Vamos conhecer MARTHE ROBIN (ou Marta Rubin),
que viveu de 1902 até 1981, ano de sua morte, e de 1928 até 1981 (53
ANOS)alimentando-se somente da Eucaristia. Por ter uma paralisia de faringe,
não podia beber nenhum líquido.
Esta pequena camponesa ficou 53 anos no
leito, recebendo em sua casa mais de 40 bispos, suscitando inclusive vocações
sacerdotais ou consagradas. Recebeu mais de 100 mil pessoas em sua casa.
Marta nasceu em 13 de março de 1902, em
Châteauneuf do Galaure, na França. Sua família era proprietária de terras. Em
1903 uma epidemia de febre tifóide contagiou quase toda a família. Uma irmã de
Marta faleceu e a mesma ficou bastante debilitada.
Em 1909, empreendeu o caminho da escola;
porém sua saúde a impediu de completar os estudos. Na paróquia de Châteauneuf
do Galaure, a camponesa recebeu o sacramento da Confirmação em 1911 e fez sua
primeira Comunhão em 15 de agosto de 1912.
Sempre devota de Nossa Senhora, Maria sempre
foi para ela Mãe e Educadora. Em 1918 experimentou os primeiros efeitos de sua
doença: uma encefalite.
Para conseguir recursos para a compra dos
remédios, começou a costurar para fora. Viveu dez anos de luta contra a doença,
que só piorava. Em 1928, no transcurso de uma Missão Paroquial de Châteauneuf,
Marta entendeu que por uma graça de Deus, seria pela doença que poderia unir-se
ao Coração de Jesus na Cruz.
Em um dia de dezembro do ano de 1928, MARTHE
ROBIN viveu no momento de receber os sacramentos um encontro decisivo com o
Coração de Jesus na Cruz.
Uma vida nova invadiria seu corpo e seu
coração. Tudo fazia sentido: a doença que teria podido conduzí-la a uma lenta e
segura destruição de sua pessoa em diferentes níveis se converteu, por
paradoxal que pareça, em oportunidade para outra vida que iria construir-se de
modo diferente.
Marta disse que, depois de anos de angústias,
depois de tantas dificuldades de ordem física e inclusive moral, tinha
escolhido Jesus.
Marta recebeu do Coração de Cristo, aberto na
Cruz, o sentido de sua vida de doente: unida a Cristo, sua vida converteu-se em
uma fonte de fecundidade para a Igreja e para o mundo.
Marta fez naquele momento a eleição de uma
vida conforme à do Jesus Crucificado: “O Coração de Jesus na Cruz é a morada
inviolável que escolhi nesta terra”. Seu pároco, Pe. Faure, foi testemunha
ocular desse acontecimento e passou a acompanhá-la neste novo caminho.
A vida espiritual e a vida mística de MARTHE
ROBIN se desenvolveram mesma de doente, que se transformou em meio de união e
de comunhão, lugar de oferenda e de abandono. Também passou a viver em comunhão
com Maria Santíssima, sua querida Mãe.
Mesmo prisioneira em seu leito até a morte, o
desejo de apostolado apoderava-se dela: “Estou verdadeiramente ávida, tenho
realmente fome de trabalhar para o Amor e a Glória de Deus”.
Um dos visitantes sacerdotes ficou
impressionado por sua abertura universal: “A janela de sua pequena habitação
estava aberta ao mundo inteiro”.
Em 1933 nasceu o Foyer de Charité, uma
comunidade formada por leigos e sacerdotes vocacionados a viverem juntos a
Palavra de Deus, anunciando a esperança àqueles que procuram Jesus e têm fome
de sua misericórdia e de sua justiça. Tal obra cresceu e se multiplicou por
diversos países.
Marta se preocupava com os mais necessitados
e fazia confeccionar e expedir todo tipo de material para as obras missionárias
voltadas para os pobres, doentes e encarcerados.
O segredo de Marta foi alimentar-se da
Eucaristia. Durante 53 anos, sua vida sustentada milagrosamente pela Eucaristia
confirmava as palavras do evangelho de João, capítulo 6, versículo 55:
- “A minha carne é verdadeiramente uma comida
e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida”.
Marta, durante 53 anos, só se alimentou da
Eucaristia. Só...
Perguntaram a Marta o que sentia às
terças-feiras, quando recebia a Comunhão, seu único alimento e sua única
bebida. Ela respondeu:
“Eu não me alimento mais do que isso. Se me
umedecem a boca, não consigo engolir. A hóstia passa, e eu não sei como. Ela
produz um efeito que é impossível descrever. Não se trata de uma comida comum,
é algo completamente diferente. É uma vida nova que penetra em meus ossos. Como
explicar? Sinto Jesus em todo o meu corpo... como se houvesse ressuscitado”.
“Tenho desejo de gritar aos que me perguntam
se como (verbo comer), e dizer que eu como mais do que eles, porque me alimento
da Eucaristia, o corpo e sangue de Jesus. Tenho desejo de dizer-lhes que eles
impedem a ação desse alimento em suas vidas. Bloqueiam seus efeitos”.
Que Deus aumente sempre mais a nossa fé na
presença real de Jesus na Eucaristia!
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