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terça-feira, 5 de julho de 2022

Ao redor de Maria, nenhum inimigo persiste...

 


Enquanto Filipe Augusto, Rei da França, e o Rei da Inglaterra estão em contenda, disputando a posse do ducado da Aquitânia (sudoeste da França), no dia 24 de junho de 1187, Nossa Senhora dos Milagres, de Déols (vale do Loire), interveio. O Rei da França tendo desejado, ardentemente, a paz, em vão, decide travar batalha para terminar, enfim, a tão longa guerra, por meio de uma ação decisiva.

Os habitantes de Déols, assustados, se prostraram, então, diante da imagem de Maria e, em súplicas, lhe imploraram que impedisse o derramamento de sangue. Enquanto oravam, os dois exércitos estavam frente a frente, em aguçada ordem de batalha; o sinal da luta estava para soar, quando, de repente, o rei da Inglaterra deu passos à frente, com seu filho, e pediu para falar com Filipe Augusto. Este se apresentou e o rei declarou aceitar as condições propostas nas negociações precedentes e a paz foi assinada.

A surpresa, a comoção foi geral; reis e senhores, pessoas e soldados, todos reconheceram um milagre nesta súbita mudança de disposição, no exato momento em que a luta estava iminente. O mesmo sentimento de admiração os uniu em torno da imagem de Maria para abençoá-la. Não havia mais inimigos: franceses e ingleses, todos se tornaram uma só família, tornaram-se irmãos, diante da Mãe de todos, que os protegeu e os salvou da morte.

Por Crônicas de Déols e em Biblioteca Nova.

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