A Virgem de Valvanera é uma devoção mariana da serra da
Demanda, La Rioja, Espanha, da qual atualmente é padroeira. Além disso, é uma
das sete padroeiras das comunidades autônomas da Espanha. A imagem atual é uma
talha considerada do período românico primitivo, de finais do século XI e
início do XII.
A história da aparição da imagem é como se segue: um ladrão
chamado Nuño Oñez converte-se a partir das súplicas de uma pessoa que iria ser
roubada por ele. Nuño pede então à Virgem Maria pela sua mudança de vida. Um
dia, durante as suas orações, apareceu-lhe um anjo, que lhe disse para, saindo
de Valvanera, buscar um carvalho que se destacasse dos demais, de cujo pé
brotasse uma fonte e que contivesse vários enxames de abelhas. Ali Nuño
encontraria uma imagem da Virgem Maria.
Nuño obedeceu às indicações do anjo e acudiu ao lugar com o
clérigo Domingos, encontrando efetivamente a imagem. Ali mesmo começaria a ser
edificado um lugar de culto à Virgem, no final do século IX.
O relato da aparição da imagem está registrado na História
Latina, de Rodrigo de Castroviejo, Abade de Valvanera, como tradução de um
texto em latim do século XII, escrito provavelmente por Gonzalo de Berceo.
Com este achado teria origem o Mosteiro da Valvanera, onde
atualmente é venerada a imagem, custodiada pelos monges beneditinos. A coroação
canônica da imagem aconteceu no Espolón de Logroño, no dia 15 de outubro de
1954.
A festa de Nossa Senhora de Valvanera é celebrada todo ano
no Domingo seguinte ao dia 8 de setembro.
Oração: Hino à Nossa Senhora de Valvanera. Com um beijo nos lábios, vem a Rioja inteira jurar de joelhos que a sua rainha sois vós. Vossas são as nossas almas e os nossos corações. E por isso queremos render-vos os pendões e beijar quais vassalos vosso manto. Glória à Virgem Pura, Rainha de Valvanera. Glória, a terra inteira repita sem cessar. Repitam as Montanhas os cânticos de gozo em célico alvoroço e júbilo sem par. Sois vós a nossa esperança, a nossa doçura. Para vós na montanha, para vós na planície floresce nos riojanos a rosa do amor. Honra do nosso povo, glória da nossa terra, amor dos nossos pais que um dia na serra vos acharam no carvalho vestida de esplendor! Trouxeste aos nossos vales um resplendor de aurora e desde então foste nossa Rainha e Senhora sobre o trono augusto, erigido a vós pela Fé. Nossa bendita terra foi para vós um sacrário e o coração riojano foi somente um relicário. E sois vós a relíquia que nele se venera.
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