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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A Consagração da França à Maria

The Consecration of France to Mary
La Consagración a María de Francia
Consecrationem de Gallia ad Maria

Em 1636, a Virgem Santíssima solicitara à Irmã Anne-Marie de Jesus Crucificado - religiosa estigmatizada, a qual o Cardeal de Richelieu tinha em grande estima -, que a França lhe fosse consagrada. No ano seguinte, o Rei Luis XIII, "guardando segredo em seu coração", consagra a sua pessoa e o seu reino a Maria e, acompanhado da rainha Ana da Áustria, na ânsia de ter um filho, multiplica suas orações e peregrinações a fim de obter o herdeiro tão esperado durante 22 anos.

A Mãe de Deus dá-lhe a sua resposta, aparecendo a uma religiosa do convento de Nossa Senhora das Vitórias, junto à Igreja - esta, justamente edificada pelo Rei -, e pede que três novenas sejam seguidas; uma a Nossa Senhora de Cotignac, na Provence, outra a Nossa Senhora de Paris e a terceira a Nossa Senhora das Vitórias.

O caráter sobrenatural dos fatos é logo reconhecido, e a Rainha toma conhecimento do ocorrido. O religioso, Irmão Fiacre, segue as três novenas, finalizando-as em 5 de dezembro. Exatamente nove meses mais tarde, nasce Louis XIV, e o nome recebido no batismo foi "Louis Dieudonné" (Luís, dado por Deus).

Desde que a rainha tem certeza de que está grávida, no dia 10 de fevereiro de 1638, Louis XVI, sem aguardar o nascimento da criança, para saber se era menino ou menina, publica o Edito oficial, no qual consagra, solenemente, a França a Maria.



Luís XIII cuida com zelo vigilante para que o Edito de 10 de fevereiro de 1638, que visa a consagrar oficialmente a França a Maria, seja registrado pelo Parlamento como um ato de autoridade soberana. Ele instaura, a cada 15 de agosto, uma procissão comemorativa da festa da Assunção, saindo das Igrejas de todas as dioceses do Reino.

"Tantas graças evidentes fazem com que nos sintamos obrigados a nos consagrar à grandeza de Deus, por meio de seu Filho que desceu até nós, e a este Filho, que por meio de sua Mãe foi erguido até Ele. Nós nos colocamos sob a proteção desta Mãe Santíssima. Sob o seu amparo colocamos, igualmente, o nosso Estado, a coroa e todos os nossos súditos. Nossas mãos, não sendo suficientemente puras para apresentar as oferendas à própria Pureza, acreditamos que aquelas que foram dignas de levá-las, serão capazes de torná-las hóstias agradáveis e o que é bem compreensível, que, tendo sido a medianeira destas mercês, seja ela medianeira de nossas ações de graças."

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