"Sou aquela que está na Trindade Divina.
Sou a Virgem do Apocalipse [ou da Revelação]. Tu me persegues. Mas agora,
basta! Entra para o santo redil, a corte celeste na Terra. Obedece à autoridade
do Papa. A promessa de Deus permanece inalterada". (A Virgem do Apocalipse ao protestante Bruno
Cornacchiola, em Tre Fontane, Roma, 1947.)
O caso da intervenção da Virgem do Apocalipse
(ou da Revelação), conforme a própria Mãe do Verbo designou essa Sua invocação,
ocorreu na região de Tre Fontane, Roma, no ano de 1947, manifestando-Se ao
protestante radical Bruno Cornacchiola, que nutria criminoso ódio para com a
Igreja Católica e planejara assassinar o Papa.
Tre Fontane, o local da intervenção da Virgem
do Apocalipse, por si só é um local tradicionalmente sagrado, pois segundo a
tradição católica, ali fora decapitado o Apóstolo São Paulo “O Apóstolo dos Gentios”,
cuja cabeça teria rolado e tocado o solo por três vezes após a decapitação e,
exatamente nesses locais, teriam surgido estas Três Fontes.
Numa manhã de abril de 1937, portanto, dez
anos antes da intervenção que converteria o fanático Bruno Cornacchiola, conforme narraremos a seguir, a Santíssima
Virgem Maria apareceu em uma gruta a uma piedosa jovem católica chamada Luigina Sinapi, dizendo-lhe: “Eu retornarei a esse lugar para converter um
homem que lutará contra a Igreja de Cristo, e desejará assassinar o Santo
Padre. Vai agora à Basílica de São Pedro e lá encontrarás uma religiosa que te
fará conhecer o seu irmão, que é um cardeal. A ele deves levar a mensagem.
Deverás dizer ao cardeal que logo mais ele será o novo papa”.
Atendendo à solicitação celestial, Luigina
segue para S. Pedro, onde se encontra com a marquesa Pacelli e transmite-lhe a
mensagem que é entregue a seu irmão Cardeal
Eugenio Pacelli, na época, Secretário de Estado. O cardeal Eugênio Pacelli,
futuro papa Pio XII, após inteirar-se dos fatos, através de sua irmã, afirmou:
“Se são flores, florirão...”
A profecia de Nossa Senhora cumpre-se, Pacelli
torna-se então o Papa Pio XII, que recebe Luigina por diversas vezes. Mais
tarde, esse Sumo Pontífice receberia das mãos de um arrependido ex-adventista,
o punhal destinado ao assassinato do sucessor de Pedro, onde se lia em letras
entalhadas a sentença de sua própria morte “Morte
ao Papa”.
Bruno Cornacchiola nasceu em 1913 em Roma.
Filho de pais desestruturados fugiu de casa aos 14 anos. Graças a uma mulher
chamada Maria Farsetti, recebeu algum ensino religioso, fazendo então sua
primeira comunhão. Após o serviço militar, na idade de 23 anos, casou-se com Yolanda
Lo Gatto. Para ganhar algum dinheiro decidiu lutar nas tropas nacionalistas na
Guerra Civil Espanhola, embora realmente sentia-se inclinado para o comunismo.
Logo que chegou à Espanha, sob influência de
um protestante alemão abandonou o Catolicismo, convencido pelo amigo de que o
papado era a causa de todos os males do mundo. Foi-lhe inculcado a peculiar
aversão protestante à Santíssima Virgem e ensinado que o Papa era a besta do
apocalipse. Fanatizado, Bruno passou a nutrir intenso ódio para com a Igreja e
fez o juramento de matar o Papa.
Persuadido dessa idéia, comprou um punhal em
Espanha especialmente para esta finalidade, no qual talhou as ameaçadoras
palavras: "Morte ao Papa."
Em sua Fé, a esposa de Bruno recorre ao
Sagrado Coração de Jesus. Suas novas crenças protestantes assustam sua esposa,
que passa a ser inclusive agredida fisicamente por ele, além de proibí-la de ir
à igreja (missa). Em sua cegueira, destrói todas as lembranças católicas,
sacramentais e imagens sagradas que tinha em sua casa. Decide aderir à sua nova
fé através da Igreja Adventista, localizada em Roma.
Antes porém de passar a frequentar os cultos,
tenta persuadir sua mulher a converter-se ao protestantismo. Pressionada, ela
concorda, mas com uma condição: a de que ele fizesse a devoção das Nove
Primeiras Sextas-feiras, conhecida prática católica dedicada ao Sagrado Coração
de Jesus. Essa devoção, ensinada pelo próprio Jesus no século XVII em uma
sobrenatural manifestação à Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690),
consiste em receber a Sagrada Eucaristia durante 9 sextas-feiras consecutivas.
Assim, ficou combinado entre Bruno e sua
esposa que, se, porventura, ao final desse período ele ainda estivesse
determinado a se tornar um protestante, ela o acompanharia em sua nova crença.
Yolanda acalentava a fé de que Deus de alguma
forma convertesse seu marido. No entanto, no final dos nove meses, Bruno
mantinha firme sua adesão à crença adventista. Assim, relutantemente, ela foi
obrigada a se render às novas convicções religiosas do marido.
Em seu ranço anticatólico, Bruno escreveu na
base de uma estátua dedicada à Maria SS.: “Nossa
Senhora não é uma virgem, não é imaculada, e não é a Senhora da Assunção”.
De 1939 a 1947 Bruno trabalhava como condutor
elétrico, em Roma. Nessa época tinha três filhos Carlo, Gianfranco e Ysola, com
idades respectivas entre 7, 4 e 10 anos. Sua violência para com a esposa
continuava, causando muito sofrimento tanto para ela como para as crianças.
Agora ele era um comunista convicto que mantinha o secreto plano de matar o
Papa.
Era final de inverno e Bruno se encontrava a
passeio em Tre Fontane. Neste dia de sábado, à tarde, Bruno estava sentado à
sombra de eucaliptos numa área próxima à Abadia das Três Fontes, onde o
apóstolo Paulo teria sido decapitado em Roma.
As
crianças brincavam com uma bola à orla da floresta de eucalipto.
Tranquilamente, sentou-se para escrever um documento contra a Virgem Maria,
tema que apresentaria na pregação que faria no dia seguinte, em sua igreja.
Naquele momento, ali estava um agitador
protestante, desenvolvendo um tema contra a Virgem Maria. Sua redação devia ser
violenta, arrogante, e ao mesmo tempo convincente. Numa pasta ele trouxera sua
Bíblia protestante. Logo em suas primeiras frases ele estabelece a negação, em
primeiro lugar, dos privilégios concedidos por Deus a Maria, Sua Mãe. Bruno
escreveu: “Nossa Senhora não é uma virgem, não é imaculada, não é a ‘Senhora da
Assunção’.
Nesse momento, Bruno foi interrompido pelas
vozes de seus filhos que começaram a gritar: “Papai, perdemos a bola, ajude-nos a encontrá-la”. Logo encontrou a
bola e passou a brincar com seus filhos até que em um dos chutes fez com que a
bola subisse de forma tão espantosa que desapareceu. Novamente ele sai a
procurá-la recomendando aos filhos para que permaneçam onde estavam. Enquanto procura a bola, Bruno grita o nome
dos filhos para certificar-se de que continuam onde os havia deixado. Porém,
repentinamente, Gianfranco não responde mais aos chamados.
"Gianfranco,
onde estás?" chama em vão o pai. Não obtendo resposta e ficando mais e
mais preocupado, relembra: "eu o
procurava freneticamente por entre os arbustos e as rochas. Finalmente encontro
meu filho ajoelhado na entrada de uma gruta. Suas mãos em oração e os olhos
fitando intensamente o interior da gruta. O garoto estava sorrindo e
sussurrando alguma coisa. Aproximei-me dele e pude ouvir estas palavras:
"Linda Senhora... Linda Senhora! ..."
Bruno então chama sua filha Isolda. Qual não
é seu espanto quando a menina também cai de joelhos ao lado do irmãozinho. As
flores que carrega caem de suas mãos, enquanto seus olhos também se fixam no
interior da gruta. Também ela começa a sussurrar: “Bela Senhora... Bela Senhora!”
Cornacchiola conta: "Mais irritado do que nunca, eu estava
perguntando a razão pela qual eu mesmo e meus filhos estávamos agindo de forma
tão estranha. De joelhos, permaneciam olhando encantados em direção ao interior
da gruta, repetindo as mesmas palavras. Chamei Carlo, que veio ainda olhando
para a bola".
"Vêm
aqui, também" implorei. "Explica
para mim o que teu irmão e tua irmã estão fazendo nessa estranha posição. Será
um jogo que estão brincando juntos?"
"O
jogo a que tu referes", observa Carlo, "eu não estou familiarizado com ele e não sei como jogar
isso!" De repente, também ele cai de joelhos, ao lado direito de
Isola, junta suas mãos em oração, e seus olhos incidem fascinados num local
particular da gruta, a repetir baixinho as mesmas palavras:"Linda Senhora!..."
Precedendo a aparição, Bruno vê duas mãos
puras e brancas moverem-se em sua direção e tocam-lhe levemente o rosto. Bruno
sente a sensação de que “uma coisa foi puxada
dos meus olhos”
Bruno entende que ele e sua família estão
sendo protagonistas de um evento claramente sobrenatural.
"Eu
estava assustado. Temeroso, fui perto da minha garotinha. 'Levanta-te, Isola.'
Ela não respondeu. Tentei levantá-la, mas sem sucesso. Aterrorizado, percebendo
suas pupilas dilatadas, suas faces pálidas, como se estivessem em êxtase, eu
abracei minha menor, dizendo: 'vamos, levanta-te.' Como eu poderia ter perdido
tanta força em meus braços? E então, eu exclamei: 'O que está acontecendo
aqui?' 'Existe feitiçaria ou demônios neste gruta?' Instintivamente eu disse: “Quem és tu, tu deves ser mesmo um sacerdote,
sai!' Eu entrei na gruta, assim determinado a lutar contra quem estava lá
dentro... mas a gruta estava vazia".
Angustiado, e vendo apenas a rocha nua diante
de si, sai em estado de desespero, chorando convulsivamente, levanta os braços
e os olhos para o céu e exclama: "Deus,
livrai-nos!"
Ao dizer essas palavras vê duas mãos puras e
brancas moverem-se em sua direção e tocam-lhe levemente o rosto. Bruno sente a
sensação de que “uma coisa foi puxada dos
meus olhos”. Naquele momento, sente uma certa dor e acha-se no mais
profundo esquecimento. Pouco a pouco as trevas vão diminuindo, deixando uma
tênue luz gradualmente mais brilhante e densa, de forma a iluminar toda a
Gruta.
Neste ponto, "Cornacchiola continua:
"Eu não poderia ver a gruta, nem o
que estava dentro, mas eu estava envolto por uma invulgar alegria."
"Sou
aquela que está na Trindade Divina. Sou a Virgem da Revelação. Tu me persegues.
Mas agora, basta! Entra para o santo redil, a corte celeste na Terra. Obedece à
autoridade do Papa”.
A forma feminina estava descalça e trazia um
livro de capa escura sobre o peito: A Bíblia! Bruno percebe que, com Sua mão
esquerda, a visão aponta para algo próximo a seus pés. "Eu olhei no chão e
vi um pano preto e sobre ele uma cruz quebrada".
Naquele momento de misteriosa perplexidade
durante o qual é arrebatado da terra para o maravilhoso limiar da eternidade,
para o ponto mais brilhante, ele tem a visão de uma jovem e doce senhora
perfeitamente humana, de cabelos negros, vestida com uma túnica branca, uma
faixa cor-de-rosa à cintura e um grande lenço cor de esmeralda sobre a cabeça.
Apresentava-Se emoldurada dentro de uma luz dourada. Bruno olha para Ela,
atraído por Sua beleza fascinante. Embora envolta por tão intensa luz, não
sente seus olhos machucados, apenas extasia-se naquele mergulho na
supernaturalidade.
Uma intensa fragrância de rosas e lírios
tomou conta do lugar. A forma feminina estava descalça e trazia um livro de
capa escura sobre o peito: A Bíblia! Bruno percebe que, com Sua mão esquerda, a
visão aponta para algo próximo a seus pés. "Eu olhei no chão e vi um pano
preto e sobre ele uma cruz quebrada".
Cornacchiola pensa que o pano preto,
semelhante a uma beca rasgada, junto com a cruz quebrada, simbolizavam a
liturgia e outros sinais sagrados que muitos religiosos têm descartado.
"Meu primeiro impulso", prossegue, "foi chorar, pois eu não
conseguia dizer uma única palavra." Naquele momento, a Mãe do Verbo e Mãe
de toda humanidade, dirige então estas palavras a seu perseguidor:
"Sou
aquela que está na Trindade Divina. Sou a Virgem do Apocalipse [ou da
Revelação]. Tu me persegues. Mas agora, basta! Entra para o santo redil, a
corte celeste na Terra. Obedece à autoridade do Papa. A promessa de Deus
permanece inalterada: você está sendo salvo por ter guardado e observado as
Nove Primeiras Sextas-feiras dedicadas ao Sagrado Coração de Jesus. Você
atendeu à solicitação de sua fiel e amorosa esposa antes de fazer suas errôneas
escolhas".
"Tu
irás até o Santo Padre, o Supremo pastor de todos os cristãos. Dar-lhe-ás
pessoalmente a ele Minha mensagem"
Parte das palavras da Virgem do Apocalipse
eram dirigidas a Bruno e aos fiéis, e outra parte dizia respeito unicamente ao
Santo Padre, portanto, um segredo que deveria ser confiado exclusivamente a ele
A essas palavras, Bruno sente-se suspenso,
quase imerso em um estado pleno de felicidade em sair deste mundo. Ao mesmo
tempo, um indefinível e misterioso perfume inunda todo o lugar, como a
purificar a suja terra da gruta, então miseravelmente contaminada pelo pecado
de muitos encontros ilícitos de pessoas que nela se ocultavam para cometerem
adultérios, praticarem o crime do aborto e outros pecados da carne.
Em amorosa atitude maternal, a celestial
Senhora conversou longamente com aquele filho, agora prestes a voltar para
Deus. Parte de Suas palavras eram dirigidas a ele e aos fiéis, e outra parte
dizia respeito unicamente ao Santo Padre, portanto, um segredo que deveria ser
confiado exclusivamente a ele. Então, a Santíssima Virgem continuou:
"Quero dar-te a prova absoluta da
realidade divina com a qual tu te deparas e, com issso, excluas qualquer outro
motivo que não seja a verdadeira razão desse encontro. Este é o sinal: Cada vez
que tu cumprimentares um padre na igreja ou na rua, tu lhe dirás: 'Padre,
preciso falar com o senhor." Se ele responder: 'Ave Maria! - Meu filho, o
que desejas?', implora-lhe para que pare, pois ele é o sacerdote escolhido por
Mim. Tu lhe dirás o que teu coração ditar e lhe obedecerás. Na verdade, ele te
guiará para um outro sacerdote, dizendo: 'Este é o padre ideal para ti' Depois,
tu irás até o Santo Padre, o Supremo pastor de todos os cristãos. Dar-lhe-ás
pessoalmente a Minha mensagem. Eu te mostrarei alguém que te levará até o Papa.
Algumas pessoas do teu relacionamento não acreditarão em ti, mas não te
incomodes com isto".
Naquela noite, Bruno se ajoelharia aos pés de
sua esposa, contar-lhe-ia tudo e lhe imploraria perdão por toda violência e
pelo caminho tortuoso que tinha tomado.
"A
Santíssima Mãe foi minha professora, Aquela que me deu uma incomparável e
sólida educação catequética, auxiliando-me a ser Sua testemunha".
A Senhora disse estas palavras com indizível
bondade e serenidade maternal. Depois, a encantadora dama virou-Se, mostrando
Seu manto verde. Lentamente, moveu-Se em direção à Basílica de São Pedro.
Bruno, extático, percebeu que a Virgem tinha
baixado seu olhar compassivo, apiedando-Se sua extrema pobreza para dar-lhe
orientação, força e conforto.
O título de "Virgem do Apocalipse"
não só é novo e maravilhoso para a Mãe de Deus, mas também altamente teológico.
De fato, confirma todos os privilégios com base na palavra revelada e atribuída
a Ela ao longo dos séculos.
Cornachiolla afirmou: "a Santíssima Mãe foi minha professora,
Aquela que me deu uma incomparável e sólida educação catequética, ajudando-me a
ser testemunha." Por isso, logo que Se manifestou a ele, após a saudação,
disse-lhe com um doce sorriso:
"Tu
me persegues. Agora basta! Entra no sagrado redil, no Celestial Tribunal sobre
a Terra".
E com isso, mostrava o único caminho para a
salvação, deixado por Seu Filho há dois mil anos, a Igreja Católica Apostólica
Romana, que Bruno tinha abandonado. "As Ave Marias que tu recitas com fé e
amor são como setas douradas que penetram o Coração de Jesus"
Pouco mais de dois anos mais tarde, em 9 de
Dezembro de 1949, Bruno fez parte de um grupo convidado a rezar o rosário com
Pio XII, em sua capela privada. Após o rosário, o Papa perguntou se alguém
queria falar com ele. Bruno entrou imediatamente e, ajoelhando-se a seus pés,
com lágrimas de sincera compulsão, mostrou a adaga com a qual ele intencionava
matá-lo, e tambem entregou-lhe sua Bíblia protestante. Bruno implorou perdão ao
Papa e Pio XII imediatamente o perdoou sem hesitações.
Assim, essa tão singela, porém extraordinária
manifestação da Santíssima Virgem, transformou para sempre a vida de Bruno. Uma
vez desintegrados seu orgulho e sua obstinação, o antigo comunista passou a
fazer grandes progressos e caminhou rapidamente no caminho da Verdade. O
contato com a Mãe de Jesus acendeu-lhe o intelecto e reforçou sua vontade, sem
alterar suas características pessoais.
Seu temperamento impetuoso ainda permaneceu
com ele, mas foi direcionado para verdadeiros valores evangélicos e atividades
espirituais.
Primeiramente, Bruno reconheceu o seu pecado
e voltou-Se para Ela, a Imaculada, rogando perdão e força para a sua futura
missão na vida. Sabendo que Seu Filho veio para pecadores como ele próprio,
compreendeu porque a Santíssima Virgem tanto pede insistentemente a todos para
que rezem e recitem o Rosário.
"Reza sempre e nunca deixes de recitar o
Santo Rosário diário pela conversão dos pecadores e não-crentes e também pela
Unidade dos Cristãos. As Ave Marias que recitas com fé e amor são como setas
douradas que penetram o Coração de Jesus".
"Com esta terra antes cheia de pecados
Eu operarei milagres pela conversão dos incrédulos". Convém ressaltar que a gruta onde a
Santíssima Virgem manifestou-Se a Bruno Cornacchiola e, anteriormente, também a
Luigina Sinapi, tinha se tornado um antro de prostituição e criminalidade.
Quando Luigina em 1927 avistou a Santíssima Virgem, próximo a Seus pés havia no
chão o esqueleto de um bebê abortado, cujo corpo fora jogado naquele lugar.
É interessante ressaltar ainda que a uma
curta distância daquela gruta, no sopé da colina, encontra-se a Igreja de São
Paulo, que fora um perseguidor dos cristãos e, em seguida, apóstolo dos
gentios, depois de sua conversão, quando Cristo manifestou-Se para ele às
portas de Damasco. Segundo a tradição, São Paulo foi martirizado naquele local
durante o tempo de Nero. Sua cabeça, decapitada por uma espada caíra ao chão e
três vezes rolou quando, prodigiosamente, surgiu água a partir daqueles três
lugares. Por isso aquele sítio foi denominado "Três Fontes".
Também Bruno Cornacchiola, outro perseguidor
da Igreja, ali, tão próximo do lugar do martírio do apóstolo, é chamado a
tornar-se um defensor da Fé, através de Maria, a Mãe a quem quis insultar nesse
mesmo dia a Ela consagrado, o sábado, oitava da Páscoa.
Assim como Paulo, Bruno recebe do Céu a mesma
missão, através da própria Virgem e torna-se sinal para seus irmãos. Ao longo
de sua vida realizou seminários, encontros e palestras para pessoas de outras
crenças e ex-católicos.
A própria Virgem tinha prometido: "Através
deste local até então sujo pelo pecado Eu operarei milagres para a conversão
dos incrédulos."
A gruta de Tre Fontane transformou-se também
num local de peregrinação de papas. Por lá passaram os Papas Pio XII, João
XXIII, Paulo VI e João Paulo II que foram buscar, no amor e na proteção da Mãe
da Igreja, a força necessária para a segura condução da barca de Pedro nas
tempestuosas águas de nossos tempos.
A Virgem confirma o dogma: "Meu corpo
não poderia ter perecido. Meu Filho O reclamou no momento de minha morte"
Em Sua amorosa e maternal benevolência a
Santíssima Virgem também quis revelar Seu Filho nos mistérios de Suas íntimas
ligações com a Santíssima Trindade:
"Meu perecível corpo não chegou a
perecer. Meu Filho O reclamou no momento de minha morte."
Essa afirmação, portanto, é confirmada no
dogma da Assunção a sustentar que a Mãe de Deus, no fim de Sua vida terrena foi
elevada em corpo e alma à glória celestial. Este dogma foi proclamado ex
cathedra pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950, por meio da
Constituição Munificentissimus Deus: "Depois de elevar a Deus muitas e
reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de
Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para
honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte;
para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a
Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados
apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser
dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria,
terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do
céu".
O Novo Catecismo da Igreja Católica declara:
"A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na
Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais
cristãos" (n. 966).
Sobre essa verdade de Fé proclamada
unicamente pela Igreja Católica, conferir a predição do próprio Jesus, duzentos
anos antes, em Sua manifestação à Madre Mariana de Jesus em MENSAGEM DE MARIA
SANTÍSSIMA EM QUITO, EQUADOR, (1594).
Em 12 de maio de 1956 teve início a
construção do santuário na gruta. A estátua foi feita de Nossa Senhora e o Papa
Pio XII que a abençoou.
Em 23 de fevereiro 1982, a Santíssima Virgem
apareceu novamente a Bruno:
"Desejo
que seja construída aqui uma casa-santuário dedicada a Mim sob a invocação de
Virgem do Apocalipse, Mãe da Igreja. Minha casa será aberta a todos, de modo
que todos possam entrar, encontrar a salvação e serem convertidos. Aqui o
sedento e o pecador virão rezar. Aqui eles encontrarão amor, compreensão,
consolo e o verdadeiro significado da vida. Aqui, nesta gruta, onde tenho
aparecido várias vezes, será um santuário de expiação, como um purgatório na
terra”.
"Ela terá um portão, com o significativo
nome 'Portão da Paz'. Todos que entrarem por ele se cumprimentarão uns aos
outros com a saudação de paz e de unidade."
Conforme profetizara a Virgem do Apocalipse,
"muitas manifestações e graças,
interiores e exteriores" iriam ocorrer. E como nas vezes precedentes,
essa profecia também se cumpriu à risca.
No dia 12 de abril de 1980, mais de 3 mil
pessoas assistiram estupefatas, durante a missa e, mais precisamente, no
momento da consagração, o disco solar mudar de forma e de cor e apresentou as
mais extraordinárias figuras.
O fato se repetiu em 12 de abril de 1982.
Aproximadamente dez mil pessoas presentes na missa, concelebrada no novo
santuário, testemunharam o céu e o sol mudarem sobrenaturalmente seu espectro
de cores e uma grande esfera branca radiante passar pela gruta. Esses sinais
foram testemunhados pelo próprio Secretário de Estado do Vaticano.
Desde a primeira aparição em 1947, sinais e
conversões continuam ocorrendo, especialmente a cada dia 12 de abril, data de
aniversário da primeira aparição. Muitas curas milagrosas têm sido
reivindicadas por pessoas que, a pedido da Virgem, tocaram com fé sobre a terra
da gruta. O primeiro "milagre do sol" foi relatado em Il Tempo (Um
grande jornal diário, em Roma, Itália).
Bruno faleceu em 22 de junho de 2001 fiel à
sua conversão. Ainda velhinho, era visto solitário diante do altar a recitar
seu rosário diariamente. Assim, a Virgem do Apocalipse veio pessoalmente
confirmar o que Seu Filho já o determinara a Seu tempo.
Diz a Virgem do Apocalipse: "Entra para
o santo redil, a corte celeste na Terra". Disse Jesus: "Eu te darei
as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus,
e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16,19). Portanto,
a Igreja Católica é verdadeiramente o santo redil terreno de Cristo.
Diz a Virgem do Apocalipse: "Obedece ao
Papa, o supremo pastor de todos os cristãos". Disse Jesus: "E eu te
declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas
do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16,18). Portanto, por mais que
os ventos fustiguem a Casa do Senhor, Ele próprio continua sendo seu eterno
penhor.