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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

José e Maria compreendem que a ordem das coisas se reverteu ...

 

José e Maria, vendo a criança adormecida, compreendem que a ordem das coisas havia se revertido. A ordem das coisas da vida, é que os pais desejam a criança e decidem o seu nascimento. Porém, quanto àquela criança, foi ela quem escolheu o seu pai e a sua mãe.

Desde toda a eternidade, o Pai dos Céus pensou nesta criança; foi para ela que os mundos foram criados, foi para ela que os profetas falaram; foi por ela que eles próprios foram atraídos para a virgindade e para o casamento. Uma grande luz envolve os dois, José e Maria, e sua ação de graças não tem limites.

Ter sido escolhido por Deus... Existe um sentimento, uma certeza que possa trazer mais felicidade e que possa tornar a oração mais adoradora? Tendo sido escolhido pelo próprio filho... Existe alegria mais admirável, mais singular para os pais? Ao passo que, em outros homens, a criança deve ser grata aos pais, pela vida que recebeu deles. No caso de Maria e de José, são eles que dão graças à criança e a Deus, seu Pai. (...)

E tem mais. Este filho, que vem de outro lugar, lhes foi confiado... Jesus... espera de seus pais a ciência dos homens, a proteção de sua infância e de sua juventude, a educação que fará dele o homem de uma época, de um meio, de uma raça, uma religião. Em favor de José e Maria, Deus se desfaz; por assim dizer, Deus confia neles. Aquele que os criou, inspirou, dirigiu, santificou para este minuto e para esta missão, Ele, o Pai, delega a sua paternidade.

Padre Caffarel, fundador das equipes Notre-Dame em Des équipes Notre-Dame à la Maison de prière, Parole et silence (Equipes Nossa Senhora de oração, Palavra e Silêncio) (páginas 62 e 63).

Ao lado de Egidia, surgiu a Madona para reconfortá-la ...

 


Em Bra, cidadezinha da província de Cuneo, pertencente, desde sempre, à diocese de Turim (Itália), na noite de 29 de dezembro de 1336, uma jovem esposa, estando para dar à luz, passava ao lado de uma coluna votiva, dedicada à Virgem, na periferia da aldeia. Dois soldados, pertencentes a uma companhia de mercenários, que percorriam os campos em todos os sentidos, estavam de emboscada.

Egidia Mathis (o nome da jovem senhora), vendo-se agredida pelos dois, que tencionavam violentá-la, apesar da gravidez avançada, se agarrou, desesperada, à coluna onde estava pintada a imagem da Madonna, invocando a sua ajuda. De repente, jorrou um clarão de luz da imagem, cegando os dois soldados que, aterrorizados, fugiram precipitadamente. Em seguida, a Madonna apareceu a Egidia, reconfortando-a por alguns minutos, assegurando-lhe que o perigo havia passado.

A virgem desapareceu, mas devido ao medo e à emoção, Egidia deu à luz, lá mesmo, ao pé da coluna. Com o recém-nascido, envolvido na sua echarpe, a jovem mãe conseguiu chegar a uma casa das proximidades. A notícia do acontecimento prodigioso logo se espalhou pela aldeia: apesar da hora tardia, as pessoas foram correndo até o lugar da agressão e da aparição.

Em lá chegando, um espetáculo extraordinário surpreendeu a multidão: a coluna estava circundada por um bosque com densos arbustos de ameixeiras-bravas, que, de improviso, se cobriram de flores brancas, apesar do rigoroso inverno daquele final de dezembro. Desde então, a floração se repete, todos os anos, nos mesmos dias.

Por Vittorio Messori em Hypothèses sur Marie (Hipóteses sobre Maria)

domingo, 19 de dezembro de 2021

Isso, porque, sua avó o fez conhecer Jesus e Maria !!!


Nunzio Sulprizio prova que a juventude não deve ser considerada como a idade das paixões desordenadas, das quedas inevitáveis, das crises invencíveis, estimou o Papa Paulo VI, durante a beatificação do jovem italiano. Mas, muito pelo contrário, a juventude é um período de grandes ideais, de heroísmo generoso, de exigências ─ declarou ele, naquele 1º de dezembro de 1963.

A vida do pequeno Nunzio foi marcada por um grande sofrimento, tanto físico quanto moral, mas foi marcada, também, por uma verdadeira resiliência. Nascido em 13 de abril de 1817, em Pescosansonesco (Itália), aos três anos perdeu o pai e, aos seis, a mãe faleceu. Inicialmente, o órfão foi confiado à avó, que lhe ensinou a procurar Jesus, presente na Eucaristia, e a invocar a Virgem Maria.

Porém, a piedosa senhora expirou em 1826; a guarda da criança foi, então, confiada a um tio violento. Imediatamente, a criança foi retirada da escola para trabalhar. Maltratado pelo tio, Nunzio foi gravemente ferido na perna e tornou-se deficiente até o último suspiro.

Felizmente, Nunzio foi adotado por um homem muito católico, ¹Gaetano Errico, que lhe transmitiu uma fé muito viva. Porém, tido como incurável, pelos médicos, a saúde do infeliz foi se degradando, mais e mais. Nunzio entregou a sua alma no dia 5 de maio de 1836, no Hospital dos Incuráveis de Nápoles, confiando a seu confessor que veio lhe dar os últimos sacramentos a seguinte promessa: “Seja feliz, do Céu eu cuidarei sempre de você”.

Nunzio é um dos sete Bem-aventurados (junto ao Papa Paulo VI e a Monsenhor Oscar Romero) canonizados no dia 14 de outubro de 2018, pelo Papa Francisco.

¹Gaetano Errico foi um sacerdote católico e fundador dos Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Foi beatificado por João Paulo II em 14 de abril de 2002. Construiu a Igreja da Addolorata no bairro do Secondigliano em Nápoles.

Oito dias antes do Natal, em memória da Anunciação !!!

 

Esta festa se origina na palavra dos bispos do décimo Concílio de Toledo, em 656.

Tendo encontrado algo de inconveniente na antiga data de comemoração da Anunciação da Virgem Santíssima, então celebrada no dia 25 de março, pois a alegre solenidade estava muito próxima da data em que se revive os sofrimentos da Paixão de Cristo, os prelados decretaram que, a partir de então, a Anunciação seria celebrada, na Igreja da Espanha, oito dias antes do Natal, em memória da Anunciação e, em especial, como preparação para a grande solenidade da Natividade.

Em seguida, a Igreja da Espanha sentiu a necessidade de voltar à prática da Igreja Romana e de todas as igrejas do mundo, que solenizam o dia 25 de março como o dia consagrado, para sempre, à Anunciação da Santíssima Virgem e à Encarnação do Filho de Deus: Porém, a devoção do povo relativa à festa que era celebrada no dia 18 de dezembro, era tanta, que se julgou necessário manter um vestígio: aplicou-se à devoção dos fieis, considerar esta divina Mãe nos dias que precedem o nascimento de Jesus.

Uma nova festa foi, então, criada, sob o título de Expectação do Parto da Beatíssima Virgem Maria. Pelo fato de, nas vésperas, se proferirem as antífonas maiores, iniciadas pela exclamação (ou suspiro) “Oh!”, interjeição expressando a expectativa e a esperança dos antigos patriarcas e profetas quanto à vinda do Messias. O povo teria passado a denominar essa solenidade como Nossa Senhora do Ó.

Segundo Dom Prosper Guéranger (1805 - 1875)

domingo, 12 de dezembro de 2021

A Virgem Maria de Guadalupe estava grávida !!!

 


Em 12 de dezembro, comemoramos o aniversário da aparição de Nossa Senhora, a Juan Diego, no ano de 1531, no México. Atualmente, a afluência dos peregrinos, vindos do mundo inteiro é bastante considerável: 14 milhões por ano!

O que aconteceu? Sobre a colina de Tepeyac, um pouco ao norte do México, no dia 9 de dezembro, de 1531, uma jovem senhora, “irradiando luz deslumbrante” apareceu ao índio Juan Diego Cuauhtlatoatzin. Ela revelou ser a Virgem Maria e o encarregou de pedir ao bispo que mandasse edificar uma igreja, naquele lugar da aparição.

O bispo, incrédulo, pediu que o vidente obtivesse, da Virgem Maria, um sinal comprovando o seu pedido. No dia 12 de dezembro, pela quarta vez, Maria apareceu a Juan Diego, e mandou que ele colhesse rosas no alto da colina, um tipo de rosa (rosa de Castilha, típica da Espanha), que não existia no México, sobretudo naquele mês de inverno. Ei-lo, então, a descer a colina, estupefato, com a tilma (seu manto) repleta de belas rosas, jamais vistas em pleno inverno!

Sob injunção da Virgem, Juan Diego retornou até a casa episcopal, e abriu o seu manto diante das pessoas reunidas em torno do prelado. Naquele instante, qual não foi o estupor de todos, ao ver milagrosamente a imagem da sempre Virgem Maria, como ela se designa a si mesma, ser impressa sobre a tilma.

Detalhe importante, para este tempo do Advento: a Virgem que apareceu a Juan Diego estava grávida ─ como constam os estudos sobre a imagem... ─ Ela foi declarada Padroeira das Américas e Estrela da Evangelização pelo santo Padre, o Papa João Paulo II.

L’équipe de Marie de Nazareth!!!

sábado, 11 de dezembro de 2021

Nossa Senhora da Encarnação - 08 de Dezembro !!!

 


Em tempos antigos, a aldeia da Benedita era um pequeno lugarejo, cujos fogos estavam divididos em Três freguesias: Turquel, Alvorninha e Santa Catarina. O lugar não tinha templo onde o povo pudesse orar e, por isso, os habitantes resolveram mandar fazer uma capela que ficaria sob o patrocínio da Nossa Senhora da Encarnação. Reuniram-se, quotizaram-se e mandaram fazer a capela no centro do lugar, no local onde hoje se ergue o cruzeiro.

Foi a obra dada de empreitada a um homem de apelido Aleixo, residente no Casal dos Salões, e deu-se começo à capela, mas todas as manhãs apareciam as paredes aluídas e erguidas no local onde hoje está a pequena igreja, mas aumentadas sempre de mais um cunhal. Começava a circular entre o povo a versão de que era um milagre. Nossa Senhora não queria a capela no centro do lugar, mas sim onde todas as manhãs apareciam os materiais. Uns, eram crentes no milagre, outros, não sendo o mais obstinado contraditor do milagre o próprio empreiteiro.

Perto do local, há uma fonte, e o aludido Aleixo, que tinha uma fazenda contígua, costumava mandar duas filhitas buscar água à fonte. Um dia, as pequenas vão encher os cântaros, e Nossa Senhora, envolta em branca nuvem desce até ao pé da pequena mais nova, envolvendo-a de forma a ocultá-la aos olhos da irmã e revela-lhe que transmita ao pai os seus desejos de que a capela seja feita no sítio onde foram encontrados os materiais. A pequena, de volta a casa, conta ao pai o sucedido. Interrogada a mais velhinha, que nada vira, negou a aparição e a mais novita é admoestada pela suposta mentira.

No dia seguinte, vai o homem lavrar para perto da fonte e as petizes voltam mais uma vez à água. Nova aparição à mais nova e, de novo, lhe recomenda que diga ao pai para lhe fazer a capela onde ela pretendia. A criança diz à Virgem que o pai está descrente. Nossa Senhora, para o convencer, faz-lhe anunciar pela filha que um boi lhe irá cair repentinamente morto no rego da lavrada, o que sucede mal acabou a pequenita de transmitir ao pai esta previsão sinistra.

Cheio de temor, o homem ordena então à filha que torne à fonte e que peça à Senhora que lhe reanime o boi que ele lhe faria a capela no lugar onde Ela queria.

A pequena vai, Nossa Senhora aparece-lhe de novo e ela transmite-lhe o pedido do pai. A Senhora, sorrindo, disse-lhe que fosse descansada que já iria encontrar o boi a trabalhar. Assim sucedeu.

O empreiteiro cumpriu a palavra, e a Igreja foi erigida onde hoje se encontra e a fonte, onde a Senhora havia aparecido, ficou a chamar-se a “Fonte de Nossa Senhora”.

A Virgem para que ficasse perpetuada a lembrança da sua Aparição, deixou a sua imagem gravada numa pedra broeira que, anos depois, alguém, bem intencionalmente, colocou junto ao fontanário, para memorar o facto.

Um virtuoso sacerdote, pároco da freguesia, mandou remover a pedra para a Igrejinha, mas esta desapareceu com o rodar dos anos.

FONTE: “O Estudo da Literatura Popular e das Tradições Orais Estremenhas — Lenda da Fundação da Igreja da Benedita” por Guilherme Felgueiras, inserido no “Boletim da Junta de Província de Estremadura”, série II, n.°23, de Janeiro/Abril de 1950.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

De que forma DEUS obrigou Satanás a confessar a Imaculada Concepção da SS. Vigem MARIA, Mãe de Deus e nossa ...

 


No dia 8 de dezembro de 1854, o papa Pio IX promulga o dogma da Imaculada Conceição de Maria. Em 25 de março de 1858, na festa da Encarnação do Verbo, a Santíssima Virgem aparece para Santa Bernadete, em Lourdes (França), e confirma o dogma dizendo: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

Em 1823, porém, mais de trinta anos antes, outro fato sobrenatural e surpreendente confirmou a Imaculada Conceição da Virgem Mãe de Deus. E quem a confessou foi alguém que jamais esperaríamos que o fizesse; o demônio. O diabo tinha possuído um jovem, de apenas 12 anos de idade, residente na atual província italiana de Avellino, na região da Apúlia. Estavam na cidade dois religiosos dominicanos, Padre Gassiti e Padre Pignataro, ambos autorizados pelo bispo a realizar exorcismos. Os sacerdotes fizeram uma série de perguntas ao diabo que possuía o garoto e, entre elas, uma foi sobre a Imaculada Conceição. O diabo confessou que a Virgem de Nazaré jamais tinha estado sob seu poder: nem mesmo no primeiro instante de sua vida, pois ela já foi concebida “cheia de graça” e toda de Deus.

Embora seja o “pai da mentira”, o diabo pode ser, no exorcismo, obrigado a dizer a verdade, inclusive em matéria de fé. Foi assim que os dois sacerdotes exorcistas o obrigaram a reverenciar Nossa Senhora e a louvar a sua Conceição Imaculada em versos. Humilhado, o diabo se viu, em nome de Cristo, obrigado a cantar a glória de Maria mediante um soneto em italiano, perfeito em construção e em teologia! Eis a tradução do poema:

Eu sou verdadeira mãe de um Deus que é Filho,

E sou sua filha, ainda ao ser sua mãe;

Ele, de eterno existe e é meu Filho,

E eu nasci no tempo e sou sua mãe.

Ele é meu Criador e é meu Filho,

E eu sou sua criatura e sua mãe;

Foi divinal prodígio, ser meu Filho

Um Deus eterno, e ter a mim por mãe.

O ser da mãe é quase o ser do Filho,

Visto que o Filho deu o ser à mãe

E foi a mãe que deu o ser ao Filho;

Se, pois, do Filho teve o ser a mãe,

Ou há de se dizer manchado o Filho

Ou se dirá Imaculada a mãe.

Conta-se que o Papa Pio IX, ficou muito emocionado, quando, após ter proclamado o dogma da Imaculada Conceição, apresentaram-lhe o soneto acima.

Por: Aleteia, Brasil, 15 de dezembro de 2015

domingo, 5 de dezembro de 2021

A Petit Lourdes (Pequena Lourdes), obra protegida pela Virgem Maria !!!

 


Durante uma viagem a Lourdes (França), em 1930, um pobre trabalhador ferroviário da Lorena, Georges Simonin, recebeu a incumbência de construir uma reprodução das basílicas de Lourdes, numa escala de 1/20. Trabalho colossal que exigiria o uso de duas toneladas de gesso. A maquete seria de uns seis metros de altura.

Em 1947, seu trabalho estava bem avançado, mas ele perdeu a esposa e ficou doente. Terríveis dores de estômago o impediram de continuar a obra. Georges passou a realizar, então, missão mais leve, esculpindo uma estátua de Nossa Senhora de Boulogne para a sua paróquia de Villiers-sur-Marne (França). Durante a instalação da escultura, na igreja, um grande calor percorre seu corpo e o sofrimento desaparece: ele ficou curado. Sob a influência da emoção, Georges não contou nada a ninguém e foi para Lourdes.

Estando lá, uma noite, despertou, sobressaltado, pois sonhara que estava construindo uma maquete da cidade, na época de Bernadete. Georges reuniu, então, toda a documentação e, em 1952, o Castelo de Lourdes ─ peça central, que necessitava de vinte e cinco toneladas de rochas e de outros materiais ─, foi erguido no centro da vila de Villiers-sur-Marne. A igreja paroquial, os edifícios públicos, os oito moinhos foram erguidos e, em 1954, a Petit Lourdes (Pequena Lourdes) nasceu. Infelizmente, durante as terríveis inundações de 2013, muitas áreas da cidade foram alagadas. Todo o sítio da Petit Lourdes foi coberto e devastado pelas águas e lama das chuvas torrenciais. No entanto, quando estas se retiraram, descobriu-se que a gruta, com seus pequenos elementos (muletas suspensas e bancos de oração), estava absolutamente intacta!

A basílica feita de gesso nada sofreu, para espanto dos arquitetos, apesar de ter estado submersa por 34 horas. A estátua de Bernadete, ajoelhada diante de Maria, não havia sofrido nenhum deslocamento e nenhuma sujidade. Sim, realmente, a Petit Lourdes é uma obra protegida e, melhor dizendo, desejada pela Virgem Maria.

Por Philippe Louvet e também em: La grotte de Lourdes (A gruta de Lourdes).

sábado, 4 de dezembro de 2021

SÃO JOSÉ e o PRESÉPIO no DIA de NATAL, por Pe. Júlio MARIA (1952)


Era noite alta, José e Maria não encontraram abrigo nas casas de Belém. Pobres e desprezados, foram abrigar-se em uma gruta onde os pastores protegiam-se nas noites frias de inverno. A gruta está deserta, José amarrou seu jumentinho, e foi explorar o interior da gruta. Paredes nuas, rochosas, frias. No chão palha limpa, feno, e uma manjedoura.

É a mobília do palácio do Rei dos Reis, para quem o luxo dourado não passa de farrapos. José ficou pensativo, inquieto e, escondido de sua esposa MARIA chorou. Se fosse um abrigo para ele, o humilde José aquela gruta pareceria um palácio, todavia, tratava-se da sua doce esposa, a SS. Virgem, que lhe foi confiada pelo próprio Deus.

Então, José entregou tudo nas mãos de Deus, começou a limpeza do ambiente, enquanto Maria sentou-se do lado de fora para comer alguma coisa, pois já era muito tarde. Quando tudo estava pronto, Nossa Senhora sentiu que a hora do nascimento de JESUS CRISTO estava chegando. Alguns santos afirmam que São José, sabendo que aquele mistério era grande demais para seus olhos, saiu da gruta e ficou aguardando. E o milagre se deu!

Era meia noite! Nossa Senhora inclina a cabeça sobre a manjedoura, onde chorava uma criancinha. Com efeito, quem a visse, ativa e preocupada, não teria ideia de ser ela mesma a mãe da criança. Mas, bastaria ver os cuidados e carinhos com os quais cercava o menino, que logo compreenderia, era Sua Mãe!

Ela o tomou nos braços, envolveu em paninhos quentes, beijou e abraçou o fruto bendito de suas entranhas e o depositou nas palhas ásperas do presépio. A criança então adormeceu, embalada pelo amor da adoração de sua mãe.

E São José?

José, prostrado pela fadiga, adormeceu à entrada da gruta. Pé ante pé, e sem palavras, a Virgem Santa acordou o esposo e o levou até à manjedoura.

Pode-se então imaginar o que se passou com São José naquela hora?

Ele viu o menino adormecido e sua mãe Maria, cujo rosto parecia transfigurado e radiante em meio às trevas daquela noite. José ficou sem palavras, Maria não apresentava nem fadiga, nem dor. Grossas lágrimas desceram pela face, José caiu de joelhos, a fronte no pó da terra, ele queria chorar, soluçar, rir. Ele então adorou, aniquilado pelo sentimento de sua indignidade, o Menino Deus que o havia escolhido como pai adotivo e guardião.

É provável que São José recordou-se as palavras que o Anjo lhe tinha dito: “O que dela nascer é obra do Espírito Santo; ela dará à luz um filho e o chamarás Jesus, porque Ele há de salvar seu povo dos seus pecados.” (Mt, 1, 20-21). Ele então compreendeu que Maria, sua esposa é quem acabava de dá-lo à luz, exclamou: “Meu Deus, meu Deus!” E viu que ele mesmo, pobre carpinteiro, de mãos calejadas e de rosto queimado, participava deste sublime mistério! “oh! Deus, será possível?”

E José chorou, soluçou, queria fugir mas, não; humilha-se e adora.

Ele não se parece conosco as vezes? Naqueles momentos que nos sentimos indignos, pobres e pecadores, e Nossa Senhora nos chama para perto do Filho dela, e nós choramos, nos aproximamos do confessionário e de joelhos pedimos perdão.

Este cenário nos convida a ficarmos mais próximo do presépio. Ver que a criança divina dormindo. O choro, as palpitações de seu coraçãozinho, irradiam-se para Maria e José, inclinados sobre a manjedoura. A Virgem Santa, sorrindo toma nos braços o Menino e o deposita nos braços de José, que quase desmaia de emoção e amor. Num beijo prolongado, com o rosto banhado de lágrimas José exprime assim sua gratidão e seu amor.

Eis a cena de Belém, o Natal de Belém! Esta meditação nos leva para mais perto de Deus. Como José, vamos ao presépio adorar nosso Redentor. Adoremos o Menino nos braços de sua Mãe e dela o recebamos para cobri-lo com os beijos de nossa adoração, de nosso amor, e de nossa eterna gratidão.

Na manjedoura se encontra JESUS nos braços de sua Mãe e é ela quem O apresenta à nossa adoração, como o apresentou a São José, aos pastores e aos reis magos. Que neste Natal, estejamos dentro da gruta de Belém, amando a Deus e sentindo-nos amados por Ele, sua mãe e São José.

Um Santo Natal.

Fonte: MARIA, Pe. Júlio, O Evangelho das Festas Litúrgicas e dos Santos mais Populares, Ed. O Lutador, Munhamirim – MG, 1952.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Quando é que veremos a doce Maria?

 


Quão doce é o nome de Maria, que, por toda parte faz com que os fieis da Igreja se enterneçam devotamente. Dizei-me, eu vos rogo, de onde vêm esses suspiros, e o murmúrio, e a prostração da multidão devota, na Igreja, quando o clérigo pronuncia o nome de Maria? Sinto-o como se fosse uma tâmara cheia de doçura e doce dentro de nós....

Doce é a imagem de Maria, que os artistas realizam com tanta magnificência, com tanto zelo e suavidade, com mais dedicação e capricho do que os aplicados nas outras imagens de santos e que os fieis, com tanta alegria, veneram com tanto ardor. Não percebeis que as Igrejas estão repletas de imagens de Nossa Senhora, sinal evidente de que cada coração deve estar repleto de sua doce e suave memória?

Eis os doces frutos da tamareira! Eis as tâmaras que Maria espalhou pela terra dos moribundos! Como será a qualidade daquelas que ela distribui aos cidadãos do alto, na terra dos vivos? Quando nós a veremos ─ não mais em sua imagem de ouro ou de marfim ─ mas face a face, em seu santíssimo corpo. Quando veremos seu rosto, com nossos olhos, como durante tanto tempo, aqui embaixo, chorando, nós desejamos ver? Quando iremos nos sentar ao lado da nossa Mãe, de quem agora estamos tão distantes. Quando poderemos falar, não mais dela, sobre ela, mas, diretamente com ela. Quando será que estaremos, para sempre, diante da sua gloriosa presença. Oh! Quando será que isso acontecerá?

Santo Alberto o Grande (1200-1280)

“Cada vez que você me deixar, para saudar a minha Mãe, eu a recompensarei”

 


Gertrudes costumava comunicar tudo o que parecesse bonito e agradável ao seu Bem-Amado.

E também, quando ouvia leituras e cânticos em honra da bem-aventurada Virgem Maria e dos outros santos, as palavras que excitavam seu afeto, eram sempre dirigidas ao Rei dos reis, seu Senhor, que ela dirigia os elãs do seu coração, e não aos santos que eram citados.

Um dia, na solenidade da Anunciação, o pregador se agradou em exaltar a Rainha do Céu, mas não mencionou a encarnação do Verbo, obra de nossa salvação. Ela, então, ficou triste, e, passando diante do altar da Mãe de Deus, depois do sermão, ao saudá-la, não sentiu a mesma ternura doce e profunda de sempre; ao contrário, seu amor se dirigiu com mais força e ardor a Jesus, o fruto abençoado do seio da Virgem:

Não tenha medo de nada, ó minha bem-amada ─ disse-lhe Jesus ─, pois é muito agradável à Mãe, que, ao cantar seus louvores e sua glória, você dirija a sua atenção para mim. No entanto, visto que a sua consciência a reprova, preste atenção; quando passar diante do altar, corteje, devotamente, a imagem da minha Mãe imaculada e não precisa saudar a minha imagem.

─ Ó meu Senhor e único Bem ─ exclamou ela, minha alma não poderá nunca consentir em abandonar aquele que é a minha Salvação e sua vida para dirigir a outrem, suas afeições e seu respeito.

O Senhor disse-lhe com ternura: ó minha bem-amada, siga o meu conselho; e cada vez que você tiver me deixado para cumprimentar a minha mãe, Eu a recompensarei, como se você tivesse realizado um ato da mais alta perfeição, pelo qual um coração fiel não hesita em me abandonar, a mim, que sou o cêntuplo dos cêntuplos, para mais me glorificar.

Em Gertrude d'Helfta, Le Héraut de l'Amour divin, (Gertrudes D´Helfta, o Arauto do Amor divino) t. I, Tours, Mame, 1921.

“É impossível descrever os traços da Virgem” por Marta Robin



Marta Robin (1902-1981), cofundadora, junto ao Padre Georges Finet, dos Foyers de Charité (Lares de Caridade)(1) e reconhecida Venerável pelo Santo Padre, em novembro de 2014, recebeu inúmeras visitas da Virgem Maria, no seu pequeno quarto, na fazenda de la Plaine, em Châteauneuf-de-Galaure (Drôme, França). Eis de que forma ela descreve a Virgem Santíssima:

“É impossível descrever os traços da Virgem Maria, porque eles são todos perfeitos. Seu rosto é de uma beleza incomparável. Docemente luminoso, nada de resplandecente, mas é mais belo. A Virgem me deixa maravilhada pela sua beleza, pela sua atitude, por seus gestos, mas ela atrai e enleva. Não se tem a ideia de se colocar de joelhos, de cair de joelhos quando ela aparece, mas tem-se a vontade de voar até ela, não para lhe pedir algo, mas com um sentimento de reconhecimento e de amor, assim como se quiséssemos lhe dizer: “Mãezinha querida, nós,vossos filhos, sabemos muito bem, que vós nos amais e que quereis nos encher com o seu amor.”

(1) Atualmente eles são 76, espalhados pelo mundo inteiro.

(2) Texto do bulletin de liaison des Enfants de Medjugorje, n°114 (inverno de 2015-2016)

Maria, Mãe da Igreja, domina a cidade eterna !!!

 


Santa Maria Maggiore ou Basílica de Santa Maria Maior, no alto da colina do Esquilo, é uma das quatro basílicas maiores, uma das sete igrejas de peregrinação e a maior igreja mariana de Roma — motivo pelo qual recebeu o epíteto de "Maior". Foi a primeira igreja do Ocidente dedicada ao culto de Maria, e tem uma celebração específica na liturgia católica rememorando o fato: a Dedicação de Basílica de Santa Maria Maior.

Conta a tradição, que a própria Virgem indicou e inspirou a construção de sua casa, sobre o monte Esquilino, aparecendo, em agosto de 356, em sonho, ao fidalgo João e ao Papa Libério. A Virgem, na realidade, teria pedido ao Papa e ao nobre, que construíssem uma igreja em sua honra, num local que seria coberto de neve, em pleno verão. Então, na manhã do dia 5 de agosto de 356, o monte do Esquilino apareceu coberto de neve!

O Papa traçou o perímetro da nova igreja e João se encarregou de financiar a obra. Hoje, desta primeira igreja não resta mais nada: as recentes escavações sob a atual basílica deram acesso aos vestígios arqueológicos, como o surpreendente calendário dos séculos II e III D.C., assim como os restos das muralhas romanas, parcialmente visíveis. Porém, nada resta da primeira basílica. O campanário da atual basílica Santa Maria Maior é o mais alto de Roma.

Que Maria, a puríssima e a fidelíssima Mãe da Igreja envie a sua proteção sobre a cidade eterna e a domine com sua absoluta e terna pureza. 

FONTES: Vaticano e L’équipe de Marie de Nazareth


Ele morreu de remorso, aos pés da Virgem Maria !!!! por Santo Afonso Maria de Ligório.

 


Em 1731, num subúrbio de Turim, norte da Itália, um infeliz pecador que havia, entre outros crimes, assassinado seu pai e seu irmão, estava fugindo da justiça. Um dia, enquanto assistia um sermão sobre a misericórdia de Deus, ele foi se confessar com o sacerdote que fizera a homilia.

Após ter ouvido a confissão dos crimes do penitente, o padre o enviou ao altar dedicado à Virgem Maria, honrada sob o título de “Mãe das Dores”, para que pedisse a ela a contrição e o perdão de seus pecados. 

O pecador foi até o altar da Virgem, pôs-se a rezar e, ao pé do altar, faleceu de remorso.

No dia seguinte, enquanto o sacerdote pedia aos fieis que rezassem pela alma do pobre homem, uma pombinha branca apareceu na igreja e deixou cair um bilhete aos seus pés. Ele, então leu a seguinte frase:

“A alma do falecido, assim que deixou o corpo, foi para o paraíso. E vós, continuai a pregar a misericórdia de Deus!”

Afonso Maria de Ligório

(Colhido em As Glorias de Maria)


“Vossa Mãe deve ser invocada assim como o vosso Pai”, por Maria Valtorta

 


A Ave Maria não deve ser recitada, em se pensando, apenas, como se fôssemos simples seres da terra, pensando na nossa carne, que é poeira e se tornará poeira novamente. Ela deve ser rezada, com a alma voltada para o céu, mais afastada da vida, mais longe da terra, devemos estar com Maria, minha mãe e sua, onde ela vive com seu corpo e alma depois de viver na terra; devemos ter a nossa alma, sempre, ligada ao céu.

O Pai Nosso é a oração dirigida ao Pai. A Ave Maria é a oração dirigida a Maria. A primeira parte da Oração do Senhor é louvor a Deus, a primeira parte da Ave Maria, é louvor a Maria.

A segunda parte da Oração do Senhor é um pedido dirigido ao Pai para todas as nossas necessidades, como filhos de Deus, que estão em residência temporária na terra, mas destinados ao Céu. A segunda parte da Ave Maria é o pedido dirigido a Maria para as nossas necessidades de mortais e imortais no espírito.

Nossa Mãe deve ser invocada como o Pai. Não devemos pensar que lhe falta misericórdia e poder, e que Ele não pode vir em vosso auxílio em vossas lutas, tristezas, necessidades ou tentações. Devemos saber como orar, especialmente em momentos de paz, para invocar a ajuda da Mãe Santíssima, quando as lutas chegarem.

É muito estúpido, aquele que diz para si mesmo: eu farei isso quando for o momento. Será que seremos capazes disso? E se Deus não nos der mais tempo? Necessidades, infortúnios e até a morte muitas vezes vêm inesperadamente, como um raio.


quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Como Nossa Senhora a SS. Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, salvou a Igreja no Egito (Sec. X)

 


Naquela época, no Egito, o governador Al-Mu'iz Li-Din Illah (932-975) tinha grande interesse pelas controvérsias religiosas. Ele reunia frequentemente os chefes religiosos das comunidades muçulmanas, cristãs e judaicas para que debatessem suas ideias e crenças diante dele.

Um membro próximo a Al-Mu'iz provocou uma controvérsia entre os representantes das comunidades cristãs e judaicas. Nesta ocasião, sugeriram ao califa que colocasse os cristãos à prova, referindo-se a um versículo do Evangelho de São Mateus (17, 20): “Em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível”.

O califa Al-Mu'iz chamou Amba Abram o Sírio e pediu-lhe que provasse que as palavras do Cristo eram verdadeiras e que a religião do Cristo era correta, movendo a colina de Mokattam para o leste, o que permitiria a extensão da nova cidade do Cairo.

Caso ele recusasse a realização do suposto prodígio ou expusesse a incapacidade de realizá-lo, a comunidade cristã teria que escolher entre uma das alternativas seguintes: converter-se ao islamismo ou deixar o Egito. O patriarca, apavorado, pediu e obteve, do califa, um prazo de três dias, antes de lhe responder. Pediu, então, a Deus que o inspirasse e conclamou o povo copta e toda a Igreja do Egito a jejuar com ele, naqueles três dias, e a rezar com fervor, para afastar tal adversidade. Na madrugada do terceiro dia, a Virgem Maria apareceu, em sonho, a Amba Abram, dizendo-lhe: “Não tenha medo, fiel pastor, (...) as lágrimas que você derramou nesta igreja, os jejuns e as orações não foram em vão. Purifique-se e vai até a porta de ferro que dá acesso ao mercado. Lá, você encontrará um homem zarolho (cego de um olho) (São Simão, o curtidor, o sapateiro, muito conhecido dos Coptas do seu tempo), carregando uma jarra de água. Será por meio dele que o milagre acontecerá”.

O patriarca Amba Abram o Sírio encontrou o homem que a Virgem Maria lhe havia indicado. Explicando-lhe que a Virgem o encarregara de ir ao seu encontro, insistiu: Esta é uma ordem da Mãe da Luz! São Simão respondeu com toda humildade: Se a Mãe da Luz decidiu me encarregar desta missão, eu me coloco inteiramente às suas ordens. Em seguida, Amba Abram explicou de que forma o milagre poderia ocorrer:

“Você, seus bispos, sacerdotes e diáconos subirão até o alto da colina, levando as bíblias com as mãos para o alto, crucifixos, archotes e incensórios. Peça, também, ao califa para subir com vocês até o alto da colina, em procissão, e de se colocar diante de vocês, quando chegarem ao topo. Eu estarei entre o povo, atrás de vocês, e ninguém me reconhecerá. Celebrem a santa missa e após a comunhão eucarística repitam com todo o povo, em espírito de humildade e com um coração partido, cem vezes voltado para o leste, cem vezes, para o oeste, cem vezes para o norte e cem vezes para o sul: Kyrie Eleison (Senhor, tende piedade de nós). Em seguida, em silêncio, adorem a Deus, de joelhos e com as mãos erguidas para o Altíssimo. Aí, então, façam o sinal da cruz sobre a colina, três vezes seguidas, e vocês verão a glória de Deus.”

Tudo se passou como Simão havia pedido e, assim que o primeiro sinal da cruz foi efetuado pelo Patriarca, sobre a colina, ocorreu um grande tremor de terra e a colina se ergueu, logo, logo, tornando a cair. Isto se deu a cada sinal da cruz.

O califa e seus próximos foram tomados pelo medo e o califa gritou: Deus é grande; que Seu nome seja abençoado. Suplicou a Amba Abram que aplanasse a colina, com medo que esta esmagasse a cidade e, quando tudo voltou ao normal, deu a Abram o direito de ficar no Egito e a autorização para reconstruir inúmeras igrejas, das quais a de São Markorios Abu Sifein, do Velho Cairo.

FONTES:

Segundo a Biografia de São Simão, o curtidor, o sapateiro, publicada pela Igreja São Simão, Mokattam, Cairo.

Trecho de um artigo de Mohamed Salmawy publicado no AL-AHRAM Hebdomadário, Semana de 8 a 14 de março de 2000

domingo, 7 de novembro de 2021

Se vocês soubessem rezar a Ave Maria … !!!

 


Jesus diz : “Bem-aventurados os lábios e as regiões que rezam a Ave Maria.

Ave: eu te saúdo. Desde o menor ao maior, do filho ao pai, do inferior ao superior, todos são obrigados, pela lei da cortesia humana, a pronunciar com frequência esta saudação respeitosa, cheia de considerações, ou amorosa, de acordo com as circunstâncias. Meus irmãos e irmãs, vós não podeis recusar este ato de amor reverente à mãe perfeita que temos no céu.

Ave Maria. Eu te saúdo, Maria. É uma saudação que purifica os lábios e o coração, porque não podemos dizer estas palavras, de maneira pensativa e sincera, sem nos sentirmos e nos tornarmos melhores! É como se nos aproximássemos de uma fonte de luz angelical e de um oásis de lírios em flor. Eu te saúdo, Ave, ─ a palavra do anjo que deveis dizer para saudar Aquela que é saudada com amor pelas Três Pessoas, a Santíssima Trindade ─, a invocação que salva, guardai-a, sempre, em vossos lábios. Porém, não como um movimento mecânico que exclui a alma, mas como um movimento do espírito que se inclina diante da realeza de Maria e se eleva ao seu coração materno.

Se pudésseis dizer estas palavras com um espírito verdadeiro, mesmo apenas essas pequenas palavras, seríeis melhores, mais puros, mais caridosos. Porque os olhos do vosso espírito estariam, então, fixados em Maria, e a sua santidade entraria em vossos corações, através desta contemplação. Se soubésseis pronunciar essas palavras, jamais estaríeis angustiados. Pois ela é a fonte das graças e da misericórdia. As portas da misericórdia divina se abrem, não apenas sob o impulso da mão de minha Mãe, mas, apenas, sob o seu simples olhar."

(Palavras de Jesus em Les cahiers de Maria Valtorta (Os cadernos de Maria Valtorta), 1943, 3-7 de, setembro e 8 de novembro).

Texto dos 20 mistérios do Rosário nos escritos de Maria Valtorta ─ Centro Editoriale Valtortiano, p. 17.

sábado, 6 de novembro de 2021

“Eu me consagrei a ela como sua escrava para sempre”!!!

 


Margarida Maria Alacoque (1647-1690), nasceu em Verosvres, em Charolais (Bourgogne, França) e foi Monja Visitandina em Paray-le-Monial (1672). Mística, Santa Católica, famosa vidente do Sagrado Coração de Jesus. No dia 27 de dezembro de 1673, festa de São João Evangelista, Irmã Margarida Maria rezava, diante do santo Sacramento quando ouviu as palavras de Jesus:

“Meu divino Coração é tão apaixonado de amor pelos homens e por você, em particular, que não podendo mais conter em si mesmo, as chamas de sua ardente caridade, deve espalhá-las de todas as formas e que ele se manifeste a todos, para enriquecê-los com os seus preciosos tesouros que estou a lhe revelar e que contêm as graças santificantes e salutares necessárias para abolir o abismo da perdição; e eu a escolhi como um abismo de indignidade e de ignorância para o cumprimento deste grande desígnio, para que tudo seja feito por mim.”

Quando criança, Margarida fora curada de grave enfermidade, pela intercessão de Maria. Para agradecer a cura, no dia de sua confirmação, Margarida acrescentou o nome de “Maria” a “Margarida”:

“Eu ia até a Virgem Santíssima com tanta confiança, que sentia não ter nada a temer, sob a sua proteção materna. Eu me consagrei a ela como sua escrava para sempre, suplicando-lhe que não me recusasse esta qualidade. (...) Se passei a fazer parte da Visitação, foi porque me senti atraída pelo amabilíssimo nome de Maria. Eu tinha a certeza de que lá estava aquilo que eu buscava.”

A religiosa, atingida por grave enfermidade, foi curada pela Virgem Maria que lhe disse: “Tenha coragem, minha filha, estou lhe curando porque você ainda tem um longo e penoso caminho a seguir (...), mas não tema nada, eu lhe prometo a minha proteção”.

FONTE: L’équipe de Marie de Nazareth.

Uma oitava espada traspassa o coração de Maria…!!!

 


No início do ano 1830, no subúrbio de Turim, norte da Itália, havia um jovem que visitava, regularmente, a igreja das proximidades, onde estava a imagem da Virgem santíssima, mãe das Dores, trespassada por sete espadas.

Certa noite, ele teve a infelicidade de cometer um pecado mortal. No dia seguinte, pela manhã, ao visitar a Virgem Mãe das Dores, no altar de sempre, teve a surpresa de perceber oito espadas, em vez das sete que trespassavam o Coração da Virgem Maria...

Enquanto observava o prodígio, ouviu uma voz a lhe dizer: “Foi o seu pecado que acrescentou a oitava espada no coração de Maria”. Transtornado e arrependido, o rapaz foi se confessar e recuperou a paz do coração, cheio de reconhecimento para com a Virgem Santíssima, devido à sua intercessão que o devolvia à vida divina.

FONTE: Trecho de Glórias de Maria, de santo Afonso de Ligório.

A Virgem santíssima compartilha as dores do seu povo

 


 Em 1696, na aldeia de Pocs (hoje chamada Máriapócs, Hungria), Ladislas Csigri, um menino de oito anos, filho de camponeses, foi levado pelos turcos. Ele foi libertado e seus pais, como agradecimento, mandaram pintar uma imagem da Virgem Maria na igreja da aldeia.

No dia 4 de novembro do mesmo ano, a Virgem, representada naquela imagem, chorou lágrimas de sangue, manifestando sua solicitude para com o país, então sob o domínio turco. O prodígio aconteceu durante 18 dias; desde o final de novembro até o início de dezembro de 1696, diante dos fieis da localidade, e de outras pessoas que chegavam dos arredores.

O rumor logo se difundiu, chegando até Viena, capital do Império austro-húngaro. O Imperador Leopoldo solicitou e conseguiu que o quadro milagroso fosse levado para a sua capital. A cidade imperial o recepcionou de forma triunfal, no início do ano 1697, e multidões de fieis vieram rezar, diante da imagem, que havia derramado lágrimas de sangue, como se quisessem dar testemunho de que a Virgem Santíssima compartilhava as dores e as tristezas de seu povo.

O grande capitão, príncipe Eugênio de Savoia (+1736), à época, no comando dos exércitos austríacos, também foi pedir à Virgem que socorresse o povo, contra os exércitos muçulmanos ameaçadores. Uma pesquisa eclesiástica, na qual figuram mais de cinquenta testemunhas, garante a veracidade do relato.

Como o ícone original fora deslocado para Viena, uma cópia sua foi colocada em Máriapócs, onde lágrimas foram derramadas, novamente, no ano 1715. Desde então, este centro mariano atrai multidões. Em 1991, o Papa São João Paulo II celebrou a missa em Mariapocs, na presença de 200.000 pessoas.

Fonte: Segundo Notre-Dame des Temps Nouveaux (Nossa Senhora dos Novos Tempos), 1967. E republicado no Recueil Marial (Florilégio Mariano) de Frei Albert Pfleger, no mesmo ano.

Nossa Senhora de Pancheraccia, outra «Lourdes da Córsega» !!!

 


A Córsega (França) está inteiramente voltada para a Virgem Maria e acolhe inúmeras igrejas e capelas consagradas a Nossa Senhora. Entre elas, a Igreja Nossa Senhora de Pancheraccia, situada na parte oriental da Île de Beauté (Ilha da Beleza), cujo santuário domina o mar, visível à distância.

É neste lugar remoto que, no século XVIII, a Virgem Maria apareceu a uma criança, que se encontrava perdida e com muita sede. A Madona a fez cavar a terra num determinado lugar, do qual brotou uma fonte, e disse que desejava que uma capela fosse construída naquele local. A fonte se revelou milagrosa e Nossa Senhora de Pancheraccia se tornou, aos olhos de muitos, a “Lourdes da Córsega”. Os peregrinos são cada vez mais numerosos. A principal peregrinação anual acontece no dia 8 de setembro, festa da Natividade de Maria.

História da aparição: "No decorrer do século XVIII, uma jovenzinha entre doze e catorze anos tinha ido para uma pequena floresta, perto da aldeia de Pancheraccia. Como ela estava perdida e já era hora de retornar a casa, ela começou a chorar. De repente, a Santíssima Virgem apareceu, perguntando-lhe por que chorava. A criança respondeu: Eu me perdi e estou com muita sede. A Virgem cavou um buraco no chão, fez jorrar um pouco d´água e disse: 'Beba esta água e vá dizer às pessoas desta aldeia que construam uma capela aqui'. 'Sim ─ disse a menina ─, mas as pessoas não vão acreditar em mim'. E a Santíssima Virgem lhe respondeu: 'Como prova, eis um sinal indelével de cruz em sua mão, e daqui a um ano, você não pertencerá mais a este mundo'.

O fato confirmou essa profecia. A aldeia de Pancheraccia contava apenas com duzentas almas. Mas todos puseram mãos à obra: o maqui foi desmatado, a rocha foi nivelada e a capela foi construída para a Madona de Pancheraccia. Por volta do ano 1850, a antiga estátua foi substituída por outra, em mármore branco, venerada até os dias de hoje: Ela representa a Santíssima Virgem, de pé, carregando em seu braço esquerdo o menino Jesus, que tem o mundo em suas mãos."

Fonte: Madonna de Pancheraccia et Pelerinages

Quando a ilha de Montreal tornou-se « Ville-Marie » (Cidade de Maria) !!!

 


Jérôme Le Royer, senhor da Dauversière (1597-1659), falecido em 6 de novembro, é o fundador da congregação das religiosas hospitaleiras de Saint-Joseph de La Flèche, en 1636, e um dos fundadores da Ville-Marie, que tornar-se-ia a futura Montreal (Canadá).

De família bretã, Jérôme pertenceu ao Colégio Real de la Flèche (França), mantido pelos jesuítas, em 1608. Foi neste educandário que ele descobriu a Nouvelle-France (Nova França). Em 2 de fevereiro de 1630, após a missa da Purificação ─ enquanto rezava, diante da estátua de Nossa Senhora ─, Jérôme Le Royer de la Dauversière se sentiu chamado para fundar a congregação religiosa hospitaleira, em serviço de pobres e enfermos, assim como a estabelecer um Hospital (Hôtel-Dieu) na ilha de Montreal, na Nouvelle-France.

Juntamente com o abade Jean-Jacques Olier, decidiu a criação de uma sociedade de associados, a Société Notre-Dame de Montréal (Sociedade Nossa Senhora de Montreal). Ele e seus sócios adquiriram a ilha de Montreal que, então, pertencia ao intendente do Delfinado, o francês Jean de Lauzon. Em 27 de fevereiro de 1642, em Notre-Dame de Paris, os associados resolveram dar à futura colônia da Ilha de Montreal o nome de “Ville-Marie”, em honra à Virgem Maria.

Os governo civil e militar da futura colônia foram confiados a Paul Chomeday de Maisonneuve, que nela desembarcou, no dia 17 de maio de 1642, data da fundação da Ville-Marie.

Jérôme Le Royer de La Dauversière retornou a La Flèche, onde faleceu, no dia 6 de novembro de 1659. Sua causa de beatificação foi aberta em Roma e Bento XVI o proclamou venerável.

Pela Equipe “Marie de Nazareth”.

domingo, 24 de outubro de 2021

Em outubro, Moscou comemora a festa de Nossa Senhora dos Iberos…

Os iberos (ou ibéricos) aqui citados, não são espanhóis, mas sim, os georgianos que se instalaram no mosteiro de Iviron, no Monte Atos. O ícone de Nossa Senhora dos Iberos que remonta, pelo menos, ao século IX, fora escondido por uma piedosa viúva da cidade de Nicéia, durante a perseguição iconoclasta ocorrida durante o reinado do imperador Teófilo (829-842). Um dos iconoclastas, tendo descoberto o ícone sagrado, perfurou-o com a sua lança. 

O ícone começou a sangrar. (Desde então, ele é representado com uma pequena marca preta na face da Virgem). A viúva conseguiu convencer os soldados a não destruir a imagem sagrada, pelo menos, até o dia seguinte. Durante a noite, ela lançou o ícone ao mar e este navegou, sobre as ondas, chegando ao Monte Atos. Os monges, tendo percebido uma coluna de fogo que se elevava do mar para o céu, desceram até a praia e encontraram o ícone, de pé, erguido sobre a água. Eles o colocaram, imediatamente, na igreja, mas a imagem era encontrada todas as manhãs, na porta do mosteiro. 

A Mãe de Deus revelou ao irmão Ibero, que a encontrara, que ela desejava assegurar a proteção do mosteiro. Assim, a partir de então, a imagem foi colocada na entrada do mosteiro dos iberos e nomeada "Portaitissa", que significa "a porteira”, “a que se ocupa da proteção, a que deseja permanecer à entrada”. Uma cópia do ícone foi levada para Moscou, no dia 13 de outubro de 1648. Esta cópia, milagrosa (pois, muitos milagres foram manifestados desde a sua chegada ao Mosteiro Novodevichy em Moscou), é um dos ícones mais venerados da Rússia. A festa da sua translação, na Igreja Russa, é comemorada no dia 13 de outubro. O ícone fica exposto no mosteiro, à veneração dos fiéis, durante os dias festivos. 

Por Sainte Cecile e também por Russie: introduction (Rússia: introdução)

A imagem indestrutível de Maria !!!!

No coração do Piemonte, Itália, a pequena cidade de Ivrea abriga a casa-mãe de uma congregação de Freiras. Nesta, se venera uma pintura da Virgem Maria, cuja história merece ser contada. A tela consiste em uma placa de forma oval, de cerca de 30 cm de comprimento, na qual está representada a Virgem Imaculada esmagando a cabeça da serpente. 

Em 1859, esta pintura fazia parte de um mobiliário a ser vendido, depositado em Turim, na casa de um valdense (nascido na região de Vaud, cantão da Suíça) chamado Albert Pizio. No dia 8 de dezembro, amigos vieram comprar algumas peças do mobiliário. Um deles, ao perceber o quadro religioso, zomba de Albert Pizio, que o havia preservado e, achando um machado ao alcance da mão, se apossou do mesmo, para destruir a imagem. Os dois primeiros movimentos não surtiram efeito. Então, furioso, ele desferiu um terceiro golpe, com tanta força, que o machado quebrou, mas o quadro permaneceu intacto. Vendo o fogo aceso na lareira da sala, esse alucinado lançou a tela ao fogo, e ela começou a chamuscar. Mas, pasmem, o fogo queimou, apenas, as bordas da tela, respeitando a imagem sagrada que não sofreu nenhum dano. Logo depois, a esposa de Albert Pizio, também valdense, jogou álcool no quadro, ateando-lhe fogo, com o intento de destruí-lo. O resultado foi o mesmo, e a imagem da Virgem Imaculada permaneceu intacta. 

Os esposos, finalmente, tocados, relataram o fato a um padre que os aconselhou a levar a pintura ao convento das Freiras da cidade. Esta pintura permaneceu lá, até 1942. Porém, durante os bombardeios que assolaram Turim, ela foi levada a Ivrea, onde continua a ser objeto de veneração de todos, naqueles arredores... 

 Por J-P. Osmont dans Présence de l'Invisible (Presença do Invisível).

domingo, 10 de outubro de 2021

“Eu levava sempre nas mãos a corrente de Maria”

 


Em 1948, na “Ponte de Madeira”, subúrbio de Tókio, Japão, nas antigas tendas militares, vivia um milhar de idosos e de pessoas sem-pátria.

Certa noite, por volta das duas horas, o telefone tocou: Uma senhora idosa, que estava em suas últimas horas de vida, chamou um sacerdote. Quando jovem, aquela senhora havia frequentado uma escola católica, onde uma freira se ocupara da sua educação, durante três anos. Chegando aos dezessete anos, ela se tornou cristã. “Eu recebi a Água santa e o Pão de Deus” ─ contou-me. Mas, em seguida, ela se casou, obedecendo a escolha de sua família, e seu marido era um monge budista, que possuía um templo, situado num lugar afastado, sobre uma colina. Morando naquela região, ela passou a se ocupar da manutenção do templo.

Seu marido permitiu-lhe que frequentasse a igreja católica, mas não havia nenhuma igreja na circunvizinhança. A mulher teve 8 filhos. 70 anos depois, o marido faleceu, assim como todos os seus filhos, cinco deles, durante a guerra. Logo, logo, outro sacerdote budista chegou para substituir o seu marido e ela teve de deixar o templo.

Perguntando-lhe se durante todos aqueles anos ela havia pensado em Deus, ela me olhou, surpresa e, com dificuldade, mostrou a mão direita, que estava sob a coberta, com um terço, e respondeu: “Durante todos esses anos, a cada dia, e muitas vezes por dia, sem jamais pular um único dia, eu rezava, enquanto trabalhava; eu estava sempre com a corrente de Maria nas mãos ou no bolso e eu lhe pedia, todos os dias, que, antes de morrer, eu pudesse encontrar, mais uma vez, um sacerdote católico que me desse o Pão de Deus.”

Padre Géréon Goldmann em « Le chiffonnier de Tokyo » (O trapeiro de Tókio) e narrado no Recueil Marial (Florilégio Mariano)1986 do Padre Albert Pfleger, marista.

OREMOS: Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 

Façamos conhecer e amar Maria!!!

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Eis-me aqui para recebê-lo, vamos para o Paraíso!: Disse lhe a SS. Virgem Maria !!!

 

Em 1723, no norte da Itália, um religioso dominicano, chamado Leonardo, estava para morrer. Devoto de Maria, ele sempre se recomendava à Santíssima Virgem Maria. Eis, então que naquele momento extremo, uma bela Rainha surgiu, dizendo-lhe:

Leonardo, você aceita morrer e vir para junto do meu Filho e de mim?

O religioso perguntou: Quem é a senhora?

Eu sou ─ replicou a Virgem Santíssima ─ a Mãe das Misericórdias. Você sempre me invocou, e o fez tantas vezes, que aqui estou para recebê-lo: vamos para o Paraíso!

Leonardo faleceu no mesmo dia.

Fontes: Trecho do livro Glórias de Maria, de santo Afonso de Ligório e Segundo Le chapelet des enfants (o terço das crianças).

A “Pequena Lourdes da Bretanha” não para de crescer !!!


Por que o santuário de Nossa Senhora de Toute Aide (de Toda Ajuda), que se encontra na comuna de Prénessaye (França) é tão especial? Porque é o único lugar na Bretanha, autenticado pela Igreja, onde a Virgem Maria apareceu ─ relata Michel Hinault, há 25 anos membro da Associação dos Amigos do santuário de Querrien.

Eis a origem do santuário: no dia 15 de agosto de 1652, Jeanne Courtel, uma pastorinha de 11 anos, surda-muda e cega de nascença, que estava a cuidar do rebanho de seu pai, no prado dos Fontenelles, percebeu à sua volta, uma jovem e bela dama vestida de cetim branco. A bela dama pediu-lhe que lhe desse um carneiro. A menina, que nunca havia ouvido nem pronunciado uma só palavra, respondeu-lhe que aqueles carneiros não eram seus, mas de seu pai. Ela estava curada. A Igreja católica reconheceu oficialmente esta aparição. Em seguida, as autoridades diocesanas da época, em quatro anos, ergueram uma capela em Querrien ─ completou Michel Hinault.

Desde então ─ há 350 anos ─ o santuário de Prénessaye tornou-se um local de peregrinações, acolhendo, a cada ano, entre 70.000 e 90.000 fieis.

O mapa do mundo, colocado na entrada da capela, permitiu que as três religiosas que vivem no local, pudessem observar que, no ano passado, chegaram peregrinos de mais de 60 países. Durante o verão, as imediações do santuário de Nossa Senhora de Toda Ajuda estarão sob os cuidados de 300 voluntários da Associação dos Amigos do santuário.

Efetivamente, o fim de semana próximo ao dia 15 de agosto é tradicionalmente marcado por um importante “Perdão”, que atrai, todos os anos, cerca de 10 mil peregrinos. Neste ano, a cerimônia foi presidida por monsenhor Philippe Mousset, bispo de Périgueux et Sarlat (França). Menos de um mês, mais tarde, no dia 9 de setembro, um segundo “Perdão” aconteceu, atraindo, igualmente, grande número de pessoas.

FONTE: Le Telegramme

"Eu quero que você faça o mesmo que eu, lhe disse a SS. Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãezinha"

 


Em Champion (Wisconsin, EUA), no mês de outubro, de 1859, a Virgem Maria apareceu três vezes para Adèle Brise, jovem imigrante belga, de 28 anos. Esta foi a primeira das três aparições reconhecidas nos Estados Unidos.

No começo de outubro, Adèle Brise viu a Virgem pela primeira vez: uma Senhora vestida de um branco deslumbrante, com uma faixa amarela na cintura e uma coroa de estrelas na cabeça. A visão desapareceu, lentamente, depois de alguns instantes, sem nada dizer. No domingo seguinte, 9 de outubro, Brise estava indo à Missa quando a Senhora retornou. Depois da Missa, a jovem teve a oportunidade de perguntar ao seu confessor sobre as aparições, e ele lhe disse que, se era uma mensageira do céu, ela a veria novamente. Ele a encorajou a perguntar-lhe, em nome de Deus, quem era e o que queria dela. No caminho de volta para casa, Nossa Senhora apareceu, novamente, e Brise fez o que seu confessor havia recomendado.

"Eu sou a Rainha do Céu, que reza pela conversão dos pecadores, e desejo que faças o mesmo ─ respondeu a Senhora à pergunta da jovem. Recebeste a Sagrada Comunhão nesta manhã e isso é bom. Mas deves fazer mais. Faze uma confissão geral e oferece a Comunhão pela conversão dos pecadores. Se não se converterem e não fizerem penitência, meu Filho vai ser obrigado a castigá-los."

A Senhora continuou: "O que fazes aqui, parada, enquanto tuas companheiras trabalham na vinha do meu Filho?" ─ "O que mais posso fazer, querida Senhora?", perguntou Brise. "Reúne as crianças deste país selvagem e mostra-lhes o que deveriam saber para salvar-se." ─ "Mas como lhes ensinarei o que eu mesma sei tão pouco?", replicou a moça. ─ "Ensina-lhes seu catecismo, como fazer o sinal da cruz e como se aproximar dos sacramentos; isso é o que eu desejo que faças ─ disse a Senhora. Vai e não tenhas medo. Eu te ajudarei."

A jovem fez o que Nossa Senhora pediu, e assim agiu até a sua morte, em 1896. O pai de Adèle Brise construiu uma pequena capela no local das aparições, em Champion, como solicitara Nossa Senhora do Bom Socorro (Our Lady of Good Help).

Em 8 de dezembro de 2010, na festa da Imaculada Conceição, o Bispo David Ricken, Bispo de Green Bay, Wisconsin, emitiu um decreto oficial afirmando: “Declaro com certeza moral e de acordo com os padrões da Igreja que os eventos, aparições e frases dirigidas a Adèle Brise, em outubro de 1859, manifestam a substância de um caráter sobrenatural e, consequentemente, reconheço essas aparições como dignas de serem acreditadas (mas sem obrigação) pelos fiéis cristãos”.

FONTE: Chrétiens Magazine n° 245

sábado, 2 de outubro de 2021

Santa Brígida - Sobre o Santíssimo Sacramento!!!

 


LIVRO 4 - Capítulo 46

Apareceu à Santa um demônio com uma barriga muito grande, e lhe disse: “O que você acha, mulher, e que motivos tem para pensar coisas grandes? Sei também de muitas coisas, e te quero provar as minhas palavras com a luz da razão, mas antes te aconselho a não pensar coisas incríveis, e também não deve dar crédito aos seus sentidos. Não vês com os seus próprios olhos e não ouves com teus ouvidos, o som da quebra da Hóstia da espécie do pão? Não tem visto cuspi-la, pegá-la com as mãos e até mãos sujas, jogá-la indecorosamente ao chão, e lhe fazer muitos desacatos, que eu não toleraria se fizessem comigo? E se ainda fosse possível que DEUS estivesse na boca do justo, como tem de descer até os injustos, cuja avareza não conhece termo e nem medida”?

Disse a Santa ao SENHOR, que apareceu no momento em que terminou a tentação: “SENHOR Meu JESUS CRISTO, VOS agradeço por todas as Graças, e em particular, por três. Primeiro, porque vestiu a minha alma, inspirando-me dor e arrependimento, com os quais os meus pecados, por grandes que tenham sido, foram perdoados; segundo, porque sustenta a minha alma, infundindo-lhe o Seu Amor e a permanente memória de Sua Paixão, com a qual me deleito como um saboroso manjar; e terceiro, porque consola a todos os que na tribulação LHE invocam. SENHOR tende misericórdia de mim e ajude a minha fé; porque ainda que seja digna de ser entregue às ilusões do demônio, creio, não obstante, que sem a VOSSA permissão ele não pode fazer nada, e também não lhe permitis, sem dar algum consolo ao tentado”.

Então JESUS disse ao demônio: “Porque fala a esta nova Minha Esposa”? O demônio respondeu: Porque a tive em minhas redes, e ainda espero voltar a pegá-la. Estava comprometida, quando consentindo comigo, agradou mais a mim, e quis seguir mais as minhas orientações, que a ti que és o seu CRIADOR. Observei todos os seus passos, e os conservo na minha memória”. Interrompeu JESUS: “Logo tu és negociante e explorador de todos os caminhos”? Respondeu o demônio: “Sou, mas nas trevas, porque me deixaste sem luz”.

JESUS perguntou: Quando viste e quando ficaste nas trevas”? Disse o demônio: “Vi, quando me criaste formosíssimo; mas porque desprevenidamente me arrojei sobre o TEU esplendor, fiquei cego como um basilisco (réptil de oito pernas). Vi quando invejava a TUA formosura; em minha consciência eu TE vi, e TE conheci quando me lancei do Céu; vi também, quando TU tomou o Corpo de carne, e fiz o que me permitiste; e TE conheci, quando ao Ressuscitar, me despojaste dos prisioneiros, cativos do pecado; e a cada dia conheço o TEU poder, e fazes burla de mim e me envergonhas”. JESUS falou: “Pois se sabes a verdade sobre o Meu poder, e quem EU sou, por que mente aos Meus escolhidos? EU não disse, que quem come a Minha carne, viverá para sempre? E tu, dizes que é mentira, e que ninguém come a Minha carne. Neste caso, Meu povo estaria sendo iludido, seria mais idólatra que os que adoram pedras e madeiras”.

JESUS continuou: “Agora, ainda que EU conheça tudo, ME responde, para que Minha Esposa que esta ouvindo, veja nesta visão aquilo que não pode entender, senão por semelhança, as coisas espirituais. Tomé, meu Apostolo, me tocou e apalpou após a Minha Ressurreição, para ver se era EU Mesmo que estava ali. Era espiritual o que tocava, ou corporal? Si era corporal, como EU podia ter entrado no Cenáculo, se as portas e janelas estavam fechadas? E se era espiritual, como EU podia ver com os olhos do corpo e como Tomé conseguiu ME tocar”? Respondeu o demônio: “Coisa difícil é ter que falar onde se é considerado suspeito por todos, e à força se vê obrigado a dizer a verdade. Desse modo, forçado por TUA ordem, digo; que quando ressuscitaste, eras espiritual e corporal; e assim, pela eterna virtude da TUA Divindade, e pela prerrogativa espiritual da carne glorificada, entras e podes estar onde quiser”.

Voltou o SENHOR a dizer: “Quando a vara de Moisés se converteu em serpente, era verdadeira serpente por dentro e por fora, ou só uma figura e semelhança de serpente? Aqueles cestos de pão ou pedaços de pão, que recolheram os Meus Discípulos, era pão de verdade, ou apenas semelhança de pão”?

Respondeu o demônio: “Verdadeiramente a vara se transformou numa serpente, e tudo o que foi recolhido nas cestas eram sobras de verdadeiro pão. E tudo isto foi feito pelo TEU poder”. Disse JESUS: “E por ventura, agora será para MIM mais difícil fazer milagres iguais ou maiores que aqueles, se assim é Minha Vontade? E já que a carne glorificada pôde entrar então onde estavam os Apóstolos com as portas e janelas fechadas, porque não posso estar agora nas mãos dos sacerdotes”?

“Talvez lhe custe algum trabalho a Minha Divindade juntar o alto com o baixo, as coisas do Céu com as da Terra? Não, com certeza; senão que no fim de tudo, tu és o pai da mentira; mas se tua malícia é grande, maior é o Amor que tenho e terei sempre pela humanidade. E ainda que parecesse que um queimava esse Santíssimo Sacramento, e outro o espezinhasse, EU só conheço a fé que têm todos e disponho todas as coisas com medida e paciência: e do nada sempre faço alguma coisa, do invisível, para o visível, e no sinal e nas palavras apresento uma coisa a vista, que na realidade é outra coisa diferente do que parece ser”.

Contestou o demônio: “A cada dia experimento essa verdade, quando se afastam de mim meus amigos, e se fazem amigos TEUS. Que mais queres que TE diga? Se me deixassem a minha liberdade, bem poderia manifestar com minha vontade o que faria, se me permitissem”.

Disse NOSSO SENHOR a Santa: "Creias tu, filha, que EU sou JESUS CRISTO, reparador e não destruidor da vida; EU sou o Verdadeiro e a Verdade Plena, e não o mentiroso, e Meu poder é eterno, e sem ele nada existe e nada se fará. E é tão verdadeiro que estou nas mãos do sacerdote, e mesmo que o sacerdote duvidasse, não obstante, pelas palavras que EU estabeleci e disse, por estas palavras que EU mesmo falei, estou verdadeiramente em suas mãos, e todo aquele que ME recebe, recebe a Minha Divindade e Minha Humanidade, em forma de pão”.

"Que é, pois, DEUS, senão vida e doçura, luz esplendorosa, bondade infinita, justiça que julga e misericórdia que salva? Que é a Minha humanidade, senão uma carne sutilíssima, a união de DEUS com o homem, e cabeça de todos os cristãos? Logo todo o que crê em DEUS e recebe o seu Corpo (Sagrada Comunhão), recebe também a Sua Divindade, porque recebe a vida; e recebe também a humanidade, com que se juntam DEUS e o homem, recebendo tudo na forma de pão (Hóstia Consagrada), se achando ali Real e Verdadeiramente presente como está nos Céus, ocultando apenas a sua forma para despertar a fé”.

A pessoa má recebe igualmente a mesma Divindade, mas ela é julgadora, não agradável e prazerosa; recebe também a humanidade, mas menos agradável com ele, mesmo na forma de pão, porque é na mesma espécie que se vê e que se recebe a verdade oculta, porque assim que os maus ME aproximam de seus lábios e de sua boca, ME afasto com Minha Divindade e Humanidade, ficando somente a memória do pão. E acontece isto, porque quando a pessoa má recebe o Meu Corpo em realidade EU não estou ali presente. Por isso, o mesmo Sacramento recebido pelos bons e pelos maus, tem efeitos totalmente diferentes”.

"Finalmente, no mesmo sacrifício se apresenta ao homem a Vida, isto é, o mesmo DEUS, que se dá também nesta Vida; mas a Vida não permanece com os maus, porque ela não aceita o mau, e assim, no mau, só fica o paladar e a sensação de ter recebido o pão”.

Santa Brígida e a Presença Real de JESUS no SANTÍSSIMO SACRAMENTO (EUCARISTIA)!!!

 

LIVRO 4 - CAPÍTULO 45

Vendo Santa Brígida um sacerdote erguer o SANTÍSSIMO SACRAMENTO, apareceu-lhe um demônio muito feio e lhe disse: "Tu crês, que esse pedacinho de pão é DEUS? Ele está sendo consumido há muito tempo, ainda que fosse o maior dos montes, já teria acabado. Nenhum dos sábios judeus, a quem DEUS comunicou a Sua sabedoria, não acredita em semelhante coisa”. Apareceu-lhe em seguida o seu Anjo da Guarda e lhe disse: “Filha, não respondas a este estúpido, pois este que lhe apareceu é o pai da mentira; mas prepara-te, porque já está perto o Esposo”. E neste momento apareceu NOSSO SENHOR JESUS CRISTO e disse ao demônio: “Por que perturbas esta filha e Minha Esposa? Chamo-lhe de filha, porque a criei; e é Minha Esposa porque a redimi e está unida Comigo pelo Meu Amor”.

Disse o demônio: “Falo porque tenho de TI permissão para fazer isso”. Disse o SENHOR: “Diga-me, demônio, quando a vara se transformou numa serpente, isto aconteceu por ordem de Moisés, ou pelo comando de DEUS, ou porque Moisés era Santo, ou porque assim dispôs a palavra de DEUS”? Respondeu o demônio: “Quem foi Moisés, senão um homem fraco por si, ainda que considerado justo por DEUS, cuja palavra, mandada e proferida por DEUS, a vara se transformou em serpente, por ordem de DEUS. Moisés apenas obedeceu porque era um ministro do SENHOR. Antes da ordem e da palavra de DEUS, a vara era uma vara, mas quando DEUS ordenou, a vara se transformou numa cobra real, de tal modo, que até levou terror ao próprio Moisés”.

Disse o SENHOR a Santa Brígida:“Desta maneira, Minha Esposa, sucede no Altar. Antes das palavras da Consagração, a Hóstia colocada sobre o Altar é pão. Mas pronunciadas pelo sacerdote as palavras: ESTE É O MEU CORPO, ele se transforma no Corpo de CRISTO, embora permaneça a mesma aparência de pão. Todos recebem em suas mãos, os bons e os maus, assim recebe um como mil pessoas, a mesma verdade, mas não com o mesmo efeito. Isto porque, aos bons a Sagrada Eucaristia lhes serve para a sua salvação, e aos maus para a sua condenação”.

“Quanto àquilo que o diabo disse, de que nenhum erudito judeu acredita nisto, EU respondo que eles são infelizes e cegos, como aqueles que perderam ambos os olhos; e carecem de ambos os pés espirituais, pelos quais são ignorantes, não caminham e não evoluem espiritualmente, e assim serão até que reconheçam a verdade. Portanto, não devemos estranhar que o diabo procura cegar e endurecer os corações das pessoas, lhes sugerindo coisas impudicas, e aquelas que são contra a fé".

"Assim, sempre que vir à mente algum pensamento dessa classe a respeito de Meu Corpo explica a teus amigos, e permanece firme na fé. Tenha absoluta certeza de que este Corpo que tomei da VIRGEM Minha MÃE, e foi crucificado e agora reina no Céu, é o Mesmo que está sobre o Altar na Hóstia Consagrada, e dele recebe os bons e os maus. E como ME apareci com aspecto diferente aos Discípulos que iam para Emaús, não obstante sendo o verdadeiro DEUS e verdadeiro Homem, e também, como entrei no Cenáculo onde estavam os Discípulos com as portas e janelas fechadas; do mesmo modo ME mostro diferente aos sacerdotes, após a Consagração, para que sua fé tenha mérito e se faça mais evidente a ingratidão da humanidade”.

“Mas não existe motivo para se admirar disto, porque sou agora o mesmo que com terríveis sinais manifesto o poder da Minha Divindade, e, contudo, os homens disseram: Façamos deuses que nos dirijam. EU também manifestei aos judeus a Minha verdadeira Humanidade, e a crucificaram. A cada dia estou no Altar, e dizem os maus: Este manjar causa tentação e náuseas. Que maior ingratidão pode haver em querer compreender DEUS pela razão, e se atrever a criticar os julgamentos e mistérios ocultos que ELE tem encerrado em Suas Mãos? Assim, pois, com um efeito invisível e com forma visível quero ME manifestar aos ignorantes e aos humildes, que seja na forma visível do pão, mesmo sem pão e sem substância, e por que EU sofro em Meu Corpo tão indigno e tão indecoroso tratamento, seja para engrandecer aos humildes e confundir os soberbos”.

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

23 de Setembro - Nossa Senhora de Valvanera (sec. IX) !!!


A Virgem de Valvanera é uma devoção mariana da serra da Demanda, La Rioja, Espanha, da qual atualmente é padroeira. Além disso, é uma das sete padroeiras das comunidades autônomas da Espanha. A imagem atual é uma talha considerada do período românico primitivo, de finais do século XI e início do XII.

A história da aparição da imagem é como se segue: um ladrão chamado Nuño Oñez converte-se a partir das súplicas de uma pessoa que iria ser roubada por ele. Nuño pede então à Virgem Maria pela sua mudança de vida. Um dia, durante as suas orações, apareceu-lhe um anjo, que lhe disse para, saindo de Valvanera, buscar um carvalho que se destacasse dos demais, de cujo pé brotasse uma fonte e que contivesse vários enxames de abelhas. Ali Nuño encontraria uma imagem da Virgem Maria.

Nuño obedeceu às indicações do anjo e acudiu ao lugar com o clérigo Domingos, encontrando efetivamente a imagem. Ali mesmo começaria a ser edificado um lugar de culto à Virgem, no final do século IX.

O relato da aparição da imagem está registrado na História Latina, de Rodrigo de Castroviejo, Abade de Valvanera, como tradução de um texto em latim do século XII, escrito provavelmente por Gonzalo de Berceo.

Com este achado teria origem o Mosteiro da Valvanera, onde atualmente é venerada a imagem, custodiada pelos monges beneditinos. A coroação canônica da imagem aconteceu no Espolón de Logroño, no dia 15 de outubro de 1954.

A festa de Nossa Senhora de Valvanera é celebrada todo ano no Domingo seguinte ao dia 8 de setembro.

Oração: Hino à Nossa Senhora de Valvanera. Com um beijo nos lábios, vem a Rioja inteira jurar de joelhos que a sua rainha sois vós. Vossas são as nossas almas e os nossos corações. E por isso queremos render-vos os pendões e beijar quais vassalos vosso manto. Glória à Virgem Pura, Rainha de Valvanera. Glória, a terra inteira repita sem cessar. Repitam as Montanhas os cânticos de gozo em célico alvoroço e júbilo sem par. Sois vós a nossa esperança, a nossa doçura. Para vós na montanha, para vós na planície floresce nos riojanos a rosa do amor. Honra do nosso povo, glória da nossa terra, amor dos nossos pais que um dia na serra vos acharam no carvalho vestida de esplendor! Trouxeste aos nossos vales um resplendor de aurora e desde então foste nossa Rainha e Senhora sobre o trono augusto, erigido a vós pela Fé. Nossa bendita terra foi para vós um sacrário e o coração riojano foi somente um relicário. E sois vós a relíquia que nele se venera.