Nossa Senhora apareceu para 100.000 soldados
alemães. E dando sinal para voltarem.
Foto: franceses atrás dos inimigos em fuga.
No domingo 14 de janeiro de 1917, o jornal
católico “Le Courrier de la Manche” editado em Saint-Lô (Normandia, França)
publicou matéria baseada em fontes alemãs dignas de credibilidade.
Tratou-se do testemunho de um sacerdote e de
dois oficiais germânicos.
Segundo eles, Nossa Senhora apareceu no Céu
acima da rota para Paris ordenando aos prussianos voltarem.
Perto de 100.000 homens a viram e o comando
alemão mandou guardar segredo sob pena de fuzilamento.
O milagre aconteceu na primeira sexta-feira
de setembro e na oitava da Natividade de Nossa Senhora.
Em 3 de janeiro de 1915, escreveu “Le
Courrier de la Manche”:
“Um sacerdote alemão ferido e aprisionado na
batalha de Marne, morreu num hospital de campanha francês onde se encontravam
algumas religiosas. Ele então lhes disse:
‒ “Enquanto soldado eu deveria fazer
silêncio, mas como sacerdote eu creio estar obrigado a contar o que eu vi.
Durante a batalha de Marne nós ficamos surpresos até a ponto de voltar atrás,
porque nós éramos muitos mais que os franceses e nós esperávamos chegar até
Paris. Mas, nós vimos a Santíssima Virgem vestida inteiramente de branco com
uma faixa azul que se voltava para Paris e nos dava as costas, e com a mão
direita fazia o sinal de nos rechaçar. Isso eu vi, assim como grande número dos
nossos também”.
“Nos mesmos dias, dois oficiais alemães
prisioneiros como o referido sacerdote, ingressaram feridos num hospital de
campanha francês da Cruz Vermelha. Foram atendidos por uma enfermeira que
falava alemão. Quando eles entraram numa sala onde se encontrava uma estátua de
Nossa Senhora de Lourdes, eles a olharam e disseram: “Oh! A Virgem de Marne!”
“A melhor prova da autenticidade do fato foi
recolhida por uma religiosa que cuidava dos feridos em Issy-les-Moulineaux. Ela
testemunhou:
‒ “Depois da batalha de Marne, entre os
feridos atendidos no hospital de campanha dIssy, havia um alemão muito
gravemente ferido e que era considerado terminal. Em virtude dos cuidados que
lhe foram prodigados ele sobreviveu mais um mês. Ele era católico e dava
grandes mostras de sentimentos de fé.
“Todos os enfermeiros eram sacerdotes. Ele
recebeu os auxílios da religião e não sabia como manifestar sua gratidão. Ele
repetia freqüentemente:
‒ “Eu queria fazer uma coisa para vos
agradecer”.
“Por fim, o dia que recebeu a extrema-unção,
ele disse aos enfermeiros:
‒ “Os senhores me trataram com muita
caridade, e eu quero fazer uma coisa pelos senhores contando uma coisa que
aconteceu não a nosso favor, mas que vai ser
de vosso agrado. Assim eu pagarei um pouco minha dívida.
“Se
eu estivesse na frente de combate, eu seria fuzilado, pois foi dada proibição
sob pena de morte de contar o que eu vou dizer agora.
“Os
senhores ficaram maravilhados pelo nosso recuo tão súbito quando chegamos às
portas de Paris.
“Nós não podíamos ir mais longe porque uma
Virgem estava em pé diante de nós, com os braços estendidos, nos rechaçando cada vez que tínhamos ordem de
avançar.
“Durante vários dias nós não soubemos se era
uma das vossas santas padroeiras: Santa Genoveva ou Joana d’Arc. Depois,
compreendemos que era a Santíssima Virgem que nos mantinha cravados no chão.
“No dia 8 de setembro, Ela nos empurrou para
trás com tanta força, que todos fugimos como um só homem. Isto que eu vos digo,
vós o ouvireis repetido mais tarde, pois fomos talvez 100.000 homens que a
vimos”.
(Fonte : A. DENIZOT, Le Sacré-Coeur et la
Grande Guerre, Nouvelles Éditions Latines, rue Palatine, 75006 PARIS)
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