbo

875. Um dia antes da morte, todo inflamado no divino amor, teve um êxtase altíssimo que lhe durou vinte e quatro horas. Milagrosamente conservou-lhe o Senhor as forças e a vida, e neste sublime arrebatamento viu claramente a divina essência. Nela lhe foram manifestados, sem véu, tudo quanto crera pela fé: a incompreensível Divindade, os mistérios da Encarnação e da Redenção e a Igreja militante com todos os sagrados bens que a ela pertencem.

A Santíssima Trindade nomeou o precursor de Cristo, nosso Salvador, junto aos santos Pais e Profetas que se encontravam, no Limbo. Ordenou que lhes participasse novamente sua redenção e os preparasse para esperar a visita que o Senhor lhes faria, a fim de tirá-los do seio de Abraão e levá-los à eterna felicidade.

Maria santíssima conheceu estes fatos no interior da alma de seu Filho, na mesma forma de outros mistérios e como tinham sido concedidos a São José. Por tudo, a grande Princesa deu dignas graças ao Senhor.

São José despede-se de Maria

876. Saiu São José deste rapto, com o rosto banhado de admirável resplendor e beleza, e com a mente toda deificada pela visão do Ser divino. Pediu a bênção de sua Esposa santíssima, mas Ela pediu ao Filho que lha desse, o que Ele o fez. Em seguida, de joelhos, a mestra da humildade pediu a São José que também a abençoasse como seu esposo e su-perior. Por divino impulso, e para consolo da prudentíssima Esposa, o homem de Deus abençôou-a e d'Ela se despediu. Ela beijou-lhe a mão com que a abençoou, e pediu-lhe que, em nome dela, saudasse os santos Pais do limbo.

Para que o humilíssimo José cerrasse o testamento de sua vida com o selo desta virtude, pediu perdão à sua divina Esposa do que em seu serviço e estima havia faltado, como homem fraco e terreno. Suplicou-lhe que, naquela hora, não lhe faltasse a assistência e a intercessão de seus rogos. A seu Filho santíssimo o santo Esposo agradeceu também os benefícios que, durante toda a vida, recebera de sua liberalidade, em particular naquela enfermidade.

As últimas palavras que São José dirigiu à Maria, foram: Bendita sejais entre todas as mulheres, escolhida entre todas as criaturas. Os anjos, os homens e todas as gerações conheçam, exaltem e engradeçam vossa dignidade. Por vós, seja conhecido, adorado e exaltado o nome do Altíssimo em todos os futuros séculos. Seja eternamente louvado por vos ter criado tão agradável a seus olhos e dos de todos os espíritos bem-aventurados. Espero gozar de vossa vista na pátria celestial.

São José despede-se de Jesus e expira

877. Voltou-se o Homem de Deus para Cristo, Senhor nosso, e para lhe falar com profunda reverência, tentou por-se de joelhos no chão. O amoroso Jesus, porém, amparou-o nos braços. Com a cabeça neles reclinada, disse-lhe o Santo: Senhor meu e Deus altíssimo, Filho do eterno Pai, Criador e Redentor do mundo, abençoai a vosso escravo e obra de vossas mãos. Perdoai, Rei piedosíssimo, as faltas que, indigno, cometi em vosso serviço e companhia. Eu vos reconheço, exalto e com submisso coração vos dou eternas graças por terdes vos dignado escolher-me, entre todos os homens, para esposo de vossa verdadeira Mãe. Vossa própria grandeza e glória sejam meu agradecimento por toda a eternidade.

O Redentor do mundo lhe deu a bênção e disse: Meu pai, descansai em paz, na graça de meu Pai celeste e minha. Aos profetas e Santos que vos esperam no Limbo, dareis feliz notícia de que se aproxima sua redenção.

A estas palavras de Jesus, e nos seus braços, expirou o felicíssimo José, e o Senhor lhe cerrou os olhos.

A multidão dos anjos que assistiam com sua Rainha e Rei supremo, entoaram com voz celestial cânticos de louvor. A mandado de Jesus, levaram a alma santíssima de José ao limbo dos Pais e Profetas. Todos o reconheceram como Pai putativo do Redentor do mundo, cheio de resplendores de incomparável graça, íntimo do Senhor, digno de singular veneração.

Participando-lhes, conforme a ordem do Senhor, a proximidade de sua libertação, causou grande alegria àquela inumerável congregação de santos.

São José morreu de amor

878. Não se deve passar em silêncio que a preciosa morte de São José, ainda que precedida por enfermidade e dores tão prolongadas, não foi consequência delas. Sua vida poderia, naturalmente, ter se prolongado, não fossem os efeitos do ardentíssimo fogo de amor que ardia em seu retíssimo coração. Para que esta morte felicíssima fosse mais triunfo do amor, do que pena de culpas, o Senhor suspendeu a açâo especial e milagrosa com que conservava as forças naturais do seu servo, impedindo que fossem vencidas pela violência do amor. Faltando aquele apoio a natureza se rendeu, e soltou o laço que detinha aquela alma santíssima nas prisões da mortalidade do corpo, separação na qual consiste nossa morte. Deste modo, o amor foi a última enfermidade, a maior e mais feliz, pois a morte que ela produz é sono para o corpo e princípio de verdadeira vida.

Sepultamento de São José

879. Vendo que seu Esposo falecera, a grande Senhora dos céus preparou seu corpo para o sepultamento. Vestiu-o conforme o costume, sem que outras mãos o tocassem, a não ser os santos anjos que, em forma humana, a ajudaram. Em atenção ao honestíssimo recato da Virgem Mãe, o Senhor revestiu o corpo de São José com admirável resplendor, deixando à vista apenas o rosto. Assim, a puríssima Esposa não o viu, ainda que o vestiu para o enterro.

A fragrância que dele se desprendia atraiu algumas pessoas que, vendo-o tão belo e flexível como se fora vivo, encheram-se de grande admiração. Vieram os conhecidos, parentes e muitas outras pessoas. Reunindo-se ao Redentor do mundo, à Mãe santíssima e à grande multidão de anjos, levaram o glorioso corpo de São José à sepultura.

Em todas estas ações, a prudentíssima Rainha conservava sua compostura e gravidade, sem se alterar com trejeitos mulheris. A dor não a impediu de providenciar a tudo o que era necessário, ao serviço de seu falecido Esposo e de seu Filho santíssimo. Tudo cabia no real e magnânimo coração da Senhora das gentes.

De novo a sós com seu Filho e Deus verdadeiro, agradeceu-lhe por todos os favores concedidos a seu santo Esposo. Em sublime ato de humildade, prostrada na presença de seu Filho, disse-lhe estas palavras: Senhor de todo meu ser, meu verdadeiro Filho e Mestre, a santidade de José, meu esposo, pôde deter-vos até agora, fazendo-nos merecer vossa desejável presença. Com a morte de vosso amado servo, posso recear perder o bem que não mereço. Obrigai-vos, Senhor, por vossa mesma bondade, a não me desamparar. Recebei-me de novo por vossa serva, aceitando os humildes desejos e ânsias do coração que vos ama. Aceitou o Salvador do mundo este novo oferecimento de sua Mãe santíssima, e prometeu-lhe que não a deixaria só, até chegar o tempo de começar a pregar, em obediência ao eterno Pai.

DOUTRINA DA RAINHA DO CÉU MARIA SANTÍSSIMA

A hora da morte

880. Minha caríssima filha, não é sem motivo que teu coração sentiu particular compaixão pelos que se acham em perigo de morte, desejando ajudá-los nessa hora. Realmente, conforme entendeste, naqueles momentos sofrem as almas incríveis e perigosos trabalhos por parte das ciladas do demónio, da própria natureza e dos objetos visíveis. Aquele instante é o termo do processo da vida que receberá a última sentença: de morte ou de vida etema, de pena ou glória perpétua.

O Altíssimo, que te inspirou aquele desejo, quer aceitá-lo para que o executes. De minha parte, te confirmo o mesmo e te admoesto a colaborares com todo esforço possível para nos obedecer. Adverte, pois, amiga: quando Lúcifer e seus ministros das trevas reconhecem, pelos acidentes e causas naturais, que a pessoa está com perigosa e mortal enfermidade, imediatamente preparam toda sua malícia e astúcia, para investir contra o pobre e ignorante enfermo, e tentar derrubá-lo com diversas tentações. Como a esses inimigos está a terminar o prazo de perseguir a alma, querem suprir a falta de tempo pela violência da ira e maldade.

Os últimos combates

881. Para isto, reunem-se como lobos carniceiros, e examinam de novo o estado do enfermo: seu temperamento natural ou adquirido, suas inclinações, hábitos e costumes, e qual seu lado fraco por onde atacá-lo mais. Aos que têm desordenado apego á vida, persuadem que o perigo não é tanto e impedem que outros o avisem. Aos que foram remissos e negligentes no uso dos sacramentos, re-forçam-lhe a tibieza, sugerem-lhes maiores dificuldades e adiamentos, para que morram sem eles ou os recebam sem fruto e com más disposições. A outros, propõem sugestões de vergonha, para não abrirem suas consciências e declararem seus pecados. A estes, embaraçam e retardam, para não manifestarem seus compromissos e não desenredarem a consciência. Àqueles que amam a vaidade, lhes propõem ordenar, naquela última hora, muitas coisas vãs e soberbas, para serem cumpridas depois de sua moite. Aos avarentos e sensuais inclinam com muita força ao que cegamente amaram.

De todos os maus hábitos e costumes, vale-se o cruel inimigo para arrastá-los atrás de objetos e assim lhes dificultar ou impossibilitara salvação. Cada ato pecaminoso praticado durante a vida, e que contribui à aquisição de hábitos viciosos, constitui penhor e arma para o comum inimigo lhes fazer guerra naquela tremenda hora da morte. Cada apetite satisfeito, abre-lhe o caminho para penetrar na fortaleza da alma. Uma vez dentro dela, lança-lhe seu depravado hálito e levanta densas trevas que são seu efeito. Tudo isto para que não acolham as divinas inspirações, não tenham verdadeira contrição de seus pecados e não façam reparação de sua má vida.

Desprezo dos meios de salvação

882. Geralmente fazem estes inimigos grande estrago naquela hora, sugerindo a ilusória esperança de que os enfermos ainda viverão, e com o tempo poderão executar o que, no momento, Deus lhes inspira por seus anjos. Com esta ilusão se enganam e perdem. Grande é também, naquela hora, o perigo dos que durante a vida desprezam o socorro dos santos sacramentos.

Este desprezo, muito ofensivo ao Senhor e aos santos, a divina justiça costuma castigar abandonando estas almas ao próprio conselho, pois não quiseram se aproveitar do remédio no tempo oportuno. Tendo-o desprezado, merecem, por justos juízos, serem desprezados na última hora, para a qual prorrogaram com louca ousadia, a busca da salvação eterna. Poucos são os justos a quem no último combate, a antiga serpente não ataca com incrível sanha. Se aos grandes santos pretendem então derribar, que podem esperar os viciosos, negligentes e cheios de pecados? Estes, que empregam toda a vida para desmerecer a graça e favor divino e não possuem as obras que os possam defender contra o inimigo?

Meu santo esposo José foi um dos que gozaram o privilégio de não ver nem sentir o demónio naquele transe. Quando os malignos tentaram se aproximar, sentiram que uma força poderosa os mantinha distantes, e foram pelos santos anjos, repelidos e precipitados no abismo. Ao se sentirem tão oprimidos e aterrados - a teu modo de entender - ficaram confusos, sobressaltados e aturdidos. Isto deu motivo para Lúcifer reunir no inferno uma junta ou conciliábulo, investigando se, por acaso, nele já se encontrava o Messias.

Tal vida, tal morte

883. Daqui compreenderás o grande perigo da morte, e quantas almas perecem naquela hora, quando começam a frutificar os méritos e os pecados.

Não te declaro os muitos que se condenam, para não morreres de pena, se tens verdadeiro amor ao Senhor. A regra geral, porém, é que à virtuosa vida segue-se boa morte; o resto é duvidoso, raro e contingente. O remédio e segurança é prevenir-se muito antes. Por isto, advirto-te que, ao veres a luz no amanhecer de cada dia, penses ser aquele o último de tua vida. E, como se de fato fosse, pois não sabes se o será, ordenes tua alma de modo a receber alegremente a morte, se ela vier. Não demores um instante em te arrependeres dos pecados, com propósito de os confessar se os tiveres, e emendar até a mínima imperfeição.

Não deixes em tua consciência falta alguma repreensível, sem te doeres e te lavares com o sangue de Cristo, meu Filho santíssimo. Põe-te no estado em que possas aparecer na presença do justo Juiz, que te examinará e julgará até o mínimo pensamento e movimento de tuas potências.

Orar pelos agonizantes

884. Para ajudares, como desejas, aos que estão naquele perigoso fim, em primeiro lugar aconselha a todos o mesmo que te advirto: cuidem da alma durante a vida e assim terão feliz morte. Além disso, rezarás nessa intenção todos os dias, sem falta. Fervorosamente, suplica ao Todo-poderoso que aniquile os enganos do demônio, quebre os laços e ciladas que armam aos agonizantes, e sejam humilhados por sua destra divina.

Sabes que eu fazia tal oração pelos mortais, e quero que me imites nisso. Do mesmo modo te ordeno que, para mais ajudá-los, mandes aos demônios que

deles se afastem e não os oprimam. Bem podes usar deste poder, mesmo que não este-

jas presente, pois o está o Senhor em cujo nome hás de subjugá-los, para maior honra

e glória de Deus.

A morte das religiosas

885. As tuas religiosas, em tais ocasiões, esclarece no que devem fazer, sem perturbá-las. Admoesta-as para que recebam os santos sacramentos e sempre os frequentem. Procura animá-las e consolá-las falando-lhes das coisas de Deus, de seus mistérios e Escrituras. Que seus bons desejos e afetos despertem e as disponham para receber a luz e influência do alto. Fortalece-lhes a esperança, encoraja-as contra as tentações e ensina-lhes como deverão resistir a elas e vencê-las. Procura conhecê-las, e mesmo que a paciente não as revelar, o Altíssimo te dará luz,para as entenderes e aplicar a cada uma o conveniente remédio, porque as enfermidades espirituais são difíceis de se conhecer e curar.

Tudo o que te admoesto deverás praticar, como filha caríssima, em obséquio do Senhor, e eu alcançarei de sua grandeza alguns privilégios para ti e para os que desejares ajudar naquela temível hora. Não sejas escassa na caridade, pois não agirás pelo que és, mas sim pelo que o Altíssimo quiser fazer por meio de ti.

sábado, 21 de março de 2020

A história do CRUCIFIXO MILAGROSO que salvou Roma da peste !!!


Na famosa Via del Corso, conhecida por ser uma das melhores ruas de comércio em Roma, está a igreja de San Marcelo al Corso, que guarda o crucifixo milagroso.
Trata-se de uma igreja muito antiga (do século IV), fundada pelo Papa Marcelo I, que foi perseguido e condenado a realizar trabalhos pesados no escritório do serviço de entrega de correspondências do Estado. É lá que estão seus restos mortais.


O incêndio e o “milagre”

Na noite do dia 22 para o dia 23 de maio de 1519, a igreja sofreu um violento incêndio e ficou destruída. Ao amanhecer, as pessoas foram até lá para conferir os estragos e se depararam com o crucifixo do altar principal providencialmente intacto e iluminado por uma lamparina que, embora atingida pelas chamas, ainda ardia aos seus pés.

Imediatamente, os fiéis disseram que era um milagre e os mais devotos começaram a se reunir todas as sextas-feiras para rezar e acender velas aos pés da imagem de madeira. Assim nasceu a “Archicofradía del Santísimo Crucifijo en Urbe”, que existe até hoje.

A peste

Mas esse não foi o único milagre atribuído ao crucifixo. No ano de 1522, uma terrível peste atingiu violentamente a cidade de Roma. Todos achavam que iam morrer.

Desesperados, os frades Servos de Maria decidiram levar o crucifixo em procissão penitencial da igreja de São Marcelo até a Basílica de São Pedro. As autoridades, temendo o risco co contágio, quiseram impedir a procissão. Mas o desespero coletivo falou mais alto e a imagem de Nosso Senhor foi levada pelas ruas da cidade, sob forte aclamação popular.

A procissão durou 16 dias e percorreu toda a região de Roma. Quando o crucifixo regressou à sua origem, a peste já tinha cessado por completo.

Desde o ano de 1650, o crucifixo milagroso é levado à Basílica de São Pedro. Porém, em 15 de março de 2020, o Papa Francisco visitou a igreja de San Marcelo e rezou pelo fim da pandemia de coronavírus, que tem tirado vidas em todo o mundo.



quarta-feira, 18 de março de 2020

Oração à Virgem Maria contra as Pestes Incuráveis !!!



Na Europa e aqui no Brasil, até os anos 1800, se rezava esta Oração contra as pestes e a cólera, quando não tinham cura e aterrorizavam as populações. Voltemos, pois, a rezá-la, tamanha a sua força e poder, contra o CORONAVÍRUS. Recorramos à onipotência suplicante de Maria:

Arca Santa e Imaculada, tão pura e cheia de graça, sêde

a nossa salvação neste perigo de desgraças.

Sendo a Mãe do Deus humanado, que por nós expirou na

cruz, que pedirás, ó Senhora, que vos negue o bom Jesus?

Advogada celeste, desta pobre humanidade, perdão,

Senhora, alcançai-nos da Divina Majestade.

Dissipai a cruel peste, Poderosa Intercessora, como a

cabeça esmagastes, da serpente enganadora.

A natureza, Senhora, ao vosso Filho obedece, e o vosso

Filho que a rege, não resiste à vossa prece. Assim seja.

Amém!

Nossa Senhora de Nazaré, Saúde dos Enfermos,

Rogai por nós!

quarta-feira, 11 de março de 2020

2018: "Ano Benoite" no santuário Notre-Dame du Laus !!!


Aninhado no coração dos Hautes-Alpes (França), 900m acima do nível do mar, o santuário Notre-Dame du Laus (Nossa Senhora do Laus) é um dos tesouros a ser descoberto. A beleza e a calma dos lugares não são os únicos atrativos deste santuário mariano, dotado de uma paisagem excepcional; além dos 54 anos de aparições da Virgem Maria, o Laus revela, igualmente, importante mensagem e propõe uma experiência espiritual fora do comum.
2018 poderia ser o ano ideal para se descobrir ou redescobrir este santuário alto-alpino, explica o padre Ludovic Frère, vigário geral da diocese de Gap et d´Embrun.
Neste ano de 2018, três aniversários são celebrados, conjuntamente, com o de Notre-Dame du Laus. São eles: os 300 anos do final das aparições, os 300 anos da morte de Benoîte Rencurel (visto que ela se beneficiou das aparições até os seus últimos dias de vida) e os 10 anos do reconhecimento oficial do caráter sobrenatural dos acontecimentos vivenciados pela pastorinha de Laus.
A figura de Benoîte Rencurel marcou fundamentalmente este santuário: a pastora recebeu as primeiras aparições da Virgem Maria quando tinha 17 anos, e estas se estenderam até os seus 71 anos. A Bela Senhora do Laus acompanhou a pastora ao longo de sua vida, tanto na juventude, como na idade avançada.
Sessões, peregrinações e dias de festa iriam se suceder, em Notre-Dame du Laus, durante todo o ano de 2018. Programações e informações estão disponíveis no site do santuário: www.sanctuaire-notredamedulaus.com.
Benoîte está aguardando a sua visita! Venha visitá-la nos Hautes-Alpes!

E também em:
Le Laus (05 Hautes Alpes)

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco.
Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Amém.  

sábado, 7 de março de 2020

Historias de Santa Catarina de Sena (parte 5) !!! (Coluna de sustentação do verdadeiro Papa)

catarina

Coluna de sustentação do verdadeiro Papa

Sem nunca exceder sua humilde condição de simples leiga de uma Ordem Terceira, Santa Catarina admoestava com ousadia e serenidade, “em nome de Cristo”, os grandes deste mundo, não apenas autoridades temporais, mas inclusive os cardeais da Corte Pontifícia de Avignon. E concorreu poderosamente para que o Papa enfrentasse a oposição do Rei de França. Assim, ficou restabelecida na Cidade Eterna o governo do mundo cristão.

Mas Gregório XI faleceu no ano seguinte, sendo sucedido por Urbano VI. Todavia, um grupo de Cardeais, sob pretextos falaciosos, se revoltou contra ele. Então, voltaram eles para Avignon, declararam nula a eleição do Papa legítimo. Em seguida, elegeram um antipapa, o qual tomou o nome de Clemente VII.

Nasceu assim o chamado Grande Cisma do Ocidente, durante o qual Santa Catarina foi a paladina e a coluna de sustentação do verdadeiro Papa, por ela cognominado de “o doce Cristo na Terra”.

Entretanto, “o que é fraco no mundo, Deus o escolheu para confundir os fortes” – afirma São Paulo (1 Cor 1, 27). Assim sendo, a humilde filha do tintureiro Benincasa empreendeu inúmeras viagens para resolver complicadas questões; foi dessa forma conselheira de reis, príncipes, bispos e até mesmo de Papas. Ademais, iluminada pelo Espírito Santo, fortalecida pela graça do Deus Crucificado, fez tudo quanto pôde para defender a unidade da Igreja.

Doutora da Igreja

Assim, com apenas 33 anos, partiu para a eternidade a 29 de abril de 1380. Contudo, deixou uma plêiade de discípulos e um exemplo de vida e uma obra escrita composta de 381 cartas, 26 orações e o livro “O diálogo”, no qual descreve todo o seu método de apostolado e vida interior, chamado pela Igreja como “livro da doutrina divina”.

Afinal, por seus ensinamentos cheios de sabedoria, foi honrada pelo Papa Paulo VI com o título de Doutora da Igreja. “Suas cartas são como fagulhas de um fogo maravilhoso que brilha em seu coração, ardente do Amor infinito que é o Espírito Santo” – afirmou pois o Santo Padre ao outorgar-lhe este glorioso título.

Enfim, que o exemplo de Santa Catarina de Sena penetre em nossas almas. Que a força desse mesmo fogo de seu coração nos traga sobretudo a fidelidade plena e íntegra à Santa Igreja.

Historias de Santa Catarina de Sena (parte 4) !!! (Núpcias espirituais)

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Núpcias espirituais

Dos 17 aos 20 anos de idade, Catarina passou reclusa em sua cela. Orava e jejuava, aprendendo os segredos de Deus e penetrando em suas maravilhas. Só saía para ir à Missa, quase não conversava com ninguém e se alimentava pouquíssimo. Aliás, ao longo de sua vida, passou dias e dias alimentando-se apenas da Sagrada Eucaristia. Sua crescente devoção à Santíssima Virgem ajudava-a a vencer as tremendas tentações com que o demônio a atormentava.
No ano de 1367, véspera da Quarta-Feira de Cinzas, Nosso Senhor apareceu à Santa desposando-a em núpcias místicas. Após colocar-lhe como sinal um anel de ouro no dedo, ordenou-lhe que fosse juntar-se à família. Queria Ele fazer dela um apóstolo.

Historias de Santa Catarina de Sena (parte 3) !!! (Uma “cela monacal” construída no coração)

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Uma “cela monacal” construída no coração

Para vencer as pressões da mãe, que não desistira de seu intento, a heróica moça cortou sua bela cabeleira, em sinal de completo desapego e de rompimento com o mundo. Este fato provocou uma feroz reação da mãe, que, em represália, obrigou-a a fazer todo o serviço da casa, como uma servente, e tirou-lhe o quartinho onde ela costumava se recolher em oração e penitência.

Mas, como diz São Paulo, “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus” (Rom 8, 28). A perda de sua “cela monacal” levou a jovem santa a construir para si a “cela do coração”, a respeito da qual ela própria comentaria mais tarde, numa de suas inúmeras cartas: “Esta cela é uma moradia que o homem carrega consigo por toda parte. Nela adquirem-se as verdadeiras e reais virtudes, especialmente a humildade e a ardentíssima caridade” (Carta 37).

Vendo a fortaleza da filha, que não cedia em suas convicções e não perdia a alegria, o pai interveio a seu favor, devolvendo-lhe o pequeno quarto e permitindo-lhe receber o hábito de penitente da Ordem Terceira de São Domingos, o qual ela anelava com toda a sua alma.

Historias de Santa Catarina de Sena (parte 2) !!! Decisão e firmeza desde a infância !!!

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Frei Raimundo de Cápua, confessor e primeiro biógrafo da santa, conta-nos que esta tomou a resolução de não casar-se quando tinha apenas 7 ou 8 anos. Era claro que a Divina Providência tinha desígnios especiais em relação a essa filha eleita.
Mas a família tinha para ela outros planos… Sua própria mãe envidou todos os esforços para que ela também se casasse, no que contou com a ajuda de sua irmã Boaventura, recém-casada.
Esta, com quem Catarina foi morar, incentivou-a a se vestir e pentear-se elegantemente, para ostentar sua beleza e conseguir um bom noivo. No início, a jovem Catarina cedeu e, aos poucos, foi-se esmerando em sua apresentação pessoal. Todavia, Jesus queria o coração dessa virgem exclusivamente para Si, e enviou-lhe uma severa advertência, representada pela morte súbita de sua irmã Boaventura. Caindo em si, Catarina voltou para a casa dos pais, onde retomou a vida de penitência, que se habituara a levar quando menina.

Historias de Santa Catarina de Sena (parte 1) !!!

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passando pelo Valle Piatta, Catarina ergueu os olhos em direção à igreja de São Domingos e viu Jesus no ar, revestido de paramentos sacerdotais, sentado num trono sobre nuvens luminosas, acompanhado de São Pedro, São Paulo e São João Evangelista. O Senhor lhe sorriu afavelmente e a abençoou, traçando no ar três cruzes em sua direção, como fazem os bispos. Ela ficou imóvel, petrificada, contemplando a presença viva de Nosso Senhor. Seu irmão, que nada via, espantado com a imobilidade da menina, gritou-lhe assustado:

– Catarina, que fazes aí?! – Ela voltou os olhos para Estevão e, quando olhou de novo em direção à visão, esta já havia desaparecido. Chorando, queixou-se:

– Ah, se tivesses visto o que eu vi, não me terias chamado!

PARA RESPONDER A ORAÇÃO DE SUA MÃE


"As últimas palavras que brotaram do amoroso Coração de Maria foram ditas nas bodas de Caná. ".Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho. .Respondeu-lhe Jesus: “Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou”. Disse, então, sua mãe aos serventes: Fazei o que ele vos disser." 

A solicitude amorosa do materno Coração de Maria ressoa e brilha novamente. Naquele momento, em Caná, ela estava intercedendo por um vinho terreno, que iria alegrar e satisfazer os convidados e livrar os cônjuges do problema. Ainda hoje, a Virgem Maria intercede junto a seu Filho e lhe pede o vinho espiritual do Evangelho.

Se as talhas cheias de água representam a Antiga Aliança, o vinho das bodas representam a Nova Aliança, o novo vinho do Evangelho, a ser derramado em talhas novas. Maria, como boa mãe, pede a seus filhos que recebam o Evangelho, que abram seus corações no sentido da Escritura, para que lhes seja concedida “a inteligência do mistério de Cristo”.

Parece que Deus está ausente do nosso mundo, parece que o nosso tempo não tem o vinho do Evangelho, e persegue a Igreja, parece que a Igreja carece de santos, porém, a Virgem Maria intercede por nós, junto a Jesus e, embora seu momento não tenha chegado, Ele fará milagres para acolher e atender a oração de sua Mãe. Os desejos dela são os seus desejos, como seus corações estão sintonizados, sendo um só Coração.

Padre Jean - Abadia Sainte-Marie de Lagrasse (Aude, França)

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco.
Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Amém. 

UMA FONTE DE ÁGUA PARECIA JORRAR DA ROCHA !!!!

 

No dia 1 de agosto de 1428, no norte da Itália, perto de Vicenza, a Virgem Maria apareceu a uma senhora idosa, chamada Vincenza Parisi, enquanto a cidade, dizimada pela peste, estava nas últimas. A Virgem prometeu a Vicenza o fim da epidemia se uma igreja fosse edificada sobre o Monte Bérico.

A velha senhora desceu até a cidade e nós acreditamos nela: o Conselho decidiu construir a Igreja, o mais rápido possível. A Virgem havia dito a Vicenza, que uma fonte de água brotaria da rocha viva, no lugar onde o santuário deveria ser edificado, e foi o que aconteceu. No decorrer das obras, jorrou, como frutuosa nascente, uma quantidade de água maravilhosa e inacreditável... a ponto de transbordar como se fosse um rio abundante!

De acordo com a segunda promessa da Virgem Maria, soma considerável de dinheiro fluiu para a construção da igreja. Finalmente, a terrível peste desapareceu e a igreja ficou pronta em três meses; a província inteira estava completamente livre daquela calamidade e não mais sofreu com esta doença.

O santuário muito frequentado da Madona do Monte Bérico tornou-se um dos lugares mais importantes da devoção mariana, na Europa: “No primeiro domingo do mês, temos, em média, vinte e duas mil confissões”, relatam os Servitas de Maria, que mantêm, desde 1435 este lindo lugar e seu panorama magnífico.

De acordo com um artigo de Pina Baglioni, na revista 30 Jours (30 dias)