União hipostática (também conhecida como união mística ou dupla natureza de Cristo) é a doutrina clássica da cristologia que afirma ter Jesus Cristo duas naturezas, sendo homem e Deus ao mesmo tempo.
Desenvolvimento teológico
Apolinário de Laodicéia foi o primeiro a usar o termo hipostática na tentativa de compreender a encarnação. Apolinário descreveu a união do divino e humano em Jesus Cristo como sendo de uma única natureza e tendo uma única essência ou substância - uma união hipostática. Entretanto, Apolinário propunha que Cristo tinha um corpo humano porém uma mente divina, esse conceito também chamado de apolinarianismo foi rejeitado e considerado heresia no primeiro Concílio de Constantinopla.
Teodoro de Mopsuéstia foi em outra direção, argumentando que em Jesus Cristo havia duas naturezas (humana e divina) e duas substâncias (hipóstase), no sentido de "essência" ou "pessoa", que co-existiam ao mesmo tempo.
O Concílio de Calcedónia, em 451, concordou com Teodoro a respeito da encarnação, entretanto o Concílio insistiu que a definição não seria da natureza e que deveria ser na pessoa, o que concordava com o conceito trinitariano de Deus.
Assim, o Concílio declarou que em Cristo há duas naturezas, cada uma mantendo as suas próprias propriedades, e juntas unidas numa substância e, em uma única pessoa.
Aqueles que rejeitam o Credo da Calcedônia são também conhecidos como monofisistas porque só aceitam uma definição que caracteriza Jesus Cristo encarnado como tendo uma única natureza. Os demais são diofisistas (duas naturezas) porque aceitam a união hipostática de Cristo.
Como a compreensão humana não consegue explicar de que forma é realizada essa união das substâncias, a união hipostática de Cristo é também conhecida como "união mística".
A união hipostática foi o motivo da separação da igreja síria e alexandrina (copta) também conhecidas como Igrejas não-calcedonianas das Igrejas Ortodoxas.
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