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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A LEGITIMIDADE BÍBLICA da SUCESSÃO PAPAL à CADEIRA de SÃO PEDRO



A PRIMEIRA SUCESSÃO APOSTÓLICA

A primeira sucessão apostólica que encontramos no Novo Testamento lemos no capítulo 1 dos Atos dos Apóstolos. São Pedro declara a vacância do posto (ministério) de Judas Iscariotes e aponta a necessidade de que alguém a ocupe: "Naqueles dias, Pedro se pôs de pé em meio aos irmãos - o número de pessoas reunidas era de cerca de cento e vinte - e lhes disse: 'Irmãos, era preciso que se cumprisse a Escritura em que o Espírito Santo, pela boca de Davi, havia falado acerca de Judas, que guiou aqueles que prenderam Jesus. Porque ele era um de nós e obteve um posto neste ministério, convém, pois, que dentre os homens que andaram conosco todo o tempo em que Jesus viveu entre nós, a partir do batismo de João até o dia em que nos foi levado, um deles seja constituído testemunha conosco de sua ressurreição. Apresentaram dois: José, chamado Barsabás, de sobrenome Justo, e Matias. Então oraram assim: 'Tu, Senhor, que conheces os corações de todos, mostra-nos qual destes dois elegeste para ocupar no ministério do apostolado o posto do qual Judas desertou para ir para onde lhe correspondia'. Lançaram sortes e a sorte caiu sobre Matias, que foi agregado ao número dos doze Apóstolos" (Atos 1,16-17.21-26).

EVIDÊNCIA BÍBLICA DA INSTITUIÇÃO DOS PRESBÍTEROS POR INTERMÉDIO DA AUTORIDADE DOS APÓSTOLOS OU PRESBÍTEROS PREVIAMENTE ORDENADOS

Como vimos, está claríssima a consciência que tinham os Apóstolos de que o ministério do apostolado não permanecia vacante (posteriormente este ministério será desempenhado pelos bispos). Os Apóstolos também estavam conscientes da obrigação que tinham de que seus sucessorem poderiam exercer seu ministério de forma plena, organizando igrejas e colocando à frente homens capazes. Assim vemos como o livro dos Atos dos Apóstolos nos narra que uma das principais atividades dos Apóstolos era fundar igrejas e designar presbíteros para elas: "Designavam presbíteros em cada igreja e após fazer oração e jejuns, os encomendavam ao Senhor em quem haviam crido" (Atos 14,23).

No começo os presbíteros eram nomeados exclusivamente pelos Apóstolos; posteriormente, também por outros presbíteros já ordenados. Inexistia aqui o que se costuma a ver nas igrejas protestantes, onde alguém que possui um carisma simplesmente funda uma igreja e toma nela o posto de pastor.

Exemplos claros encontramos nas epístolas paulinas, onde Paulo menciona a ordenação de Timóteo como presbítero através da imposição das mãos e o exorta a não instituir presbítero a qualquer pessoa (resto claro que ninguém poderia se autoproclamar presbítero). “Por isto te recomendo que reavivas o carisma de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. Porque o Senhor não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de caridade e de temperança. Não te envergonhes, pois, nem do testemunho que hás de dar de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro. Ao contrário, suporta comigo os sofrimentos pelo Evangelho, ajudado pela força de Deus, que nos salvou e nos chamou para uma vocação santa, não por nossas obras, mas por sua própria determinação e por sua graça que nos deu desde toda a eternidade em Cristo Jesus" (2Timóteo 1,7-9).

"Não descuideis do carisma que há em ti, que te foi comunicado pela intervenção profética através da imposição das mãos do colégio de presbíteros" (1Timóteo 4,14). "Não te precipites a impor as mãos sobre alguém, nem te faças partícipe dos pecados alheios. Conserva-te puro" (1Timóteo 5,22).

Volto a observar que Paulo menciona que a ordenação de Timóteo se deu mediante a imposição das mãos do colégio de presbíteros (outras Bíblias traduzem como "conselho de anciãos", que é uma expressão sinônima). Vemos, assim, que os primeiros presbíteros foram ordenados pelos próprios Apóstolos e os presbíteros seguintes foram ordenados pelos Apóstolos ou por outros presbíteros previamente ordenados. O certo é que para que uma ordenação ser considerada válida SEMPRE deveria o aspirante ser ordenado por presbíteros ordenados por outros presbíteros até se chegar aos Apóstolos. A esta legítima linha de sucessão chamamos "sucessão apostólica".

O mesmo ocorre com Tito, que também sendo um presbítero, é enviado por Paulo a organizar as igrejas e instituir presbíteros para o seu governo: "O motivo de ter-te deixado em Creta foi para que acabasses de organizar o que faltava e estabeleceres presbíteros em cada cidade, como te ordenei" (Tito 1,5).

A finalidade era sempre clara: "Tu, pois, filho meu, mantei-te forte na graça de Cristo Jesus; e do quanto me tens ouvido na presença de muitas testemunhas, confiai-o a homens fiéis, que sejam capazes, por sua vez, de instruir a outros" (2Timóteo 2,1-2).

Paulo deixou em suas epístolas grande quantidade de recomendações referentes aos assuntos do governo da Igreja. Ele precisava se assegurar que os candidatos a estes ministérios eram irreprováveis porque sabia que no rebanho se infiltrariam lobos devoradores. Com estas diretrizes, a Igreja conseguiria identificá-los facilmente: "É certa esta afirmação: se alguém aspira ao episcopado, deseja uma nobre função. É, pois, necessário que o bispo seja irrepreensível, casado uma única vez, sóbrio, sensato, educado, hospitaleiro, apto para ensinar, não beberrão nem violento, mas moderado, inimigo das pendências, desprendido do dinheiro, que saiba governar a sua própria casa, pois senão como poderá cuidar da Igreja de Deus? Não deve ser neófito, a não ser que, levado pela soberba, caia na mesma condenação do Diabo. É também necessário que tenha boa fama entre os de fora, para que não caia no descrédito e nas redes do Diabo. Também os diáconos devem ser dignos, sem dubiez, nem dados a beber muito vinho nem a negócios sujos; que guardem o mistério da fé com uma consciência pura. Primeiro serão submetidos à prova e depois, se forem irrepreensíveis, se tornarão diáconos" (1Timóteo 3,1-10).

"Os presbíteros que exercem bem o seu cargo merecem remuneração em dobro, principalmente os que se dedicam à pregação e ao ensinamento. A Escritura, com efeito, diz: 'Não colocarás bocal no boi que trilha' e também: 'O operário é digno do seu salário'. Não admitas nenhuma acusação contra um presbítero se não vier acompanhada do testemunho de duas ou três pessoas. Aos culpados, repreendei-os diante de todos, para que os demais tenham temor" (1Timóteo 5,17-20).

"Ao sectário, após uma e outra advertência, evita-o; já sabes que esse é pervertido e peca, condenado por sua própria sentença" (Tito 3,10-11).

SÃO BENTO x MAUS SACERDOTES


Os Maus Sacerdotes e Religiosos do século V repudiaram SÃO BENTO de NÚRSIA, por causa da sua santidade de vida e desejo reto de amar a Deus sobre todas as coisas:

1. A vitória de São Bento contra as tentações da existência humana deu-lhe capacidade de ser um mestre para os outros homens de sua época. Multidões de pessoas, primeiramente os pastores, iam até sua porta para ouvir a mensagem de CRISTO (Evangelho). Nesta euforia um convento próximo o escolheu como Prior, mas por ser São Bento severo demais em suas regras monásticas, tentaram ENVENENÁ-LO, para se livrarem ele e continuarem com suas vidas religiosamente dissolutas e burguesas;

2. Por causa de seu programa de santificação monástica, teve de fundar dezenas de mosteiros para atender tantas vocações. Diante de tanta confiança de repercussão, até os nobres e príncipes romanos enviaram seus filhos para serem preparados por São Bento. Então, um certo sacerdote por INVEJA, que morava vizinho ao mosteiro de São Bento, constantemente enviava moças para dançarem a porta do mosteiro durante a noite, em vão, para fracasso daquele programa de santidade interior.


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A SYNAXE DE NOSSA SOBERANA, A SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS


A Synaxe da Mãe de Deus caracteriza-se, provavelmente, como a mais antiga das festas marianas (século V) e celebra Maria como "Paraíso espiritual do 'Segundo Adão', Templo da Divindade, Ponto que religa a Terra ao Céu, Escada por meio da qual Deus desce à Terra e o homem sobe ao Céu, a Mãe de Deus que se tornou mais venerada que os Querubins, os Serafins e todas as outras Potestades celestes; tendo abrigado o Cristo, seu seio tornou-se mais vasto do que o Céu", pois, a partir de então, ele tornou-se o Trono de Deus. Graças a Maria, o homem foi elevado a um posto mais alto que o dos Anjos e a glória da Divindade resplandeceu no corpo.

Diante de tal mistério, o espírito humano, enleado, prefere prosternar-se no silêncio e na fé, "pois, onde quer que seja, onde Deus quiser, a ordem da natureza perde a sua força e torna-se vencida". José, o Silencioso, iluminado pela estranha luz que brilhava nas trevas da gruta, contempla a Virgem Santíssima, tranqüila e radiante, sentada junto à Criança, que ela mesma envolvera em faixas e colocara no presépio.

Um novo modo de existência se abre para a natureza humana, porquanto Deus escolheu a virgindade para nascer corporalmente neste mundo, assim também, foi por meio da virgindade que Ele quis aparecer, nascer e crescer de forma espiritual, na alma de cada cristão que seguirá em sua vida o modelo da conduta da Mãe de Deus." "Maria, Tu, que maravilhosamente criaste o homem, mais maravilhosamente, ainda, restabeleceste a sua dignidade"

Segundo São Gregório o Teólogo - Discurso 38 sobre a Natividade.

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O QUE É SINAXE:

Termo quase desconhecido antes do aparecimento do cristianismo, tornou-se palavra técnica na liturgia bizantina para indicar, tanto a assembléia dos fiéis quanto a Eucaristia, mais exatamente a comunhão.

SINAXE e o homônimo SINAGOGA provém da mesma raíz grega. Os primeiros cristãos, para diferenciar suas assembléias das dos judeus, e, depois das dos hereges, adotaram uma diferente desinência (conforme epif., PANAR. 30,18).

São Cirilo de Jerusalém distingue claramente as assembléias que se realizavam no domingo e no dia da Ascenção do Senhor, da qual fixa a ordem das leituras (Cat. XIV, 24), daquelas das quais dava suas instruções catequéticas. Enquanto Crisóstomo não parece manter esta distinção, Basílio fala de uma sinaxe visível e de uma sinaxe espiritual dos fiéis que servem a Deus em espírito e verdade, e que chama de santa (Hom. 1 in psalmum 28).

O termo indica ainda a participação dos fiéis na celebração dos Santos Mistérios e na sua íntima união com Cristo, e ainda, mas distanciando-se da acepção original, a forma de oração ou de culto dos monges e das monjas (Apophthegmata Patrum: PG 65,220). No ambiente monástico latino aparece tardiamente com o significado de Colecta e indica tanto a celebração litúrgica, que tem o ponto culminante na Eucaristia, quanto a celebração composta pela oração e a salmodia. (Reg. São Benedeto XVII, 17) .

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A MENSAGEM de SÃO JOSÉ



Num dos quarteirões de Paris residia uma família dotada de alguma fortuna: um casal e a filha, chamada Josefina. Viviam felizes, em prosperidade de negócios. Nada lhes faltava. Imprevidentes, gastavam quanto iam recebendo, sem economias para o futuro e sem cuidado na aplicação das rendas.
Um dia, caiu enfermo o chefe da casa e maus negócios os levaram rapidamente a uma situação de necessidade. Obrigados pelos credores, deixaram o palacete e foram morar numa casa simples, num dos subúrbios da cidade. Os velhos choravam, abatidos e desanimados. Josefina, porém, não perdia a calma e o sorriso habitual.
Era boa costureira e bordava com perfeição. Dia e noite não descansava. Saía cada tarde a entregar as peças que costurava e com o dinheiro recebido comprava sempre o necessário para a casa. Muita vez voltava de mãos vazias. Passavam algum dia sem alimento suficiente. Procurou uma colocação, onde possa contar com ordenado certo cada mês e com trabalho extraordinário e noturno, para dar algum conforto aos pais. Entregou a sua causa a São José. O tempo vai passando. Sempre aquela vida atribulada e incerta, semeada de lágrimas, não raro de alguma fome.
Na festa do Patrocínio de São José, a moça, devotíssima do Padroeiro de todas as necessidades, teve uma idéia original: tomou uma folha de papel e escreveu uma carta a São José pedindo um emprego, um meio de ganhar a vida e sair daquela situação embaraçosa. Ingenuamente assina: Josefina de tal, residente em tal rua – Bairro de Paris – costura, borda com perfeição.
Com uma pequena fita, amarrou o bilhete sob as asas de uma linda pomba que trazia presa numa gaiola, e solta-a, dizendo: “Vai, pombinha querida, para onde São José te mandar e hoje mesmo venha a resposta do céu!”
Foi um ingênuo gesto de confiança no Patrono das causas mais desesperadas. E, depois, Josefina sentiu-se tranqüila. Não invocara São José em vão. Poucas horas depois, um carro pára defronte da porta de sua casa.
Um senhor bem trajado e ainda moço pergunta:
– Mora aqui a senhorita Josefina de tal?
– Sim, responde a jovem, sou eu mesma.
–  Escreveu, a senhorita, este bilhete?
– Sim, e como o foi encontrar?
- Sob as asas de uma pobre pomba que entrou em meu escritório e de lá não queria sair. Observei que ela trazia este bilhete li-o, e aqui estou. Sou devoto de São José. Resolvi abrir esta semana uma fábrica de roupas e bordados. Faltava-me, porém, alguém para ensinar e dirigir as primeiras operárias. Pedi a São José que ma arranjasse. Providencialmente, entra-me a pombinha pelo escritório a dentro, encontro este bilhete e venho a saber que, aqui, a senhorita Josefina e seus pais sofrem privações. Permita-me que lhe ofereça já uma quantia para solver os compromissos de que fala no bilhete, e quero desde já contratá-la para dirigir minha oficina.
Os pais da moça choravam de alegria e da mais profunda gratidão.
– Como São José é bom! disseram todos juntos.
Em breve, Josefina estava à frente das oficinas, no centro de Paris.
O patrão se pôs a observá-la e notou ser, a jovem, de fina educação, bondosa, modesta, rica de prendas.
E chegaram ao noivado e ao casamento… No lugar de honra do salão principal da mansão onde antigamente morava a família, foi colocada uma bela estátua de São José. E aos pés da imagem uma pombinha branca, embalsamada, e em letras douradas no pedestal: “A mensageira de São José”.
Fonte: “Sur Saint Joseph” – Millot, em “Thesor”.


domingo, 16 de dezembro de 2012

sábado, 15 de dezembro de 2012

A HERESIA do Pe. Vigilâncio - Precursor do PROTESTANTISMO (sec. IV)

Um dos heresiarcas que tombou frente ao Leão de Belém ou São Jerônimo foi o sacerdote Vigilâncio, precursor das idéias heréticas de Martinho Lutero, fundador do protestantismo criticava os primeiros cristãos pelas(os):

1. Reverência dada às relíquias de santos, que eram carregadas pelas igrejas em ricos relicários envoltas em seda para serem osculadas;

2. Oração pelo sufrágio das almas dos fiéis defuntos;

3. Vigílias realizadas nas basílicas dos Mártires;

4. Envio de esmolas para Jerusalém, no lugar de desprender dinheiro aos pobres de cada diocese;

5.  Voto de Pobreza e estima pela Virgindade.

Tal afronta a Igreja de Cristo resultou na Obra de São Jerônimo intitulada "CONTRA VIGILÂNCIO" que pode ser acessada em Contra Vigilancio por São Jerônimo

AS SENHAS QUE DESMASCARARAM CHICO XAVIER


MONTEIRO LOBATO E AS SENHAS QUE DESMASCARARAM CHICO XAVIER

Ver em "O Grande Mágico" o Sr. Amauri Pena Xavier - sobrinho de Chico Xavier  - “A situação torturava-me, e várias vezes, procurando fugir àquele inferno interior, entreguei-me a perigosas aventuras, diversas vezes saí de casa, fugindo à convivência de espíritas. Cansado, enfim, cedi dando os primeiros passos no caminho da farsa constante. Tinha então 17 anos”. “Perseguido pelo remorso e atormentado pelo desespero, cometi vários desatinos (...). Vi-me então diante da alternativa: mergulhar de vez na mentira e arruinar-me para sempre diante de mim mesmo, ou levantar-me corajosamente para penitenciar-me diante do mundo, libertando-me definitivamente. Foi o que decidi fazer procurando um jornal mineiro e revelando toda a farsa” (...). “Meu tio é também um revoltado, não conseguindo mais recuar diante da farsa que há longos anos vem representando”. “Eu, depois de ter-me submetido a esse papel mistificador, durante anos (...), resolvi, por uma questão de consciência, contar toda a verdade” (Ver também “Estado de Minas”, 20/1/1971; revista“Realidade”, Novembro 1971, pág. 65; etc.).

JOSÉ BENTO MONTEIRO LOBATO: Antes da sua morte, acontecida em São Paulo em 1948, deixou duas senhas em envelopes lacrados: uma com Dona Ruth Fontoura, filha do célebre magnata dos laboratórios farmacêuticos de São Paulo, e outra com o juiz e também famoso romancista Dr. José Godofredo de Moura Rangel, de Três Pontas (Minas Gerais), grande amigo de Monteiro Lobato, com quem manteve correspondência durante anos. Pretendendo imitar, mais ou menos bem, o estilo do grande escritor, o psicógrafo Francisco Cândido Xavier afirmou que sua mão escrevia movida pelo espírito de Monteiro Lobato. Espalhou-se por todo o Brasil, e pelo mundo, o grande feito do médium de Pedro Leopoldo e Uberaba. O que, porém, nem Chico, nem seus propagandistas sabiam, era da existência das senhas com as quais Monteiro Lobato queria que se verificasse se realmente era ele quem se comunicaria do além, ou se tudo não passava de qualidades psicológicas e para-psicológicas dos médiuns. Tive nas minhas mãos, cópias dos escritos de Chico Xavier atribuídos a Monteiro Lobato assim como as senhas conservadas por Dona Ruth Fontoura: nada, absolutamente nada, nem de longe, de semelhante pude encontrar naquela cópia, nem em outro escrito de Chico Xavier. A Parapsicologia prova que não existe comunicação, de qualquer espécie, de espíritos de pessoas mortas com vivos. Não há NENHUM caso de "Supostas" Comunicações de Espíritos com Vivos que não seja facilmente explicado pela Parapsicologia, por mais EXTRAORDINÁRIA e CONVINCENTE que possa parecer. Há um estudo muito grande sobre o tema para se poder afirmar tal fato. Tal estudo se baseia na análise dos fatos e em milhares de experiências, utilizando-se de diversas ciências; além de uma série de desafios:

AS SENHAS:  O que esperavam que fosse ser uma prova da comunicação dos espíritos, na verdade se tornou exatamente o contrário: Milhares de experiências feitas com senhas: Nenhuma foi revelada. O romancista brasileiro José Bento Monteiro Lobato, antes da sua morte, acontecida em São Paulo em 1948, deixou duas senhas em envelopes lacrados: uma com Dona Ruth Fontoura, filha do célebre magnata dos laboratórios farmacêuticos de São Paulo, e outra com o juiz e também famoso romancista Dr. José Godofredo de Moura Rangel, de Três Pontas (Minas Gerais), grande amigo de Monteiro Lobato, com quem manteve correspondência durante anos. O psicógrafo Francisco Cândido Xavier pretendendo imitar, mais ou menos bem, o estilo do grande escritor, afirmou que sua mão escrevia movida pelo espírito de Monteiro Lobato.  Espalhou-se por todo o Brasil, e pelo mundo, o grande feito do médium de Pedro Leopoldo e Uberaba.  O que, porém, nem Chico, nem seus propagandistas sabiam, era da existência das senhas com as quais Monteiro Lobato queria que se verificasse se realmente era ele quem se comunicaria do além, ou se tudo não passava de qualidades psicológicas e para-psicológicas dos médiuns. Tive nas minhas mãos, cópias dos escritos de Chico Xavier atribuídos a Monteiro Lobato assim como as senhas conservadas por Dona Ruth Fontoura: nada, absolutamente nada, nem de longe, de semelhante pude encontrar naquela cópia, nem em outro escrito de Chico Xavier. Também não apareceu a senha deixada com o Dr. Godofredo Rangel. Ele próprio o noticiou amplamente. Pessoalmente prefiro publicar a respeito um documento inédito que recebemos do senhor Cecílio Karam, ex-suplente de deputado estadual, fundador e primeiro prefeito do município de Santana da Ponte Pensa (SP) e Diretor de Publicidade do Jornal Federal "A Noite" de São Paulo:  "Tendo sido amigo do saudoso Monteiro Lobato e seu companheiro na luta do petróleo e tendo o conhecimento do pacto entre ele e Godofredo Rangel, desejo dar o meu testemunho com referência a esse acontecimento." "Realmente houve o acordo entre ambos e ficou assentado que o primeiro entre eles que morresse enviaria do além uma mensagem ao sobrevivente. Combinou-se fazer cada um uma senha e para evitar possíveis fraudes, as senhas foram fechadas em envelope lacrado e guardadas em cofre." "Falecido Lobato, e sendo algum tempo depois publicada uma mensagem atribuída a Monteiro Lobato e "recebida" por Chico Xavier, apressou-se Godofredo Rangel a examiná-la. Declarou, a seguir, à imprensa: "Não é o estilo de Monteiro Lobato e a senha combinada não foi dada". Os jornais fizeram amplos comentários."  
O Dr. Godofredo Rangel morreu em 1951 sem ter recebido a senha, apesar de já aberto o envelope e conhecida, em segredo, por ele.

OUTRO EXEMPLO: O dia 19 de maio de 1954 foi a data designada por Sir Oliver Lodge para que se abrisse o envelope lacrado que continha a sua senha. Sir Joseph Oliver Lodge foi professor de Física e Reitor da Universidade de Londres, Presidente da Associação Britânica de Sábios, da Sociedade de Física da Grã-Bretanha e da Sociedade Rontgen. Apesar de sua indiscutível capacidade intelectual, Lodge, após a morte de seu filho Raymond na guerra de 1915, acreditou, de uma maneira verdadeiramente delirante, na comunicação dos mortos. Seu filho lhe falava de que estava tendo a terceira dentição astral; que no além, bebia whisky, fumava ótimos charutos e outras "comunicações" assombrosas. Após 14 anos, conservando o espírito científico, Sir Oliver Lodge pretendeu apresentar à humanidade uma prova da comunicação com os espíritos. Escreveu sua senha a 10 de junho de 1930. Morreu a 22 de agosto de 1940. Houve que esperar até 14 anos até a data que Lodge marcara para abrir o envelope ("Tomara-se, precavidamente, bastante tempo para recuperar a calma após a sua desencarnação"). A SPR (Sociedade de pesquisas psíquicas) fichou 130 médiuns que acreditavam ter recebido mensagens contendo a senha transmitida pelo espírito de Sir Oliver Lodge. Na data marcada, a 19 de maio de 1954, a SPR abriu o envelope. A senha eram 15 notas musicais (de um exercício de piano a cinco dedos). Nenhum dos médiuns tocara a música, nenhum escrevera as notas, nem sequer tinha descrito, ou feito a mínima alusão a qualquer coisa que, ao menos de longe, pudesse sugerir a senha escolhida por Sir Oliver Lodge.

O GRANDE MÁGICO: Para novembro de 1976 estava marcada a data de abertura do envelope com a senha deixada pelo mais famoso dos mágicos de todos os tempos, Harry Houdini. Filho de um rabino húngaro, Houdini nascera a 6 de abril de 1874 em Appleton, Wiscosin, nos Estados Unidos. Seria supérfluo afirmar que Houdini, cujo verdadeiro nome era Enrich Weiss, sempre se interessou pelo "maravilhoso". Alguma parcela da fama de Houdini se deve a que desmascarou todos os abundantes truques que freqüentemente, consciente ou inconscientemente, realizam os médiuns. Mas se Houdini desmascarou tantos médiuns, era porque ia freqüentemente observá-los: ele estava muito interessado com a possibilidade de comunicar-se com o espírito de sua falecida mãe que ele amara ternamente. Muitos médiuns lhe transmitiram mensagens em nome de sua mãe. Mas nenhuma convencera a Houdini, nem a qualquer pesquisador imparcial e experimentado. Seguindo seu interesse pelo maravilhoso e muito especialmente por verificar se havia comunicação dos espíritos, o próprio Houdini deixou com sua esposa uma série de mensagens secretas a serem abertas em diferentes datas. Umas por espaços regulares nos dez primeiros anos seguintes à sua morte. Anos durante os quais esperava Houdini que sua viúva poderia verificar. A última senha, em envelope lacrado, para ser aberto em 1976 pelos membros da "American Society For Psychial Research". Houdini morreu em Detroit, Michigan, a 31 de outubro de 1926. Sua viúva, Wilhelmina Rahner (que levava o nome artístico de Beatrice Houdini), durante dez anos, recorreu paciente e ansiosamente toda classe de sessões de espiritismo e acumulou inúmeras correspondências. Centenas e centenas de pretendidas comunicações do seu falecido esposo. Mas jamais apareceu nenhuma das senhas combinadas. Ainda pouco antes de sua morte, em 1943, Beatrice Houdini declarou aos jornalistas que jamais recebera a prometida comunicação de seu marido. Para fim de 1976 já pouca gente esperava que algum médium aposentasse a senha para abertura do último envelope em novembro de 1976. Mas a "American SPR" tinha que verificar.  Nada: Fracasso Absoluto. Houdini, que sempre tão meticuloso fora em sua vida para o cumprimento de seus compromissos, depois de morto não acudiu jamais à prometida senha. Poucos jornalistas fizeram eco deste episódio já sem graça e sem nenhuma novidade.

domingo, 9 de dezembro de 2012

DOGMAS do SACRAMENTO da EUCARISTIA


O Concílio de Trento (1545-1563), sob Paulo III (1534-1549), declara: "Se alguém disser que os Sacramentos da nova Lei não foram instituídos todos por Jesus Cristo, e que são sete: Batismo, Eucaristia... e que algum destes não é verdadeiro e propriamente Sacramento, seja excomungado.". 

Sagradas Escrituras: Nosso Senhror Jesus Cristo instituiu a Eucaristia se vê em suas palavras: "Fazei isto em memória de Mim..." (Lc 22,19). Nelas se cumprem todas as notas essenciais da definição do Sacramento:

      1.    A matéria: o pão e vinho. 

      2.    A forma: as palavras da consagração.

      3.    A graça interna: indicada e produzida pelo signo é a união com Cristo e a vida eterna: 

     a) "Quem come Minha Carne e bebe Meu Sangue permanece em Mim e Eu nele" (Jo 6,56); 
     b) "Aquele que come Minha Carne e bebe Meu Sangue tem a vida eterna." (Jo 6,54).

CRISTO ESTÁ PRESENTE NO SACRAMENTO DO ALTAR PELA TRANSUBSTANCIAÇÃO DE TODA A SUBSTÂNCIA DO PÃO EM SEU CORPO E TODA SUBSTÂNCIA DO VINHO EM SEU SANGUE

O Concílio de Trento (1545-1563), sob Júlio III (1550-1555), declara: "Se alguém disser que no sacrossanto Sacramento da Eucaristia permanece as substâncias do pão e do vinho, juntamente com o Corpo e o Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, e negar aquela maravilhosa e singular conversão de toda a substância do pão e do vinho em Corpo e Sangue, permanecendo apenas as espécies de pão e vinho, conversão essa que a Igreja muito corretamente chama 'Transubstanciação', seja excomungado." (Dz. 884-877). "Transubstanciação" é uma conversão no sentido passivo; é o trânsito de uma coisa a outra. Cessam as substâncias de Pão e Vinho, pois sucedem em seus lugares o Corpo e o Sangue de Cristo. A Transubstanciação é uma conversão milagrosa e singular diferente das conversões naturais, porque não apenas a matéria como também a forma do pão e do vinho são convertidas; apenas os acidentes permanecem sem mudar: continuamos vendo o pão e o vinho, mas substancialmente já não o são, porque neles está realmente o Corpo, o Sangue, Alma e Divindade de Cristo.

Sagradas Escrituras: Mc 14,22: "Tomai, este é Meu Corpo...".

Os Dogmas nos levam a ter zelo em receber Nosso Senhor na  Hóstia Consagrada, dignamente BEM VESTIDOS, DE JOELHOS E NA BOCA (com atos externos e internos) pois estamos diante de Deus que merece toda a honra e toda a glória, não recebe-Lo na mão como se fosse um simples pedaço de pão.

Retirado do blog: http://imeldaeucaristia.blogspot.com.br


SÃO PADRE PIO CONVERTE um MAÇON !!!


Na vida do padre Pio, o sobrenatural é muito abundante: conversões, milagres, curas, bilocação, clarividência, predição, sem falar dos estigmas que foram, durante cinqüenta anos, a manifestação mais patente, a mais visível marca do sobrenatural na sua vida, e também a mais dolorosa e mais incompreensível para os homens, a que mais respeito merece, pois é com verdadeira graça de conformidade com Cristo até na carne. Existem numerosos testemunhos circunstanciados para numerosas destas diversas graças. Foram numerosas as altas autoridades eclesiásticas e os médicos que testemunharam as curas milagrosas ou outros fenômenos sobrenaturais inexplicáveis. Em todos os casos, as graças sobrenaturais não eram concedidas por Deus para a auto-glorificação do padre Pio, senão para dar testemunho da vida divina, para chamar À conversão, curar ou aliviar. Não há nem curas, nem conversões ou bilocações que não acabaram por uma maior vida de fé e que não serviram para fazer algum bem.
O confessionário foi o lugar habitual dos “milagres” realizados pelo padre Pio. Nos dias  de grande afluência, chegava a passar dez ou quinze horas confessando. Para alguns penitentes, essa confissão era ocasião de uma verdadeira mudança interior. Entre as conversões de antes da primeira perseguição, uma das mais clamorosas foi a do advogado genovês Cesare Festa. Festa era um dos grandes dignatários da maçonaria italiana. Era primo do Dr. Giorgio Festa. Depois que este viu e examinou o padre Pio, mencionou com freqüência ao religioso e aos prodígios da fé com seu primo Cesare. O advogado ateu, raivosamente anticlerical, considerava a religião como uma superstição de outros tempos. Giorgio, tendo esgotado seus argumentos, disse-lhe um dia: “Vai a São Giovanni Rotondo e encontrarás ali a um testemunho que acabará de um só golpe com todas as suas objeções. Vai vê-lo e depois continuaremos falando”.
Em março de 1921, Cesare se dedicou a seguir o conselho de seu primo. Foi a São Giovanni Rotondo mais como cético, foi com a firme intenção de desmascarar a impostura e denunciar ao seu regresso, diante de seus irmãos maçons, a superstição de Gargano. O padre Pio não sabia nada de Cesare Festa nem de sua pertença maçônica. Sem embargo, quando chegou na sacristia do convento entre outros peregrinos, o religioso se dirigiu até ele e o interpelou brutalmente: “Que quer este entre nós? É um maçom…”. O advogado não negou. O padre Pio analdiu: “Que papel desempenha você na Maçonaria?”. Festa respondeu sem vacilar: “Lutar contra a Igreja”.
As coisas estavam claras. O padre Pio não analdiu nenhuma palavra. Mirou fixamente a Cesare e lhe indicou com o dedo o confessionário. O advogado maçom se ajoelhou, abriu seu coração e, com a ajuda daquele sacerdote ao que poderia resistir, examinou toda a sua vida passada. Um perfume desconhecido e suave passava pela rede do confessionário e o ateu Festa via suas prevenções contra a religião cair uma atrás da outra. A conversão resultou numa paz interior que o invadia e lhe fazia receber as palavras de misericórdia e as exortações prodigadas por aquele estranho capuchinho.
Permaneceu três dias no convento e depois  regressou a Genova. O ruído de sua conversão se estendeu e ocupou a primeira página dos periódicos. O advogado arrependido foi logo a Lourdes e depois voltou a São Giovanni Rotondo para receber das mãos do padre Pio o escapulário da Ordem terceira franciscana. Da maçonaria À Ordem terceira em poucos meses. O papa Bento XV recebeu no Vaticano a esse assombroso convertido. Disse-lhe a estima que tinha ao padre Pio, apesar dos informes por vezes desfavoráveis que haviam chegado, e confiou esta missão a Cesare Festa:
– O padre Pio é verdadeiramente um homem de Deus. Comprometa-se a dar testemunho, porque ele não é apreciado por todos como ele merece.
A clamorosa conversão de cesare Festa suscitou muitas controvérsias. O Avanti, cotidiano socialista, ironizou sobre este maçom que passava seu tempo entre São Giovanni Rotondo e Lourdes. A Grande Loja italiana se reuniu para pronunciar a exclusão oficial do advogado renegado dos ideais maçônicos.
Cesare Festa decidiu assistir, fazer frente e dar a conhecer seu testemunho: no dia da reunião recebeu uma tarjeta do padre Pio com estas quatro linhas: “Não se envergonhe de Cristo e de sua doutrina; é momento de lutar com o rosto descoberto. O Dispensador de todo o bem te dará a fortaleza para isso.”

(Yves Chiron: El Padre Pío. Ed. Palabra, pg.163, 1999.)
Fonte: http://saopio.wordpress.com


O CASTIGO dos PECADOS dos SACERDOTES


Fonte: Cathólicos Tradicionais

Consideremos agora o castigo, que tem de ser proporcionado à gravidade do seu pecado. S. João Crisóstomo tem por condenado o padre que no tempo do seu sacerdócio comete um só pecado mortal: Se pecardes como particular, será menor o vosso castigo; se pecais no sacerdócio, estais perdido. São em verdade terríveis as ameaças, que o Senhor profere pela boca de Jeremias contra os padres que pecam: Estão manchados o profeta e o sacerdote, e eu encontrei na minha casa a iniqüidade deles, diz o Senhor.
Por isso o seu caminho será como um atalho escorregadio e coberto de trevas; hão de impeli-los e cairão. Que esperança de vida poderíeis dar a quem caminhasse à borda dum precipício, em terreno escorregadio e às escuras, sem ver onde punha os pés, e ao mesmo tempo impelido fortemente para o abismo por seus inimigos? Tal é o estado desgraçado a que se encontra reduzido o padre que comete um pecado mortal.
Lubricum in tenebris. Pecando, o padre perde a luz e cai nas trevas. Mais lhes valera, assegura S. Pedro, não ter conhecido o caminho da justiça, do que voltar atrás depois de o haver conhecido. Ó, sem dúvida, mais valia para um padre que peca ser antes um camponês ignorante, que nunca tivesse estudado coisa alguma; porque depois de tantos conhecimentos adquiridos, — pelos livros que leu, pelos oradores sagrados que ouviu, pelos diretores que teve — depois de tantas luzes recebidas de Deus, o desgraçado calca aos pés todas as graças, pecando, e merece que as luzes recebidas só sirvam para o tornar mais cego e impenitente. A maior ciência, diz S. Crisóstomo, dá lugar a mais severo castigo; se o pastor cometer os mesmos pecados que as suas ovelhas, não receberá o mesmo castigo, mas uma pena muito mais dura. Um padre cometerá o mesmo pecado que os seculares; mas sofrerá um castigo muito maior, permanecerá mais profundamente cego que todos os outros; será punido conforme o anúncio do Profeta: Que vendo não o vejam, e ouvindo não compreendam!
É o que a experiência deixa ver, diz o autor da Obra imperfeita: Um secular, depois de pecar, facilmente se arrepende. Se assiste a uma missão, se ouve um sermão enérgico sobre alguma verdade eterna, — malícia do pecado, certeza da morte, rigor do juízo de Deus, penas do inferno, entra facilmente em si e volta-se para Deus; porque estas verdades, como coisas novas, tocam-no e penetram-no de temor. Mas quando um padre há calcado aos pés a graça de Deus, com todas as luzes e conhecimentos recebidos, — que impressão podem fazer ainda nele as verdades eternas e as ameaças das divinas Escrituras? Tudo quanto encerra a Escritura, continua o mesmo autor, é para ele uma coisa sediça de pouco valor; porque as coisas mais terríveis que lá se encontram, por muito lidas, já lhe não fazem impressão.
Donde conclui que nada mais impossível que a emenda de quem sabe tudo e peca.
Quanto maior é a dignidade dos padres, diz S. Jerônimo, tanto maior é a sua ruína, se num tal estado chegam a abandonar a Deus. Quanto mais alto é o posto em que Deus os colocou, diz S. Bernardo, tanto mais funesta será a sua queda. Quando se cai em plano, diz Sto Ambrósio, raro se experimenta grande mal; mas cair de alto não é só cair, é precipitar-se, e a queda será mortal.
Nós os padres regozijamo-nos, diz S. Jerônimo, por nos vermos erguidos a tão alta dignidade; mas seja igual o nosso temor de cair. Parece que é aos padres que Deus fala, quando diz pela boca de Ezequiel: Coloquei-vos sobre o monte santo de Deus... e vós pecastes; e eu vos expulsei do monte de Deus, e vos entreguei à ruína. Vós que sois padres, diz o Senhor, eu vos estabeleci sobre a montanha santa, para serdes os faróis do universo: Sois vós a luz do mundo. Uma cidade assente no cimo duma montanha não pode estar escondida.
Tem pois razão S. Lourenço Justiniano em dizer que quanto maior é graça concedida por Deus aos padres, tanto mais digno de castigo é o seu pecado, e quanto mais alto o seu estado, mais mortal a sua queda. Quem cai num rio, diz Pedro de Blois, mergulha tanto mais fundo, quanto de mais alto tiver caído.
Compreende bem, ó padre: Deus, elevando-te ao sacerdócio, ergueu-te até ao Céu, e fez de ti, não mais um homem da terra, mas um homem celeste, pensa pois quanto te será funesta uma queda, segundo o aviso de S. Pedro Crisólogo. A tua queda, diz S. Bernardo, será semelhante à do raio que se precipita com impetuosidade. Quer dizer que a tua perda será irreparável. Assim, ó desgraçado, cairá sobre ti a ameaça que o Senhor lançou sobre Cafarnaum: E tu, ó Cafarnaum, erguida até ao Céu, serás abatida até ao inferno.
Um padre que peca merece tal castigo, por causa da sua ingratidão para com Deus, a quem deve um reconhecimento tanto maior quanto recebeu dele os maiores benefícios, como nota S. Gregório. Merece o ingrato ser privado de todos os bens que recebera, como observa um sábio autor. Jesus Cristo disse: Ao que já possui, dar-se-á, e ele estará na abundância; mas o que nada possui, ver-se-á despojado até do que parecia ter. Quem é grato para com Deus obterá maior abundância de graças; mas um padre que, depois de tantas luzes, depois de tantas comunhões, volta as costas a Deus, e desprezando todos os favores recebidos, renuncia à sua graça, — este padre será com justiça privado de tudo. É o Senhor liberal com todas as suas criaturas, mas nunca com os ingratos. A ingratidão, diz S. Bernardo, faz estancar a fonte da bondade divina.
Por isso S. Jerônimo pôde dizer: Nenhuma besta há no mundo mais feroz que um mau padre, porque esse não se quer deixar corrigir. E o autor da Obra imperfeita: Os leigos facilmente se emendam, mas um mau eclesiástico é incorrigível. Segundo S. Damião, é de preferência aos padres pecadores que se aplicam estas palavras do Apóstolo: Porque os que foram alumiados, os que saborearam o dom celeste, e receberam o Espírito Santo... depois caíram, é impossível que se renovem pela penitência. Com efeito, quem mais que o padre recebeu de Deus graças abundantes? Quem mais do que ele gozou dos favores do Céu e participou dos dons do Espírito Santo? Segundo Sto. Tomás, permaneceram obstinados no pecado os anjos rebeldes, porque pecaram em face da luz; é assim, escreve S. Bernardo, que o padre será tratado por Deus: tornado anjo do Senhor, ou há de ser eleito como anjo, ou réprobo como o anjo. Eis o que o Senhor revelou a Sta. Brígida: Olho os pagãos e os judeus, mas não vejo ninguém pior que os padres: o seu pecado é como o que precipitou Lúcifer. E notemos aqui o que diz Inocêncio III: Muitas coisas que nos leigos são pecados veniais, nos eclesiásticos são mortais.
É ainda aos padres que se aplicam estas palavras de S. Paulo: Uma terra, que, depois de muito regada pelas chuvas, só produz espinhos e silvas, está reprovada e sujeita a maldição: acabará por ser entregue ao fogo. Que chuva de graças não recebe de Deus continuamente o padre? E contudo, em vez de frutos, só produz silvas e espinhos: Desgraçado! Está prestes a ser reprovado e a receber a maldição final, para ir, depois de tantas graças, que Deus lhe prodigalizou, arder no fogo do inferno! — Mas, que temor pode ter ainda do fogo do inferno um padre, que voltou as costas a Deus? Os padres que pecam perdem a luz, como levamos dito, e perdem também o temor de Deus. É o Senhor quem no-lo declara: Se eu sou o Senhor, onde está o meu temor, vos diz o Senhor, a vós, ó padres, que desprezais o meu nome?. Segundo S. Bernardo, os sacerdotes, caindo da altura a que se acham elevados, de tal modo se afundam na malícia, que perdem a lembrança de Deus, e tornam-se surdos a todas as ameaças da justiça divina, a tal ponto que nem o perigo da sua condenação os espanta.
Mas que haverá nisso de admirável? O padre, pecando, cai no fundo do abismo, onde fica privada da luz e despreza tudo. Acontece então o que diz o Sábio: Caído no fundo do abismo do pecado, o ímpio despreza. Este ímpio é o padre que peca por malícia; um só pecado mortal o precipita no fundo das misérias, em que cegamente permanece mergulhado. Nesse estado despreza tudo: castigos, advertências, presença de Jesus Cristo, a quem toca no altar. Não córa de se tornar pior que o traidor Judas, como o próprio Senhor um dia disse a Sta. Brígida: Tais padres já não são sacerdotes meus, mas verdadeiros traidores. Sim, tais padres são verdadeiros traidores, porque abusam da celebração da Missa, para ultrajarem mais cruelmente a Jesus Cristo pelo sacrílego!
E qual será, depois de tudo, o triste fim do padre mau? Ei-lo: Praticou a iniqüidade na terra dos santos, não verá a glória do Senhor. Será, numa palavra, o abandono de Deus, e depois o inferno. — Mas, dirá alguém, essa linguagem é demasiado aterradora: quereis lançar-nos da desesperação? — Respondo com Sto. Agostinho: Se vos espanto, “é que eu próprio estou espantado”. — Assim, dirá um padre, que tiver tido a desgraça de ofender a Deus no sacerdócio, não haverá para mim esperança de perdão? — Ó, não posso afirmar isso; haverá esperanças, desde que haja arrependimento do mal cometido. Que esse padre seja pois extremamente reconhecido para com o Senhor, se ainda se vê ajudado da graça; mas é preciso que se apresse a dar-se a Deus, enquanto o chama, conforme o aviso de Sto. Agostinho: “Abramos os ouvidos à voz de Deus, enquanto nos chama, com receio de que se recuse a ouvir-nos, quando estiver prestes a julgar-nos”.

Fonte: A Selva – Sto Afonso de Ligório – págs: 18-19
Retirado de uma postagem no blog catolicosribeirao.blogspot.com