PADRE DONIZETTI E O "PESADELO DOS ALTARES"
E O QUADRO DO PONTÍFICE JOÃO XXIII.
“Senhor Arcebispo, tive um pesadelo terrível!
Vi o demônio entrando na Catedral de São Sebastião (em Ribeirão Preto), com
alguns padres consigo, e, todos munidos de picaretas nas mãos, se dirigiam até
os Altares laterais da Catedral, gritando em altas vozes. Ao chegar diante do
altar de Santo Antônio, a imagem do Santo Frade lisboeta olhou com autoridade
ao demônio e seus sequazes, saindo todos em disparada.
Por Amor a Deus, Senhor Arcebispo, NÃO DEIXE
QUE DERRUBEM OS ALTARES DA CATEDRAL !”
Dizem que, neste momento, o Arcebispo saltou
da cadeira na qual estava sentado e disse ao Padre que aquilo seria apenas um
sonho, um pesadelo, que nunca ninguém iria destruir os altares, sendo
interrompido pelo “Taumaturgo de Tambaú”, que lhe disse: “Não, não, Senhor Arcebispo! Nós não veremos
esta desgraça! (Prevendo que ambos iriam para o Céu antes da desgraça
conciliar.) Mas ela virá! Não é um sonho, tampouco um pesadelo! Infelizmente
virá este dia! As trevas cairão sobre o mundo!
Por isso, lhe imploro: NÃO DEIXEM DESTRUIR OS ALTARES !!!”
O Arcebispo, todo amável, como era sua
característica pessoal, sorriu-lhe e lhe disse: “Padre Donizetti, prometo que não deixarei
que ninguém destrua os altares de nossa Catedral!”
Esse episódio ocorreu em 1960, antes,
portanto, da convocação do Concílio Vaticano II, que Padre Donizetti não
presenciou, uma vez que faleceu em 16 de junho de 1961.
O mais interessante é que este fato foi
presenciado pelo Padre Agmar de Paula Marques, que, após o Concílio, quando
quiseram “retirar” os altares da Catedral de São Sebastião, conseguiu impedir
este intento e contou este fato a alguns Sacerdotes, entre os quais o Cônego
Horácio Longo e o Padre Savério Brugnara.
O Arcebispo Dom Luiz do Amaral Mousinho
também não presenciou estes tristes acontecimentos da “retirada” dos altares e
das imagens sacras das igrejas, já que foi para o Céu em 24 de abril de 1962.
Contava o saudoso Cônego Horácio Longo que,
ao observar a “retirada” de dois dos altares laterais da Matriz da Franca, hoje
Catedral da Nossa Senhora da Conceição, lembrou-se do “pesadelo dos altares”,
contado pelo amigo Padre Agmar, profetizado pelo “Taumaturgo de Tambaú”.
Ademais, contava o Padre Savério Bruganara que o Padre Donizetti ganhara um
quadro do Papa João XXIII, em 1959, e que, diante da alegria de seus coroinhas,
ao desempacotar a “fotografia do Doce Cristo na Terra”, o “Taumaturgo de
Tambaú” sorriu e olhou demoradamente no rosto do Papa, dizendo para seus coroinhas:
“Rezemos muito pelo Papa e pela Igreja!”.
Nesse ínterim, um dos coroinhas
dirigiu-se até o quadro com a foto do grande Papa Pio XII, para retirá-lo e
substituí-lo pelo quadro recém-chegado do novo Papa. Então, Padre Donizetti,
com a autoridade de sempre (Diziam que ele era “um santo, porém, um santo
bravo”), disse ao coroinha:
“Não! Deixe aí o quadro do Papa Pio XII, que
é um Santo! Deixe aí, meu filho! Em breve vou me encontrar com ele! Quanto ao quadro do novo Papa, deixem aí onde
está!”
Segundo Padre Brugnara, o quadro do Papa João XXIII foi colocado sobre uma cômoda, e o quadro de Pio XII continuou na parede,
no lugar “principal” da sacristia.
Ainda segundo Padre Brugnara, o “Taumaturgo
de Tambaú” sempre pedia aos outros Sacerdotes que rezassem muito, muito pela
Igreja, que estava chegando um período de grandes provações para Ela.
PADRE DONIZETTI: ORA PRO NOBIS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário