Coluna de sustentação do verdadeiro Papa
Sem nunca exceder sua humilde condição de simples leiga de
uma Ordem Terceira, Santa Catarina admoestava com ousadia e serenidade, “em
nome de Cristo”, os grandes deste mundo, não apenas autoridades temporais, mas
inclusive os cardeais da Corte Pontifícia de Avignon. E concorreu poderosamente
para que o Papa enfrentasse a oposição do Rei de França. Assim, ficou
restabelecida na Cidade Eterna o governo do mundo cristão.
Mas Gregório XI faleceu no ano seguinte, sendo sucedido por
Urbano VI. Todavia, um grupo de Cardeais, sob pretextos falaciosos, se revoltou
contra ele. Então, voltaram eles para Avignon, declararam nula a eleição do
Papa legítimo. Em seguida, elegeram um antipapa, o qual tomou o nome de
Clemente VII.
Nasceu assim o chamado Grande Cisma do Ocidente, durante o
qual Santa Catarina foi a paladina e a coluna de sustentação do verdadeiro
Papa, por ela cognominado de “o doce Cristo na Terra”.
Entretanto, “o que é fraco no mundo, Deus o escolheu para
confundir os fortes” – afirma São Paulo (1 Cor 1, 27). Assim sendo, a humilde
filha do tintureiro Benincasa empreendeu inúmeras viagens para resolver
complicadas questões; foi dessa forma conselheira de reis, príncipes, bispos e
até mesmo de Papas. Ademais, iluminada pelo Espírito Santo, fortalecida pela
graça do Deus Crucificado, fez tudo quanto pôde para defender a unidade da
Igreja.
Doutora da Igreja
Assim, com apenas 33 anos, partiu para a eternidade a 29 de
abril de 1380. Contudo, deixou uma plêiade de discípulos e um exemplo de vida e
uma obra escrita composta de 381 cartas, 26 orações e o livro “O diálogo”, no
qual descreve todo o seu método de apostolado e vida interior, chamado pela
Igreja como “livro da doutrina divina”.
Afinal, por seus ensinamentos cheios de sabedoria, foi
honrada pelo Papa Paulo VI com o título de Doutora da Igreja. “Suas cartas são
como fagulhas de um fogo maravilhoso que brilha em seu coração, ardente do Amor
infinito que é o Espírito Santo” – afirmou pois o Santo Padre ao outorgar-lhe
este glorioso título.
Enfim, que o exemplo de Santa Catarina de Sena penetre em
nossas almas. Que a força desse mesmo fogo de seu coração nos traga sobretudo a
fidelidade plena e íntegra à Santa Igreja.
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