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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

José e Maria compreendem que a ordem das coisas se reverteu ...

 

José e Maria, vendo a criança adormecida, compreendem que a ordem das coisas havia se revertido. A ordem das coisas da vida, é que os pais desejam a criança e decidem o seu nascimento. Porém, quanto àquela criança, foi ela quem escolheu o seu pai e a sua mãe.

Desde toda a eternidade, o Pai dos Céus pensou nesta criança; foi para ela que os mundos foram criados, foi para ela que os profetas falaram; foi por ela que eles próprios foram atraídos para a virgindade e para o casamento. Uma grande luz envolve os dois, José e Maria, e sua ação de graças não tem limites.

Ter sido escolhido por Deus... Existe um sentimento, uma certeza que possa trazer mais felicidade e que possa tornar a oração mais adoradora? Tendo sido escolhido pelo próprio filho... Existe alegria mais admirável, mais singular para os pais? Ao passo que, em outros homens, a criança deve ser grata aos pais, pela vida que recebeu deles. No caso de Maria e de José, são eles que dão graças à criança e a Deus, seu Pai. (...)

E tem mais. Este filho, que vem de outro lugar, lhes foi confiado... Jesus... espera de seus pais a ciência dos homens, a proteção de sua infância e de sua juventude, a educação que fará dele o homem de uma época, de um meio, de uma raça, uma religião. Em favor de José e Maria, Deus se desfaz; por assim dizer, Deus confia neles. Aquele que os criou, inspirou, dirigiu, santificou para este minuto e para esta missão, Ele, o Pai, delega a sua paternidade.

Padre Caffarel, fundador das equipes Notre-Dame em Des équipes Notre-Dame à la Maison de prière, Parole et silence (Equipes Nossa Senhora de oração, Palavra e Silêncio) (páginas 62 e 63).

Ao lado de Egidia, surgiu a Madona para reconfortá-la ...

 


Em Bra, cidadezinha da província de Cuneo, pertencente, desde sempre, à diocese de Turim (Itália), na noite de 29 de dezembro de 1336, uma jovem esposa, estando para dar à luz, passava ao lado de uma coluna votiva, dedicada à Virgem, na periferia da aldeia. Dois soldados, pertencentes a uma companhia de mercenários, que percorriam os campos em todos os sentidos, estavam de emboscada.

Egidia Mathis (o nome da jovem senhora), vendo-se agredida pelos dois, que tencionavam violentá-la, apesar da gravidez avançada, se agarrou, desesperada, à coluna onde estava pintada a imagem da Madonna, invocando a sua ajuda. De repente, jorrou um clarão de luz da imagem, cegando os dois soldados que, aterrorizados, fugiram precipitadamente. Em seguida, a Madonna apareceu a Egidia, reconfortando-a por alguns minutos, assegurando-lhe que o perigo havia passado.

A virgem desapareceu, mas devido ao medo e à emoção, Egidia deu à luz, lá mesmo, ao pé da coluna. Com o recém-nascido, envolvido na sua echarpe, a jovem mãe conseguiu chegar a uma casa das proximidades. A notícia do acontecimento prodigioso logo se espalhou pela aldeia: apesar da hora tardia, as pessoas foram correndo até o lugar da agressão e da aparição.

Em lá chegando, um espetáculo extraordinário surpreendeu a multidão: a coluna estava circundada por um bosque com densos arbustos de ameixeiras-bravas, que, de improviso, se cobriram de flores brancas, apesar do rigoroso inverno daquele final de dezembro. Desde então, a floração se repete, todos os anos, nos mesmos dias.

Por Vittorio Messori em Hypothèses sur Marie (Hipóteses sobre Maria)

domingo, 19 de dezembro de 2021

Isso, porque, sua avó o fez conhecer Jesus e Maria !!!


Nunzio Sulprizio prova que a juventude não deve ser considerada como a idade das paixões desordenadas, das quedas inevitáveis, das crises invencíveis, estimou o Papa Paulo VI, durante a beatificação do jovem italiano. Mas, muito pelo contrário, a juventude é um período de grandes ideais, de heroísmo generoso, de exigências ─ declarou ele, naquele 1º de dezembro de 1963.

A vida do pequeno Nunzio foi marcada por um grande sofrimento, tanto físico quanto moral, mas foi marcada, também, por uma verdadeira resiliência. Nascido em 13 de abril de 1817, em Pescosansonesco (Itália), aos três anos perdeu o pai e, aos seis, a mãe faleceu. Inicialmente, o órfão foi confiado à avó, que lhe ensinou a procurar Jesus, presente na Eucaristia, e a invocar a Virgem Maria.

Porém, a piedosa senhora expirou em 1826; a guarda da criança foi, então, confiada a um tio violento. Imediatamente, a criança foi retirada da escola para trabalhar. Maltratado pelo tio, Nunzio foi gravemente ferido na perna e tornou-se deficiente até o último suspiro.

Felizmente, Nunzio foi adotado por um homem muito católico, ¹Gaetano Errico, que lhe transmitiu uma fé muito viva. Porém, tido como incurável, pelos médicos, a saúde do infeliz foi se degradando, mais e mais. Nunzio entregou a sua alma no dia 5 de maio de 1836, no Hospital dos Incuráveis de Nápoles, confiando a seu confessor que veio lhe dar os últimos sacramentos a seguinte promessa: “Seja feliz, do Céu eu cuidarei sempre de você”.

Nunzio é um dos sete Bem-aventurados (junto ao Papa Paulo VI e a Monsenhor Oscar Romero) canonizados no dia 14 de outubro de 2018, pelo Papa Francisco.

¹Gaetano Errico foi um sacerdote católico e fundador dos Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Foi beatificado por João Paulo II em 14 de abril de 2002. Construiu a Igreja da Addolorata no bairro do Secondigliano em Nápoles.

Oito dias antes do Natal, em memória da Anunciação !!!

 

Esta festa se origina na palavra dos bispos do décimo Concílio de Toledo, em 656.

Tendo encontrado algo de inconveniente na antiga data de comemoração da Anunciação da Virgem Santíssima, então celebrada no dia 25 de março, pois a alegre solenidade estava muito próxima da data em que se revive os sofrimentos da Paixão de Cristo, os prelados decretaram que, a partir de então, a Anunciação seria celebrada, na Igreja da Espanha, oito dias antes do Natal, em memória da Anunciação e, em especial, como preparação para a grande solenidade da Natividade.

Em seguida, a Igreja da Espanha sentiu a necessidade de voltar à prática da Igreja Romana e de todas as igrejas do mundo, que solenizam o dia 25 de março como o dia consagrado, para sempre, à Anunciação da Santíssima Virgem e à Encarnação do Filho de Deus: Porém, a devoção do povo relativa à festa que era celebrada no dia 18 de dezembro, era tanta, que se julgou necessário manter um vestígio: aplicou-se à devoção dos fieis, considerar esta divina Mãe nos dias que precedem o nascimento de Jesus.

Uma nova festa foi, então, criada, sob o título de Expectação do Parto da Beatíssima Virgem Maria. Pelo fato de, nas vésperas, se proferirem as antífonas maiores, iniciadas pela exclamação (ou suspiro) “Oh!”, interjeição expressando a expectativa e a esperança dos antigos patriarcas e profetas quanto à vinda do Messias. O povo teria passado a denominar essa solenidade como Nossa Senhora do Ó.

Segundo Dom Prosper Guéranger (1805 - 1875)

domingo, 12 de dezembro de 2021

A Virgem Maria de Guadalupe estava grávida !!!

 


Em 12 de dezembro, comemoramos o aniversário da aparição de Nossa Senhora, a Juan Diego, no ano de 1531, no México. Atualmente, a afluência dos peregrinos, vindos do mundo inteiro é bastante considerável: 14 milhões por ano!

O que aconteceu? Sobre a colina de Tepeyac, um pouco ao norte do México, no dia 9 de dezembro, de 1531, uma jovem senhora, “irradiando luz deslumbrante” apareceu ao índio Juan Diego Cuauhtlatoatzin. Ela revelou ser a Virgem Maria e o encarregou de pedir ao bispo que mandasse edificar uma igreja, naquele lugar da aparição.

O bispo, incrédulo, pediu que o vidente obtivesse, da Virgem Maria, um sinal comprovando o seu pedido. No dia 12 de dezembro, pela quarta vez, Maria apareceu a Juan Diego, e mandou que ele colhesse rosas no alto da colina, um tipo de rosa (rosa de Castilha, típica da Espanha), que não existia no México, sobretudo naquele mês de inverno. Ei-lo, então, a descer a colina, estupefato, com a tilma (seu manto) repleta de belas rosas, jamais vistas em pleno inverno!

Sob injunção da Virgem, Juan Diego retornou até a casa episcopal, e abriu o seu manto diante das pessoas reunidas em torno do prelado. Naquele instante, qual não foi o estupor de todos, ao ver milagrosamente a imagem da sempre Virgem Maria, como ela se designa a si mesma, ser impressa sobre a tilma.

Detalhe importante, para este tempo do Advento: a Virgem que apareceu a Juan Diego estava grávida ─ como constam os estudos sobre a imagem... ─ Ela foi declarada Padroeira das Américas e Estrela da Evangelização pelo santo Padre, o Papa João Paulo II.

L’équipe de Marie de Nazareth!!!

sábado, 11 de dezembro de 2021

Nossa Senhora da Encarnação - 08 de Dezembro !!!

 


Em tempos antigos, a aldeia da Benedita era um pequeno lugarejo, cujos fogos estavam divididos em Três freguesias: Turquel, Alvorninha e Santa Catarina. O lugar não tinha templo onde o povo pudesse orar e, por isso, os habitantes resolveram mandar fazer uma capela que ficaria sob o patrocínio da Nossa Senhora da Encarnação. Reuniram-se, quotizaram-se e mandaram fazer a capela no centro do lugar, no local onde hoje se ergue o cruzeiro.

Foi a obra dada de empreitada a um homem de apelido Aleixo, residente no Casal dos Salões, e deu-se começo à capela, mas todas as manhãs apareciam as paredes aluídas e erguidas no local onde hoje está a pequena igreja, mas aumentadas sempre de mais um cunhal. Começava a circular entre o povo a versão de que era um milagre. Nossa Senhora não queria a capela no centro do lugar, mas sim onde todas as manhãs apareciam os materiais. Uns, eram crentes no milagre, outros, não sendo o mais obstinado contraditor do milagre o próprio empreiteiro.

Perto do local, há uma fonte, e o aludido Aleixo, que tinha uma fazenda contígua, costumava mandar duas filhitas buscar água à fonte. Um dia, as pequenas vão encher os cântaros, e Nossa Senhora, envolta em branca nuvem desce até ao pé da pequena mais nova, envolvendo-a de forma a ocultá-la aos olhos da irmã e revela-lhe que transmita ao pai os seus desejos de que a capela seja feita no sítio onde foram encontrados os materiais. A pequena, de volta a casa, conta ao pai o sucedido. Interrogada a mais velhinha, que nada vira, negou a aparição e a mais novita é admoestada pela suposta mentira.

No dia seguinte, vai o homem lavrar para perto da fonte e as petizes voltam mais uma vez à água. Nova aparição à mais nova e, de novo, lhe recomenda que diga ao pai para lhe fazer a capela onde ela pretendia. A criança diz à Virgem que o pai está descrente. Nossa Senhora, para o convencer, faz-lhe anunciar pela filha que um boi lhe irá cair repentinamente morto no rego da lavrada, o que sucede mal acabou a pequenita de transmitir ao pai esta previsão sinistra.

Cheio de temor, o homem ordena então à filha que torne à fonte e que peça à Senhora que lhe reanime o boi que ele lhe faria a capela no lugar onde Ela queria.

A pequena vai, Nossa Senhora aparece-lhe de novo e ela transmite-lhe o pedido do pai. A Senhora, sorrindo, disse-lhe que fosse descansada que já iria encontrar o boi a trabalhar. Assim sucedeu.

O empreiteiro cumpriu a palavra, e a Igreja foi erigida onde hoje se encontra e a fonte, onde a Senhora havia aparecido, ficou a chamar-se a “Fonte de Nossa Senhora”.

A Virgem para que ficasse perpetuada a lembrança da sua Aparição, deixou a sua imagem gravada numa pedra broeira que, anos depois, alguém, bem intencionalmente, colocou junto ao fontanário, para memorar o facto.

Um virtuoso sacerdote, pároco da freguesia, mandou remover a pedra para a Igrejinha, mas esta desapareceu com o rodar dos anos.

FONTE: “O Estudo da Literatura Popular e das Tradições Orais Estremenhas — Lenda da Fundação da Igreja da Benedita” por Guilherme Felgueiras, inserido no “Boletim da Junta de Província de Estremadura”, série II, n.°23, de Janeiro/Abril de 1950.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

De que forma DEUS obrigou Satanás a confessar a Imaculada Concepção da SS. Vigem MARIA, Mãe de Deus e nossa ...

 


No dia 8 de dezembro de 1854, o papa Pio IX promulga o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Em 25 de março de 1858, na festa da Encarnação do Verbo, a Santíssima Virgem aparece para Santa Bernadete, em Lourdes (França), e confirma o dogma dizendo: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

Em 1823, porém, mais de trinta anos antes, outro fato sobrenatural e surpreendente confirmou a Imaculada Conceição da Virgem Mãe de Deus. E quem a confessou foi alguém que jamais esperaríamos que o fizesse; o demônio. O diabo tinha possuído um jovem, de apenas 12 anos de idade, residente na atual província italiana de Avellino, na região da Apúlia. Estavam na cidade dois religiosos dominicanos, Padre Gassiti e Padre Pignataro, ambos autorizados pelo bispo a realizar exorcismos. Os sacerdotes fizeram uma série de perguntas ao diabo que possuía o garoto e, entre elas, uma foi sobre a Imaculada Conceição. O diabo confessou que a Virgem de Nazaré jamais tinha estado sob seu poder: nem mesmo no primeiro instante de sua vida, pois ela já foi concebida “cheia de graça” e toda de Deus.

Embora seja o “pai da mentira”, o diabo pode ser, no exorcismo, obrigado a dizer a verdade, inclusive em matéria de fé. Foi assim que os dois sacerdotes exorcistas o obrigaram a reverenciar Nossa Senhora e a louvar a sua Conceição Imaculada em versos. Humilhado, o diabo se viu, em nome de Cristo, obrigado a cantar a glória de Maria mediante um soneto em italiano, perfeito em construção e em teologia! Eis a tradução do poema:

Eu sou verdadeira mãe de um Deus que é Filho,

E sou sua filha, ainda ao ser sua mãe;

Ele, de eterno existe e é meu Filho,

E eu nasci no tempo e sou sua mãe.

Ele é meu Criador e é meu Filho,

E eu sou sua criatura e sua mãe;

Foi divinal prodígio, ser meu Filho

Um Deus eterno, e ter a mim por mãe.

O ser da mãe é quase o ser do Filho,

Visto que o Filho deu o ser à mãe

E foi a mãe que deu o ser ao Filho;

Se, pois, do Filho teve o ser a mãe,

Ou há de se dizer manchado o Filho

Ou se dirá Imaculada a mãe.

Conta-se que o Papa Pio IX, ficou muito emocionado, quando, após ter proclamado o dogma da Imaculada Conceição, apresentaram-lhe o soneto acima.

Por: Aleteia, Brasil, 15 de dezembro de 2015

domingo, 5 de dezembro de 2021

A Petit Lourdes (Pequena Lourdes), obra protegida pela Virgem Maria !!!

 


Durante uma viagem a Lourdes (França), em 1930, um pobre trabalhador ferroviário da Lorena, Georges Simonin, recebeu a incumbência de construir uma reprodução das basílicas de Lourdes, numa escala de 1/20. Trabalho colossal que exigiria o uso de duas toneladas de gesso. A maquete seria de uns seis metros de altura.

Em 1947, seu trabalho estava bem avançado, mas ele perdeu a esposa e ficou doente. Terríveis dores de estômago o impediram de continuar a obra. Georges passou a realizar, então, missão mais leve, esculpindo uma estátua de Nossa Senhora de Boulogne para a sua paróquia de Villiers-sur-Marne (França). Durante a instalação da escultura, na igreja, um grande calor percorre seu corpo e o sofrimento desaparece: ele ficou curado. Sob a influência da emoção, Georges não contou nada a ninguém e foi para Lourdes.

Estando lá, uma noite, despertou, sobressaltado, pois sonhara que estava construindo uma maquete da cidade, na época de Bernadete. Georges reuniu, então, toda a documentação e, em 1952, o Castelo de Lourdes ─ peça central, que necessitava de vinte e cinco toneladas de rochas e de outros materiais ─, foi erguido no centro da vila de Villiers-sur-Marne. A igreja paroquial, os edifícios públicos, os oito moinhos foram erguidos e, em 1954, a Petit Lourdes (Pequena Lourdes) nasceu. Infelizmente, durante as terríveis inundações de 2013, muitas áreas da cidade foram alagadas. Todo o sítio da Petit Lourdes foi coberto e devastado pelas águas e lama das chuvas torrenciais. No entanto, quando estas se retiraram, descobriu-se que a gruta, com seus pequenos elementos (muletas suspensas e bancos de oração), estava absolutamente intacta!

A basílica feita de gesso nada sofreu, para espanto dos arquitetos, apesar de ter estado submersa por 34 horas. A estátua de Bernadete, ajoelhada diante de Maria, não havia sofrido nenhum deslocamento e nenhuma sujidade. Sim, realmente, a Petit Lourdes é uma obra protegida e, melhor dizendo, desejada pela Virgem Maria.

Por Philippe Louvet e também em: La grotte de Lourdes (A gruta de Lourdes).

sábado, 4 de dezembro de 2021

SÃO JOSÉ e o PRESÉPIO no DIA de NATAL, por Pe. Júlio MARIA (1952)


Era noite alta, José e Maria não encontraram abrigo nas casas de Belém. Pobres e desprezados, foram abrigar-se em uma gruta onde os pastores protegiam-se nas noites frias de inverno. A gruta está deserta, José amarrou seu jumentinho, e foi explorar o interior da gruta. Paredes nuas, rochosas, frias. No chão palha limpa, feno, e uma manjedoura.

É a mobília do palácio do Rei dos Reis, para quem o luxo dourado não passa de farrapos. José ficou pensativo, inquieto e, escondido de sua esposa MARIA chorou. Se fosse um abrigo para ele, o humilde José aquela gruta pareceria um palácio, todavia, tratava-se da sua doce esposa, a SS. Virgem, que lhe foi confiada pelo próprio Deus.

Então, José entregou tudo nas mãos de Deus, começou a limpeza do ambiente, enquanto Maria sentou-se do lado de fora para comer alguma coisa, pois já era muito tarde. Quando tudo estava pronto, Nossa Senhora sentiu que a hora do nascimento de JESUS CRISTO estava chegando. Alguns santos afirmam que São José, sabendo que aquele mistério era grande demais para seus olhos, saiu da gruta e ficou aguardando. E o milagre se deu!

Era meia noite! Nossa Senhora inclina a cabeça sobre a manjedoura, onde chorava uma criancinha. Com efeito, quem a visse, ativa e preocupada, não teria ideia de ser ela mesma a mãe da criança. Mas, bastaria ver os cuidados e carinhos com os quais cercava o menino, que logo compreenderia, era Sua Mãe!

Ela o tomou nos braços, envolveu em paninhos quentes, beijou e abraçou o fruto bendito de suas entranhas e o depositou nas palhas ásperas do presépio. A criança então adormeceu, embalada pelo amor da adoração de sua mãe.

E São José?

José, prostrado pela fadiga, adormeceu à entrada da gruta. Pé ante pé, e sem palavras, a Virgem Santa acordou o esposo e o levou até à manjedoura.

Pode-se então imaginar o que se passou com São José naquela hora?

Ele viu o menino adormecido e sua mãe Maria, cujo rosto parecia transfigurado e radiante em meio às trevas daquela noite. José ficou sem palavras, Maria não apresentava nem fadiga, nem dor. Grossas lágrimas desceram pela face, José caiu de joelhos, a fronte no pó da terra, ele queria chorar, soluçar, rir. Ele então adorou, aniquilado pelo sentimento de sua indignidade, o Menino Deus que o havia escolhido como pai adotivo e guardião.

É provável que São José recordou-se as palavras que o Anjo lhe tinha dito: “O que dela nascer é obra do Espírito Santo; ela dará à luz um filho e o chamarás Jesus, porque Ele há de salvar seu povo dos seus pecados.” (Mt, 1, 20-21). Ele então compreendeu que Maria, sua esposa é quem acabava de dá-lo à luz, exclamou: “Meu Deus, meu Deus!” E viu que ele mesmo, pobre carpinteiro, de mãos calejadas e de rosto queimado, participava deste sublime mistério! “oh! Deus, será possível?”

E José chorou, soluçou, queria fugir mas, não; humilha-se e adora.

Ele não se parece conosco as vezes? Naqueles momentos que nos sentimos indignos, pobres e pecadores, e Nossa Senhora nos chama para perto do Filho dela, e nós choramos, nos aproximamos do confessionário e de joelhos pedimos perdão.

Este cenário nos convida a ficarmos mais próximo do presépio. Ver que a criança divina dormindo. O choro, as palpitações de seu coraçãozinho, irradiam-se para Maria e José, inclinados sobre a manjedoura. A Virgem Santa, sorrindo toma nos braços o Menino e o deposita nos braços de José, que quase desmaia de emoção e amor. Num beijo prolongado, com o rosto banhado de lágrimas José exprime assim sua gratidão e seu amor.

Eis a cena de Belém, o Natal de Belém! Esta meditação nos leva para mais perto de Deus. Como José, vamos ao presépio adorar nosso Redentor. Adoremos o Menino nos braços de sua Mãe e dela o recebamos para cobri-lo com os beijos de nossa adoração, de nosso amor, e de nossa eterna gratidão.

Na manjedoura se encontra JESUS nos braços de sua Mãe e é ela quem O apresenta à nossa adoração, como o apresentou a São José, aos pastores e aos reis magos. Que neste Natal, estejamos dentro da gruta de Belém, amando a Deus e sentindo-nos amados por Ele, sua mãe e São José.

Um Santo Natal.

Fonte: MARIA, Pe. Júlio, O Evangelho das Festas Litúrgicas e dos Santos mais Populares, Ed. O Lutador, Munhamirim – MG, 1952.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Quando é que veremos a doce Maria?

 


Quão doce é o nome de Maria, que, por toda parte faz com que os fieis da Igreja se enterneçam devotamente. Dizei-me, eu vos rogo, de onde vêm esses suspiros, e o murmúrio, e a prostração da multidão devota, na Igreja, quando o clérigo pronuncia o nome de Maria? Sinto-o como se fosse uma tâmara cheia de doçura e doce dentro de nós....

Doce é a imagem de Maria, que os artistas realizam com tanta magnificência, com tanto zelo e suavidade, com mais dedicação e capricho do que os aplicados nas outras imagens de santos e que os fieis, com tanta alegria, veneram com tanto ardor. Não percebeis que as Igrejas estão repletas de imagens de Nossa Senhora, sinal evidente de que cada coração deve estar repleto de sua doce e suave memória?

Eis os doces frutos da tamareira! Eis as tâmaras que Maria espalhou pela terra dos moribundos! Como será a qualidade daquelas que ela distribui aos cidadãos do alto, na terra dos vivos? Quando nós a veremos ─ não mais em sua imagem de ouro ou de marfim ─ mas face a face, em seu santíssimo corpo. Quando veremos seu rosto, com nossos olhos, como durante tanto tempo, aqui embaixo, chorando, nós desejamos ver? Quando iremos nos sentar ao lado da nossa Mãe, de quem agora estamos tão distantes. Quando poderemos falar, não mais dela, sobre ela, mas, diretamente com ela. Quando será que estaremos, para sempre, diante da sua gloriosa presença. Oh! Quando será que isso acontecerá?

Santo Alberto o Grande (1200-1280)

“Cada vez que você me deixar, para saudar a minha Mãe, eu a recompensarei”

 


Gertrudes costumava comunicar tudo o que parecesse bonito e agradável ao seu Bem-Amado.

E também, quando ouvia leituras e cânticos em honra da bem-aventurada Virgem Maria e dos outros santos, as palavras que excitavam seu afeto, eram sempre dirigidas ao Rei dos reis, seu Senhor, que ela dirigia os elãs do seu coração, e não aos santos que eram citados.

Um dia, na solenidade da Anunciação, o pregador se agradou em exaltar a Rainha do Céu, mas não mencionou a encarnação do Verbo, obra de nossa salvação. Ela, então, ficou triste, e, passando diante do altar da Mãe de Deus, depois do sermão, ao saudá-la, não sentiu a mesma ternura doce e profunda de sempre; ao contrário, seu amor se dirigiu com mais força e ardor a Jesus, o fruto abençoado do seio da Virgem:

Não tenha medo de nada, ó minha bem-amada ─ disse-lhe Jesus ─, pois é muito agradável à Mãe, que, ao cantar seus louvores e sua glória, você dirija a sua atenção para mim. No entanto, visto que a sua consciência a reprova, preste atenção; quando passar diante do altar, corteje, devotamente, a imagem da minha Mãe imaculada e não precisa saudar a minha imagem.

─ Ó meu Senhor e único Bem ─ exclamou ela, minha alma não poderá nunca consentir em abandonar aquele que é a minha Salvação e sua vida para dirigir a outrem, suas afeições e seu respeito.

O Senhor disse-lhe com ternura: ó minha bem-amada, siga o meu conselho; e cada vez que você tiver me deixado para cumprimentar a minha mãe, Eu a recompensarei, como se você tivesse realizado um ato da mais alta perfeição, pelo qual um coração fiel não hesita em me abandonar, a mim, que sou o cêntuplo dos cêntuplos, para mais me glorificar.

Em Gertrude d'Helfta, Le Héraut de l'Amour divin, (Gertrudes D´Helfta, o Arauto do Amor divino) t. I, Tours, Mame, 1921.

“É impossível descrever os traços da Virgem” por Marta Robin



Marta Robin (1902-1981), cofundadora, junto ao Padre Georges Finet, dos Foyers de Charité (Lares de Caridade)(1) e reconhecida Venerável pelo Santo Padre, em novembro de 2014, recebeu inúmeras visitas da Virgem Maria, no seu pequeno quarto, na fazenda de la Plaine, em Châteauneuf-de-Galaure (Drôme, França). Eis de que forma ela descreve a Virgem Santíssima:

“É impossível descrever os traços da Virgem Maria, porque eles são todos perfeitos. Seu rosto é de uma beleza incomparável. Docemente luminoso, nada de resplandecente, mas é mais belo. A Virgem me deixa maravilhada pela sua beleza, pela sua atitude, por seus gestos, mas ela atrai e enleva. Não se tem a ideia de se colocar de joelhos, de cair de joelhos quando ela aparece, mas tem-se a vontade de voar até ela, não para lhe pedir algo, mas com um sentimento de reconhecimento e de amor, assim como se quiséssemos lhe dizer: “Mãezinha querida, nós,vossos filhos, sabemos muito bem, que vós nos amais e que quereis nos encher com o seu amor.”

(1) Atualmente eles são 76, espalhados pelo mundo inteiro.

(2) Texto do bulletin de liaison des Enfants de Medjugorje, n°114 (inverno de 2015-2016)

Maria, Mãe da Igreja, domina a cidade eterna !!!

 


Santa Maria Maggiore ou Basílica de Santa Maria Maior, no alto da colina do Esquilo, é uma das quatro basílicas maiores, uma das sete igrejas de peregrinação e a maior igreja mariana de Roma — motivo pelo qual recebeu o epíteto de "Maior". Foi a primeira igreja do Ocidente dedicada ao culto de Maria, e tem uma celebração específica na liturgia católica rememorando o fato: a Dedicação de Basílica de Santa Maria Maior.

Conta a tradição, que a própria Virgem indicou e inspirou a construção de sua casa, sobre o monte Esquilino, aparecendo, em agosto de 356, em sonho, ao fidalgo João e ao Papa Libério. A Virgem, na realidade, teria pedido ao Papa e ao nobre, que construíssem uma igreja em sua honra, num local que seria coberto de neve, em pleno verão. Então, na manhã do dia 5 de agosto de 356, o monte do Esquilino apareceu coberto de neve!

O Papa traçou o perímetro da nova igreja e João se encarregou de financiar a obra. Hoje, desta primeira igreja não resta mais nada: as recentes escavações sob a atual basílica deram acesso aos vestígios arqueológicos, como o surpreendente calendário dos séculos II e III D.C., assim como os restos das muralhas romanas, parcialmente visíveis. Porém, nada resta da primeira basílica. O campanário da atual basílica Santa Maria Maior é o mais alto de Roma.

Que Maria, a puríssima e a fidelíssima Mãe da Igreja envie a sua proteção sobre a cidade eterna e a domine com sua absoluta e terna pureza. 

FONTES: Vaticano e L’équipe de Marie de Nazareth


Ele morreu de remorso, aos pés da Virgem Maria !!!! por Santo Afonso Maria de Ligório.

 


Em 1731, num subúrbio de Turim, norte da Itália, um infeliz pecador que havia, entre outros crimes, assassinado seu pai e seu irmão, estava fugindo da justiça. Um dia, enquanto assistia um sermão sobre a misericórdia de Deus, ele foi se confessar com o sacerdote que fizera a homilia.

Após ter ouvido a confissão dos crimes do penitente, o padre o enviou ao altar dedicado à Virgem Maria, honrada sob o título de “Mãe das Dores”, para que pedisse a ela a contrição e o perdão de seus pecados. 

O pecador foi até o altar da Virgem, pôs-se a rezar e, ao pé do altar, faleceu de remorso.

No dia seguinte, enquanto o sacerdote pedia aos fieis que rezassem pela alma do pobre homem, uma pombinha branca apareceu na igreja e deixou cair um bilhete aos seus pés. Ele, então leu a seguinte frase:

“A alma do falecido, assim que deixou o corpo, foi para o paraíso. E vós, continuai a pregar a misericórdia de Deus!”

Afonso Maria de Ligório

(Colhido em As Glorias de Maria)


“Vossa Mãe deve ser invocada assim como o vosso Pai”, por Maria Valtorta

 


A Ave Maria não deve ser recitada, em se pensando, apenas, como se fôssemos simples seres da terra, pensando na nossa carne, que é poeira e se tornará poeira novamente. Ela deve ser rezada, com a alma voltada para o céu, mais afastada da vida, mais longe da terra, devemos estar com Maria, minha mãe e sua, onde ela vive com seu corpo e alma depois de viver na terra; devemos ter a nossa alma, sempre, ligada ao céu.

O Pai Nosso é a oração dirigida ao Pai. A Ave Maria é a oração dirigida a Maria. A primeira parte da Oração do Senhor é louvor a Deus, a primeira parte da Ave Maria, é louvor a Maria.

A segunda parte da Oração do Senhor é um pedido dirigido ao Pai para todas as nossas necessidades, como filhos de Deus, que estão em residência temporária na terra, mas destinados ao Céu. A segunda parte da Ave Maria é o pedido dirigido a Maria para as nossas necessidades de mortais e imortais no espírito.

Nossa Mãe deve ser invocada como o Pai. Não devemos pensar que lhe falta misericórdia e poder, e que Ele não pode vir em vosso auxílio em vossas lutas, tristezas, necessidades ou tentações. Devemos saber como orar, especialmente em momentos de paz, para invocar a ajuda da Mãe Santíssima, quando as lutas chegarem.

É muito estúpido, aquele que diz para si mesmo: eu farei isso quando for o momento. Será que seremos capazes disso? E se Deus não nos der mais tempo? Necessidades, infortúnios e até a morte muitas vezes vêm inesperadamente, como um raio.