A devoção mariana esteve muito presente na minha vida, desde
a infância, também como coroinha e como jovem.
Mas uma das coisas que me chamou a atenção e me marcou, foi
ao entrar na vida monástica, no mosteiro. Todos os mosteiros cistercienses, no
passado, tinham o nome de alguma Nossa Senhora. E morar numa comunidade
monástica, tendo Maria no nome do mosteiro, foi algo marcante para a minha
vida.
E uma das coisas que me marcou também, logo no início da
vida monástica, e no início do noviciado, foi quando eu pude ver a beleza de
saudar Nossa Senhora com a Salve Regina ao final do dia, após as orações
finais, à meia luz, apenas com a imagem de Nossa Senhora iluminada, antes de
começar o grande silêncio da noite. Creio que é um gesto que a vida monástica
até hoje tem.
E aquilo que também se conta de Nossa Senhora, mãe dos
cistercienses: Maria no céu com um manto bastante amplo cobrindo os
cistercienses debaixo do seu manto, onde ela acolhe a todos.
Portanto, eu creio que para mim, além de tudo aquilo que já
tinha vivido das várias experiências marianas, especialmente a vida monástica,
seja pelo nome dos mosteiros, seja pela saudação ao final do dia, seja pela
figura de Maria com o manto cobrindo os cistercienses, são elementos marcantes
da minha vida.
Dom Orani João Tempesta, cardeal arcebispo do Rio de
Janeiro, em entrevista concedida a UMM no dia 20 de fevereiro de 2017, Jornalista
Thácio Siqueira
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