“Ouvi algo como o farfalhar de um vestido de seda, que vinha da direita da tribuna. Vislumbrei, então, a Virgem Santíssima perto do quadro de São José. Ela estava logo acima dos degraus que conduziam ao altar, ao lado do Evangelho, numa cadeira parecida com a de Sant’Ana. Eu ainda duvidava que ela fosse, realmente, Nossa Senhora. Contudo, uma criança que lá estava me disse: ‘Eis a Virgem Santíssima’. (...)
Então, olhando para a Virgem Santíssima, dei um salto em sua direção, coloquei-me de joelhos num dos degraus do altar, as mãos apoiadas sobre os joelhos da Virgem Santíssima. Lá vivi um dos momentos mais doces da minha vida. Não conseguiria jamais expressar o que senti.
Perguntei-lhe o que significavam alguns fatos que me foram mostrados anteriormente ─ coisas que eu havia visto. Ela me explicou: ‘Minha criança, o bom Deus deseja encarregar-vos de uma missão. Vós ireis sofrer, mas conseguireis transpor os sofrimentos, sabendo que estes desgostos são para a maior glória do bom Deus. Sereis atormentada, até que tenhais contado tudo, àquele que está encarregado de vos conduzir.
Sereis impugnada, contestada, mas recebereis a graça. Não tenhais medo. Dizei tudo com confiança e simplicidade. Confiai. Vereis algumas coisas. Prestai atenção ao que ireis ver e ouvir. Sereis inspirada em vossas orações, prestai atenção.
Os tempos serão ruins, desgraças abalarão a França. O trono será derrubado. O mundo inteiro sofrerá transtornos de toda a espécie’.”
(A Santíssima Virgem dizia isto com uma expressão muito triste.)
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