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sexta-feira, 10 de junho de 2022

Este não é Deus....

 


São Filipe Néri devotava grande piedade a Maria e era, frequentemente, consultado pelos bispos, para que desse o seu parecer sobre a autenticidade dos místicos. Sua prática constante, de humildade e obediência, tendo a Virgem Maria como modelo, permitiu-lhe que testasse, infalivelmente, os falsos místicos, pois o demônio é orgulhoso e independente.

Em 1560, os cardeais estavam divididos em relação a uma religiosa que tivera visões. E, como solicitaram o seu parecer, ao ver a jovem freira chegar, olhou-a calorosamente e lhe disse:

“Mas, eu não quero ver a senhora, eu quero ver a santa!” ─ “Mas, sou eu, a santa, Meu Senhor!” ─ “Ah! A senhora é a santa? Obrigado”. Ele deu meia volta e confiou aos cardeais: “Isto não vem de Deus...”

Em l’Etoile Notre Dame (A Estrela Nossa Senhora), n° 148, outubro de 2006.

Rodolfo, conde da Alsácia (sec. XIII)

Tendo deixado o mundo, tornando-se religioso franciscano, Rodolfo, conde da Alsácia (França, século XIII), era muito devoto da Mãe de Deus. No momento em que estava para morrer, veio-lhe à lembrança a vida que levara no mundo e o pensamento do julgamento, chegando-lhe ao espírito, fez com que ele duvidasse da Salvação de sua alma. E o temor o perseguia.

Então, Maria, que não se esquece de seus servos, em suas angústias, se apresentou ao moribundo, rodeada por um cortejo de santos, dirigindo-lhe as seguintes palavras: Meu querido, vós vos consagrastes a Mim, por que, então, temer a morte?

Ao ouvir estas palavras, o servo de Maria, aliviado de um grande peso, expulsou os seus terrores e morreu contente, em grande paz. Estejamos, nós, igualmente, em absoluta paz, confiantes de que, na hora da nossa morte, Maria virá nos assistir.

D’après le chapelet des enfants (Segundo o Terço das crianças)


A Virgem Santíssima vem me buscar.

 

Na década de 1950, um casal muito cristão, um dos principais editores parisienses, permaneceu 17 anos sem ter filhos. Por meio de orações, tendo obtido a graça de Deus, o casal conseguiu ter uma filhinha. Seu nome era Marta.

Esta criança, que os esposos amavam, apaixonadamente, era para eles a própria e completa alegria. Primorosa pela graça, ternura, religiosidade, a menininha se distinguia, sobretudo, pela ardente devoção à Santíssima Virgem Maria. Ela era um lírio lindo demais para a terra... Deus decidiu levá-la para o Paraíso.

Ela tinha quinze anos, então. Seus pais, em copiosas lágrimas, choravam ao lado da cama da jovem que estava morrendo. Marta mantinha-se, como sempre, delicada, gentil, paciente e sorridente. De repente, seu rosto se iluminou com uma alegria celestial: “Não chorem" ─ disse ela aos pais ─ “Eu estou vendo a Santíssima Virgem que está vindo me buscar, com os anjos”. Em seguida, a criança expirou.

Segundo Le chapelet des enfants (O terço das crianças).

O rei Luis XIV consagra a França a São José (sec. XVII).

 

Nós conhecemos o Voto de Luís XIII (Rei da França), consagrando seu país, à Santíssima Virgem, em 1638. Porém, muitos não conhecem a consagração da França a São José, esposo de Maria, no dia 19 de março de 1661, consignação efetuada pelo rei da França, Luís XIV.

No dia 12 de março, daquele ano, três dias após ter assumido o poder, Luis XIV decidiu, sem demora, solenizar o culto a São José, tornando-o feriado nacional em todo o reino. Os poucos bispos que puderam ser contatados a tempo, formalizaram o seu acordo. No dia seguinte, 13 de março, durante a reunião do Conselho d´En Haut (do Alto), o Rei proibiu que se trabalhasse no dia 19 de março, a partir de 1661. Este fato é conhecido e divulgado por todos os historiadores do Grande Século, que não se surpreenderam nem um pouco, pela rapidez da decisão do Rei.

E, na manhã do sábado, 19 de março de 1661, na capela do Louvre, o Rei Luís XIV, consagrou a França a São José.

Até a Revolução Francesa, a consagração nacional da França a São José, era celebrada em todo o reino. Após a revolução, ela jamais foi efetuada nem renovada.

Chrétiens magazine. E também em: Consécration, puissance, douceur, responsabilité (Consagração, poder, ternura, responsabilidade)