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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

SACERDOTES E RELIGIOSOS MEMBROS DA MAÇONARIA, CRUCIFICAM A CRISTO JESUS (Carta-denúncia de São Pe Pio de Pietrelcina)


O Padre Pio fez denúncia sobre prelados e os religiosos que fazem parte da seita da “Maçonaria”, a carta que ele escreveu ao seu diretor espiritual dispensa maiores comentários:

Meu caríssimo Padre,

Na sexta-feira pela manhã, eu ainda estava na cama quando Jesus me apareceu. Estava todo maltratado e desfigurado. Ele me mostrou uma grande multidão de sacerdotes regulares e seculares, entre os quais vários dignitários eclesiásticos; destes, uns estavam celebrando, outros falando, e outros se despindo das vestes sagradas.

Como a visita de Jesus angustiado causava-me muita dor, eu quis Lhe perguntar por que Ele sofria tanto. Não obtive resposta. Contudo, seu olhar recaiu sobre aqueles sacerdotes; mas, pouco depois, quase como se estivesse horrorizado e cansado de ver, Ele retirou o olhar e, quando o pousou sobre mim, com grande horror observei duas lágrimas que Lhe sulcavam o rosto. Ele se afastou daquela multidão de sacerdotes com uma grande expressão de desgosto em seu rosto, gritando: "Açougueiros!".

E voltando-se para mim, disse: “Meu filho, não creia que minha agonia durou apenas três horas, não; Eu estarei, por causa das almas mais beneficiadas por Mim, em agonia até o fim do mundo. Durante o tempo de minha agonia, meu filho, não se deve dormir. Minha alma vai à procura de qualquer gota de piedade humana, mas ai daqueles que me deixam sozinho sob o peso da indiferença. A ingratidão e o sono dos meus ministros tornam mais aguda a minha agonia.

Ai daqueles que correspondem mal ao Meu amor! E o que mais Me aflige e custa, é que à indiferença eles somam o desprezo, a incredulidade. Quantas vezes estive para fulminá-los, se não fosse impedido pelos anjos e pelas almas que Me veneram. Escreva ao seu diretor espiritual e narra-lhes tudo o que viu e ouviu de Mim esta manhã. Diga a ele que mostre sua carta ao Padre provincial...”

Jesus ainda continuou, mas o que me disse jamais poderei revelar a nenhuma criatura deste mundo. Esta aparição causou-me tanta dor no corpo, e mais ainda na alma, que durante todo o dia fiquei prostrado e achei que ia morrer, se o dulcíssimo Jesus já não me tivesse revelado.

Jesus tem infelizmente razão de lamentar de nossa ingratidão! Quantos de nossos irmãos desgraçados não correspondem ao amor de Jesus lançando-se de braços abertos na infame seita da Maçonaria! Oremos para que o Senhor ilumine suas almas e toque seus corações.”

Fonte: Lettera di Padre Pio al Suo Padre spirituale P. Agostino, in "Padre Pio da Pietralcina-Epistolario I”, Lettera N°123, Pietrelcina 7 aprile 1913, pp.350-352, ed "Padre Pio da Pietrelcina", 2002. (http://www.gris-imola.it/esoterismo/PadrePiomassoneria.php)

Fonte: http://www.catolicostradicionais.com.br

A SEITA HERÉTICA COLIRIDIANA (sec. IV): Que os Protestantes se baseiam pra negar amor à S Virgem e Mãe de Deus


Pouco se sabe sobre a origem do coliridianismo, mas Santo Epifânio assegura que foi nas regiões da Trácia e da Cítia. Era um grupo pertencente a seita herética gnóstica, não cristão, formados por movimento de mulheres árabes-sauditas que se estabeleceram no oriente (em grande parte pagãs) e sincretizaram crenças indígena com a devoção à SS. Virgem Maria, realizavam culto pagão à SS. Virgem Mãe de Deus, como à uma deusa, onde ofereciam bolos e pastéis à uma imagem de Nossa Senhora, mesclando-a com a de deuses pagãos para confundir os verdadeiros cristãos.
Quando Santo Epifânio, bispo de Salamina, soube desta heresia, não tardou em denunciá-la e condená-la em nome de toda a Igreja Católica. Tal condenação pode ler-se, em sua célebre “Paranión”, em que também denuncia outras heresias da época. Também, Santo Epifânio esclareceu a diferença entre o verdadeiro culto a Deus e a verdadeira devoção à Virgem Maria: “Seja Maria honrada. Sejam Pai, Filho e Espírito Santo adorados, mas ninguém adore à Maria”.
Este mesmo ensinamento é o que atualmente vemos no Catecismo da Igreja Católica:
“Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc, 48): “A piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseco ao culto cristão” (MC 56) A Santíssima Virgem “é honrada com razão pela Igreja com um culto especial. E, em afeto, desde os tempos mais antigos, se venera a Virgem Maria com o título de Mãe de Deus”, sob cuja proteção, se achegam os fiéis suplicantes em todos os seus pedidos e necessidades… Este culto (…) também é todo singular, é essencialmente diferente do culto de adoração a Deus, ao Verbo Encarnado, ao Pai e ao Espírito santo, mas o favorece poderosamente”. (LG); encontra sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus (cf. SC 103) e na oração mariana, como o Santo Rosário, “síntese de todo evangelho” (Catecismo da Igreja Católica 971).
Coliridianismo era um movimento cristão obscuro, considerado herético pela Igreja Católica, seus adeptos aparentemente adoraram a virgem Maria, mãe de Jesus, como uma deusa. A principal fonte de informações sobre esta seita vem de Epifânio de Salamina, que escreveu sobre eles em seu trabalho intitulado Panarion, cerca de 375 AD. De acordo com Epifânio,[1] algumas mulheres sauditas (em grande parte pagãs) sincretizaram crenças indígenas com o culto de Maria, oferecendo a ela bolos e pães. Pouco se sabe sobre a origem do coliridianismo, mas Epifânio assegura que foi em Trácia e Cítia.

Em seu livro The Virgin, no entanto, Geoffrey Ashe coloca a hipótese de que o coliridianismo foi uma religião paralela ao cristianismo, fundada pela primeira geração de seguidores da Virgem Maria, cujas doutrinas foram mais tarde incluídas pela Igreja Católica no Concílio de Éfeso em 432. Averil Cameron foi mais cético sobre, dizendo que o culto nem sequer existia, se baseando no fato de que Epifânio é a única fonte e os autores posteriores simplesmente remetem o seu texto

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO FAZ PESSOALMENTE a CERIMÔNIA de DEDICAÇÃO da ABADIA de EINSIEDELN em EBERHAAD (Sec X, Ano 958 - ALEMANHÃ)

 
Em setembro de 948, o abade de Einsiedeln, Eberhaad, pediu a São Conrado, Bispo de Constância, que se dignasse fazer a consagração da igreja de sua Abadia. O Prelado atendendo a solicitação, dirigiu-se ao Convento, acompanhado do Santo Bispo de Augsbourg, Ulric, e de uma comissão de cavalheiros da sociedade. No dia fixado para a cerimônia, São Conrado e alguns religiosos se dirigiram a igreja, alta noite, e se puseram em oração. De repente, viram que a igreja se iluminara de uma luz celeste e que o próprio Jesus Cristo, acolitado pelos quatro evangelistas, celebrava no altar o oficio da Dedicação. Anjos espargiam perfumes à direita e à esquerda do Divino Pontífice; o apóstolo São Pedro e o Papa São Gregório seguravam as insígnias do pontificado; e diante do altar se achava a Santa Mãe de Deus, circundada de uma auréola de glória. Um coro de anjos, regido por São Miguel, fazia vibrar as abóbadas do templo com seus cantos celestiais. Santo Estêvão e São Lourenço, os mais ilustres mártires diáconos, desempenharam as suas funções. São Conrado refere em uma de suas obras as diversas exclamações dos anjos no canto do Sanctus, do Agnus Dei e do Dominus vobiscum final.

Ao Sanctus, entre outras, diziam eles: “Tende piedade de nós, ó Deus, cuja santidade refulge no santuário da Virgem gloriosa. Bendito seja o Filho de Maria, que vem a esse lugar para reinar eternamente!”

São Conrado, bispo de Constanza, tinha clara noção da imensa gravidade e seriedade de cada Missa. Maravilhado com semelhante aparição, o Bispo continuou a rezar até onze horas do dia. E o povo esperava com ansiedade o início da cerimônia, sem que, no entanto, alguém ousasse indagar a causa dessa demora. Afinal, alguns religiosos se acercam do Prelado e lhe pedem que comece a solenidade. Mas São Conrado, sem deixar o lugar onde rezava, conta com simplicidade tudo o que presenciara e ouvira. Sua narração fez supor que ele estivesse sob a ilusão de um sonho. Finalmente, o santo Bispo, cedendo às instâncias de todos, dispôs-se a proceder a consagração da igreja.

Foi então que aos ouvidos dos fiéis escutaram estas palavras, pronunciadas por uma voz angélica, que repercutiu em toda a assembleia, dizendo mais de uma vez, na linguagem da Igreja: “Cessa, cessa, frater! Capella divinitas consecrata est: detende-vos, detende-vos, meu irmão, a capela já foi divinamente consagrada.”

Pela Missa bem rezada, São Conrado liberou inúmeras almas do Purgatório. Dezessete anos mais tarde, São Conrado, Santo Ulrico e outras testemunhas oculares do acontecimento, encontrando-se reunidos em Roma, prestaram acerca dele um solene testemunho. E depois de todas as necessárias informações jurídicas, Leão VIII deu publicidade ao fato por meio de uma bula especial, que foi confirmada pelos papas Inocêncio IV, Martinho V, Nicolau IV, Eugênio VI, Nicolau V, Pio II, Júlio II, Leão X, Pio IV, Gregório XIII, Clemente VII e Urbano VIII. E, a 15 de maio de 1793, Pio VI ratificou os atos de seus predecessores, a despeito dos céticos, sempre prontos a duvidar do que lhes não convém, e cheios de credulidade absurda para com o que os lisonjeia.                                                                                                                                                                                                                                                     -x-x-x-x-x-x-x-x-                                                                                                                                                                                                          O territorial Einsiedeln Abbey (em alemão , Kloster Einsiedeln, em Latina , Abbatia territorialis Sanctissima Maria Virgine Einsiedlensis) é um mosteiro beneditino medieval de Suíça erguido na cidade de Einsiedeln no cantão de Schwyz . A abadia é dedicado a Nossa Senhora dos Eremitas , título deriva das circunstâncias de sua fundação, como o primeiro habitante da região era de St. Meinrad (c. 797-861), um eremita (a palavra alemã Einsiedler significa "ermida '). É uma abadia territorial e, portanto, não faz parte de qualquer diocese - Diocese imediatamente sujeitos à Santa Sé - nem é isso sujeita a um bispo, com o estatuto de dioecesis nullius e faz parte da Congregação Beneditina da Suíça .

O mosteiro é uma etapa importante da peregrinação a Santiago de Compostela e destino de muitos peregrinos. A " Madona Negra " de Einsiedeln no Gnadenkapelle é um ponto de atração para cerca de um milhão de peregrinos e turistas todos os anos. O mosteiro é de 1130 uma abadia dupla , ou seja, que se reúne sob a autoridade do mesmo abade duas comunidades que vivem em dois locais distintos: os homens em Einsiedeln e mulheres em Fahr Atualmente Einsiedeln tem 60 monges e Fahr com 25 freiras.

O complexo do mosteiro, a biblioteca da coleção abadia, arquivos e música listada no inventário suíça de propriedade cultural de importância nacional e regional como Classe A, objetos de importância nacional.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O FELIZ TRÂNSITO AOS CÉUS PELA SS. VIRGEM MARIA, MÃE DE DEUS, NOSSA SENHORA (segundo o Livro - A Cidade Mística de Deus)


MARIA DESPEDE-SE DOS APÓSTOLOS E DISCÍPULOS

737. Mestra de humildade e de obediência até a morte, respondeu que obedeceria, pedindo a todos a bênção, e que não lhe recusassem este consolo.
Consentindo-o São Pedro, saiu da tarima e pondo-se de joelhos ante o mesmo apóstolo, disse-lhe: A vós, Senhor, como pastor universal e cabeça da santa Igreja, suplico que em vosso nome, e no dela, me deis vossa santa bênção e perdoeis a esta vossa serva o pouco que vos servi nesta vida, para dela partir à eterna. Se for de vossa vontade, dai licença a João para dispor de minhas vestes, duas túnicas, dando-as a umas donzelas pobres a cuja caridade devo obrigação.
Prostrou-se e beijou os pés de São Pedro, com abundantes lágrimas e não menor admiração e pranto do mesmo apóstolo e de todos os circunstantes. De São Pedro passou a São João e ajoelhada também a seus pés, disse: Perdoai, meu filho e senhor, de nào haver cumprido convosco o ofício de Mae, como ordenou o Senhor quando, na cruz, vos designou por meu filho, e a Mim por Mãe vossa (Jo 19, 27). Dou-vos humildes e reconhecidas graças pela piedade filial com que me assististes. Dai-me vossa bênção para subir à eterna companhia e visão daquele que me criou.

ÚLTIMAS RECOMENDAÇÕES DE MARIA SANTÍSSIMA

738. A amorosa Mãe continuou esta despedida, falando a cada um dos apóstolos, com alguns discípulos e depois a todos os circunstantes reunidos, que eram muitos. Terminado, levantou-se e disse a todos os presentes: Meus caríssimos filhos e senhores, sempre vos tive em minha alma e gravados em meu coração, amando-vos ternamente com a caridade e amor que meu Filho santíssimo me comunicou, e a quem sempre vi em vós, como seus escolhidos e amigos.
Por sua vontade santa e eterna, vou para a morada celestial, de onde vos prometo, como Mãe, vos ter presente na claríssima luz da Divindade, cuja visão minha alma deseja e, com certeza, espera receber. Encomendo-vos a Igreja, minha mãe, com a exaltação do santo nome do Altíssimo, a propagação de sua lei evangélica, a estima e apreço das palavras de meu Filho santíssimo, a memória de sua vida e morte, a prática de toda sua doutrina.
Amai, filhos meus, a santa igreja, e uns aos outros de todo coração, com aquele vínculo de caridade e paz que vosso Mestre sempre vos ensinou (Jo 13, 34). E a vós, Pedro, santo pontífice, encomendo João, meu filho, e a todos os mais.

CRISTO OFERECE À SUA MÃE ISENTÁ-LA DA MORTE

739. Maria santíssima terminou. Suas palavras, quais flechas de fogo divino, penetraram e derreteram o coração dos ouvintes que desataram a chorar, prostrados em terra e enternecendo-a com suas lágrimas e gemidos. A tema Mãe também chorou, não querendo resistir a tão amargo e justo pranto de seus filhos. Depois de algum tempo, Ela pediu que, com Ela e por Ela, todos rezassem em silêncio. Nesta serena quietude, desceu do céu o Verbo humanado em trono de inefável glória, acompanhado por todos os santos da natureza humana e de inumeráveis coros de anjos, enchendo a casa do Cenáculo de glória.
Maria santíssima adorou o Senhor, beijou-lhe os pés, e prostrada ante eles fez o último e profundíssimo ato de reconhecimento e humildade na vida mortal. Mais do que todos os homens que, depois de suas culpas se humilharam ou se humilharão, esta puríssima criatura e Rainha das alturas, aniquilou-se e se apegou ao pó.
Seu Filho santíssimo deu lhe bênção, e na presença da comitiva celeste disse-lhe estas palavras: Minha Mãe caríssima, a quem escolhi para minha habitação chegou a hora em que passareis da vida mortal, e do mundo, à glória de meu Pai e minha, onde vos está preparado à minha direita o lugar que gozareis por toda a eternidade.
Como vos fiz entrar no mundo, livre e isenta da culpa, também ao sair dele, a morte não tem licença nem direito de vos atingir. Se não quiserdes passar por ela, vinde comigo, e recebereis a glória que tendes merecido.

MARIA DESEJOU PASSAR PELA MORTE

740. Prostrou-se a prudentíssima Mãe ante seu Filho, e com alegre semblante respondeu: Meu Filho e Senhor, suplico-vos que vossa Mãe e serva entre na vida pela porta comum da morte natural como os demais filhos de Adão. Vós, meu verdadeiro Deus, a padecestes sem obrigação de morrer; justo é que, tendo procurado vos seguir no viver, eu vos acompanhe também no morrer.
Aprovou Cristo, nosso Salvador o sacrifício e vontade de sua Mãe santíssima, e disse que se cumprisse o que Ela desejava. Os anjos começaram a cantar, com celestial harmonia, alguns versos dos cânticos de Salomão e outros novos.
Da presença de Cristo, nosso Salvador, só alguns apóstolos como São João tiveram especial ilustração. Os demais sentiram em seu íntimo divinos efeitos. A música dos anjos, porém, foi sensivelmente ouvida, tanto pelos apóstolos e discípulos, como por outros muitos fiéis que ali se encontravam. Desprendeu-se também uma fragrância divina que, com a música, era percebida até na rua. A casa do Cenáculo encheu-se de admirável resplendor visto por todos, dispondo o Senhor que, para testemunhas desta nova maravilha, concorresse muita gente que andava pelas ruas de Jerusalém.

TRÂNSITO DA MÃE DE DEUS

741. Quando os anjos principiaram a música, Maria santíssima reclinou-se no leito, a túnica ficou-lhe como que unida ao corpo, as mãos juntas, o olhar fixo em seu Filho santíssimo e toda abrasada na chama de seu divino amor.
Quando os anjos chegaram àqueles versos do capítulo II dos Cânticos (v. 10): Levanta-te, apressa-te, minha amiga, pomba minha, formosa minha e vem, que o inverno já passou, etc. A estas palavras, Ela pronunciou aquelas de seu Filho na cruz: Em tuas mãos, Senhor, encomendo meu espírito (Lc 23, 46). Cerrou os virginais olhos e expirou.
A enfermidade que lhe tirou a vida foi o amor, sem qualquer outro ataque ou acidente. O poder divino suspendeu a ação miraculosa com que lhe conservava as forças naturais, para não se consumirem no ardor sensível que lhe causava o fogo do amor divino. Cessando este milagre, o amor produziu seu efeito, consumiu a umidade radical do coração e assim lhe faltou a vida.

IDADE DA MÃE DE DEUS

742. Aquela alma puríssima passou de seu virginal corpo à destra e trono de seu Filho santíssimo onde, num instante, foi colocada com imensa glória. Começou-se a ouvir que a música dos anjos ia se afastando na região do ar, porque a procissão dos anjos e santos, acompanhando seu Rei e Rainha, encaminhou-se para o céu empíreo.
O sagrado corpo de Maria santíssima que fora templo e sacrário de Deus vivo, ficou cheio de luz e resplendor, desprendendo tão admirável fragrância, que encheu a todos os circunstantes de suavidade interior e exterior. Os mil anjos custódios de Maria santíssima ficaram guardando o precioso tesouro de seu virginal corpo. Os apóstolos e discípulos, entre lágrimas de dor e alegria, pelas maravilhas que presenciaram, permaneceram absortos por algum tempo e, em seguida, cantaram muitos hinos e salmos em honra da falecida Senhora.
O glorioso trânsito da grande Rainha do mundo verificou-se a treze de agosto, sexta-feira as três horas da tarde, como o de seu Filho santíssimo. Contava setenta anos de idade, menos os vinte e seis dias que vão de treze de agosto em que morreu, até oito de Setembro em que nasceu, e no qual completaria os setenta anos.
Depois da morte de Cristo nosso Salvador, a divina Mãe viveu no mundo vinte e um anos, quatro meses e dezenove dias, sendo o ano cinqüenta e cinco de seu virginal parto.
É fácil fazer o calculo: Quando Cristo nosso Salvador nasceu, a Virgem Mãe tinha quinze anos, três meses e dezessete dias. O Senhor viveu trinta e três anos e três meses. Ao tempo de sua sagrada Paixão estava Maria santíssima com quarenta e oito anos, seis meses e dezessete dias. Acrescentando a estes os outros vinte e um anos, quatro meses e dezenove dias, fazem os setenta anos menos vinte e cinco ou seis dias.

PRODÍGIOS SUCEDIDOS NA MORTE DA VIRGEM

743. Grandes maravilhas e prodígios sucederam na preciosa morte da Rainha. O sol eclipsou-se, como disse acima, e em sinal de luto escondeu sua luz por algumas horas. À casa do Cenáculo acorreram muitas aves de diversa espécies e, com tristes gorjeios, estiveram algum tempo se lamentando e provocando o pranto de quem as ouvia.
Toda Jerusalém se comoveu e, admirados, vinham muitos confessando em alta voz o poder de Deus e a grandeza de suas obras. Outros ficavam atônitos e fora de si. Os apóstolos e discípulos, com outros fiéis, se desfaziam em lágrimas. Acorreram muitos enfermos e todos foram curados. Saíram do purgatório as almas que lá estavam.
O maior prodígio foi o seguinte: na mesma hora de Maria santíssima, expiraram três pessoas; um homem em Jerusalém e duas mulheres vizinhas do Cenáculo. Morreram em pecado, sem penitência e iam ser condenadas. A dulcíssima Mãe, porém, pediu misericórdia para eles no tribunal de Cristo. Alcançou que fossem restituídos à vida que então modificaram, de modo a viver na graça e se salvar. Este privilégio não se estendeu a outros que naquele dia morreram no mundo, mas só àqueles três que se verificaram à mesma hora em Jerusalém.
O que sucedeu no céu e quão festivo foi este dia na Jerusalém triunfante descreverei noutro capítulo, para não o mesclar com o luto dos mortais.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

21 DE NOV. DIA DA APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA NO TEMPLO



No Antigo testamento: O Antigo Testamento menciona o serviço de mulheres na entrada da tenda da reunião: “Ele fez a bacia de bronze com a sua base de bronze dos espelhos são as mulheres que serviam à entrada da Tenda do Encontro”. (Êxodo 38,8). .

No Novo Testamento: No Novo Testamento, a descrição de Ana, a profetiza que “não se afastava do templo, servindo [Deus] dia e noite com jejuns e orações” (Lucas 2,37).
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São Joaquim e Santa Ana ofereceram a Deus a filhinha no templo, quando esta tinha três anos. Para estes santos um sacrifício muito grande separar-se de sua única filhinha. Três anos é a idade em que a criança já recompensa de algum modo os trabalhos e sacrifícios dos pais, formulando palavras e fazendo já exercícios mentais que encantam e divertem, dando ao mesmo tempo provas de gratidão e amor filiais. Os levou a fazer tal sacrifício? Um voto que tinham feito. Votos desta natureza não eram raros no Antigo testamento. As crianças eram educadas em colégio anexos ao templo, e ajudavam nos múltiplos serviços e funções da casa de Deus. Joaquim e Ana, quando levaram a filhinha ao templo, fizeram-no por inspiração sobrenatural, querendo Deus que sua futura esposa e mãe recebesse uma educação e instrução esmeradíssima. Grande era o sacrifício de Maria, a criança entre todas a mais privilegiada, a cerimônia da apresentação significava mais que a entrada no colégio do templo. Maria reconhecia em tudo uma solene consagração da vida a Deus, a oferta de si mesma ao Supremo Senhor. O sacrifício que oferecia, era a oferta das primícias, e as primícias, por mais insignificantes que sejam, são preciosas por serem uma demonstração da generosidade do ofertante, e uma homenagem a quem as recebe.
Maria ofereceu-se sem reserva, para sempre, com contentamento e júbilo. O que o salmista cantou, cheio de entusiasmo, traduziu-se na alma da bem-aventurada menina: “Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor”. E entrarei junto ao altar de Deus; do Deus que alegra a minha mocidade (Introito da Missa Tridentina). Maria, assim amparada pelos cuidados humanos e divinos, progredisse de virtude em virtude. De Nosso Senhor o Evangelho constata diversas vezes esta circunstância. Como Jesus, também Maria cresceu em graça e sabedoria diante de Deus e dos homens. Este crescimento a Igreja contempla-o em imagens grandiosas traçadas no Livro do Eclesiástico: “Sou exaltada qual cedro no Líbano, e qual cipreste no monte Sião. Sou exaltada qual palma em Cedes e como rosais em Jericó. Qual oliveira especiosa nos campos e qual plátano, sou exaltada junto da água nas praças. Assim como o cinamomo e o bálsamo que difundem cheiro, exalei fragrância; como a mirra escolhida derramei odor de suavidade na minha habitação; como uma vide, lancei flores| de um agradável perfume e as minhas flores são frutos de honra e de honestidade”. Nunca houve mocidade tão santa e esplendorosa como a de Maria Santíssima. Outra não poderia ser, devendo Maria preparar-se para a realização do mistério dos mistérios; da Encarnação do Verbo Eterno.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O CRUEL MARTÍRIO do BEM-AVENTURADO JUÁN DUARTE MARTÍN



Nascido em 1912, nosso venerável mártir era filho de lavradores profundamente religiosos e desde cedo nutriu o desejo de um dia tornar-se sacerdote.
No ano de 1924 entrou no Seminário de Málaga, com 12 anos de idade, dando bons exemplo de conduta e inteligência.
Seu sonho começou a parecer um horizonte embaçado quando, em 1931, os incêndios de igrejas também em Málaga obrigaram-no a fugir para seu povoado natal. Retorna posteriormente para ajudar na reconstrução do seminário e uma aparente paz sobrevém por algum tempo.
Em 1936, é ordenado diácono no dia 06 de março, na Catedral. Era este o último passo antes de ser ungido e consagrado para, enfim, consagrar as espécies eucarísticas, oferecer o Santo Sacrifício e administrar os demais sacramentos para a santificação das ovelhas de Cristo.
Eclodiu a guerra e os seminaristas foram enviados novamente para seus povoados de origem. O diácono Juán volta para Yunquera.
Mesmo no clima perigoso da época, não quis ocultar quem era e até nas ruas andava de batina. Isto lhe valeu que no dia 7 de novembro uma vizinha o "denunciasse" aos milicianos. Estes vieram e o levaram para o calabouço municipal de Álora.
No dia 7 - hoje completando 80 anos - foi preso por ser católico o jovem diácono de 24 anos. Passou oito dias sob intensas humilhações, torturas e exposições a situações vexatórias e pecaminosas. Metiam-lhe farpas por baixo das unhas, davam descargas elétricas em seus órgãos genitais e faziam passeios zombeteiros pelas ruas, levando-o.
Estando ele no cárcere, punham junto dele mulheres na intenção de fazê-lo fornicar, pecar contra a castidade. Nenhuma conseguiu aproximar-se dele. No último dia de cárcere (o dia 15 de novembro) levaram até ele uma bela jovem de 16 anos que, igualmente rechaçada, não foi capaz de convencê-lo a pecar. Um miliciano entrou em sua cela e, a sangue frio, ensandecido por vigorosas provas de pureza, castrou-o com uma navalha de barbear, entregando seus testículos à jovem e ordenando-a que passeasse com eles entre o povo.
A insanidade e crueldade deste escárnio causou repugnância mesmo nos indiferentes e alguns vizinhos tentavam chegar ao valoroso diácono para forçá-lo a renegar a fé para que não fosse morto. Ele apenas dizia que não renegaria o tesouro de sua fé nem mesmo para salvar a sua vida.
Os sádicos milicianos, em sua fúria claramente diabólica, tomaram o santo diácono já ferido, abriram-no de baixo até em cima com golpes de machado ou facão, esmagaram suas víceras, encheram seu ventre de gasolina e atearam fogo naquele corpo virginal. Do meio deste inferno de dores, engolido pelas chamas, ainda conseguiu dizer: "Eu vos perdôo e peço a Deus que vos perdoe"! E mais: "Já o estou vendo! Já o estou vendo!", ao que um de seus verdugos retrucou: "Quem estás vendo tu, ó desgraçado?", descarregando sua pistola na cabeça do jovem clérigo.
Ainda vários dias depois de sua morte, antes que conseguissem enterrar seus restos, os malditos assassinos ainda desferiam tiros em seu corpo, como que revoltados contra o eco daquelas últimas palavras, palavras de quem perdoava e de quem já entrava na glória do Céu, na visão do Santíssimo Redentor! Eis aí um novo Santo Estêvão!
O diácono Juán Duarte Martín foi beatificado no dia 28 de outubro de 2007, no pontificado do Papa Bento XVI, com outros 497 mártires da Guerra Civil.
Completar-se-á 80 anos deste martírio, deste testemunho. Os socialistas e anarquistas fizeram, como já dito, milhares de outras vítimas, que foram assassinadas de diversos modos, muitas delas bradando "Viva Cristo Rei"!
O cristianismo segue sendo perseguido ao redor do mundo. Há inimigos antigos e novos.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!
Bendita seja a grande Mãe de Deus, Maria Santíssima!


Bem-aventurado Juán Duarte Martín, rogai por nós!

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

terça-feira, 6 de setembro de 2016

“OS ESTANDARTES DO REI AVANÇAM” (VEXILLA REGIS PRODEUNT) HINO DO SÉCULO VI”



Em 19 de novembro do ano do senhor de 569 ‒ há mais de 1.400 anos! – numa procissão no mosteiro da Santa Cruz, em Poitiers, França, ressoou um hino que durante os quinze séculos seguintes haveria de ser entoado nas igrejas e mosteiros do mundo todo nos ofícios da Semana Santa.

O hino é o “Vexilla regis prodeunt” (“Os estandartes do rei avançam”) e fora composto por São Venancio Fortunato (530-609), bispo de Poitiers, a pedido da rainha-mãe Santa Radegunda.

Santa Radegunda após a morte do rei Clotário I seu marido, fundou o mosteiro da Santa Cruz. Ela recebeu de presente um fragmento do Santo Lenho doado pelo imperador de Bizâncio Justino II e sua esposa a imperatriz Sofia.

Felizes tempos em que os governantes dos Estados privilegiavam a fé e a ortodoxia religiosa e moral!

A Santa encomendou então ao santo religioso, famoso pelas suas qualidades poéticas postas a serviço de Nosso Redentor, um hino que seria cantado durante a translação da relíquia da Verdadeira Cruz até o altar-mor.

Procissão em Roma

Naquele dia quem diria que se cantava por vez primeira um hino que se transformou num dos maiores tesouros da Igreja! (cfr. Enciclopedia Catolica)

O hino comemora o Rei Jesus Cristo que avança rumo a Jerusalém para vencer o pecado e nos remir.

Ele vai precedido de seus anjos numa marcha triunfal que culminará no alto do Calvário, morrendo na Cruz, o estandarte de todos os verdadeiros cristãos.

A letra diz:

Avançam os estandartes do Rei:
O mistério da Cruz ilumina o mundo.
Na cruz, a Vida sustou a morte,
E na Cruz a morte fez surgir a vida.


Do lado ferido
pelo cruel ferro da lança,
para lavar nossas máculas,
jorrou água e sangue.

Cumpriram-se então
Os fiéis oráculos de David,
quando disse às nações:
“Deus reinará desde o madeiro”.

Ó Árvore formosa e refulgente,
Ornada com a púrpura do Rei!
Tu foste digna de tocar
Tão nobres membros.

Ó Cruz feliz, porque de teus braços
Pendeu o preço que resgatou o mundo.
Tu és a balança onde foi pesado
o corpo que arrebatou as vítimas do inferno.

Salve ó Cruz, única esperança nossa,
Neste tempo de Paixão
aumenta nos justos a graça
e dos crimes dos réus obtende a remissão.

Ó Trindade, fonte de toda salvação!
Ó Jesus, que nos dás a vitória pela Cruz,
Acrescentai para nós
O prêmio de vossa celeste mansão. Amém.

Em latim, língua tradicional da liturgia católica:

Vexilla Regis prodeunt: Fulget Crucis mysterium,
Quae vita mortem pertulit, Et morte vitam protulit.

Quae vulnerata lanceae Mucrone diro, criminum
Ut nos lavaret sordibus, Manavit unda et sanguine.

Impleta sunt quae concinit David fideli carmine,
Dicendo nationibus: Regnavit a ligno Deus.

Arbor decora et fulgida, ornata Regis purpura,
Electa digno stipite tam sancta membra tangere.

Beata, cuius brachiis Pretium pependit saeculi:
Statera facta corporis, tulitque praedam tartari.

O Crux ave, spes unica, hoc Passionis tempore!
Piis adauge gratiam, reisque dele crimina.

Te, fons salutis Trinitas, collaudet omnis spiritus:
Quibus Crucis victoriam largiris, adde praemium. Amen.

O Papa Urbano VIII o introduziu no culto da Igreja Católica, e o hino ingressou no Gradual do Vaticano que recolhe os cânticos gregorianos em sua forma original.


terça-feira, 30 de agosto de 2016

A CABEÇA (RELÍQUIA) DE SÃO JOÃO BATISTA SE ENCONTRA ABRIGADA NA CATEDRAL DE NOTRE-DAME DE AMIENS, FRANÇA.


Ainda hoje, a Catedral de Notre-Dame de Amiens, França, abriga a cabeça de São João Batista, relíquia adquirida em decorrência da Quarta Cruzada.

São João Batista, pregador da penitência, Rogai por nós!
São João Batista, precursor do Messias, Rogai por nós!

--------------------------


A Catedral de Notre Dame de Amiens - FR
Rue representa o apogeu do chamado “Gótico Clássico”, iniciado na Notre Dame de Paris, é considerada a mais perfeita catedral francesa. Esta catedral localiza-se em Amiens, a maior cidade da Picardia, no vale do Rio Somme, 100 km a norte de Paris.

A sua construção iniciou em 1220 e terminou em 1280, durante este período teve três arquitetos principais: Robert de Luzarches, Thomas de Cormont e Renaud de Cormont.

A construção da catedral neste período pode ser vista como resultado de uma necessidade e de oportunidade. A destruição dos antigos edifícios da cidade praticamente obrigou os moradores locais a erguer imediatamente uma nova catedral, aproveitando para fazê-la monumental.

Desde a sua construção até hoje, a catedral abriga a cabeça de São João Batista, relíquia adquirida em decorrência da Quarta Cruzada.

O seu impacto na cidade impulsionou a vida urbana e motivou o aparecimento de oficinas de artesãos e lojas de comerciantes, concentrando à sua volta toda a economia da cidade.

A catedral foi listada como Património Mundial da Unesco em 1981.

Nesta catedral, a noção de verticalidade que caracteriza os edifícios góticas é levada ao extremo pois este edifício é três vezes mais alto do que largo. O seu grande volume interior é de aproximadamente 200,000 m³ e as abóbadas de aresta da nave central medem 42,30 metros de altura, são as maiores abóbadas de uma nave de todas as catedrais francesas.

Aspirando a uma altura vertiginosa e a uma verticalidade extrema, o sistema de construção esquelética (arcos ogivais, abóbadas de cruzaria de ogivais, arcobotantes, estribo, pináculos, pilares, torres e vitrais) afirma-se em todo o seu esplendor técnico e estético:

A fachada de Amiens divide-se em cinco partes:

• No primeiro nível, três portais extremamente profundos dedicados ao Juízo Final, a S. Firmino e à Virgem Maria;
• A primeira galeria destaca-se pelas figuras dos 22 reis com 4,50m de altura;
• A galeria aberta, dita a gallerie des sonneurs;
• A rosácea domina a fachada com os seus vitrais;
• As duas torres enquadrando todo o conjunto.

O seu espaço interior é harmonioso, não há uma fragmentação dos elementos construtivos como no românico. A nave e a cabeceira estão separadas por um transepto, que, como em Notre-Dame e em Chartres, faz uma suave transição entre estes dois níveis do templo.

A cabeceira tornou-se mais complexa, ocupando cerca de um terço da área total da igreja e apresenta sete absidíolos.

O portal da catedral é o expoente da escultura gótica sendo todo ele decorado com estátuas-colunas e relevos esculpidos.
Neste trabalho foi-me proposto trabalhar sobre a catedral de Notre-Dame de Amiens.
Irei aprofundar como foi a sua construção, quais os seus aspetos técnicos, formais e estéticos e a sua arte a nivel da escultura.


A CABEÇA (RELÍQUIA) DE SÃO JOÃO BATISTA SE ENCONTRA ABRIGADA CANA CATEDRAL DE NOTRE-DAME DE AMIENS, FRANÇA.


Ainda hoje, a Catedral de Notre-Dame de Amiens, França, abriga a cabeça de São João Batista, relíquia adquirida em decorrência da Quarta Cruzada.

São João Batista, pregador da penitência, Rogai por nós!
São João Batista, precursor do Messias, Rogai por nós!

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A Catedral de Notre Dame de Amiens - FR
Rue representa o apogeu do chamado “Gótico Clássico”, iniciado na Notre Dame de Paris, é considerada a mais perfeita catedral francesa. Esta catedral localiza-se em Amiens, a maior cidade da Picardia, no vale do Rio Somme, 100 km a norte de Paris.

A sua construção iniciou em 1220 e terminou em 1280, durante este período teve três arquitetos principais: Robert de Luzarches, Thomas de Cormont e Renaud de Cormont.

A construção da catedral neste período pode ser vista como resultado de uma necessidade e de oportunidade. A destruição dos antigos edifícios da cidade praticamente obrigou os moradores locais a erguer imediatamente uma nova catedral, aproveitando para fazê-la monumental.

Desde a sua construção até hoje, a catedral abriga a cabeça de São João Batista, relíquia adquirida em decorrência da Quarta Cruzada.

O seu impacto na cidade impulsionou a vida urbana e motivou o aparecimento de oficinas de artesãos e lojas de comerciantes, concentrando à sua volta toda a economia da cidade.

A catedral foi listada como Património Mundial da Unesco em 1981.

Nesta catedral, a noção de verticalidade que caracteriza os edifícios góticas é levada ao extremo pois este edifício é três vezes mais alto do que largo. O seu grande volume interior é de aproximadamente 200,000 m³ e as abóbadas de aresta da nave central medem 42,30 metros de altura, são as maiores abóbadas de uma nave de todas as catedrais francesas.

Aspirando a uma altura vertiginosa e a uma verticalidade extrema, o sistema de construção esquelética (arcos ogivais, abóbadas de cruzaria de ogivais, arcobotantes, estribo, pináculos, pilares, torres e vitrais) afirma-se em todo o seu esplendor técnico e estético:

A fachada de Amiens divide-se em cinco partes:

• No primeiro nível, três portais extremamente profundos dedicados ao Juízo Final, a S. Firmino e à Virgem Maria;
• A primeira galeria destaca-se pelas figuras dos 22 reis com 4,50m de altura;
• A galeria aberta, dita a gallerie des sonneurs;
• A rosácea domina a fachada com os seus vitrais;
• As duas torres enquadrando todo o conjunto.

O seu espaço interior é harmonioso, não há uma fragmentação dos elementos construtivos como no românico. A nave e a cabeceira estão separadas por um transepto, que, como em Notre-Dame e em Chartres, faz uma suave transição entre estes dois níveis do templo.

A cabeceira tornou-se mais complexa, ocupando cerca de um terço da área total da igreja e apresenta sete absidíolos.

O portal da catedral é o expoente da escultura gótica sendo todo ele decorado com estátuas-colunas e relevos esculpidos.
Neste trabalho foi-me proposto trabalhar sobre a catedral de Notre-Dame de Amiens.
Irei aprofundar como foi a sua construção, quais os seus aspetos técnicos, formais e estéticos e a sua arte a nivel da escultura.


segunda-feira, 29 de agosto de 2016

“DEUS VAI CASTIGAR O MUNDO, E VAI CASTIGÁ-LO DE UMA MANEIRA TREMENDA”… . Palavras da vidente de Nossa Senhora em Fátima - Irmâ LÚCIA ao Padre Augustín Fuentes, em 26 de Dezembro de 1957:



Em 26 de Dezembro de 1957 o Padre Augustín Fuentes, que estava a preparar-se para ser postulador das causas da beatificação de Francisco e Jacinta Marto,
Avistou-se com a Irmã Lúcia no seu convento em Coimbra, Portugal; e ali pôde conversar amplamente com a vidente de Fátima. Ao voltar ao México, o seu país natal, fez uma conferência sobre esse encontro, em que se referiu às palavras da Irmã Lúcia.
O Padre Alonso, que seria mais tarde arquivista oficial de Fátima durante 16 anos, sublinhou que o relato da conferência foi publicado “com todas as garantias de autenticidade e com a devida aprovação episcopal, incluindo a do Bispo de Fátima.”
O Padre Fuentes afirmou que a mensagem vinha “da própria boca da principal vidente.”
O relatório do Padre Fuentes
“Quero falar-lhes da última conversa que tive com a Irmã Lúcia em 26 de Dezembro (do ano passado). Encontrei-a no seu convento. Estava muito triste, muito pálida e abatida. Ela disse-me”:
“Ninguém fez caso”
“Senhor Padre, a Santíssima Virgem está muito triste, por ninguém fazer caso da Sua Mensagem, nem os bons nem os maus: os bons, porque continuam no seu caminho de bondade, mas sem fazer caso desta Mensagem;
Os maus, porque, não vendo que o castigo de Deus já paira sobre eles por causa dos seus pecados, continuam também no seu caminho de maldade, sem fazer caso desta Mensagem.
Mas creia-me, Senhor Padre, Deus vai castigar o mundo, e vai castigá-lo de uma maneira tremenda. O castigo do Céu está iminente.”
O Segredo por revelar
“Senhor Padre, o que falta para 1960? E o que sucederá então? Será uma coisa muito triste para todos, e não uma coisa alegre, se, antes, o mundo não fizer oração e penitência.
Não posso detalhar mais, uma vez que é ainda um segredo.
Segundo a vontade da Santíssima Virgem, só o Santo Padre e o Bispo de Fátima têm permissão para conhecer o Segredo, mas resolveram não o conhecer para não serem influenciados.
Esta é a terceira parte da Mensagem de Nossa Senhora, que ficará em segredo até 1960.”
A Rússia, o flagelo de Deus
“Diga-lhes, Senhor Padre, que a Santíssima Virgem repetidas vezes nos disse, tanto aos meus primos Francisco e Jacinta como a mim, que várias nações desaparecerão da face da terra.
Disse que a Rússia seria o instrumento do castigo do Céu para todo o mundo, se antes não alcançássemos a conversão dessa pobre nação.”
“A batalha decisiva” entre Maria e Satanás: a queda das almas consagradas e dos sacerdotes
A Irmã Lúcia disse-me também:
“Senhor Padre, o demônio está travando uma batalha decisiva contra a Santíssima Virgem.
E como o demônio sabe o que é que mais ofende a Deus e o que, em menos tempo, lhe fará ganhar um maior número de almas, trata de ganhar para si as almas consagradas a Deus, pois que desta maneira o demônio deixa também as almas dos fiéis desamparadas pelos seus chefes, e mais facilmente se apodera delas.”
“O que aflige o Imaculado Coração de Maria e o Sagrado Coração de Jesus é a queda das almas dos Religiosos e dos Sacerdotes.
O demônio sabe que os Religiosos e os Sacerdotes que deixam a sua bela vocação arrastam numerosas almas para o inferno. […] O demônio quer tomar posse das almas consagradas.
Tenta corrompê-las para adormecer as almas dos leigos e levá-las deste modo à impenitência final. Emprega todos os truques, chegando até a sugerir que adiem a entrada na vida religiosa.
Disto resulta a esterilidade da vida interior, e entre os leigos uma frieza (falta de entusiasmo) quanto à renúncia aos prazeres e à sua dedicação total a Deus.”
O que santificou Jacinta e Francisco
“Diga-lhes também, Senhor Padre, que os meus primos Francisco e Jacinta se sacrificaram porque, em todas as aparições da Santíssima Virgem, sempre A viram muito triste.
Nunca nos sorriu. Esta tristeza, esta angústia que notamos n’Ela, penetrou nas nossas almas.
Esta tristeza é causada pelas ofensas contra Deus e pelos castigos que ameaçam os pecadores. E assim, nós, crianças, por não sabermos o que fazer, inventávamos várias maneiras de rezar e de fazer sacrifícios.”
Outra coisa que santificou estas crianças foi terem uma visão do inferno.
A missão da Irmã Lúcia
“Senhor Padre, eis porque a minha missão não é indicar ao mundo os castigos materiais que certamente virão se antes o mundo não rezar e se sacrificar.
Não! A minha missão é indicar a todos o perigo iminente em que estamos de perder as nossas almas para toda a eternidade, se nos obstinarmos no pecado.”
A urgência da conversão
A Irmã Lúcia também me disse:
“Senhor Padre, não devemos esperar que venha de Roma, da parte do Santo Padre, um apelo ao mundo para que faça penitência.
Nem devemos esperar que esse apelo à penitência venha dos nossos Bispos, nas nossas Dioceses, nem das congregações religiosas.
Não! Nosso Senhor já usou muitas vezes destes meios, e o mundo não prestou atenção. Eis porque, agora, é necessário que cada um de nós comece a reformar-se espiritualmente.
Cada pessoa deve não só salvar a sua alma como também ajudar a salvar todas as almas que Deus colocou no seu caminho.”
“O demônio faz tudo o que está em seu poder para nos distrair e nos retirar o amor à oração; seremos todos salvos ou seremos todos condenados.”
Os últimos tempos
“Senhor Padre, a Santíssima Virgem não me disse que estamos nos últimos tempos do mundo, mas fez-mo compreender por três razões.”
“A primeira razão é porque Ela disse-me que o demônio está travando uma batalha decisiva contra a Santíssima Virgem.
E uma batalha decisiva é a batalha final, em que um lado será vencedor e o outro lado sofrerá uma derrota. Assim, a partir de agora devemos escolher o nosso lado. Ou somos por Deus ou somos pelo demónio. Não há outra possibilidade.”
“A segunda razão é porque Ela disse aos meus primos, como também a mim, que Deus está a oferecer os dois últimos remédios ao mundo.
São eles o Rosário e a devoção ao Imaculado Coração de Maria. São os dois últimos remédios, o que significa que não haverá outros.”
“A terceira razão é porque, nos planos da Divina Providência, Deus esgota todos os outros remédios antes de castigar o mundo.
Mas quando Ele vê que o mundo não presta qualquer atenção, então – como dizemos na nossa maneira imperfeita de falar – oferece-nos com ‘temor certo’ o último meio de salvação, a Sua Santíssima Mãe.
E é com ‘temor certo’ porque, se desprezarmos e repelirmos este último meio, não teremos mais nenhum perdão do Céu, porque teremos cometido um pecado a que o Evangelho chama pecado contra o Espírito Santo.
Este pecado consiste em rejeitar abertamente, com pleno conhecimento e consentimento do ato, a salvação que Ele nos oferece.
Recordemos que Jesus Cristo é um Filho muito dedicado, e que não permite que ofendamos e desprezemos a Sua Santíssima Mãe.
Ao longo de muitos séculos da história da Igreja, recolhemos o testemunho certo que demonstra, através dos castigos terríveis que caíram sobre os que atacaram a honra da Sua Santíssima Mãe, como Nosso Senhor Jesus Cristo sempre defendeu a honra da Sua Mãe.”
Oração e sacrifício, e o Rosário
A Irmã Lúcia disse-me: “Os dois meios para a salvação do mundo são a oração e o sacrifício.”
A respeito do Rosário, a Irmã Lúcia disse: “Repare, Senhor Padre, que a Santíssima Virgem, nestes últimos tempos em que vivemos, deu uma nova eficácia à recitação do Rosário.
E deu-nos esta eficácia de tal maneira que não há problema temporal ou espiritual, por mais difícil que seja, na vida pessoal de cada um de nós, das nossas famílias, das famílias do mundo ou das comunidades religiosas, ou mesmo da vida dos povos e nações, que não possa ser resolvido
pelo Rosário.
Não há problema, afirmo-lhe, por mais difícil que seja, que não possamos resolver rezando o Rosário. Com o Rosário, salvar-nos-emos. Santificar-nos-emos. Consolaremos a Nosso Senhor e obteremos a salvação de muitas almas.”
Devoção ao Imaculado Coração de Maria
“Finalmente, a devoção ao Imaculado Coração de Maria, nossa Mãe Santíssima, consiste em considerá-La como fonte de misericórdia, de bondade e de perdão, e como a porta segura pela qual entraremos no Céu.”1
_____________________
Notas:
1. Frère Michel de la Sainte Trinité, The Whole Truth About Fatima, Volume III: The Third Secret, (Immaculate Heart Publications, Buffalo, New York, 1990), pp. 504-508.
2. O Padre Alonso começou por aceitar que o Padre Fuentes tivesse inventado a entrevista. Mas em 1975, depois de ter estudado os documentos de Fátima durante algum tempo, concluiu que o texto teria procedido da Irmã Lúcia. Para mais informações, cf. The Whole Truth About Fatima, Vol. III, pp. 552-554.