O Padre Pio de Pietrelcina, segundo informou a agência Zenit
(22/9/08), recebeu em 1918 os estigmas de Jesus Crucificado.
Foi durante uma aparição em que Nosso Senhor o convidou a
unir-se à sua Paixão para participar da salvação sobre tudo dos eclesiásticos.
O dado foi esclarecido após a recente abertura dos arquivos
do antigo Santo Ofício de 1939 (atual Congregação para a Doutrina da Fé).
De fato, o santo foi muito perseguido por seguidores dos
auto-denominados “progressistas” fautores da crise que abala a crise da Igreja.
Eles abriram processos contra o Padre Pio nessa Congregação.
O fenômeno místico está descrito no livro “Padre Pio sotto
inchiesta. L'autobiografia segreta” do sacerdote historiador italiano Francesco
Castelli.
O testemunho do santo foi recolhido por D. Raffaello Carlo
Rossi, bispo de Volterra e Visitador Apostólico enviado pelo Santo Ofício para
“inquirir” em secreto o Padre Pio.
O bispo julgou que a origem do fato extraordinário era
divina, desmentindo ponto por ponto as hipóteses contrárias espalhadas pelo Pe.
Agostino Gemelli. Este desqualificava os estigmas como mero “fruto da
sugestão”.
O Padre Pio descreveu assim o acontecido: “Em 20 de setembro
de 1918, depois da celebração da Missa, ao entreter-me para fazer a ação de
graças no Coro, em um momento fui assaltado por um grande tremor, depois voltei
para a calma e vi Nosso Senhor com a postura de quem está na cruz.
“Não teria me impressionado se tivesse a Cruz, lamentando-se
da falta de correspondência dos homens, especialmente dos consagrados a Ele e,
por isso, mais favorecidos.
“Assim se manifestava que ele sofria e que desejava associar
as almas à sua Paixão.
“Convidava-me a compenetrar-me com suas dores e a
meditá-las: ao mesmo tempo , a ocupar-me da saúde dos irmãos. Imediatamente me
senti cheio de compaixão pelas dores do Senhor e lhe perguntava o que podia
fazer.
“Ouvi esta voz: 'Eu te associo á minha Paixão'. E logo
depois, desaparecida a visão, voltei a mim, recobrei a razão e vi estes sinais
aqui, dos quais pingava sangue. Antes não tinha nada.”
O Padre Pio relatou que em 7 de abril de 1913, Jesus, com
“uma grande expressão de desgosto no rosto”, olhando para uma multidão de
sacerdotes, disse-lhe:
“Eu estarei em agonia até o fim do mundo, por causa das
almas mais beneficiadas por mim”.
Segundo o bispo-Visitador as feridas do Padre Pio não
cicatrizavam.
Permaneciam inexplicavelmente abertas e sangrando, apesar de
o frade ter tentado conter o sangue.
“Isso testifica a favor de sua autenticidade, explica o Pe
Castelli, porque o ácido fênico, que segundo alguns teria sido utilizado pelo
Padre Pio para produzir as chagas, uma vez aplicado, acaba por consumir os
tecidos, inflamando as áreas circundantes.”
“Das chagas se desprendia também um perfume intenso de
violeta ao lugar do odor fétido causado pelos processos degenerativos, pelas
necroses dos tecidos, ou pela presença de infecções”, completa o relatório.
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