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terça-feira, 5 de julho de 2022

Peça o batismo e eu virei buscar-te....

 


As oblatas de Maria chegaram a Lesotto em 1862. No ano seguinte, um dos fundadores das Oblatas, Padre Joseph, cavalgava, com o terço na mão, através das altas montanhas e Lesotto, visitando cristãos disseminados pelas cidades, cá e lá. Após um bom momento de cavalgada, ouviu gritos de socorro, vindos de uma aldeia distante. Ele parou e disse: “Essas pessoas estão a nos chamar, vamos até elas!” ─ “Não! ─ Responde o catequista ─ aquela é uma aldeia de feiticeiras; elas estão a nos preparar uma armadilha.” ─ “Talvez haja uma alma a ser salva, eu vou até lá.” E assim, o Padre foi até a aldeia, seguido por seu assistente, apavorado, mais morto que vivo.

Assim que chegaram, as mulheres cercaram o Padre e o levaram até a choupana em que uma jovem de 16 a 18 anos estava morrendo, dizendo: “Ela o está invocando e pediu que o senhor lhe desse o batismo dos Católicos, para que ela possa ir até uma bela Senhora!” O Padre se ajoelhou, perto da moribunda, que lhe disse, sussurrando: “Batiza-me, rápido, depressa, tem de ser agora”. Enquanto o catequista preparava o necessário para o batismo, o Padre fez algumas perguntas à doente, sobre a sua fé, que ia respondendo, sem hesitar.

Muito surpreso, o missionário se interou de que ela fora instruída pelas crianças da aldeia cristã. Sem demora, ele a batizou. Quando pronunciou as palavras “Maria, eu te batizo...” uma alegria radiante iluminou o rosto da jovenzinha. O Padre lhe perguntou, então, de onde lhe viera o desejo de ser batizada. E ela esclareceu: “Eu tive um sonho, em que vi uma linda senhora, branca, que me estendeu os braços dizendo: ‘Peça o batismo dos católicos e eu virei buscar-te’”.

Muito emocionado, o Padre lhe mostrou uma medalha milagrosa e a moribunda exclamou: “Foi ela, foi ela mesma que eu vi!” A jovem beijou a medalha com amor e, em seguida, faleceu.

Testemunho de um missionário de Lesotto narrado na revista Notre Dame des temps Nouveaux (Nossa Senhora dos novos tempos), n° 6-1982 e também em Recueil Marial (Coletênea Mariana), 1986 do Irmão Albert Pfleger, marista.

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