Na verdade, o Salvador do mundo colocou a mansidão e a
humildade como fundamento das virtudes. Abstinência, jejum, austeridade,
pobreza interior ou exterior, boas obras, milagres, todas estas qualidades não
são nada, sem a humildade do coração. Porém, estes predicados irão readquirir
vida e serão abençoados se a humildade os mantém.
A humildade do coração é a força motora, é a geratriz das
virtudes; o caule e os ramos provêm da raiz. Sendo o seu preço infinito, pois
ela é o alicerce sobre o qual se ergue toda perfeição espiritual, o Senhor teve
o cuidado de nos dizer: “Sede humildes”...
E como a humildade é
a guardiã universal, a Virgem Maria, como se houvesse esquecido todas as outras
virtudes de sua alma e de seu corpo, admirava apenas uma coisa, nela mesma, e
deu um único motivo para a Encarnação do Filho de Deus em seu corpo: “Porque
Ele olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1, 47).
Por Santa Ângela de Foligno, mística italiana vidente de inúmeras aparições.
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