A vida do pequeno Nunzio foi marcada por um grande
sofrimento, tanto físico quanto moral, mas foi marcada, também, por uma
verdadeira resiliência. Nascido em 13 de abril de 1817, em Pescosansonesco
(Itália), aos três anos perdeu o pai e, aos seis, a mãe faleceu. Inicialmente,
o órfão foi confiado à avó, que lhe ensinou a procurar Jesus, presente na
Eucaristia, e a invocar a Virgem Maria.
Porém, a piedosa senhora expirou em 1826; a guarda da
criança foi, então, confiada a um tio violento. Imediatamente, a criança foi
retirada da escola para trabalhar. Maltratado pelo tio, Nunzio foi gravemente
ferido na perna e tornou-se deficiente até o último suspiro.
Felizmente, Nunzio foi adotado por um homem muito católico,
¹Gaetano Errico, que lhe transmitiu uma fé muito viva. Porém, tido como
incurável, pelos médicos, a saúde do infeliz foi se degradando, mais e mais.
Nunzio entregou a sua alma no dia 5 de maio de 1836, no Hospital dos Incuráveis
de Nápoles, confiando a seu confessor que veio lhe dar os últimos sacramentos a
seguinte promessa: “Seja feliz, do Céu eu cuidarei sempre de você”.
Nunzio é um dos sete Bem-aventurados (junto ao Papa Paulo VI
e a Monsenhor Oscar Romero) canonizados no dia 14 de outubro de 2018, pelo Papa
Francisco.
¹Gaetano Errico foi um sacerdote católico e fundador dos
Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Foi beatificado por João
Paulo II em 14 de abril de 2002. Construiu a Igreja da Addolorata no bairro do
Secondigliano em Nápoles.
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