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segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Ele havia cultivado grande compaixão pelas dores de Maria....... (por Santo Afonso Maria de Ligório)

 


Em 1531, havia, em Roma, um senhor tão nobre, pelo nascimento, como vil e depravado pelos costumes. Ele fizera pacto com o demônio, a quem havia servido como escravo, durante sessenta anos seguidos, com toda sorte de desordem e de pecados gravíssimos, sem se aproximar dos sacramentos.

Estando para morrer, Jesus Cristo, para usar com ele de misericórdia, ordenou a S. Brígida, que pedisse a seu diretor espiritual que o visitasse, exortando-o a confessar-se. Porém, apenas na terceira visita do confessor, o enfermo abriu o coração, e, enternecido, começou a chorar, dizendo: “Mas, como poderei ser perdoado? Durante sessenta anos servi ao demônio, dele me fiz escravo e tenho a alma carregada de inúmeros pecados!”

“Meu filho ─ respondeu-lhe o Padre, animando-o ─, não duvides; se te arrependeres, prometo-te o perdão em nome de Deus”. Começando, então, a ter confiança, disse o infeliz ao confessor: “Meu Pai, eu me julgava condenado e desesperava da minha salvação; mas, agora, sinto uma profunda dor dos meus pecados e, visto que a esperança de ser perdoado me é permitida, eu quero me confessar!”

Com efeito, confessou-se, no mesmo dia, quatro vezes, com muita contrição. (...) Depois de sua morte, Jesus Cristo falou novamente com S. Brígida e disse-lhe que aquele pecador fora salvo, que estava no purgatório e devia a salvação à intercessão da Virgem, sua Mãe, pois apesar da vida perversa que levara, tinha conservado a devoção às suas dores, recordando-as, sempre, com compaixão...

Por Santo Afonso Maria de Ligório, em Glórias de Maria.

E segundo Le chapelet des enfants (O terço das crianças)

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