Segundo a tradição, a Virgem Maria voltava diariamente aos
lugares da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus depois da sua Ascensão,
instituindo de certa forma o Caminho da Cruz, uma tradição posteriormente
adotada pela Igreja.
Assim, rezar a Via Sacra é um meio de comunhão com os
sofrimentos da Virgem. Mas há uma devoção que é especialmente dedicada aos seus
sofrimentos, a Via Matris Dolorosae (em latim, “Caminho da Mãe Dolorosa”), ou
simplesmente Via Matris (Caminho da Mãe), uma tradição que remonta ao século
XVI, que visa "meditar as dores da Virgem", intimamente associada à
Paixão de seu Filho.
“O piedoso exercício da Via Matris, inspirado na Via Crucis,
se desenvolveu e foi posteriormente aprovado pela Sé Apostólica. A devoção
popular enfatizou as Sete Dores de Maria, que compõem a meditação e
contemplação da Via Matris Dolorosae: 1ª Dor – A profecia de Simão que anuncia
a Maria que seu Filho seria a ocasião de queda e elevação de muitos, em Israel,
e sinal de contradição. (Lc 2,34-35). 2ª Dor – O massacre em Belém e a fuga
para o Egito (Mt 2,13-14). 3ª Dor – Maria procura o Menino Jesus perdido no
templo em Jerusalém (Lc 2,43b-45). 4ª Dor – Jesus encontra a Sua Mãe no caminho
do Calvário (Lc 23,26-27). 5ª Dor – Maria ao pé da Cruz de Jesus (Jo 19,15-27a).
6ª Dor – Maria recebe Jesus descido da Cruz (Mc 15,42) 7ª Dor – Maria deposita
Jesus no Sepulcro (Jo 19,40-42a).
As etapas da Via Matris constituem um caminho de fé e de dor
sobre o qual a Virgem precedeu a Igreja, e sobre o qual a Igreja é levada a caminhar
até o final dos tempos. As Irmãs de Nossa Senhora das Dores, congregação
fundada na Itália e implantada nos Estados Unidos, rezam o caminho da Via
Matris no primeiro sábado de cada mês.
Fonte: Aleteia
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