Segundo a tradição nacional, quando da fundação de Guanare, no dia 3 de novembro de 1591, uma das tribos indígenas, os Kospes, se lançou em fuga pela floresta, em direção a El Tocuyo, que fica entre Portuguesa e Lara. Pouco depois, o cacique e sua mulher atravessavam o riacho e viram uma senhora de beleza extraordinária que lhes disse no dialeto usado por sua tribo: "Ide até a casa dos Brancos e pedi-lhes que derramem água sobre as vossas frontes para que vós possais ir para o Céu."
Pouco depois, o cacique encontrou Sanchez, um espanhol que se ocupava das terras de Soropo - cidade situada às margens do rio Guanare -, e narrou-lhe a aparição. Juan Sanchez "reconheceu" a Virgem Maria e pediu-lhe que, contando oito dias, trouxesse a sua tribo para que todos tomassem conhecimento do que seria necessário para receberem o Batismo. O cacique foi fiel ao compromisso agendado.
O encontro se deu no ponto de confluência entre os rios Guanaguanare e Tucupido (como eram chamados pelos indígenas). Naquele local, o encomendeiro (espanhol detentor das terras que podiam ser cedidas em pequenos lotes aos indígenas), de acordo com as autoridades, repartiu o sítio, entre eles, em torno do local da aparição, para que os silvícolas cultivassem e organizassem seus campos, empenhando-se no catecumenato da tribo e preparando-os para o Batismo. Quase todos receberam esta graça, menos o cacique que ficara saudoso de sua floresta e de sua independência. Lá ele comandava. Aqui, devia obedecer...
Segundo a tradição, a Virgem lhe apareceu (ao cacique dos Kospes), pela segunda vez, na noite de sábado, 8 de setembro de 1652, na presença da esposa, do filho e da cunhada, Isabel.
O cacique, que não se converteu, se amparou de uma flecha apontando-a para a Virgem. Maria, insensível à ameaça, aproximou-se dele. Este arremessou o dardo em sua direção, mas a Virgem desapareceu, deixando-lhe um pequeno pergaminho nas mãos, contendo a sua imagem. O morubixaba pretendia atirá-lo ao fogo, porém, uma criança, providencialmente, salvou a efígie - segundo precisa a tradição. Juan Sanchez, tendo sido avisado, se apresentou no local da aparição com dois companheiros, Bartolomeu Sanchez e Juan Sibrian, e resgatou a preciosa relíquia. Logo depois, participou o "milagre" às autoridades civis e eclesiásticas, mas ninguém acreditou nele.
A Aparição de Coromoto, segundo a nova denominação dada ao local da aparição, realizou, desta forma, a unidade cultural e religiosa como ocorrera com as aparições de Guadalupe, no México, em torno de um local de culto que se transformou em centro e símbolo religioso da nação. No dia 1º de fevereiro de 1654, dando seqüência ao prodígio que passou a ser objeto de agradecimento fervoroso por parte dos indígenas, decidiu-se por levar a imagem para a Igreja de Guanare (hoje, Basílica Guanare) onde a mesma é venerada, conservando-se no interior de um relicário estruturado em metal precioso.
Neste meio tempo, o que teria acontecido ao cacique? Segundo a memória do povo, o morubixaba voltou para a selva. Entretanto, no caminho, foi mordido por serpente venenosa. Aí, então, ele entregou seu coração a Deus, e pediu para ser batizado. Um "bariné" que passava pelo local, derramou água em sua cabeça: o cacique foi salvo e se tornou um dos apóstolos de Nossa Senhora.
O ardor desta comunidade indígena atraiu um Sacerdote que passou a se ocupar dela. O Capuchinho, Frau José de Najara, ficou encarregado de catequizar a aldeia e, esta, a partir de então, passou a ser chamada São José da Aparição (San-José-de-la-Aparicion). Após grandes inundações, o vilarejo desapareceu. Apesar disto, as peregrinações ao local da aparição são contínuas e este se tornou conhecido como "Nossa Senhora de Coromoto".
No dia 1 de março de 1942, o Episcopado venezuelano, reunido em sessão plenária, proclamou a Virgem de Coromoto, padroeira da Venezuela. No dia 7 de outubro de 1944, o Papa Pio XII ratificou o decreto dos Bispos, declarando oficialmente, em notícia sumária da Santa Sé, Nossa Senhora de Coromoto, padroeira da Venezuela, coroando a estátua, e erigindo uma Basílica, no Santuário que foi visitado pelo Papa João Paulo II, em 1985.
Neste meio tempo, o que teria acontecido ao cacique? Segundo a memória do povo, o morubixaba voltou para a selva. Entretanto, no caminho, foi mordido por serpente venenosa. Aí, então, ele entregou seu coração a Deus, e pediu para ser batizado. Um "bariné" que passava pelo local, derramou água em sua cabeça: o cacique foi salvo e se tornou um dos apóstolos de Nossa Senhora.
O ardor desta comunidade indígena atraiu um Sacerdote que passou a se ocupar dela. O Capuchinho, Frau José de Najara, ficou encarregado de catequizar a aldeia e, esta, a partir de então, passou a ser chamada São José da Aparição (San-José-de-la-Aparicion). Após grandes inundações, o vilarejo desapareceu. Apesar disto, as peregrinações ao local da aparição são contínuas e este se tornou conhecido como "Nossa Senhora de Coromoto".
No dia 1 de março de 1942, o Episcopado venezuelano, reunido em sessão plenária, proclamou a Virgem de Coromoto, padroeira da Venezuela. No dia 7 de outubro de 1944, o Papa Pio XII ratificou o decreto dos Bispos, declarando oficialmente, em notícia sumária da Santa Sé, Nossa Senhora de Coromoto, padroeira da Venezuela, coroando a estátua, e erigindo uma Basílica, no Santuário que foi visitado pelo Papa João Paulo II, em 1985.
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