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domingo, 9 de janeiro de 2022

História de Santa Maria do Egito (sec. IV)

 


Já, aos 12 anos, Maria deixou o lar paterno e foi morar em Alexandria (Egito), levando uma vida de devassidão, escandalosa, em seu meio. No final dos seus 16 anos, ele teve a fantasia de acompanhar um grupo de peregrinos a Jerusalém, onde eles iriam celebrar a Exaltação da Santa Cruz.

Chegando ao local, Maria, a egípcia, quis, por curiosidade, entrar na igreja. Porém, por três vezes, sentiu-se impedida, por uma mão invisível! Iluminada por uma luz do Céu, a pecadora percebeu que eram seus crimes que lhe impediam a entrada na Casa de Deus...

Havia, sob o pórtico da igreja, uma imagem da Santíssima Virgem. Então, prostrando-se diante da Virgem, a jovem pecadora fez esta oração: "Ó Mãe de Deus, tende piedade desta miserável! Refúgio dos pecadores, não me recusai o consolo, de ver e adorar o lenho sagrado, em que seu Filho, meu Salvador, derramou seu sangue para me redimir. Eu vos prometo que, em seguida, irei chorar os meus crimes no lugar em que vós me indicareis.”

A pecadora pôde, então, entrar e se prostrar diante da Santa Cruz. Perguntando à Santíssima Virgem “para onde quereis que eu vá, agora?" Uma voz lhe respondeu: "Vá até o Jordão, e lá encontrarás o lugar do teu descanso".

Maria, a egípcia, confessou, comungou e depois mergulhou no deserto, além do Jordão, onde viveu 47 anos. Um padre, o abade Zozime, levava-lhe a santa Comunhão, todos os anos, na mesma data. Quando ela morreu, encontraram o seu corpo cercado de luz e as seguintes palavras, escritas na areia: “Enterrai o corpo da pobre pecadora, Maria, aqui e orai pelo repouso de sua alma”.

Texto do 1º volume de La vie des Pères du Désert (A vida dos Padres no Deserto)

Citado no Le chapelet des enfants (Terço das crianças)

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