Irmão de São Pedro, preso pelo
pró-Cônsul Egéias, foi açoitado e depois suspenso numa cruz em “X” ou “Crux
Decussata”, na qual sobreviveu por três dias, donde instruiu o povo.
Das notas biográficas extraídas
da “Vida dos Santos” de Rohrbacher, temos:
“Santo André - primeiro Apóstolo
a reconhecer Cristo, ao qual levou seu irmão Pedro, futuro primeiro Chefe da
Igreja - teve sempre um grande amor à Cruz; na hora de sua morte, ao ver o
madeiro no qual iriam pregá-lo, saudou-o com alegria.”
Todo ensangüentado, diante da sua
cruz que era em forma de X, e por isto é chamada a Cruz de Santo André, e diante
da sua cruz, exclama:
“Ó Cruz belíssima, que foste
glorificada pelo contato que tiveste com o Corpo de Cristo! Grande cruz,
docemente desejada, ardentemente amada, sempre procurada, e, afinal, preparada
para meu coração apressado, desejoso de ti”.
Ele chama a cruz, que era uma
coisa desprezada e um instrumento para prender criminosos, ele a chama: “Cruz
belíssima”! Depois explica porque é belíssima: ela foi glorificada pelo contato
que teve com o Corpo de Cristo.
E ele continua: “Cruz preparada
para o meu coração, desejoso de ti; recolhe-me, ó cruz”.
E prossegue: “abraça-me,
retira-me dos homens, leva-me depressa, diligentemente, ao Mestre; por ti, Ele
me receberá; Ele que, por ti, a mim me resgatou”.
Três dias teve em agonia, mas seu
último suspiro ainda foi voltado para a cruz:
“Senhor, Rei Eterno da Glória,
recebei-me assim pendido, como estou, ao madeiro, à cruz tão doce. Vós sois meu
Deus. Vós a quem vi, não permitais me desliguem na cruz; fazei isto por mim,
Senhor, que conheci a virtude da vossa Santa Cruz”.
E expirou com estas palavras. Pode-se dizer
que esta é uma morte tão bonita, que só a morte de Nosso Senhor pode ser mais
bonita do que esta. Quer dizer, a última palavra em matéria da bonita
morte!
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