Segundo conta a história, São Malaquias – da Irlanda – teria tido uma visão ao visitar o Papa em Roma, em 1139, que estava muito preocupado com os problemas da época. Malaquias teria passado a profecia ao Papa Inocêncio II, que se sentiu confortado ao ver que a Igreja ainda tinha muitos anos pela frente. A profecia teria, então, desaparecido e sido reencontrada somente em 1590, para ser publicada cinco anos depois. Sua profecia trata de uma lista em latim que descreve a existência de 111 papas desde 1143 até o último, com pequenos nomes latinos atribuídos aos papas. As últimas seis descrições da lista de São Malaquias são:
1º - Pastor et Nauta (Pastor e Navegador) (106º)- João XXIII foi pastor de ovelhas quando criança e foi Patriarca da Cidade de Veneza, uma cidade onde é preciso movimentar-se através de pequenos barcos.
2º - Flos Florum (Flor das Flores) (107º)- No simbolismo floral, a flor de lis é considerada a flor das flores, de acordo com A. L. Bocconi. No brasão de Paulo VI havia uma flor de lis e no de sua família, a família Montini, 3 flores de lis.
3º - Medietate Lunae (Lua de Neutralidade) (108º) - Apesar da expressão ter praticamente sempre sido interpretada como lua média ou meia lua, o sufixo tate indica que o termo é um substantivo abstrato. E apesar de eu não saber quase nada de latim, media pode significar também "neutro". Portanto, entendo que a insígnia: lua de neutralidade faz muito mais sentido. O Papa João Paulo I ficou somente um mês no pontificado, a duração aproximada do ciclo de uma lua. Em tão pouco tempo, naturalmente, não ocorreu nada, tendo sido uma "neutralidade". Significa, portanto, "trinta dias de neutralidade".
4º - De Labore Solis (Trabalho do Sol) (109º) - Esta insígnia já foi interpretada de várias formas. O Papa João Paulo II foi um Papa que viajou muito, como nenhum outro Papa, percorreu o globo várias vezes, como a luz do sol. O Papa é sinônimo de trabalho. Suas constantes viagens demonstraram isso. O Papa veio do leste, como poucos, onde nasce o sol.
5º - De Gloria Olivae (Gloria à Oliveira) (110º) - Diz-se que este Papa converterá muitos judeus, pois a oliveira é o símbolo de Jerusalém. A oliveira é também o símbolo da paz (que virá depois da guerra) e este Papa será um conciliador. Pode estar se referindo ao evento das duas oliveiras, as duas testemunhas do Apocalipse, em um momento que será dado "glória às oliveiras".
Depois do nome De Gloria Olivae, a profecia termina com o seguinte trecho:
6º - Na perseguição final à Santa Igreja Romana reinará Pedro o Romano, (111º) que apascentará suas ovelhas entre muitas tribulações, e depois disto, a cidade entre sete montes (Roma) será destruída e o juiz terrível julgará o povo".
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