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quarta-feira, 27 de julho de 2022

Os pais da Virgem Maria, os Avós de JESUS !!!

 


O autor do protoevangelho de Tiago (texto apócrifo) apresenta os pais de Maria, Ana e Joaquim, morando em Jerusalém, num bairro próximo ao templo, como pertencendo à tribo sacerdotal. Eles são constante e grandemente colocados à prova, devido à esterilidade e, em seu meio, eles são, constantemente, desprezados e contraditos. Tendo uma vida sem pobreza, são generosos e compassivos e ofertam com prodigalidade muitos bens aos pobres. Cheios de confiança em Deus, o casal tem todas as qualidades para serem visitados por Deus.

Numa perspectiva, aparentemente bem diferente, segundo os Padres Siríacos, Maria é “Filha dos pobres”, “humilde filha de pessoas pobres”, “aquela que estava entre as pessoas de condição humilde” e, em continuidade com tais origens, Maria se tornou “aquela que manteve a humildade que empobrece em espírito”.

Em um olhar espiritual, as duas perspectivas se juntam: os pais da Virgem Maria preparam a "Beatitude dos pobres".

Por: A. Gila, em Il pensiero dei Padri della Chiesa su s. Maria e la Beatitudine dei poveri inSanta Maria "Regina Martyrum" Quaderno di spiritualità dell'ordine dei Frati servi di Maria Provincia di Piemonte e Romagna, Anno IV - N°2 (11) - 2001, pp.21-27, e, também em: Anne et Joachim, les parents et la conception de Marie (Ana e Joaquim, os pais e a concepção de Maria).

segunda-feira, 25 de julho de 2022

....beijava a terra, a cada Ave Maria......

 


Margarida Maria gostava de rezar o Rosário desde criancinha, e beijava a terra, a cada Ave Maria. Desde os nove anos, praticava, secretamente, severas mortificações no próprio corpo. Ações que anteciparam a paralisia, que a manteve acamada durante quatro anos. No momento em que prometeu à Virgem Maria, que iria se consagrar à vida religiosa, ficou curada, imediatamente. Como reconhecimento, no dia em que foi crismada, agregou o nome de Maria ao seu nome de batismo.

No dia 25 de maio de 1671, Margarida Maria entrou para o Mosteiro da Visitação de Maria, em Paray-le-Monial (Saône-et-Loire, na França). Apesar da saúde precária, como sempre, seus flagelos eram contínuos, enquanto o Cristo lhe aparecia sucessivamente.

A mais notável dessas aparições foi a que ocorreu em 16 de junho de 1675. Jesus lhe mostrou seu coração, dizendo: "Eis o Coração que tanto amou os homens, e que nunca se poupou, até se esgotar e se consumir para lhes demonstrar o Seu amor”. E como reconhecimento eu só recebo da maior parte dos homens ingratidões, pelas suas irreverências e seus sacrilégios, e pelas friezas e os desprezos que têm para comigo neste sacramento de amor (Eucaristia).

Inspirada pelo Cristo, Margarida Maria estabeleceu a prática da Hora Santa, que consistia em rezar, deitada no chão, o rosto por terra, das 23 horas até meia-noite, na primeira quinta-feira de cada mês, objetivando partilhar a tristeza mortal que Jesus havia suportado, abandonado pelos Seus Apóstolos, durante os tristes momentos de Sua agonia.

As muitas mensagens insistiram num maior amor à Santíssima Eucaristia, à Comunhão reparadora, nas primeiras sextas-feiras do mês e à Hora Santa em reparação da humanidade.

Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus e o Papa Pio XII recomendou esta devoção que nos leva ao encontro do Coração Eucarístico de Jesus, estabelecendo a festa do Sagrado Coração de Jesus na sexta-feira seguinte à oitava da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. Santa Margarida Maria Alacoque morreu em 1690 e foi canonizada pelo Papa Bento XV em 1920.

Fonte: Notre Dame des Neiges e também em: Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690)

terça-feira, 12 de julho de 2022

Hoje, Nossa Senhora de Soufanieh, no coração de Damasco, na Síria...

 


Enquanto, decorridos estes tristes sete anos, o sangue está a correr, na Síria, em Damasco, há mais de 35 anos, sempre na Síria, o óleo do rosto da Virgem Maria de Soufanieh continua a correr. Em novembro de 1982, num bairro, ao norte de Damasco, um óleo perfumado, passou a dimanar do ícone da Virgem Maria, com o menino Jesus no colo, reprodução da Virgem de Kazan. Este óleo surgiu, pela primeira vez, nas mãos de uma jovem esposa, Myrna Nazzour, no dia 22 de novembro do mesmo ano. A partir de então o óleo continua a correr...

“O que ocorreu em Soufanieh se edificou no Oriente, como um farol poderoso, destinado a ratificar a caminhada de uma humanidade que, devido aos progressos científicos, se tornou arrogante, a tal ponto, que parece ter perdido a orientação justa e correta ─ afirmou Zakka Iwaz, Patriarca siríaco ortodoxo da Antioquia. Este país árabe foi escolhido por Jesus e pela Virgem Maria, pela primeira vez, para que nos fossem enviadas mensagens universais, espirituais cristãs e humanas, em língua árabe, e para que os cristãos aprofundassem a sua fé, neste Oriente árabe e muçulmano.”

Hoje, Soufanieh tornou-se uma ocorrência revestida de um significado bem especial, num Oriente de maioria muçulmana e nesta Síria que vive a ferro e fogo, desde março de 2011. A vidente Myrna repete, incansavelmente: “O Senhor irrompeu em minha vida (...). Ele me pediu que rezasse para que a Sua vontade fosse cumprida, pois uma nova luz irá jorrar do Oriente e nós devemos ser testemunhas desta luz”.

Fonte: Aleteia e também em: Soufanieh (Damas) :Un message pour l’unité (Soufanieh (Damasco): uma mensagem para a unidade.

“Não se deve trabalhar aos domingos”

 


Estamos em 1873, dia 8 de junho, domingo da Santíssima Trindade, numa pequena aldeia, no sul da França; saint Bauzille de la Sylve (perto de Montpellier). Augusto Arnaud estava trabalhando na sua vinha, desde as 5h da manhã. Por volta das 17h30min, a Virgem Maria lhe apareceu e pediu-lhe que construísse uma cruz. Augusto fez, então uma cruz de madeira e a colocou no lugar indicado por Nossa Senhora.

No dia 8 de julho de 1873, numa segunda aparição, a Virgem Maria recomendou a Augusto: “Não se deve trabalhar aos domingos” e, em seguida, continuou: “Feliz daquele que acreditar e, infeliz daquele que não acreditar. É preciso ir a Notre Dame de Gignac, santuário bem perto daqui, em procissão. Sereis felizes com toda a vossa família.

Augusto continuou sua vida de vinhateiro, tornando-se fervoroso cristão, respeitando cada domingo, dia do Senhor. Ele faleceu aos 93 anos.

Após longa investigação, Monsenhor de Cabrières, bispo local, autorizou, em 1879, a construção de um santuário em honra da Santíssima Virgem Maria.

Fonte: mariedenazareth.


A Via Matris, versão da Via Crucis, o caminho da Cruz de Maria!

 


Segundo a tradição, a Virgem Maria voltava diariamente aos lugares da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus depois da sua Ascensão, instituindo de certa forma o Caminho da Cruz, uma tradição posteriormente adotada pela Igreja.

Assim, rezar a Via Sacra é um meio de comunhão com os sofrimentos da Virgem. Mas há uma devoção que é especialmente dedicada aos seus sofrimentos, a Via Matris Dolorosae (em latim, “Caminho da Mãe Dolorosa”), ou simplesmente Via Matris (Caminho da Mãe), uma tradição que remonta ao século XVI, que visa "meditar as dores da Virgem", intimamente associada à Paixão de seu Filho.

“O piedoso exercício da Via Matris, inspirado na Via Crucis, se desenvolveu e foi posteriormente aprovado pela Sé Apostólica. A devoção popular enfatizou as Sete Dores de Maria, que compõem a meditação e contemplação da Via Matris Dolorosae: 1ª Dor – A profecia de Simão que anuncia a Maria que seu Filho seria a ocasião de queda e elevação de muitos, em Israel, e sinal de contradição. (Lc 2,34-35). 2ª Dor – O massacre em Belém e a fuga para o Egito (Mt 2,13-14). 3ª Dor – Maria procura o Menino Jesus perdido no templo em Jerusalém (Lc 2,43b-45). 4ª Dor – Jesus encontra a Sua Mãe no caminho do Calvário (Lc 23,26-27). 5ª Dor – Maria ao pé da Cruz de Jesus (Jo 19,15-27a). 6ª Dor – Maria recebe Jesus descido da Cruz (Mc 15,42) 7ª Dor – Maria deposita Jesus no Sepulcro (Jo 19,40-42a).

As etapas da Via Matris constituem um caminho de fé e de dor sobre o qual a Virgem precedeu a Igreja, e sobre o qual a Igreja é levada a caminhar até o final dos tempos. As Irmãs de Nossa Senhora das Dores, congregação fundada na Itália e implantada nos Estados Unidos, rezam o caminho da Via Matris no primeiro sábado de cada mês.

Fonte: Aleteia

Se eu tivesse uma Virgem Maria para mim...

 


Nos anos 1640, um jovem de Chablais (Alpes Franceses), há cinco anos possesso do demônio, foi levado ao túmulo de São Francisco de Sales, e foi liberado do maligno, cinco dias depois.

Questionado por um Bispo e por uma religiosa, Madre Françoise-Magdeleine de Changy (1611-1682), Superiora do primeiro mosteiro da Visitação, de Annecy, o demônio repetia furiosamente:

Ah! Por que é que eu tenho que deixar este homem? Madre De Changy gritou: Oh! Santa Mãe de Deus, rogai por nós! Maria, Mãe de Jesus, ajudai-nos.

Ouvindo estas palavras, Satanás redobrou seus terríveis bramidos, gritando: Maria!... Eu não tenho sequer a Virgem Maria... Se eu tivesse uma Virgem Maria para mim, como vós, eu não seria o que sou!...Se eu tivesse um só momento de todos os que vós perdeis, e uma Virgem Maria, eu não seria um demônio!

Segundo Le chapelet des enfants (O terço das crianças)


terça-feira, 5 de julho de 2022

Os dois servos de Maria...........

 


Numa noite do ano 1215, São Domingos velava e rezava na basílica de São Pedro, em Roma, e eis que o Senhor Jesus apareceu, no céu, tendo na mão três lanças, disposto a atirá-las contra o mundo. A bem-aventurada Virgem Maria, sua Mãe, prostrando-se de joelhos aos seus pés, suplicava-lhe que perdoasse aqueles que Ele havia resgatado, e que aplacasse e temperasse a sua justiça pela sua misericórdia.

Seu Filho lhe dizia: “Não vede as injúrias que eles me fizeram? Minha justiça não poderia deixar tantos crimes impunes”. E Maria, sua mãe, respondeu: “Como sabeis, vós que tudo sabeis, existe uma forma de levá-los a vós. Ei-la: Eu tenho um servo fiel, enviai-o ao mundo. Ele irá anunciar a vossa Palavra aos homens e eles converter-se-ão e vos irão buscar; tenho outro servo, que lhe darei como ajuda, e ele irá trabalhar na mesma tarefa”. O Filho de Deus disse à sua Mãe: “Vossa visão me desarmou; mas, peço-vos que me mostre aqueles que destinais a uma tão grande missão. (...)

Então, a Mãe de Deus apresentou ao Senhor o bem-aventurado Domingos. “Eu o aceito ─ disse o Filho de Deus ─, ele fará muito bem e com muito zelo tudo o que dissestes”. Maria apresentou-lhe, em seguida, o bem-aventurado Francisco, e o Salvador o aprovou, igualmente.

Ora, o bem-aventurado Domingos, considerando, atentamente, naquela visão, o companheiro que ele ainda não conhecia, encontrou-o no dia seguinte, numa igreja e o reconheceu, segundo o que havia visto durante a noite. Imediatamente, jogou-se em seus braços, e abraçando-o fortemente, junto ao coração, com santa efusão, disse: “Tu és meu irmão de armas: caminharás comigo com os mesmos passos, e nenhum inimigo prevalecerá contra nós”.

Em seguida, contou-lhe a sua visão e, a partir de então, eles passaram a ser um só coração e uma só alma em Deus; e recomendaram a seus filhos que o mesmo deveria ser feito entre eles, sempre, com todo o amor e reverência, e aquele gesto tão simples deixou, sobre o oceano dos séculos, um indestrutível rasto e as duas milícias mendicantes encontraram naquela união, o símbolo de sua eterna aliança. Este é o motivo pelo qual o Patriarca dos Pregadores tem, em nós, franciscanos, seu lugar e a ele nós oferecemos, igualmente, o título de Pai.

Em Les Fleurs Franciscaines (As Flores Franciscanas), 2ª série, página 187 e também em São Domingos.



Ao redor de Maria, nenhum inimigo persiste...

 


Enquanto Filipe Augusto, Rei da França, e o Rei da Inglaterra estão em contenda, disputando a posse do ducado da Aquitânia (sudoeste da França), no dia 24 de junho de 1187, Nossa Senhora dos Milagres, de Déols (vale do Loire), interveio. O Rei da França tendo desejado, ardentemente, a paz, em vão, decide travar batalha para terminar, enfim, a tão longa guerra, por meio de uma ação decisiva.

Os habitantes de Déols, assustados, se prostraram, então, diante da imagem de Maria e, em súplicas, lhe imploraram que impedisse o derramamento de sangue. Enquanto oravam, os dois exércitos estavam frente a frente, em aguçada ordem de batalha; o sinal da luta estava para soar, quando, de repente, o rei da Inglaterra deu passos à frente, com seu filho, e pediu para falar com Filipe Augusto. Este se apresentou e o rei declarou aceitar as condições propostas nas negociações precedentes e a paz foi assinada.

A surpresa, a comoção foi geral; reis e senhores, pessoas e soldados, todos reconheceram um milagre nesta súbita mudança de disposição, no exato momento em que a luta estava iminente. O mesmo sentimento de admiração os uniu em torno da imagem de Maria para abençoá-la. Não havia mais inimigos: franceses e ingleses, todos se tornaram uma só família, tornaram-se irmãos, diante da Mãe de todos, que os protegeu e os salvou da morte.

Por Crônicas de Déols e em Biblioteca Nova.

Vencidos pelo simples nome de Maria...

Como a cera se derrete diante do fogo, assim os demônios perdem sua força contra as almas que, muitas vezes, lembram o nome de Maria, e que a invocam com devoção e procuram imitá-la ─ afirma São Boaventura.

Oh! Como os demônios tremem apenas ao ouvir o nome de Maria ─ diz São Bernardo.

Assim como os homens são derrubados pelo medo, quando o trovão cai perto deles, os demônios são esmagados, apenas ao ouvir o nome de Maria.

Thomas a Kempis e Segundo Le chapelet des enfants (O terço das crianças).

“Com a condição que as pessoas rezem com fervor”.

 


No dia 27 de junho de 1877, Justyna Szafryńska, então com 13 anos, voltava da Igreja da aldeia de Gietrzwałd (norte da Polônia atual). O Ângelus soou. Ela começou a rezar a oração do Ângelus quando, de repente, diante dela, surgiu uma grande luz e uma silhueta vestida de branco sobre uma acerácea, bem próxima. As aparições iriam terminar no dia 16 de setembro daquele ano.

Desde o início, a menininha contou o que havia visto ao padre, que lhe impôs que retornasse ao mesmo local no dia seguinte. E, novamente, na hora do Ângelus, a acerácea foi envolta por uma luz irradiante. Naquela vez, a Virgem surgiu rodeada de anjos. O Menino Jesus estava sobre o seu joelho esquerdo, trazendo um globo terrestre na mão esquerda.

No dia 30 de junho, Nossa Senhora apareceu, porém, sozinha. Ela se fez ver, igualmente por Barbara Samulowska, a menina de 12 anos que acompanhava Justyna. Bárbara perguntou: “O que é que a senhora deseja, Virgem Santíssima?” ─ E recebeu a seguinte resposta de Maria: “Eu desejo que rezeis o terço todos os dias”. No dia primeiro de julho, Justyna perguntou: “Quem sois vós?” E a Virgem respondeu: “Eu sou a Imaculada Santíssima Virgem Maria.”

A partir do mês de julho, a Virgem passou a aparecer, todas as noites para as duas jovenzinhas, quando estas recitavam o Rosário. “A Igreja do reino da Polônia será liberta?” ─ perguntaram as meninas. “Sim, se as pessoas rezarem com fervor” ─ respondeu a Virgem. Naquela época, a Polônia estava dividida entre a Prússia, a Áustria e a Rússia e, de fato, as aparições contribuíram para o renascimento do sentimento nacional polonês. Mas, além disso, as aparições possuem um alcance universal. Seus frutos foram um autêntico renascimento da vida religiosa, no país.

No dia 8 de setembro de 1877, a Virgem Maria abençoou uma fonte, onde os peregrinos passaram a vir, para buscar água, o que acarreta grande número de curas milagrosas.

No dia 1º de setembro de 1977, o centenário das aparições foi celebrado pelo Arcebispo de Cracóvia, o Cardeal Karol Wojtyła (futuro Papa João Paulo II). Naquele dia, o Bispo da diocese reconheceu, solenemente, a veneração da Virgem Maria em Gietrzwałd, e publicou um decreto validando a credibilidade das aparições. Neste ano vamos celebrar o seu 140º aniversário.

Aleteia e também em: Hozana

“Nenhum daqueles que sabe perseverar irá para o inferno”.

 


Um dia, São Domingos estava a pregar em Carcassonne (no Sul da França), quando lhe trouxeram um herege que, por ter condenado a devoção ao Rosário, estava possuído pelos demônios.

São Domingos, tendo ordenado aos demônios que dissessem se tudo o que ele pregava sobre o Rosário era verdadeiro, eles responderam, berrando, uivando, aos gritos: “Ouçam, cristãos, tudo o que este homem, nosso inimigo, diz sobre Maria e sobre o Rosário é perfeitamente certo”, e acrescentaram: “Maria, a Mãe de Deus é nossa maior inimiga; Ela derruba e destrói todos os nossos projetos: sem Ela, nós teríamos arruinado toda a Igreja, mil vezes”.

Em seguida, confessaram que eles não tinham nenhum poder sobre os servos de Maria e que havia muitos deles que, apesar de suas faltas, na hora da morte se salvaram, invocando o santo nome de Maria. E concluíram dizendo: “Nós somos forçados a declarar que nenhum daqueles que perseveram na devoção a Maria e ao santo Rosário, irá para o inferno, pois a Virgem santíssima obtém dos pecadores, antes de sua morte, um verdadeiro arrependimento”.

Segundo Le chapelet des enfants (O terço das crianças). 5, rue de l’Université - 75007 Paris.

Peça o batismo e eu virei buscar-te....

 


As oblatas de Maria chegaram a Lesotto em 1862. No ano seguinte, um dos fundadores das Oblatas, Padre Joseph, cavalgava, com o terço na mão, através das altas montanhas e Lesotto, visitando cristãos disseminados pelas cidades, cá e lá. Após um bom momento de cavalgada, ouviu gritos de socorro, vindos de uma aldeia distante. Ele parou e disse: “Essas pessoas estão a nos chamar, vamos até elas!” ─ “Não! ─ Responde o catequista ─ aquela é uma aldeia de feiticeiras; elas estão a nos preparar uma armadilha.” ─ “Talvez haja uma alma a ser salva, eu vou até lá.” E assim, o Padre foi até a aldeia, seguido por seu assistente, apavorado, mais morto que vivo.

Assim que chegaram, as mulheres cercaram o Padre e o levaram até a choupana em que uma jovem de 16 a 18 anos estava morrendo, dizendo: “Ela o está invocando e pediu que o senhor lhe desse o batismo dos Católicos, para que ela possa ir até uma bela Senhora!” O Padre se ajoelhou, perto da moribunda, que lhe disse, sussurrando: “Batiza-me, rápido, depressa, tem de ser agora”. Enquanto o catequista preparava o necessário para o batismo, o Padre fez algumas perguntas à doente, sobre a sua fé, que ia respondendo, sem hesitar.

Muito surpreso, o missionário se interou de que ela fora instruída pelas crianças da aldeia cristã. Sem demora, ele a batizou. Quando pronunciou as palavras “Maria, eu te batizo...” uma alegria radiante iluminou o rosto da jovenzinha. O Padre lhe perguntou, então, de onde lhe viera o desejo de ser batizada. E ela esclareceu: “Eu tive um sonho, em que vi uma linda senhora, branca, que me estendeu os braços dizendo: ‘Peça o batismo dos católicos e eu virei buscar-te’”.

Muito emocionado, o Padre lhe mostrou uma medalha milagrosa e a moribunda exclamou: “Foi ela, foi ela mesma que eu vi!” A jovem beijou a medalha com amor e, em seguida, faleceu.

Testemunho de um missionário de Lesotto narrado na revista Notre Dame des temps Nouveaux (Nossa Senhora dos novos tempos), n° 6-1982 e também em Recueil Marial (Coletênea Mariana), 1986 do Irmão Albert Pfleger, marista.