Margarida Maria gostava de rezar o Rosário desde criancinha,
e beijava a terra, a cada Ave Maria. Desde os nove anos, praticava,
secretamente, severas mortificações no próprio corpo. Ações que anteciparam a
paralisia, que a manteve acamada durante quatro anos. No momento em que
prometeu à Virgem Maria, que iria se consagrar à vida religiosa, ficou curada,
imediatamente. Como reconhecimento, no dia em que foi crismada, agregou o nome
de Maria ao seu nome de batismo.
No dia 25 de maio de 1671, Margarida Maria entrou para o
Mosteiro da Visitação de Maria, em Paray-le-Monial (Saône-et-Loire, na França).
Apesar da saúde precária, como sempre, seus flagelos eram contínuos, enquanto o
Cristo lhe aparecia sucessivamente.
A mais notável dessas aparições foi a que ocorreu em 16 de
junho de 1675. Jesus lhe mostrou seu coração, dizendo: "Eis o Coração que
tanto amou os homens, e que nunca se poupou, até se esgotar e se consumir para
lhes demonstrar o Seu amor”. E como reconhecimento eu só recebo da maior parte
dos homens ingratidões, pelas suas irreverências e seus sacrilégios, e pelas
friezas e os desprezos que têm para comigo neste sacramento de amor
(Eucaristia).
Inspirada pelo Cristo, Margarida Maria estabeleceu a prática
da Hora Santa, que consistia em rezar, deitada no chão, o rosto por terra, das
23 horas até meia-noite, na primeira quinta-feira de cada mês, objetivando
partilhar a tristeza mortal que Jesus havia suportado, abandonado pelos Seus
Apóstolos, durante os tristes momentos de Sua agonia.
As muitas mensagens insistiram num maior amor à Santíssima
Eucaristia, à Comunhão reparadora, nas primeiras sextas-feiras do mês e à Hora
Santa em reparação da humanidade.
Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus e o
Papa Pio XII recomendou esta devoção que nos leva ao encontro do Coração
Eucarístico de Jesus, estabelecendo a festa do Sagrado Coração de Jesus na
sexta-feira seguinte à oitava da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. Santa
Margarida Maria Alacoque morreu em 1690 e foi canonizada pelo Papa Bento XV em
1920.
Fonte: Notre Dame des Neiges e também em: Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690)
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