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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O que a igreja diz sobre Maçonaria?

Desde o Papa Clemente XII, com a Constituição Apostólica “In eminenti”, de 28 de abril de 1738 até nossos dias, a Igreja tem proibido aos fiéis a adesão à Maçonaria ou associações maçônicas. Após o Concílio Vaticano II, houve quem levantasse a possibilidade de o católico, conservando a sua identidade, ingressar na Maçonaria.

Igualmente, se questionou a qual entidade se aplicava o interdito, pois há várias correntes: se à anglo-saxônica ou à franco-maçonaria, a atéia e a deísta, anti-clerical ou de tendência católica. Para superar essa interrogação, o Documento da Congregação para a Doutrina da Fé, com data de 26 de novembro de 1983, e que trata da atitude oficial da Igreja frente à Maçonaria, utiliza a expressão “associações maçônicas”, sem distinguir uma das outras.

É vedado a todos nós, eclesiásticos ou leigos, ingressar nessa organização e quem o fizer, está “em estado de pecado grave e não pode aproximar-se da Sagrada Comunhão”. Entretanto, quem a elas se associar de boa fé e ignorando penalidades, não pecou gravemente, mas pecou.

Permanecer após tomar conhecimento da posição da Igreja seria formalizar o ato de desobediência em matéria grave. Em 1983, o cânon da excomunhão desapareceu, junto com a menção direta à Maçonaria. Isso dá a falsa impressão de que a Igreja Católica não tem restrições quanto à Maçonaria. Mas na declaração assinada pelo cardeal Joseph Ratzinger (hoje papa Bento XVI), prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, está relatada: “Os princípios da Maçonaria seguem sendo incompatíveis com a doutrina da Igreja, e que os fiéis que pertençam a associações maçônicas não podem ter acesso à Sagrada Comunhão.” Confira a declaração pelo Vaticano:

DECLARAÇÃO SOBRE A MAÇONARIA

Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da maçonaria pelo fato que no novo Código de Direito Canónico ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior.

Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redaccional seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas.

Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.

Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçónicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de Fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, p. 240-241).

O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a Audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, decidida na reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação.

Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de Novembro de 1983.
Joseph Card. RATZINGER (Atual Papa Bento XVI) Prefeito

Fonte: Site do Vaticano / Transcrito do blog Cotidiano Espiritual

Um comentário:

  1. Além da incompatibilidade de doutrinas, haveria algum outro motivo para o veto? Em que estão essencialmente as diferenças? Pergunto pois vejo utilidade formativa geral para os cristãos a respeito desta associação.

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